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sábado, 12 de outubro de 2013

Em carta, Brasil pediu a Thatcher para não enviar tropas às Malvinas

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Dias antes de as tropas britânicas desembarcarem de forma maciça nas Malvinas, na guerra de 1982 contra a Argentina, o governo brasileiro fez um último apelo direto à então primeira-ministra Margaret Thatcher para evitar o confronto.
 
É o que revela carta do então presidente João Baptista Figueiredo (1918-1999), enviada à premiê em 12 de maio daquele ano.

O documento, com registro de "caráter pessoal", foi identificado pela Folha no acervo da Fundação Margaret Thatcher, que cuida dos arquivos da "Dama de Ferro".
 
Segundo a entidade, a carta se tornou disponível este ano, em meio a outros papéis, dias antes de ela morrer, em 8 de abril, vítima de derrame.

Uma lei britânica prevê acesso a documentos de um governo depois de 30 anos.

O apelo de Figueiredo, que alerta para riscos a todo o continente, foi em vão. Nove dias depois, em 21 de maio, forças britânicas chegaram às Malvinas, numa reação à invasão argentina no dia 2 de abril, desencadeando o momento mais grave e sangrento da guerra.

A manchete da Folha do dia seguinte, 22, foi "Ingleses invadem Malvinas". A disputa durou até 14 de junho de 82, deixou mais de 900 mortos e terminou com vitória britânica. Até hoje, a diplomacia entre os dois países não superou a guerra.

No dia em que enviou a carta ao Reino Unido, Figueiredo visitava, em Washington, o presidente dos EUA, Ronald Reagan, aliado de Thatcher. O brasileiro se equilibrava numa tentativa de posição neutra em relação à guerra.
 
Figueiredo começa a mensagem a Thatcher citando uma carta dela do dia anterior, em que a premiê teria se mostrado disposta a iniciar uma negociação.

Diz o presidente: "Tendo em mente o avanço da atividade militar no Atlântico Sul, o que aumenta os riscos de um confronto armado de proporções graves, quero reiterar a Vossa Excelência a preocupação do meu país, do governo e da opinião pública, que tais riscos podem estragar os esforços diplomáticos que estão sendo feitos pelo Secretário-Geral das Nações Unidas, Sr. Perez de Cuellar".

"Tal ocorrência, como sua Excelência pode imaginar, pode ter repercussões graves e profundas tanto na imagem continental americana, bem como em todo o mundo", continua a carta. E conclui: "Espero, portanto, que as partes em nenhum momento deixem de adotar flexível e construtiva atitude nas presentes negociações nas Nações Unidas".

"RARO"

Mestre em História Comparada pela UFRJ (Universidade Federal do Rio de Janeiro) e um dos maiores estudiosos da posição do Brasil durante a guerra, Rafael Macedo Santos destaca a importância do documento, cujo conteúdo desconhecia.

Sabia-se até hoje apenas do teor de uma mensagem enviada um mês antes, 10 de abril, e divulgada na época pelos jornais.

"Sem dúvida, é um documento muito raro por se tratar de uma fonte primária. Figueiredo menciona diretamente os riscos para a segurança interamericana", afirma Macedo Santos.

"Essa carta de 12 de maio é importante porque foi a última tentativa do Brasil de buscar um acordo entre as partes, o que na altura dos acontecimentos, todos sabiam que parecia impossível", ressalta o historiador.

Uma carta de 10 de abril de 82, logo depois de a Argentina invadir as Malvinas, também foi liberada este ano pela fundação de Thatcher.

Nela, Figueiredo é mais discreto. O presidente pede que se encontre uma solução e coloca o Brasil à disposição para "contribuir" no diálogo.
 
Fonte: Folha
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segunda-feira, 7 de outubro de 2013

Nova agência de serviço secreto começa a funcionar no Reino Unido

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Na Grã-Bretanha começa a funcionar a Agência Nacional Anticrime (NCA, na sigla em inglês). O principal objetivo do novo serviço secreto será o combate a grupos de crime organizado, cujo número ascende no país para cerca de 6 mil.
 
A NCA terá faculdades bastante amplas: a agência irá lutar contra o trato de escravos, exploração sexual, migração ilegal, violência contra crianças, tráfico de drogas e armas, cibercrime. O pessoal do novo serviço de segurança contará com cerca de 4.500 membros.

Esta já é a terceira agência de tal índole criada nos últimos 15 anos. Os críticos dizem que a NCA não é senão uma reedição dos serviços de segurança já existentes, mas dotada de menos recursos.

Fonte: Voz da Rússia
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sábado, 31 de agosto de 2013

Decisão britânica sobre Síria abala relação com os EUA

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A votação dos parlamentares britânicos contra a intervenção militar na Síria deve provocar reações negativas no governo do presidente americano Barack Obama.
A tendência dos britânicos sempre foi a de apoiar os Estados Unidos, e a rejeição aos planos de Obama vai deixar marcas.
 
