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segunda-feira, 2 de dezembro de 2013

Ucranianos protestam contra mudança radical do presidente sobre Europa

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Centenas de milhares de ucranianos gritando "Abaixo a Gangue" se reuniram no domingo para protestar contra a mudança radical do presidente Viktor Yanukovich em relação à Europa e alguns usaram uma máquina escavadora para tentar passar pelas barreiras policiais.
 
A manifestação, de longe a maior já vista na capital ucraniana desde a Revolução Laranja, há nove anos, aconteceu um dia depois de uma incursão policial contra os manifestantes que os inflamou ainda mais depois da mudança na política de Yanukovich.
 
No mês passado, Yanukovich --após meses de pressão do seu antigo mestre soviético, a Rússia --mudou de ideia em relação a assinar um acordo histórico para estreitar as relações com a União Europeia, preferindo estreitar seus laços com Moscou.
 
Para tentar acalmar as tensões antes da manifestação de domingo, Yanukovich emitiu uma declaração afirmando que faria tudo que estiver ao seu alcance para acelerar os movimentos da Ucrânia em direção à UE.
 
Em um mar de azul e dourado, as cores tanto da bandeira da UE quanto da Ucrânia, os manifestantes invadiram a Praça da Independência de Kiev para ouvir Vitaly Klitschko, o pugilista peso-pesado que se tornou um político da oposição, pedir que Yanukovich renuncie.
 
"Eles roubaram o sonho. Se esse governo não quer cumprir a vontade do povo, então não haverá esse governo, não haverá esse presidente. Haverá um novo governo e um novo presidente", disse ele em meio a aplausos.
 
O nacionalista de extrema-direita, Oleh Tyahniboh, outro líder de oposição, convocou uma greve geral. "A partir de hoje, estamos começando uma greve", declarou.
 
"Quero que meus filhos vivam em um país onde não batam nos jovens", disse o manifestante Andrey, de 33 anos, gerente de uma grande empresa que não quis dar seu sobrenome com medo de represálias.
 
"Estou feliz de termos acordado depois de um cochilo de 10 anos", disse ele, referindo-se à Revolução Laranja de 2004-2005 co-liderada pela ex-primeira-ministra, agora presa, Yulia Tymoshenko, que frustrou a primeira candidatura de Yanukovich para a presidência.
 
Enquanto grande parte da manifestação foi pacífica, a cerca de um quilômetro de distância uma multidão de jovens radicais, pilotava uma escavadeira tentado atravessar as barreiras policiais que protegiam o quartel-general de Yanukovich.
 
Sua aproximação estava bloqueada por uma barreira de ônibus, requisitados pelo Ministério do Interior.
 
A polícia usou gás lacrimogêneo para afastar a multidão. Mas eles não se retiraram totalmente da área e a situação permaneceu tensa, com manifestantes entrando em confronto com os soldados do Ministério de Interior.
 
O ministro do Interior alertou que a polícia reagiria a qualquer desordem e disse que a Ucrânia não tem lugar entre a lista de países como a Líbia ou a Tunísia, onde levantes populares árabes derrubaram lideranças autocratas da velha guarda.
 
"Se houver qualquer chamada para a desordem, nós reagiremos", disse o ministro, Vitaly Zakharchenko, segundo a agência de notícias Interfax.
 
Fonte: Reuters


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domingo, 6 de outubro de 2013

Confrontos deixam mais de 40 mortos e centenas de feridos no Egito

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Ao menos 44 pessoas foram mortas e centenas ficaram feridas no Egito, durante confrontos entre a polícia e partidários de Mohammed Morsi, presidente islâmico deposto em julho.
 
Uma multidão de pessoas pró-Morsi tentou entrar na Praça Tahrir, no centro da capital, onde milhares de manifestantes que defendem o Exército se reuniam para marcar o 40º aniversário da guerra entre o Egito e Israel, em 1973.
 
As forças de segurança usaram armas e bombas de gás para controlar a multidão. Jatos e helicópteros sobrevoavam a área, como uma grande demonstração de força por parte do governo.
 
Segundo o correspondente da BBC no Cairo, Quentin Sommerville, os simpatizantes de Morsi foram atingidos com munição de verdade - e responderam lançando pedras contra policiais e soldados.
 
As batalhas nas ruas do Cairo duraram horas, e era possível ver colunas de fumaça em várias partes da acpital.
 
Mas, de acordo com Sommerville, os militares acabaram conseguindo superar os manifestantes.
 
Polarização
 
Mas não foi apenas no Cairo que houve violência. Os protestos deste domingo terminaram em conftonso em diversas cidades do país. Em Delga, a 300 quilômetros ao sul da capital, uma pessoas foi morta. O mesmo aconteeu em Bani Suef, a 80 quilômetros do Cairo.
 
Milhares de manifestantes islâmicos já morreram em conflitos violentos no país desde que Morsi deixou o poder, 13 meses após ser eleito presidente.
 
Ele e outras figuras importantes da Irmandade Muçulmana foram presos e aguardam julgamento.
 
Apesar das ameaças das forças do governo, simpatizantes do grupo continuam a tomar as ruas para pedir a volta de Morsi, ainda que em menor número que antes.
 
Os conflitos evidenciam a forte polarização em curso no Egito. De um lado, islâmicos tentam mostrar sua força e contam com apoio de grande parte da população.
 
Mas a outra metade do Egito teme o avanço islâmico que se esboçou na política do país.
 
Fonte: BBC Brasil
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sexta-feira, 4 de outubro de 2013

Explodem choques entre islamitas egípcios e forças da ordem no Cairo

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Islamitas egípcios e forças da ordem entraram em confronto nas imediações da praça Tahrir, no centro do Cairo, em uma nova jornada de protestos contra a deposição de Mohammed Mursi do poder, informaram à Agência Efe fontes de segurança.
 
As fontes explicaram que os seguidores do presidente deposto tentam entrar na Tahrir e lançam pedras contra os soldados, que estão respondendo com gás lacrimogêneo.
 
Os manifestantes ocupam vários acessos à praça, que se encontra bloqueada pelas forças da ordem.
 
Além disso, os militares cortaram com blindados e cercas de arame os acessos que levam ao palácio presidencial Itihadiya, no leste da capital, para onde se dirige outra marcha de islamitas.
 
As forças da ordem também reforçaram sua presença em outras praças do Cairo, como a de Rabea al Adauiya, de onde foram desalojados em 14 de agosto os acampamentos dos seguidores de Mursi, episódio que terminou com mais de 600 de mortos.
 
