Gripen-E chega ao Brasil em setembro

Após muita especulação sobre quando e como o primeiro exemplar do novo caça da Força Aérea Brasileira chegaria ao país, foi revelado através de um Boletim do Comando da Aeronáutica (BCA) que foi emitida nesta segunda-feira (3) autorização para sobrevoo da aeronave 39.6001 do Gripen E, sendo o primeiro Gripen-E brasileiro de série, o qual irá iniciar a fase de certificações e homologação da aeronave e sistemas no Brasil, dando prosseguimento ao programa iniciado na Suécia. A primeira aeronave F-39 Gripen-E irá chegar de navio ao Brasil, onde será desembarcada em Navegantes, devendo ser realizado o processo de montagem e testes para no dia 25 de setembro realizar seu primeiro voo no Brasil, onde será transladado em voo entre Navegantes e Gavião Peixoto.

O exemplar em questão é de propriedade da SAAB, e será empregado em uma série de avaliações e certificações de sistemas e envelopes de voo, dando inicio a fase de testes no cenário de emprego brasileiro, onde será submetido as condições climáticas e de operação as quais deverá encontrar em serviço, processo no qual terá a célula levada aos limites previstos no projeto da aeronave para que a mesma receba as devidas certificações.

O prazo da autorização compreende o período entre 25 de setembro de 2020 e 31 de dezembro de 2025, onde serão realizados os  voos previstos na campanha de testes na área de ensaios destinadas à Embraer. O Boletim também autoriza um voo específico em Brasília, o qual apresentará a nova aeronave brasileira em ocasião do Dia do Aviador e da Força Aérea Brasileira, no dia 23 de outubro de 2020.

O exemplar em questão realizou seu primeiro voo em 26 de agosto de 2019, sob comando de Richard Ljungberg, piloto de testes da SAAB. Esta é a primeira aeronave a receber a configuração brasileira, contando com Wide Area Display (WAD), e demais aviônicos requisitados pela FAB, se apresentando como a mais moderna variante da família Gripen, recebendo em sua fuselagem o indicativo de matrícula FAB-4100, sendo o primeiro Gripen-E de série na configuração final brasileira.

por: Angelo Nicolaci

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Wildcat HMA Mk2 britânico realiza primeiro lançamento do MARTLET com sucesso

As tripulações de helicópteros da Royal Navy provaram sua capacidade de proteger os navios aeródromos britânicos com um novo sistema de mísseis.

O 815 Naval Air Squadron, mantendo o foco em garantir que o Reino Unido esteja preparado para futuras ameaças globais, operando com aeronaves Wildcat HMA Mk2, realizou com sucesso o disparo do novo míssil Martlet, testado nesta semana em uma área ao largo da costa do país de Gales.

Em 0,3 segundos, o míssil se soltou do Wildcat HMA Mk2, acelerando uma vez e meia a velocidade do som.

Os testes são um importante marco nos testes do novo sistema que armará os helicópteros Wildcat que serão destacados como parte do destacamento aéreo embarcado (DAE) do HMS Queen Elizabeth no próximo ano.

O comandante Matt Boulind, comandante da Força Marítima Wildcat, disse: “Esse teste de disparo mostra que nossos helicópteros Wildcat estarão prontos para ajudar a defender nossos porta-aviões da classe Queen Elizabeth e seus Strike Groups nos próximos anos.

A Marinha e o Exército do Reino Unido introduziram os helicópteros Wildcat em serviço há cinco anos e o disparo bem sucedido do Martlet nesta semana é um marco muito significativo e representa um enorme sucesso para a indústria e a equipe do Ministério da Defesa.

"Esse disparo sustenta a futura capacidade ofensiva da Royal Navy, e a defesa da frota de superfície."

O novo míssil conta com sensor laser, e pode ser usado contra alvos fixos e móveis.

O capitão Mark Langrill, líder da equipe de entrega da DE&S Wildcat, disse que era importante que esses testes fossem realizados.

"Esses disparos representam um passo vital na integração do míssil Martlet, excepcionalmente flexível, no que já é um excelente helicóptero para fornecer à Marinha uma capacidade de classe mundial", acrescentou.

"Sou grato a todos, em toda a indústria e ao Ministério da Defesa, que trabalharam tanto para alcançar esse marco".

A preparação para o disparo foi conduzida de acordo com as regras atuais de distanciamento social do governo devido ao coronavírus, adicionando um obstáculo inesperado para as equipes envolvidas.

O Martlet, também conhecido como Míssil Multirole Leve, já foi lançado com sucesso pela fragata HMS Sutherland, de modo que o último passo foi testá-lo em seu papel principal.

O disparo foi capturado com câmeras de alta resolução para que as equipes da Thales e da Leonardo Helicopters, possam analisar o sistema nos mínimos detalhes.

Philip McBride, gerente geral de Sistemas Integrados de Proteção do Espaço Aéreo da Thales UK, disse: “O Martlet garantirá que o Wildcat tenha a melhor capacidade ofensiva da classe para proteger o Strike Group e seus porta-aviões. Com cada helicóptero é capaz de transportar até 20 mísseis, os Wildcats embarcados serão um impedimento significativo para quem desejar interferir nos interesses do Reino Unido. ”

Nick Whitney, diretor administrativo da Leonardo Helicopters, acrescentou: “Esse grande marco demonstra que a combinação AW159 Wildcat e os misseis Martlet serão uma ferramenta flexível e eficaz para a Royal Navy. No próximo ano, a frota de Wildcat embarcará em missões do Carrier Strike Group com o HMS Queen Elizabeth em sua primeira implantação operacional. Como a única empresa britânica a projetar e fabricar helicópteros no país, estamos extremamente orgulhosos de equipar as Forças Armadas do Reino Unido com capacidades de ponta.”

A Royal Navy está se transformando em uma força centrada na capacidade de defesa e ataques aéreos, apoiando os navios enquanto eles realizam suas missões, reforçando as zonas de exclusão aérea, enquanto o Royal Marine Commandos, fornecem ajuda humanitária e estabelecem parcerias internacionais com nossos aliados.

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com informações da Royal Navy

tradução e adaptação: Angelo Nicolaci

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