Antes da votação, o governo americano estava bastante otimista em relação às dificuldades do primeiro-ministro britânico, David Cameron, e a demora britânica em se juntar a uma ação conjunta.
A história agora parece ser diferente, já que o governo britânico, frequentemente apontado como um poodle dos Estados Unidos, anunciou que não participará de uma intervenção militar na Síria.
Um funcionário do alto escalão do governo americano afirmou à BBC que os Estados Unidos vão continuar a consultar o governo britânico, que consideram "um de nossos mais próximos aliados e amigos".
Mas o mesmo funcionário acrescenta: "A tomada de decisão do presidente Obama será guiada observando os melhores interesses dos Estados Unidos. Ele acredita que há questões importantes em jogo para os Estados Unidos e que países que violam as normas internacionais sobre o uso de armas químicas precisam ser responsabilizados."
Em outras palavras, os Estados Unidos podem agir sozinhos.
Mas trata-se de um assunto desconfortável. Não há dúvida de que o país tem poderio militar para atacar a Síria, mas esse não é o ponto.
Obama sempre defendeu a busca do mais amplo apoio internacional possível. E ser abandonado por um de seus aliados mais próximos deixa o presidente dos Estados Unidos particularmente exposto.
A expectativa agora é de que seja reforçada a ênfase no papel da França, dos turcos e talvez de outros países em uma intervenção na Síria. Isso fortalecerá a mão daqueles no Congresso americano que argumentam que eles também deveriam realizar uma votação sobre o assunto.
Também dificulta substancialmente o esforço de Obama de obter o apoio da população americana, que, até agora, parece estar pouco impressionada por seus argumentos por uma ação militar (segundo a última pesquisa de opinião, apenas 9% dos americanos concordam com a intervenção).
É provável que muitos funcionários britânicos em Washington tentem reafirmar a seus parceiros americanos que a derrota no Parlamento foi um episódio isolado e que não afetará a relação entre os dois países.
Mas essa relação não se limita à cultura, à história e à língua. Trata-se de uma relação militar e de inteligência acima de tudo.
E, se os britânicos não conseguem fazer valer essa aliança, muitos nos Estados Unidos vão passar a se perguntar "o que é tão especial" na relação entre os dois países.
 
Fonte: BBC Brasil
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terça-feira, 26 de fevereiro de 2013

Argentina acusa Reino Unido de levar armas nucleares às Malvinas

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A Argentina acusou nesta segunda-feira o Reino Unido de transportar, em submarinos, armamento nuclear às Ilhas Malvinas e violar, assim, os tratados internacionais que estabelecem que esta zona deveria estar desnuclearizada.
 
"Nos encontramos em uma etapa precária de implementação do tratado de Tlatelolco, que proíbe completamente o armamento nuclear na América Latina e no Caribe. Esta precária implementação é desafiada pelo Reino Unido", manifestou o secretário de Relações Exteriores da Argentina perante a Conferência de Desarmamento da ONU, Eduardo Zuain.
 
Além disso, Zuain responsabilizou o Reino Unido de uma injustificada e desproporcional presença militar no Atlântico Sul, "que inclui deslocamentos de submarinos com capacidade de levar armamento nucleares na zona desnuclearizada".
 
O Tratado para a Proibição de Armas Nucleares na América Latina e no Caribe - conhecido como Tratado de Tlatelolco - é um acordo internacional que estabelece a desnuclearização do território da América Latina e do Caribe e que entrou em vigência em 25 de abril de 1969.
 
"A República Argentina está especialmente preocupada pela possibilidade, confirmada pela primeira vez pelo Governo britânico em 2003, que este estado estivesse introduzindo armamento nuclear no Atlântico Sul", assinalou Zuain, que acrescentou que o Governo argentino lamenta profundamente que o Reino Unido tenha ignorado as denúncias formuladas sobre esta situação.
 
Além disso, Zuain criticou o fato de que as Malvinas esteja entre os territórios mais militarizados do mundo, com mais de 1,5 mil soldados britânicos e uma população civil de 3 mil. "Tal desdobramento inclui a presença de um poderoso grupo naval, aviões de combate de última geração, um importante centro de comando e controle, e uma base de inteligência eletrônica que permite 'monitorar' o tráfego aéreo e naval da região", acrescentou.
 
Zuain disse que a grande presença britânica em áreas disputadas do Atlântico Sul preocupa não somente a Argentina, "mas também os países da região e fora dela, como demonstram pronunciamentos da Cúpula Ibero-Americana, a União de Nações Americanas (Unasul), o Mercosul, o Grupo Rio e a Cúpula de Países da América do Sul e Países Árabes (ASPA)".
 