Além disso, hoje ocorreu um enfrentamento entre manifestantes e moradores do bairro cairota de Manial, onde centenas de islamitas se concentravam para reivindicar a volta ao poder do líder deposto, segundo a agência estatal de notícias "Mena".
 
Houve choques similares no distrito de Shubra, onde os partidários da Irmandade Muçulmana tentaram organizar uma marcha depois da oração do meio-dia.
 
Outras manifestações ocorreram em outras partes do país, como na cidade mediterrânea de Alexandria.
 
Grupos de islamitas egípcios iniciaram hoje uma nova série de protestos contra a queda de Mohammed Mursi que continuarão até a marcha de domingo na praça Tahrir.
 
A chamada Coalizão Nacional de Defesa da Legitimidade convocou em comunicado os egípcios a participar de manifestações "de forma ininterrupta e sem violência" de hoje até 6 de outubro, quando se lembra no país o aniversário da guerra árabe-israelense de 1973.
 
Os islamitas explicaram que a marcha de domingo, sob o lema "Cairo, a capital da revolução", representa um "tributo aos heróis do exército nacional e patriótico", em oposição aos militares que em 3 de julho depuseram Mursi.
 
A aliança considerou que "os verdadeiros líderes são aqueles que realizam sua responsabilidade em circunstâncias difíceis e apontam suas armas para o inimigo real, nas fronteiras da pátria".
 
Fonte: EFE
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quinta-feira, 12 de setembro de 2013

Egito prorroga estado de emergência por mais dois meses

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O presidente interino do Egito, Adly Mansour, prolongou nesta quinta-feira por mais dois meses o estado de emergência, em vigor desde 14 de agosto. A medida foi aplicada por um mês como resposta aos protestos de grupos islamitas contra a deposição do presidente Mohammed Mursi, em 3 de julho.
 
A retirada do mandatário islamita, escolhido em eleições diretas, foi coordenada pelos militares, depois que seu governo foi contestado por liberais por tomar medidas autoritárias, querer a aplicação da lei islâmica e ser considerado responsável pela forte crise econômica no país.
 
A saída de Mursi provocou uma forte crise política e intensos protestos da Irmandade Muçulmana, grupo ao qual ele era vinculado. As manifestações terminaram em uma série de confrontos violentos que deixaram mais de 1.200 mortos em dois meses.
 
Em comunicado, o presidente justificou a decisão por causa da "evolução e da situação de segurança no país" e a atentados terroristas. Na última quinta (5), o ministro do Interior, Mohammed Ibrahim, foi vítima de uma explosão de um carro-bomba, reivindicada por um grupo radical islâmico.
 
A prorrogação foi aprovada pelo Conselho de Ministros e entra em vigor a partir desta quinta. Com o decreto, o governo interino chega a seu limite de tempo para manter o estado de emergência, se for seguido o anúncio constitucional emitido em julho, logo após a queda de Mursi.
 
A medida só poderá ser prorrogada se o governo interino convocar um referendo que, se aprovado, pode prolongá-lo por três meses. Durante o período de exceção, o Exército ganha pode de polícia e são suspensos direitos como greve, defesa, propriedade privada e celebração de comícios e eventos políticos.
 
Além do estado de emergência, diversas cidades egípcias, incluindo a capital Cairo, estão submetidas a toque de recolher noturno, que também foi estipulado em 14 de agosto e deveria durar um mês. O governo ainda não se pronunciou a respeito da manutenção da medida.
 
Fonte: Folha
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sexta-feira, 8 de fevereiro de 2013

Tunísia vive greve geral depois da morte de líder opositor

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Os tunisianos foram convocados nesta sexta-feira (8) para uma greve geral em protesto pela morte do político opositor Chukri Bel Aid, assassinado a tiros na última quarta, enquanto continua a incerteza sobre a formação de um novo governo.

A União Geral de Trabalhadores Tunisianos (UGTT) se uniu ontem à convocação feita pelos principais partidos da oposição para uma greve geral coincidindo com o enterro de Bel Aid, considerado o primeiro assassinato político da transição tunisiana, e convocou todas as formações a unirem-se ao cortejo fúnebre nesta sexta-feira.
 
O principal sindicato do país acusou o Governo de "propagar a violência política e social" no país. Por outro lado, o ministro do Interior, Ali Laridi, pediu calma e assegurou através da televisão pública que a Polícia está em estado de alerta.
 
Desde quarta-feira estão sendo realizados vários protestos em mais de uma dezena de cidades em todo o país, incluindo a capital, Túnis. Em muitos deles os protestos derivaram em enfrentamentos entre policiais e manifestantes.
 
Cerca de 50 deputados opositores anunciaram ontem que suspendiam temporariamente sua representação e se retiravam da sessão extraordinária que era realizada pela Assembleia Nacional Constituinte, convocada para discutir a crise suscitada após a morte de Bel Aid.

Enquanto isso, o comitê executivo do principal partido da aliança governista, o Al-Nahda, continua suas deliberações após demonstrar sua rejeição à proposta do primeiro-ministro Hamadi Jabali (membro do Al-Nahda) de formar um Governo de tecnocratas a fim de realizar eleições o mais rápido possível.
 
Fonte: EFE
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quarta-feira, 30 de janeiro de 2013

Entenda a nova onda de protestos e a crise política no Egito

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Em meio a uma nova onda de protestos no Egito, o chefe das Forças Armadas do país afirmou nesta terça-feira que a crise política atual pode levar "ao colapso do Estado".
O comentário, feito pelo general Abdul Fattah al-Sisi na página do Exército no Facebook, se segue a uma madrugada de manifestações em cidades como Porto Said, Ismailia e Suez, onde a população ignorou um toque de recolher imposto pelo presidente egípcio, Mohammed Morsi.
 
Tropas militares foram enviadas às cidades ao longo do canal de Suez, para conter os protestos, que prosseguiram nesta terça. Muitos manifestantes pedem a saída de Morsi.
Nos últimos dias, mais de 50 pessoas morreram durante confrontos.
Leia, abaixo, o que está por trás da atual onda de protestos:
Como começaram os protestos?
Manifestações no Cairo, Alexandria e outras cidades egípcias marcaram, em 25 de janeiro, o segundo aniversário da revolução que derrubou o ex-presidente Hosni Mubarak, mas os protestos acabaram se voltando contra Morsi.
Seculares, cristãos, liberais e outros críticos do governo de Morsi acusam o presidente (do Partido Irmandade Muçulmana), eleito no ano passado, de trair os ideais da revolução.
Há insatisfação popular com a ampliação dos poderes de Morsi e com a nova Constituição aprovada em referendo, mas que muitos dizem favorecer a parcela islâmica da população.
 
Em Porto Said, protestos continuaram no sábado, depois que uma corte local sentenciou 21 pessoas à morte pelos episódios de violência ocorridos em um jogo de futebol, em fevereiro de 2012. Na ocasião, 70 pessoas morreram em confrontos após uma partida do time local al-Masry, que jogava contra o al-Ahly, do Cairo.
Alguns moradores de Porto Said dizem que policais responsáveis pela segurança da partida não foram punidos e que apenas torcedores foram condenados, como bodes expiatórios.
Os protestos estão ligados entre si?
Os protestos nas cidades são separados, mas ligados por fatores comuns, como a perda de confiança nas instituições do Estado (em especial os serviços de segurança e o Poder Judiciário) e a sensação de ausência de lei e ordem.
Qual tem sido a resposta de Morsi?
Na noite de domingo, o presidente fez um pronunciamento na TV anunciando um estado de emergência em três cidades ao longo do canal de Suez: Porto Said, Ismailia e Porto Suez. Ele ordenou um toque de recolher noturno, válido por 30 dias.
Desde então, o gabinete deu ao presidente poderes para mandar o Exército às ruas "para ajudar a polícia a preservar a segurança".
Morsi também chamou a oposição para conversas no palácio presidencial, na tentativa de restaurar a unidade nacional. Mas a principal coalizão oposicionista, a Frente Nacional de Salvação, rejeitou a proposta, alegando que ela é apenas "cosmética" e "vazia de significado".
O que é a Frente Nacional de Salvação?
Em novembro passado, uma parte da fragmentada oposição egípcia se uniu para formar a Frente Nacional de Salvação, criticando um decreto que expandiu os poderes presidenciais e um projeto de Constituição que, na opinião de muitos, favorece os islâmicos.
A Frente alegava que as medidas representavam uma usurpação do poder por parte de Morsi e seu aliados.
Mohamed ElBaradei, ex-diplomata na ONU, é o coordenador da Frente, que inclui também o ex-chanceler e ex-chefe da Liga Árabe Amr Moussa e o líder esquerdista Hamdeen Sabahi.
Recentemente, o grupo ameaçou boicotar as eleições parlamentares, prevista para os próximos meses, caso suas exigências - a formação de um governo nacional e a antecipação do pleito presidencial - não sejam cumpridas.
 
Fonte: BBC Brasil
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terça-feira, 29 de janeiro de 2013

Chefe militar adverte sobre risco de colapso de Estado no Egito

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O chefe do Estado-Maior das Forças Armadas do Egito, Abdel Fattah al Sisi, advertiu nesta terça-feira sobre o risco de colapso do Estado por causa dos protestos violentos da oposição do Egito. Desde sexta (25), mais de 60 pessoas morreram no país.
 
Os protestos acontecem em meio aos dois anos de lembrança da revolta que derrubou o ex-ditador Hosni Mubarak, em 2011, e dias após o veredicto que condenou à morte 21 envolvidos no massacre durante um jogo de futebol em Port Said, que deixou 74 mortos em fevereiro de 2012.
 
Devido à violência dos protestos, o presidente Mohamed Mursi decretou no domingo (27) toque de recolher em três cidades do país e pediu ao Parlamento que autorizasse o uso do Exército na segurança pública, o que aprovado pelo Legislativo na segunda (28).
 
Em mensagem na página do Exército na rede social Facebook, o comandante militar disse que os desafios econômicos, políticos e sociais que o Egito enfrenta representam "uma verdadeira ameaça à segurança do Egito e à coesão do Estado egípcio".
 
"A continuação do conflito entre as diferentes forças políticas e suas diferenças em relação ao comando do país podem levar ao colapso do Estado e ameaçam gerações futuras. A continuação desse cenário sem ser resolvido conduzirá a consequências graves que influenciarão a estabilidade".
Considerando esse cenário, Sisi defendeu que as Forças Armadas continuem a controlar o país e sejam "o bloco coeso e sólido" em que o Estado repousa. Ele também apoiou o toque de recolher em Suez, Port Said e Ismailia, que, para o chefe militar, são cidades estratégicas.
 
No entanto, ele reconheceu que os militares enfrentam o dilema de não poder interferir no direito de livre manifestação dos cidadãos, mas precisam proteger locais cruciais que afetam à segurança nacional. Por isso, ele pediu que as manifestações da oposição sejam pacíficas.
 
AUTORIZAÇÃO
 
Na segunda (28), o Parlamento do Egito autorizou que as Forças Armadas se juntem à polícia para controlar os protestos no país. De acordo com a nova lei,, as forças armadas podem prender civis e encaminhar as queixas para o Ministério Público para que sejam julgadas por tribunais civis.
 
O envio do Exército às ruas foi usado para controlar os ânimos dos opositores em diversas ocasiões pela junta militar que governava o país até junho e pelo próprio Mursi. Na semana passada, as tropas foram usadas para garantir a segurança no Cairo, em Suez e em Port Said.
 
O lei aprovada pelo Senado é parte de uma série de medidas anunciadas por Mursi após cinco dias de manifestações violentas contra seu governo nas principais cidades do país, que coincidiram com os dois anos do início da revolta que levou à queda do ditador Hosni Mubarak.
 
A violência tomou proporções maiores em Port Said, onde foi divulgada no sábado (26) a condenação à pena de morte de 21 acusados de terem provocado o massacre em um estádio de futebol da cidade, em fevereiro de 2012, em que 74 pessoas morreram. Nos protestos de três dias atrás, houve 32 mortes.
 
O presidente também propôs mais uma rodada de diálogos nacionais, assim como feito durante os protestos de dezembro contra a nova Constituição. Assim como no mês passado, o evento foi novamente boicotado pela oposição.
 
Fonte: Folha
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sábado, 26 de maio de 2012

Político islâmico e ex-militar farão 2o turno no Egito

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Resultados preliminares da eleição presidencial egípcia divulgados na sexta-feira indicam que o candidato da Irmandade Muçulmana, Mohamed Mursi, irá enfrentar o brigadeiro da reserva Ahmed Shafiq no segundo turno, em 16 e 17 de junho.

Os resultados oficiais estão previstos apenas para terça-feira, mas um juiz envolvido na totalização disse que, com 90 por cento das urnas apuradas, Mursi e Shafiq lideram. O esquerdista Hamdeen Sabahy aparece em terceiro, segundo essa fonte.