Argentina pediu à Conferência de Desarmamento, que começou nesta segunda em Genebra uma nova sessão e que se prolongará até o próximo dia 1 de março, que supere a estagnação à qual está submetida há 15 anos para que possam avançar em diferentes temas, entre eles, o reivindicado por Buenos Aires.
 
Fonte: EFE
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segunda-feira, 12 de março de 2012

As Ilhas Falkland. Trinta anos depois do conflito de 1982

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A Argentina continua a não se mostrar conformada com o desfecho da tentativa de tomada de posse das ilhas Falkland [1] por invasão em 1982, que culminou com a rendição do seu contingente perante a força-tarefa enviada por Londres para repor a administração da coroa britânica. Buenos Aires considera que a questão da soberania das ilhas é um assunto em aberto que é preciso trazer periodicamente à atenção internacional.

O último pretexto foi a decisão do Governo britânico de enviar um destroyer (HMS Dauntless) para a área, o que a Presidente da Argentina, Maria Cristina Kirchner, considerou como pondo um risco de segurança internacional. A chegada do príncipe Henry para uma comissão de seis semanas como piloto de um helicóptero de busca e salvamento originou idênticos comentários do MNE argentino.

É natural que perante a proximidade do trigésimo aniversário da invasão, no próximo dia 2 de abril, a Argentina traga o assunto para a agenda da ONU. Por essa mesma razão também é que o Governo britânico não quer deixar qualquer dúvida que não se encontra disponível para discutir a soberania desse território. Daí o envio do navio de guerra. Se idêntica clareza de propósito tivesse sido assegurada em 1982, talvez o conflito não tivesse ocorrido. Este acabou por se desencadear, na análise de James Cable, precisamente por falta de sinais claros do lado de Londres de que qualquer solução imposta militarmente pela Argentina resultaria em confronto com as Forças Armadas britânicas. É uma lição a ter presente.

De facto, na altura, Londres tinha reduzido a presença militar nas ilhas a um contingente de fuzileiros meramente simbólico e um navio de patrulha sem valor combatente (HMS Endurance); tinha entrado em conversações diplomáticas com o governo argentino sobre a situação das ilhas, que dois meses antes da invasão ainda estavam em curso; e, finalmente, tinha decidido retirar de serviço, para venda, os seus dois porta-helicópteros, unidades que seriam essenciais para retomar a soberania das ilhas, caso a perdesse.

Este conjunto de medidas levou o Presidente argentino a concluir que poderia criar com relativa facilidade um “facto consumado”, a que o Governo britânico não reagiria em termos militares, por falta de motivações estratégicas (não estando em causa um interesse vital) e por insuficiência de recursos para intervir a tão grande distância (8000 milhas, 13000 quilómetros). Muito pressionado por uma grave crise interna, o então Presidente da Junta Militar que governava a Argentina, o general Gualtieri, viu uma possibilidade de satisfazer a antiga aspiração nacional de soberania das ilhas e dessa forma inverter a situação interna.

Gualtieri quis sobretudo aproveitar a oportunidade para criar um acontecimento a que as circunstâncias pareciam facilitar um desfecho favorável para a Argentina, não obstante a relação de forças militares não pender para o seu lado, nem ter as suas Forças Armadas seriamente treinadas para a ação empreendida. A Força Aérea argentina não tinha qualquer preparação operacional para operar em ambiente marítimo; não incluía aviões de patrulhamento marítimo nem de reconhecimento e apenas dois aviões de reabastecimento em voo, insuficientes para dar à aviação de ataque autonomia de permanência na área. Parte importante das forças terrestres tinha sido recrutada apressadamente e, regra geral, encontrava-se mal preparada.

Perante a convicção de que não haveria reação do Reino Unido, estas limitações não tiveram a atenção que deveriam ter tido. Mas Gualtieri, afinal, enganou-se redondamente ao subavaliar a firmeza do governo britânico, então chefiado pela Senhora Tachter. A reação de Londres, malgrado as dificuldades do empreendimento para repor a situação, não se fez esperar com a mobilização de todos os meios militares e civis para retomar a soberania sobre as ilhas.

Três dias depois da invasão, os primeiros navios da força naval então constituída, incluindo os dois porta-aviões (HMS Hermes e HMS Invencible) largavam de Portsmouth a caminho do Atlântico Sul. Onze dias depois, a 16 de abril, chegavam à Ilha de Ascensão para preparar a segunda etapa da viagem e concluir os preparativos para a intervenção, que se iniciou no dia 2 de maio. Quando, a 14 de junho, o comandante das forças argentinas, Alfredo Ortiz, perante a vitória clara das forças britânicas, assinou a rendição a bordo do HMS Plymouth, o “preço” pago pelas duas partes incluía: 904 mortos (649 argentinos e 255 ingleses), 1800 feridos, 57 aviões argentinos abatidos e quatro navios de guerra britânicos afundados [2].