Funcionários da Irmandade Muçulmana disseram que seu candidato teve 25 por cento dos votos, e que Shafiq ficou em segundo lugar. De acordo com essa versão, porém, Sabahy ficou em quarto lugar, atrás do candidato islâmico independente Abdel Moneim Abol Fotouh.

O primeiro turno, realizado na quarta e quinta-feira desta semana, polarizou os egípcios entre aqueles que desejam evitar a eleição de um político religioso e os que temem a volta de políticos ligados ao deposto regime de Hosni Mubarak - de quem Shafiq foi o último premiê.

Shafiq, conhecido por seu jeito direto de falar, era o azarão numa disputa em que o ex-chanceler Amr Moussa e o ex-membro da Irmandade Abol Fotouh despontavam como favoritos.

Sua ascensão reflete a preocupação de muitos egípcios com a desordem e com a violência política que assola o país desde a deposição de Mubarak.

A eleição, que pela primeira vez na história egípcia representa uma disputa real, marca o apogeu de uma turbulenta transição desde a revolta que derrubou Mubarak, há 15 meses. Mas o segundo turno pode motivar mais distúrbios, pois adversários de Shafiq prometem sair às ruas se ele for eleito.

Já a vitória de Mursi, da Irmandade, pode agravar as tensões entre os políticos islâmicos, que são maioria no Parlamento, e as Forças Armadas, que há 60 anos dominam a política do país, e devem manter forte influência depois que a junta militar empossar o novo presidente, em 1o de julho.

Cristãos e liberais laicos, preocupados com suas próprias liberdades e com o futuro do vital setor turístico egípcio, veem com temor as propostas da Irmandade para a adoção de uma legislação islâmica.

"Agora os egípcios vão ter de escolher entre a revolução e a contrarrevolução. A próxima votação será o equivalente a um referendo sobre a revolução", disse à Reuters Mohamed Beltagy, dirigente da Irmandade.

Mas os políticos islâmicos demoraram a aderir à revolução que derrubou Mubarak no ano passado, e alguns jovens envolvidos naquele movimento ficaram indignados com o resultado do primeiro turno, que lhes privou de uma opção mais liberal.

"Estou chocado", disse o taxista Tareq Farouq, 34 anos, no Cairo. "Como isso pôde acontecer? As pessoas não querem Mursi nem Shafiq. Estamos fartos de ambos. Eles estão levando as pessoas de volta à praça Tahrir", afirmou, numa alusão ao local do Cairo que foi o epicentro da revolta contra Mubarak.

A direção da Irmandade disse que vai se reunir "para galvanizar os eleitores islâmicos e egípcios para enfrentar o bloco dos 'feloul'", termo pejorativo que alude a remanescentes do regime de Mubarak.

O partido convidou políticos de outras correntes, inclusive Abol Fotouh e Sabahy, para discutir uma futura coalizão, segundo Yasser Ali, dirigente do Partido Liberdade e Justiça, braço político da Irmandade.

Fonte: Reuters
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ONU: Partes 'significativas' de cidades da Síria estão sob controle da oposição

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Os grupos sírios que lutam contra o regime do presidente Bashar al-Assad controlam atualmente partes "significativas" de algumas cidades, ressaltou o secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, em seu último relatório sobre este conflito ao qual a AFP teve acesso nesta sexta-feira.

Os esforços das Nações Unidas para por fim ao conflito tiveram apenas "pequenos progressos" e a missão da ONU foi testemunha de uma "considerável destruição física", indicou Ban no relatório enviado ao Conselho de Segurança.

"A crise é permanente e se caracteriza por sistemáticos atos de violência, uma degradação das condições humanitárias, violações aos direitos humanos e uma confrontação política contínua", segundo o texto.

"Há uma impaciência crescente pelo status quo, mas também há falta de confiança diante da possibilidade de uma transição autêntica", de acordo com o relatório. "Apesar de muitos temerem a militarização do conflito, outros têm dúvidas sobre uma possível evolução pacífica", completou.

"A sofisticação e o tamanho das bombas empregadas sugerem um alto nível de experiência, que poderá indicar que grupos terroristas instalaram-se" no país, diz o relatório.

A ONU indica que mais de 10.000 pessoas morreram violentamente durante o conflito desencadeado há 15 meses. Uma suspensão das hostilidades foi anunciada oficialmente no dia 12 de abril, mas ela nunca foi respeitada.

Nem as forças de segurança do governo Assad nem a oposição implementaram o plano de paz de seis pontos proposto pelo enviado da ONU e da Liga Árabe, Kofi Annan.

Ban Ki-moon ressaltou que a missão da ONU confirmou "a considerável destruição física de várias localidades resultante do conflito, com algumas áreas opositoras seriamente atingidas".

A missão "também indicou que partes significativas de algumas cidades parecem estar de fato sob controle de elementos da oposição. Existe uma atmosfera generalizada de tensão, desconfiança e temor", ressalta o relatório.
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quinta-feira, 24 de maio de 2012

Irmandade Muçulmana diz que resultados iniciais indicam vitória de Mursi

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O movimento Irmandade Muçulmana anunciou nesta quinta-feira que seu candidato à Presidência do Egito, Mohammed Mursi, foi o mais votado no primeiro turno das eleições desta semana, segundo os primeiros resultados manejados pelo grupo.

Em entrevista coletiva, o vice-presidente do Partido Liberdade e Justiça - braço político da Irmandade -, Essam el-Erian, explicou que o resultado nos mais de 200 colégios onde já terminou a contagem dos votos indica vitória de Mursi.

O coordenador da campanha de Mursi, Salah Abdel Maqsud, lembrou que os dados divulgados até agora são provisórios, pois há mais de 13 mil colégios eleitorais em todo o país, mas destacou que tudo indica que Mursi passará ao segundo turno, que, se necessário, será realizado nos dias 16 e 17 de junho.

Abdel Maqsud destacou que as eleições transcorreram em um ambiente tranquilo e sem incidentes significativos.

A expectativa é que os resultados oficiais só sejam divulgados na próxima terça-feira, mas a Irmandade Muçulmana já avisou que irá divulgar seus dados conforme vá recebendo de sua ampla rede de delegados nos colégios de todo o país.

Em declarações à imprensa, um dos principais dirigentes da Irmandade, Mohammed Beltagui, comentou sobre a possibilidade de o general reformado Ahmed Shafiq, último primeiro-ministro de Hosni Mubarak, disputar o segundo turno com Mursi, o que a transformaria "em um plebiscito sobre a revolução".

"Se Shafiq chegar ao segundo turno, será como se os egípcios fossem perguntados se estão com a revolução ou se se arrependem e preferem voltar ao antigo regime", disse.