Para o Brasil que tentou manter uma posição de “neutralidade não equidistante”, sobretudo para evitar um desfecho que impusesse sacrifícios excessivos à Argentina, este desfecho, na opinião de Hélio Jaguaribe,[3] permitiu tirar duas lições importantes que, julgo eu, ajudam a explicar a sua atual postura internacional.

A primeira, ao deixar a descoberto a quase impotência militar a que o País tinha chegado por falta de meios modernos de defesa e excessiva ocupação das Forças Armadas em funções policiais contra insurreição, em prejuízo da preparação para as missões essencialmente combatentes. Tratava-se de uma situação resultante da decisão de confiar nos EUA as responsabilidades pela segurança externa, situação que Brasília tenta alterar. A segunda, ao revelar a debilidade das organizações internacionais então existentes na América do Sul, nomeadamente o Tratado Interamericano de Assistência Recíproca de 1947, que embora incluindo disposições expressas à segurança dos estados membros foi então ignorado. Esta situação teve alguma evolução positiva, embora não substancial.

Há uma outra lição importante a retirar e que não é específica do Atlântico Sul. É a que se refere, conforme já fiz notar acima, à negligência do Reino Unido em não tomar todas as medidas necessárias para deixar claro que nunca se conformaria com a qualquer tentativa argentina de alterar pela força o estatuto das ilhas, criando um “facto consumado”. Quem cometeu uma agressão foi, de facto, a Argentina mas ao Reino Unido cabia a responsabilidade de fazer mais para a desencorajar; falhou ao não fazer.

A eventual repetição do conflito não é uma hipótese que de momento se imagine mas, enquanto a disputa se mantiver, essa possibilidade continua em aberto e, de certo modo agravada, pela descoberta de jazidas de petróleo nas águas do arquipélago, em especial na bacia norte, o que pode dar ao conflito a natureza de uma disputa pela posse de recursos vitais.


[1]Nas mesmas condições que as ilhas Falkland há mais 15 territórios em todo o mundo que as Nações Unidas colocam numa lista de “non-self-governing territories”. Do total de 16, 10, incluindo Gibraltar, estão sob a administração do Reino Unido. Os restantes seis estão sob administração americana (três), espanhola, francesa e da Nova Zelândia.
[2] As Forças Armadas argentinas, em particular a Força Aérea, ainda não se recompuseram do desaire sofrido e não é provável que nos tempos mais próximos consigam empreender um programa de rearmamento que altere substancialmente a situação.
[3] Académico brasileiro que leccionou nas universidades de Harvard, Stanford e no MIT.




Fonte: Jornal Defesa e Relações Internacionais
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sábado, 11 de fevereiro de 2012

Argentina: Londres enviou armas nucleares às Malvinas

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O governo da Argentina acusou o Reino Unido de enviar armas nucleares para as Ilhas Malvinas e de manter no arquipélago um sistema militar de controle do Atlântico Sul, desde a Amazônia até a Antártida e desde a costa oriental sul-americana à costa ocidental africana, assim como os acessos entre os oceanos Atlântico e Pacífico e Atlântico e Índico. A denúncia foi feita nesta sexta-feira pelo ministro de Relações Exteriores da Argentina, Héctor Timerman, na sede da ONU, em Nova York.

Timerman apresentou um documento detalhado da ação militar britânica nas Malvinas, que aponta o aumento da presença das Forças Armadas na região. "O orçamento militar inglês foi reduzido em todo o mundo, menos nas Malvinas", acusou o chanceler durante entrevista coletiva que foi transmitida ao vivo pelas emissoras de TV da Argentina. Segundo ele, "os exemplos mais notáveis da militarização por parte do Reino Unido são a recente incorporação ao sistema bélico das Malvinas de um destroier HMS Dauntless tipo 45 e de aviões Typhoon II com mísseis Taurus e o envio de um submarino nuclear".

O submarino com propulsão nuclear, segundo detalhou o ministro, tem capacidade para transportar armamento nuclear. "Informações recebidas pela Argentina através de fontes indicam que se trataria do submarino Vanguard", disse ele, queixando-se da falta de confirmação do governo britânico sobre o assunto. Timerman também disse que os aviões Typhoon Eurofighter, que realizam exercícios na base aérea das Malvinas, são do mesmo modelo usado na Líbia, no Afeganistão e no Iraque.

"Por que esse tipo de avião se encontra na nossa região? Nenhum país da América do Sul dispõe dessa capacidade bélica", reclamou o ministro argentino. Ele disse que os pilotos britânicos são treinados nesses aviões para depois ser enviados a zonas de conflito. Timerman disse ainda que os britânicos estão realizando no arquipélago provas com o míssil Taurus, com um alcance de até 500 km. "Combinado com o avião Typhoon II, o míssil se transforma na arma mais ofensiva e letal em operação no Atlântico Sul, que pode alcançar grande parte da Argentina e do Chile, o Uruguai e o Brasil", afirmou.

A base aérea britânica, segundo o documento argentino, possui 16 hangares e duas pistas de pouso. Por último, o chanceler citou que o sistema de comunicações e de radar é o mais moderno da indústria, conectado com o Reino Unido, os EUA, a França, o Canadá e o Japão. "O sistema está sendo usado para executar tarefas de vigilância, reconhecimento e controle marítimo e aéreo do Atlântico Sul e da América do Sul", afirmou. Na quarta-feira, a presidente Cristina Kirchner havia dito que a região possui a maior reserva de recursos naturais do planeta e que as guerras futuras serão por esses recursos.

"O Reino Unido usa a infundada defesa da autodeterminação de 2.500 habitantes das ilhas como desculpa para o estabelecimento de uma poderosa base militar, que serve aos seus interesses estratégicos no Atlântico Sul", disse o ministro. Nesse sentido, Timerman reiterou o apelo de seu governo para que o Reino Unido cumpra determinação da ONU de sentar-se para negociar uma solução pacífica e definitiva para a disputa em torno da soberania sobre as Malvinas, chamadas pelos britânicos de Falkland.

R.Unido nega militarização e diz que acusações argentinas são "lixo"

O embaixador britânico na ONU, Mark Lyall Grant, negou nesta sexta-feira que seu país tenha militarizado o Atlântico Sul, disse que as acusações argentinas "são lixo" e criticou o país sul-americano por iniciar uma "guerra de declarações" quando se completam 30 anos da "invasão ilegal" das Malvinas.

"Nada mudou em relação a nosso posto de defesa nas ilhas Falkland (Malvinas)", afirmou o embaixador britânico na sede da ONU, depois que a Argentina formalizou sua queixa perante o organismo por causa da "militarização" da região, respondendo que as supostas provas apresentadas são "lixo".

O embaixador, que se negou a comentar se seu país deslocou submarinos nucleares para a região, reiterou sua determinação de continuar defendendo os habitantes das ilhas "para que não se repita" a invasão de 1982, e criticou o Governo de Cristina Fernández de Kirchner por propiciar uma "escalada da retórica" verbal entre ambas as nações.

Desta forma, o representante britânico respondeu ao ministro de Exteriores argentino, Héctor Timerman, que disse previamente na sede da ONU que seu país conta com informação de que o Reino Unido "introduziu armas nucleares no Atlântico Sul e não foi a primeira vez".

O embaixador explicou novamente que o recente envio para a região do destróier MS Dauntless, o mais moderno de sua frota naval, faz parte das "manobras de rotina" que a Marinha Real britânica faz a cada seis meses, e se perguntou para que seu Governo ia querer "gastar mais para defender as ilhas neste momento de crise".

Assim, após ressaltar que o Reino Unido não procura "aumentar a retórica" verbal com a Argentina, à qual criticou por "ir à ONU" para dizer que seu país militarizou o Atlântico Sul, deixou claro que ele vai continuar aproveitando qualquer oportunidade para defender sua posição em relação às Malvinas.

O embaixador disse não ter falado ainda com o secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, sobre as queixas da Argentina, por isso que não quis comentar sua oferta de "intermediar" e exercer seus bons ofícios para conseguir uma "solução pacífica" para o conflito sobre as ilhas Malvinas.

Reconheceu que a Argentina é hoje um Governo democrático que diz querer abordar o conflito de forma pacífica, mas disse que se quer retomar as conversas com o Reino Unido de verdade deve começar por modificar sua Constituição, na qual traz desde 1995 que o país sul-americano ratifica sua "legítima soberania" sobre as Malvinas.

Neste sentido, o diplomata se perguntou se a posição da Argentina mudou porque nas águas das Malvinas poderiam haver reservas de gás e petróleo, e disse que os kelpers (habitantes das Malvinas) têm direito a explorá-lo, embora tenha reiterado que os lucros "seriam para as ilhas, não para o Reino Unido".

O representante britânico reiterou novamente a posição de seu país de não negociar a soberania das Malvinas enquanto os habitantes das ilhas não pedirem e insistiu em que o Reino Unido vai continuar defendendo "o futuro político, social e econômico das Falkland".

Por último, o embaixador britânico sustentou que "depende deles" (Argentina) retomar o diálogo bilateral sobre as ilhas Malvinas, e lembrou que foi a Argentina que o rompeu de forma unilateral em 1995, "quando modificaram de forma tão agressiva sua Constituição".