As históricas eleições presidenciais que começaram na quinta-feira no Egito se realizam 15 meses depois da revolução que conseguiu acabar com 30 anos de mandato autoritário de Mubarak.

Fonte:  EFE
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Exército do Iêmen mata 33 militantes no sul do país

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Soldados iemenitas entraram em confronto com militantes islâmicos em cidades do sul do país nesta quinta-feira, como parte de uma ofensiva ampliada, com o apoio dos Estados Unidos, para tentar estabilizar a nação árabe que se transformou em uma base para a Al Qaeda.

Países ocidentais e do Golfo Pérsico têm observado com cada vez mais alarme a crise política no Iêmen, que deu à Al Qaeda a oportunidade de desenvolver uma base, a partir do qual lança ataques ao redor do mundo.

Os insurgentes no sul aproveitaram os protestos populares do ano passado contra o ex-presidente Ali Abdullah Saleh para tomar grandes porções do território.

Oficiais do Exército e moradores disseram que ao menos 33 militantes morreram nos confrontos pesados de quinta-feira com o Exército iemenita nos subúrbios da cidade de Jaar, na província de Abyan. Entre os mortos, havia um somali e um egípcio que lutavam do lado dos insurgentes, afirmaram eles.

Caças iemenitas também lançaram ataques em Jaar, mas não foi registrada nenhuma morte, afirmaram moradores.

Na cidade de Zinjibar, de importância estratégica, os militantes islâmicos lançaram um contra-ataque contra as forças do governo a partir da parte oriental da cidade, mas foram forçados a recuar, afirmou um oficial do Exército. Um soldado ficou ferido no confronto.

Os militantes têm dado abrigo e apoio ao braço regional da Al Qaeda, que na segunda-feira matou cerca de 100 soldados em um atentado suicida em uma parada militar na capital do Iêmen, Sanaa.

Fonte: Reuters
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terça-feira, 22 de maio de 2012

Egípcios escolhem presidente pela primeira vez

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Os egípcios vão às urnas na quarta-feira na primeira eleição presidencial livre no país irá opor políticos islâmicos a ex-integrantes do deposto regime de Hosni Mubarak.

Durante os 30 anos de governo do "faraó" Mubarak, as eleições eram meras encenações, com resultados já conhecidos de antemão. Os regimes anteriores, sob o domínio de faraós, sultões, reis e militares, tampouco eram democráticos.

Agora, espera-se que os 50 milhões de eleitores registrados compareçam em peso às seções eleitorais para decidir quem irá governar o país depois que a Junta Militar encerrar formalmente a atual fase de transição, em 1o de julho. Desde a deposição de Mubarak, em fevereiro de 2011, o Egito vive uma fase de violência, protestos e impasse político.

"Claro que vou votar. Quero mudança. Não podemos ficar nessa situação bagunçada pelo resto das nossas vidas", disse o contabilista Wael Azmy, que vai tirar folga na quarta-feira para poder encarar a fila que ele espera encontrar nos locais de votação.

A campanha eleitoral oficial, que durou três semanas, terminou no domingo. Durante esse período, houve o primeiro debate televisionado na história do país, envolvendo dois candidatos, e os jornais publicaram entrevistas e anúncios. Cartazes e faixas dominam as ruas.

Nenhum dos 12 candidatos deve obter maioria absoluta no primeiro turno, que acontece na quarta e quinta-feira. Por isso, provavelmente haverá um segundo turno em junho.

Quem vencer terá pela frente a enorme tarefa de realizar reformas e promover o crescimento econômico. As Forças Armadas, que foram um pilar do regime de Mubarak, devem manter uma considerável influência política pelos próximos anos, embora digam que seu interesse é abrir mão do poder.

"Com estas eleições, completaremos o último passo do período de transição", disse o general Mohamed el-Assar em entrevista coletiva.

Há poucas pesquisas confiáveis para indicar quem é o favorito.

O Ocidente, sempre receoso da ascensão de políticos islâmicos, e Israel, preocupado em manter a paz instaurada em 1979 com o Egito, acompanham atentamente o pleito, depois de verem os grupos islâmicos formarem maioria na eleição parlamentar que terminou em janeiro.

Muitos países do golfo Pérsico também se mostram preocupados com os destinos do mais populoso país árabe. Suas monarquias conservadoras até agora escaparam relativamente ilesas da onda de rebeliões democráticas que ficou conhecida como Primavera Árabe.

Tentando atenuar essas preocupações internacionais, o candidato da Irmandade Muçulmana, Mohamed Mursi, prometeu no seu comício final, no domingo, que "não vamos exportar nossa revolução para ninguém".

Mursi entrou na disputa na última hora, depois da exclusão pelas autoridades do candidato titular da Irmandade. Ele não tem muito carisma, mas pode se valer da forte estrutura da Irmandade.

Entre seus rivais estão Abdel Moneim Abol Fotouh, um político islâmico que atrai um amplo contingente de apoiadores, de liberais a radicais salafistas; Amr Moussa, ex-chanceler e ex-dirigente da Liga Árabe, cujo nome é muito conhecido dos eleitores; e Ahmed Shafiq, ex-comandante das Forças Armadas e último primeiro-ministro de Mubarak.

Numa arrancada de última hora desponta Hamdeen Sabahy, um esquerdista inspirado por Gamal Abdel Nasser, cujos "Oficiais Livres" derrubaram o rei Farouk em 1952 e estabeleceram o sistema que fez com que militares ocupassem a presidência nos últimos 60 anos.

Sob pressão dos Estados Unidos, Mubarak realizou em 2005 uma eleição presidencial com vários candidatos, mas as regras impediram qualquer desafio real contra ele. Outra votação deveria ter acontecido em 2011, mas ele foi derrubado antes disso.

Fonte: Reuters
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terça-feira, 28 de fevereiro de 2012

Rebeldes sírios asseguram ter derrubado 3 helicópteros militares

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Pelo menos três helicópteros das Forças Armadas sírias foram derrubados nesta terça-feira pelos disparos de militares desertores na província de Aleppo, perto da fronteira com a Turquia, informou o "número dois" do ELS (Exército Livre Sírio), Malek Kurdi.

Kurdi explicou que membros do ELS abriram fogo com armas leves contra os helicópteros, em resposta a um ataque do Exército leal ao presidente Bashar al-Assad contra os povoados de Ezaz, Andan e Kashkaraz, em Aleppo.

Segundo o braço direito do ELS, as forças armadas sírias utilizaram carros de combate e helicópteros, que saíram do aeroporto de Mang, em Aleppo, para irromper nos três municípios.

Os soldados desertores conseguiram derrubar as aeronaves com armas leves devido a sua antiguidade, acrescentou Kurdi, ao precisar que um caiu em Andan e outro perto do aeroporto de Mang, enquanto se desconhece o lugar onde se encontra o terceiro.

"Sempre que aumenta a força do ELS, o Exército de Assad responde com o uso de armas de uma maneira mais violenta", destacou Kurdi.

Sobre a situação no reduto opositor de Homs, no centro do país, Kurdi afirmou que a cada dia que passa há mais reforços do Exército, aos quais fazem frente dezenas de membros do ELS.

O dirigente desertor não descartou a hipótese de as forças do regime empregarem no futuro aviões de guerra em vez de helicópteros.

"Agora há bombardeios indiscriminados e execuções coletivas em todos os povoados revolucionários", acrescentou o "número dois" do ELS.

Fonte: EFE
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domingo, 20 de novembro de 2011

Presidente sírio diz que não se curva diante de pressão internacional

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O presidente sírio, Bashar al-Assad, disse que seu país não vai se curvar diante da pressão internacional e que vai continuar enfrentando as "gangues armadas" que, segundo ele, vêm gerando violência nas ruas.

Em entrevista ao jornal britânico Sunday Times, ele disse que a unidade e a estabilidade na Síria estão em risco.

Um ultimato dado pela Liga Árabe ao país para o fim da repressão violenta dos protestos anti-governo terminou na noite de sábado, mas não há sinais de que os confrontos estejam diminuindo.

Assad aceitou em princípio o plano de paz do grupo de nações árabes, mas teria proposto mudanças no número de observadores a ser enviado ao país, que seria reduzido de 500 para 40.

O papel dos observadores seria supervisionar a implementação do plano de paz, que prevê que o governo pare de atacar manifestantes, retire militares de áreas de tensão e comece negociações com a oposição.

As alterações estão sendo analisadas pela Liga Árabe, mas críticos dizem que a negociação é apenas uma manobra do governo sírio para ganhar tempo.

'Terremoto' no Oriente Médio

Na entrevista ao Sunday Times, Assad acusou a Liga Árabe de criar um pretexto para uma invasão ocidental em seu país, o que, segundo ele, criaria um "terremoto" no Oriente Médio.

O presidente prometeu realizar eleições em fevereiro ou março, quando os sírios escolheriam representantes no Parlamento para criar uma nova constituição. Esta, por sua vez, determinaria a realização eleições presidenciais no futuro.

"Essa constituição vai lançar as bases de como eleger um presidente, se um presidente é necessário ou não... As urnas vão decidir quem deve ser presidente", disse ele.

Segundo o Observatório Sírio de Direitos Humanos, um grupo de oposição baseado na Grã-Bretanha, ao menos 27 pessoas morreram em confrontos no sábado.

Quatro delas eram agentes da inteligência do governo, cujo carro teria sofrido uma emboscada na cidade de Hama realizada por homens armados, que seriam desertores do Exército.

Granadas


Duas granadas teriam atingido nesta madrugada um prédio do partido do governo, o Baath, na capital Damasco, segundo relatos de moradores e ativistas.

Se confirmado, este seria o primeiro ataque do tipo na capital, desde o início do levante contra o governo do presidente Bashar al-Assad em março.

Após relatos iniciais de fumaça no prédio, bombeiros teriam sido enviados até o local.

A situação teria voltado ao normal na manhã deste domingo, mas um repórter da BBC diz que as forças de segurança ainda estão dentro do prédio.

Um grupo de desertores do Exército sírio teria assumido a responsabilidade pelo ataque.

Analistas afirmam, no entanto, que há alguma suspeita de que o próprio regime possa estar por trás do incidente, como forma de justificar sua posição de que terroristas armados são os responsáveis pelos protestos no país.

Segundo a ONU, mais de 3,5 mil pessoas já morreram na Siria desde o início dos protestos pró-democracia, em março.

O governo sírio vem restringindo a entrada de jornalistas estrangeiros no país, tornando difícil a verificação e a confirmação dos acontecimentos no local.
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sexta-feira, 18 de novembro de 2011

Emir do Kuwait ordena repressão aos protestos

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O emir do Kuwait ordenou nesta quinta-feira às forças de segurança que adotem "todas as medidas necessárias" para manter a ordem, um dia após milhares de manifestantes ocuparem o Parlamento.

O emir, xeque Sabah Al Ahmad Al Sabah, presidiu hoje uma reunião extraordinária do governo dedicada à manifestação da noite de quarta-feira, quando milhares de pessoas invadiram o Parlamento para exigir a renúncia do primeiro-ministro, xeque Nasser Mohamad al Ahmad al Sabah, sobrinho do emir.

"O emir ordenou ao ministério do Interior e à Guarda Nacional que adote todas as medidas necessárias" para enfrentar "tudo o que possa atentar contra a segurança e a estabilidade do país".

O dirigente também concedeu às forças de segurança "todas as prerrogativas necessárias para garantir a firme aplicação da lei com a finalidade de sufocar estes atos de provocação".

O emir qualificou a manifestação de "ato irresponsável" e afirmou que trata-se de um passo "para o caos e a instabilidade do país".

Segundo o ministério do Interior, cinco membros das forças de segurança e um guarda nacional ficaram feridos nos confrontos.

A oposição acusou hoje o governo de querer "instaurar um Estado policial" no Kuwait e convocou novas manifestações.

Para o deputado da oposição Mubarak al Waalan, "os jovens militantes utilizaram seu direito legítimo de protestar contra a corrupção generalizada e os ataques à Constituição".

Milhares de manifestantes invadiram na quarta-feira o prédio do Parlamento, após as forças da ordem reprimirem um protesto exigindo a demissão do primeiro-ministro.

Os manifestantes forçaram as portas e entraram na sala principal do prédio, onde cantaram o hino nacional, antes de sair do local. O grupo, reunido diante do Parlamento, pretendia inicialmente seguir para a residência do primeiro-ministro, mas foi dissuadido pela polícia, que agiu com violência.

Segundo testemunhas, cinco pessoas ficaram feridas e tiveram que receber atenção médica.

O Kuwait é sacudido há várias semanas por um escândalo de corrupção, no qual vários deputados ligados ao governo receberam subornos milionários.

A revelação do escândalo provocou uma forte mobilização da oposição contra o governo do xeque Nasser Mohamad, acusado de ser responsável pela corrupção generalizada e pela deterioração dos serviços públicos.