Fonte: Estadão / EFE
 
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sexta-feira, 10 de fevereiro de 2012

Controle de recursos naturais movimenta disputa pelas Malvinas

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O aumento da tensão entre a Argentina e o Reino Unido pela soberania das ilhas Malvinas tem entre suas arestas a exploração dos recursos naturais no Atlântico Sul, um tema estratégico também com relação ao domínio antártico e que afeta outros países sul-americanos. "Sem dúvida, as Malvinas são um lugar estratégico do ponto de vista dos recursos naturais", disse à EFE Gabriel de Paula, especialista em energia e recursos naturais do Centro Argentino de Estudos Internacionais (CAEI).

O arquipélago, situado a 13 mil quilômetros de Londres e a 800 do litoral argentino, é rico em recursos pesqueiros, reservas prováveis de hidrocarbonetos - a prospecção ainda é marginal - e potencial para a extração de minerais do fundo do mar. Nesta terça-feira, após anunciar que denunciará o Reino Unido nas Nações Unidas pela militarização das ilhas, a presidente argentina, Cristina Kirchner, acusou os britânicos de "depredar" os recursos naturais nas Malvinas.

"A relação entre os recursos naturais e o domínio sobre as ilhas é constante, de ida e volta. De fato, os recursos naturais foram a causa do fim das distintas negociações antes da guerra de 1982", disse à EFE Bruno Tondini, professor da Universidade Nacional de La Plata e também membro do CAEI. Tondini disse que uma dessas negociações foram rompidas em 1974, quando os britânicos constataram o potencial petroleiro nas Malvinas.

As ilhas, ocupadas pelos britânicos em 1833, são além disso "fundamentais" para o abastecimento que Londres realiza em suas bases na Antártida, "onde as exigências de soberania do Reino Unido se sobrepõem com as da Argentina e do Chile", disse De Paula. A Antártida é rica também em recursos pesqueiros, minerais e hidrocarbonetos; estes dois últimos não podem ser explorados pelo Tratado Antártico - assinado em 1959 -, mas o especialista acredita que ele pode eventualmente ser revisado para permitir sua extração. "Em algumas regiões da península antártica, por exemplo, há escapes de gás natural que podem ser capturados para abastecer as bases. Isso constituiria uma mudança muito pequena, mas sensível, no tratado", disse De Paula.

Também tem importância a questão de água doce da Antártida: "No longo prazo, se houver uma crise mundial pela água, vão buscar este recurso onde esteja e ao custo que seja", afirmou. Neste contexto, os países da América do Sul se somaram à exigência argentina pelas Malvinas, uma adesão que, segundo Cristina Kirchner, parte de uma região que "entende a potencialidade do que pode acontecer".

A América do Sul é uma região com biodiversidade, terra fértil, água potável, hidrocarbonetos e baixa densidade populacional, o que faz com que os recursos não sejam explorados ao máximo. Segundo De Paula, "a região - uma área que nos últimos anos mostrou uma convergência política inédita -, percebe que do ponto de vista de seus recursos está em uma posição de privilégio e que, como tal, é preciso defendê-la. (...) O Brasil, em sua estratégia de defesa nacional, de 2008, já fala especificamente em uma hipótese de conflito de uma força muito maior sobre dois campos estratégicos para o país: o Amazonas, pela água, e o mar territorial, pela pesca e os hidrocarbonetos", disse o especialista.

Tondini, por sua parte, não vê chance de Reino Unido ofender a posição brasileira sobre recursos em sua plataforma marinha. "Mas acho que o Brasil seguiu a exigência da Argentina para se posicionar como líder de um grupo de países, a fim de, talvez no futuro, reivindicar uma porção da Antártida, marginalizando um dos atores extra-continentais do jogo, que é a Grã-Bretanha", afirmou.

Fonte: EFE
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sábado, 28 de janeiro de 2012

RAFALE poderá equipar Royal Navy, porém Reino Unido não descarta F-35C

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Após muitos atrasos e aumento dos custos previstos no programa JSF, o Reino Unido  tem cogitado a aquisição junto á França de exemplares do caça embarcado Dassault Rafale M, uma vez que encontra-se em andamento a construção de seus dois novos porta-aviões.

A medida visa cobrir a lacuna ocasionada pelo atraso no programa do caça americano, o qual o Reino Unido participa em conjunto com outras nações. 

Segundo anuncio realizado na última quinta-feira (26), Peter Luff, responsável pelas aquisições de Defesa, o Reino Unido ainda mantém a intenção de receber seus exemplares do F-35 em 2020 para equipar seus novos porta-aviões. Porém, o Rafale M tem sido avaliado para oferecer uma real capacidade de combate á Royal Navy até a entrada em serviço dos primeiros F-35C e provavelmente irá compartilhar o convoo dos novos navios com os caças de origem norte americana.

O Programa JSF enfrenta graves problemas com relação ao cumprimento dos prazos e custos planejados, ainda enfrentando a revisão da defesa dos EUA que ocasionou no cancelamento de vários programas das forças armadas daquela nação.  No início de janeiro o governo americano garantiu aos seus parceiros os prazos previstos para entrega dos primeiros exemplares do novo caça, reduzindo assim a tensão com relação ao futuro do programa.

Fonte: GeoPolítica Brasil

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quinta-feira, 6 de outubro de 2011

Reino Unido garantirá segurança das Malvinas

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O ministro da Defesa britânico, Liam Fox, afirmou nesta quarta-feira que o Reino Unido "garantirá a segurança" das Ilhas Malvinas e protegerá a população do território, que é reivindicado pela Argentina, enquanto ela quiser permanecer sob o domínio britânico.

A posição de Fox, reiterada pelo primeiro-ministro britânico, David Cameron, e pela diplomacia do país em diversas ocasiões, é de que o Reino Unido se compromete com a defesa do direito dos malvinenses de escolher seu futuro.

Fox ainda declarou sua admiração pela ex-primeira ministra britânica Margaret Tatcher (1979-1990) durante um discurso proferido no Congresso Anual do Partido Conservador, em Manchester.

O ministro disse que "uma vitória foi possível [nas Malvinas] graças à resolução de outro premiê conservador", referindo-se a Thatcher. Ele explicou que "foi durante seu governo, em 1982, que o Reino Unido travou uma guerra com a Argentina pelo domínio da região".

Fox, no entanto, relembrou que, diferentemente do ocorrido nos anos 1980, agora "estamos buscando relações mais próximas" com Buenos Aires.

A declaração foi feita poucas semanas após a companhia petroleira britânica Rockhopper Exploration Plc. ter anunciado um investimento de US$ 2 bilhões (R$ 3,7 bilhões) nas águas das Ilhas Malvinas para transformar a área em um polo de extração de petróleo.

As Ilhas Malvinas (conhecidas no Reino Unido como Ilhas Falkland), são um território inglês pelo qual a Argentina reclama posse desde o século 19. Em 1982, os dois países travaram uma guerra por seu domínio e, mesmo com o Reino Unido tendo sido vencedor, o governo argentino ainda reclama seus direitos sobre as ilha.

Fonte: ANSA
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segunda-feira, 29 de agosto de 2011

Iraque não ameaçava Reino Unido antes de 2003, diz ex-chefe do MI5

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O Iraque não representava "uma ameaça" para o Reino Unido antes de o ex-primeiro-ministro Tony Blair ter envolvido o país no conflito de 2003, afirmou nesta segunda-feira Eliza Manningham-Buller, ex-chefe do serviço de contraespionagem britânico MI5 .

Em declarações à emissora britânica "Radio Times", Manningham-Buller disse que o MI5 alertou que a invasão ao país árabe provavelmente aumentaria a ameaça terrorista no Reino Unido e desviaria a busca de membros da Al Qaeda.

No entanto, ela afirmou que "cabia a outros decidirem" se a Guerra do Iraque, iniciada com o pretexto de achar supostas armas de destruição em massa e derrubar o regime do ditador iraquiano Saddam Hussein, foi um erro.

Mannigham-Buller, que foi chefe do MI5 entre 2002 e 2007, quando se afastou, defendeu o serviço de inteligência britânico diante das insinuações de que poderia ter evitado os ataques terroristas contra Londres cometidos em 7 de julho de 2005 além de "assumir" que o Reino Unido voltará a ser alvo de atos terroristas.

A ex-chefe do MI5 avaliou como "lamentável" a situação gerada na Líbia pelo ex-ditador líbio Muammar Gaddafi, que continua desaparecido.

"É muito difícil. Vamos ficar apenas vendo o povo ser morto?", questionou, em relação às intervenções militares das forças da Otan para ajudar os rebeldes contra o regime gaddafista.

Fonte: EFE

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quinta-feira, 11 de agosto de 2011

Embaixador compara distúrbios na Síria aos da Inglaterra

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O embaixador da Síria nas Nações Unidas, Bashar Jaafari, comparou nesta quarta-feira os levantes rebeldes em seu país aos distúrbios que acontecem na Inglaterra, despertando a ira de diplomatas ocidentais.

O representante britânico nas Nações Unidas, Philip Parham, chamou de "absurda" a comparação de seu colega sírio e disse que em Damasco acontece uma matança de gente inocente e desarmada, que reclama nas ruas por mais democracia.

Os grupos de direitos humanos estimam que mais de 2.000 pessoas foram mortas pela repressão governamental na Síria.

Após uma reunião do Conselho de Segurança da ONU, convocada para discutir sobre a violência exercida pelo regime do presidente Bashar al Assad, Jaafari disse que 500 policiais e outros integrantes das forças de segurança de seu país haviam sido mortos pelos manifestantes e que os protestos iniciados no início de março foram dissolvidos.

Além disso, criticou aos jornalistas enviados a Damasco pelos meios de comunicação europeus por difundir informações e imagens "falsas" sobre a situação.