Fonte: AFP
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quinta-feira, 17 de novembro de 2011

Ataque de desertores na Síria parece "guerra civil", diz Rússia

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O ministro de Relações Exteriores russo, Sergei Lavrov, disse nesta quinta-feira que o ataque de desertores do Exército sírio contra um complexo de inteligência se parecia com um ato de guerra civil e reiterou o pedido de Moscou de abertura de negociações entre o regime Sírio e seus opositores.

Ele disse que tais negociações deveriam ocorrer na sede da Liga Árabe.

"Assistimos a notícias na televisão indicando que uma nova força, o chamado Exército Livre da Síria, eu acredito, organizou um ataque contra um prédio do governo pertencente às forças armadas sírias. Isso já é completamente igual a uma verdadeira guerra civil", disse Lavrov a jornalistas, após encontro com o ministro de Relações Exteriores da índia, S.M. Krishna, em Moscou.

O ataque ao complexo de inteligência na periferia da capital síria, Damasco, ocorreu na madrugada de quarta-feira.

A Rússia pediu ao ditador sírio, Bashar Assad, a implementação mais rápida das reformas prometidas, mas disse que seus opositores também têm culpa pela violência.

Segundo a Organização das Nações Unidas, mais de 3.500 pessoas morreram desde o início da repressão do governo contra manifestantes, há oito meses.

A Rússia e a China vetaram, no mês passado, uma resolução no Conselho de Segurança da ONU que teria condenado o regime de Assad pela violência.

Fonte: Reuters
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sexta-feira, 4 de novembro de 2011

Na Líbia, luta armada pode durar mais que a revolução

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Muitos dos líderes das milícias que ajudaram a derrubar Muamar Kadafi estão abandonando a promessa de entregar as armas e agora dizem que pretendem preservar sua autonomia e influenciar as decisões políticas como "guardiões da revolução".

A questão das milícias é uma das mais urgentes enfrentadas pelo governo interino da Líbia, o Conselho Nacional de Transição (CNT). Dezenas de brigadas de voluntários armados surgiram em todo o país e muitas vezes elas respondem a conselhos militares locais, que se tornaram o principal órgão de governo em cidades como Misrata e Zintan, bem como na capital, Trípoli.

O primeiro-ministro Mahmoud Jibril sugeriu em uma entrevista coletiva na noite de domingo que, em vez de esperar que as milícias locais se dispersem, o CNT deve tentar incorporá-las para incluir seus representantes nas decisões.

"Ninguém quer desistir das armas agora e muitas tribos e cidades estão acumulando armas ‘caso necessitem’”, disse Mahmoud Shammam, porta-voz da diretoria do conselho.

Relatos de confrontos esporádicos entre as milícias, bem como o assassinato de muitos líderes civis e alguns combatentes por vingança, atestam a mudança das milícias de um papel em que apenas recusam a entrega de armas a outro em que desafiam continuamente a frágil autoridade política do conselho.

"Isto poderia levar a uma confusão, ao conflito entre os conselhos", disse Ramadan Zarmoh, 63 anos, líder do conselho militar de Misrata, que argumentou que a milícia da cidade deve ser dissolvida imediatamente após a criação de um novo Ministério da Defesa. "Se quisermos ter democracia, não podemos ter isso."

Sua opinião, no entanto, parece ser a da minoria. Muitos membros dos conselhos militares insistem que precisam permanecer armados até que uma nova Constituição seja ratificada, porque eles não confiam no fraco governo provisório para levar a Líbia à democracia por conta própria.

"Nós – o povo que atua no combate – é que temos o poder e não vamos abrir mão disso até que tenhamos um governo legítimo que surgirá a partir de eleições livres e justas", disse Anwar Fekini, um advogado franco-líbio que é líder dos grupos armados nas montanhas ocidentais e também está próximo aos principais líderes do CNT.

"Vamos garantir que seja implementada uma Constituição civil e um regime democrático no país", acrescentou, "e vamos utilizar todos os meios disponíveis para isso – principalmente nossas forças em campo”.

Líderes da milícia já demonstraram sua determinação em entrar no processo político. Antes de o governo provisório nomear um novo primeiro-ministro na noite de segunda-feira, os líderes locais de Misrata – falando sob a condição de anonimato para evitar uma disputa aberta com o conselho nacional – ameaçaram que, se não chegarem a acordo sobre um candidato que considerem satisfatório, os conselhos militares locais de cidades no oeste da Líbia poderiam interceder para decidir a questão.

A escolha para primeiro-ministro, Abdel Rahim el-Keeb, um engenheiro e empresário de Trípoli, satisfez as cidades ocidentais e resolveu a questão pacificamente. Mas as autoridades do CNT afirmam que a ameaça de intervenção em si compromete a transição para uma democracia civil, na qual as disputas são resolvidas com cédulas e não com armas.

Shammam disse que a intervenção armada "seria um desastre" e que a adoção de uma nova Constituição deve acontecer "sob o escudo da lei – delegacias de polícia, juízes – ao invés de sob conselhos militares e da força de armas".

Ele e outros no CNT dizem esperar que o próximo governo de transição comece a criar um Exército nacional e desmantele os conselhos militares locais. Referindo-se à eleição prometida de um órgão governamental ainda este ano, ele acrescentou: "Se os conselhos militares começarem a ampliar e expandir sua ação, eles substituirão uma assembleia nacional."

Alguns apontam para o vizinho Egito, onde conselhos militares tomaram o poder na derrubada do presidente Hosni Mubarak e têm atrasado a transição para o controle civil. Outros dizem que existe o perigo de a Líbia poder se assemelhar ao caos que tomou conta do Iêmen ou da Síria porque existem várias milícias autônomas prestes a assumir um papel político – em Trípoli, nas cidades de montanha ocidentais como Zintan e suas vizinhas, em Misrata, e na cidade de Benghazi.

No leste e em Trípoli, algumas das maiores e mais bem equipadas brigadas estão associadas a grupos islâmicos que agora formam partidos políticos. "Eles vão manter as armas enquanto não fizerem parte do poder", previu Shammam, que é liberal.

Já houve confrontos entre grupos armados. Há duas semanas, os combatentes de Zintan e Misrata lutaram brevemente no aeroporto de Trípoli, deixando cerca de três mortos, disse Abed al Rzag Bakesh, 40, um líder militar de Zintan. Ele disse que provocações de um partidário de Kadafi disfarçado causaram o confronto.

Na semana passada, um tiroteio irrompeu entre os dois grupos na Praça dos Mártires da capital, que o conselho militar local proibiu para combatentes.

O CNT prometeu uma "declaração constitucional" dentro de oito meses após a seleção de um novo governo, que irá realizar eleições para uma assembleia nacional responsável por supervisionar a redação de uma Constituição.

Sem tradição democrática, as autoridades provisórias da Líbia precisam criar distritos eleitorais e elaborar um sistema de votação – decisões com inevitáveis ganhadores e perdedores, politicamente e geograficamente.

Durante a rebelião, oficiais do Conselho Nacional de Transição prometeram dar voz igual a todos os líbios, independentemente da sua localização ou posição política.

Fonte: The New York Times
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terça-feira, 1 de novembro de 2011

Há armas químicas na Líbia, diz primeiro-ministro interino

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O primeiro-ministro interino da Líbia, Mahmoud Jibril, confirmou que há armas químicas no país. Segundo ele, inspetores internacionais chegam esta semana para a investigação e análise do material existente.

De acordo com Jibril, não há interesse do NCT (Conselho Nacional de Transição), que governa temporariamente o país, em manter esse arsenal bélico.

"Gostaríamos de assegurar que a nova Líbia será um país pacífico e é do nosso interesse que não existam armas", afirmou, sem detalhar as informações identificadas pelo governo provisório.

Segundo ele, além da ONU, o tema será coordenado com o apoio das organizações não governamentais. "Há organizações internacionais que tomarão conta do assunto", disse Jibril.

O inspetor Ian Martins, enviado pela ONU à Líbia, informou aos Conselho de Segurança que há vários locais no país com armas nucleares.

Uma resolução da ONU, prevista para ser votada nos próximos dias, apela às autoridades líbias pela destruição das reservas de armas químicas em coordenação com organizações internacionais.

Fonte: Agência Brasil
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quinta-feira, 27 de outubro de 2011

Nova aliança militar vai apoiar Líbia no lugar da Otan

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O principal general do Catar disse na quarta-feira que os países ocidentais propuseram a criação de uma nova aliança liderada pelo Catar para apoiar a Líbia depois que a Otan terminar sua missão no país do norte africano.

O general falou depois que a Otan adiou até o final desta semana uma reunião que era esperada para formalizar a decisão de terminar a missão na Líbia no final do mês, depois que autoridades líbias pediram que a missão fosse mantida por mais tempo.

"Depois que ficou claro que a Otan tem uma visão para se retirar em um determinado ponto, os países ocidentais amigos da Líbia propuseram essa ideia de criar uma nova aliança para continuar a apoiar a Líbia", disse o chefe do Estado-Maior do Catar, general Hamad bin Ali al-Attiyah, em comentários transmitidos pela televisão Al Jazeera.

"E eles pediram que ela seja dirigida pelo Catar, porque o Catar é um amigo deles e um amigo próximo da Líbia", acrescentou sem dar mais detalhes.

Attiyah disse também que centenas de soldados do Catar estavam no terreno na Líbia ajudando os combatentes que derrubaram Muammar Gaddafi.

Em Paris, o Ministério das Relações Exteriores francês disse que uma proposta de extensão da missão da Otan seria estudada.

"Vamos levar em consideração com nossos parceiros este pedido. A França continua a apoiar e ajudar o Conselho Nacional de Transição (da Líbia). Nós saudamos a libertação da Líbia e o fato de que a operação, militarmente falando, está em seu fim", disse um porta-voz do ministério do Exterior.

Questionado se uma missão liderada pela Catar seria possível, o porta-voz disse: "Tomamos conhecimento desta notícia, mas é muito cedo para comentar sobre isso e não faria de forma unilateral".

O Catar desempenhou um papel-chave na obtenção de uma resolução da Liga Árabe pedindo proteção internacional aos civis da Líbia no início do levante em março, que culminou na derrubada de Gaddafi após mais de quatro décadas no poder.

Eles também enviaram aviões de guerra para ajudar a operação liderada pela Otan para cumprir o mandato da ONU para proteger os civis.

O líder interino da Líbia, Mustafa Abdel Jalil, disse na quarta-feira na capital do Catar que a Otan deve continuar presente na Líbia até o final do ano para ajudar a prevenir que combatentes leais a Gaddafi fugam do país e escapem da Justiça.

A Otan disse que não tem a intenção de manter forças na região da Líbia após o término de sua missão e tem afirmado repetidamente que o seu mandato da ONU é para proteger os civis, não para perseguir indivíduos, embora o próprio Gaddafi tenha sido capturado depois que seu comboio foi atingido em um ataque aéreo da Otan.

Esperava-se que embaixadores da Otan se reunissem na quarta-feira para formalizar uma decisão preliminar tomada na semana passada de terminar a missão em 31 de outubro. A porta-voz da otan Carmen Romero disse que esta reunião foi adiada.

Fonte: Reuters
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Jordânia e Turquia se unem para pressionar regime de Assad na Síria

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Jordânia e Turquia exigiram nesta quarta-feira ao regime do ditador sírio, Bashar al Assad, que ponha fim a repressão aos civis no país e adote todas as reformas políticas requisitadas. Estimativas das Nações Unidas apontam que o governo já matou mais de 3.300 pessoas em seus esforços para conter os protestos.

Realizada em Amã, a chamada foi divulgada pelos ministros de Relações Exteriores turco e jordaniano, Ahmet Davutoglu e Nasser Judeh, respectivamente, que se reuniram com o rei Abdullah 2º da Jordânia.

Em entrevista coletiva conjunta, Davutoglu expressou o apoio da Turquia às reivindicações dos manifestantes sírios, que desde março pedem a queda do regime de Assad.

O ministro de Relações Exteriores turco pediu "o fim das operações militares em todas as cidades da Síria, a retirada das tropas e a execução das mudanças políticas necessárias".

Por sua parte, Judeh afirmou que a Síria sofre "circunstâncias difíceis e lamentáveis", indicando que a reunião desta quarta buscava "acabar com o derramamento de sangue e garantir a segurança e a estabilidade".

Judeh destacou que suas conversas com o colega turco também abordaram a visita de uma delegação da Liga Árabe até Damasco, definida como "uma tentativa de encontrar uma solução para a crise da Síria".

Os dois ministros também expressaram o respaldo de seus países à solução do conflito palestino-israelense sobre a base de dois Estados, que prevê a criação de um Estado palestino independente que consiga viver em paz com Israel.

Neste sentido, o ministro de Relações Exteriores da Turquia advertiu que a situação no Oriente Médio poderia "se deteriorar ainda mais", uma vez que a comunidade internacional não exerce "uma forte pressão" sobre Israel para que o país aceite a criação de dois Estados dentro do período de um ano.

Fonte: EFE
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