"Tratam de manipular a realidade e ocultar fatos importantes", disse o diplomata asiático em seu retorno a Nova York após ter se reunido em Damasco com funcionários do governo de Assad.

"O que está acontecendo agora em Londres, Birmingham e Bristol é apenas um por cento do que acontece em algumas zonas de meu país, mas no Ocidente ninguém quer reconhecê-lo", disse. Segundo Jaafari, há uma grande "hipocrisia" dos meios de comunicação europeus.

"Isso é, francamente, algo absurdo", disse Philip Parham, segundo o qual na Inglaterra, quando há distúrbios, o governo atua com "com respostas proporcionais, legais, transparentes e respeitosas dos direitos dos cidadãos".

Fonte: AFP

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quarta-feira, 10 de agosto de 2011

Cameron anuncia medidas após quarto dia de distúrbios na Inglaterra

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Novos distúrbios foram registrados nesta terça-feira pelo quarto dia consecutivo no Reino Unido, onde o primeiro-ministro David Cameron, que retornou a Londres, anunciou um grande reforço da polícia para reprimir as desordens, que causaram a morte de uma pessoa e deixaram 685 detidos.

Manchester, no noroeste da Inglaterra, era a cidade mais afetada pela violência.

O assistente do chefe de polícia de Manchester, Garry Shewan, revelou que os distúrbios e saques foram de uma "violência e criminalidade sem sentido" e os piores atos de violência na cidade em 30 anos.

"Tratam-se de criminosos comuns que agiram com selvageria esta noite (...) sem nada contra o que protestar", disse Shewan.

"Temos grande quantidade de imagens de circuito interno de TV de toda atividade ocorrida esta noite. Deixamos absolutamente claro que amanhã, o mais cedo possível, começaremos a fazer detenções".

Até o início da madrugada de quarta-feira a polícia já havia detido mais de 50 pessoas em Manchester.

Centenas de jovens lançaram pedras contra vários veículos policiais antes de serem dispersados, e várias lojas foram incendiadas em Manchester, que até agora não tinha sido afetada pelos distúrbios.

"Algumas lojas foram atacadas por grupos de jovens que se uniram e parecem determinados a provocar desordens", explicou o chefe da polícia de Manchester, Terry Sweeney.

Novos incidentes também eclodiram no final da tarde desta terça-feira em Birmingham, segunda maior cidade do país, situada no centro da Inglaterra.

Em West Bromwich, cidade próxima a Birmingham, cerca de 200 pessoas, posicionadas atrás de barricadas, lançaram objetos contra as forças de segurança, incendiaram veículos e saquearam lojas, segundo a polícia e a BBC.

Em Wolverhampton, nas imediações de Birmingham, algumas lojas também foram saqueadas, segundo a polícia.

Birmingham foi na segunda-feira à noite palco de saques e até uma delegacia de polícia foi incendiada. Mais de 130 pessoas foram detidas por estes incidentes.

Em Nottingham (centro), uma delegacia foi incendiada nesta terça após ser atacada com coqueteis molotov e "ao menos oito pessoas foram detidas".

Depois do início dos distúrbios, no sábado à noite no norte de Londres, os vândalos tomaram a polícia como alvo e 111 agentes ficaram feridos desde então.

E tensão em Londres é palpável: os comerciantes fecharam as portas de suas lojas à tarde, principalmente no bairro de Camden, onde a polícia realizava patrulhas para evitar novos distúrbios.

O primeiro-ministro britânico, David Cameron, que encurtou suas férias, convocou o Parlamento e decidiu reforçar o efetivo policial em Londres, que passou de seis para 16 mil agentes, após três noites de violência e saques em várias cidades que já deixaram uma pessoa morta.

Um homem de 26 anos, baleado durante os incidentes registrados em Londres na noite de segunda, morreu devido à gravidade das lesões, informou a polícia.

Após uma reunião de urgência em Downing Street, Cameron também anunciou uma sessão extraordinária no Parlamento na próxima quinta-feira.

"O presidente da Câmara dos Comuns está de acordo com que o Parlamento organize uma sessão para que possamos conversar a respeito da situação. Condenamos esta onda de crimes e estamos determinados a reconstruir essas comunidades", afirmou o primeiro-ministro britânico.

Cameron condenou as "terríveis cenas que a população viu nas ruas e na televisão, como saques, atos de vandalismo e roubos".

"Não há dúvidas de que faremos tudo que for necessário para restaurar a ordem nas ruas", garantiu Cameron, em um breve discurso aos jornalistas.

"Se eles são suficientemente adultos para cometerem esses crimes, também são para enfrentar o castigo", advertiu Cameron, se referindo aos autores dos atos de vandalismo.

"Eles sentirão todo o peso da lei", acrescentou.

Cameron também informou que o governo reforçará na noite desta terça-feira o efetivo da polícia londrina, que passará de seis para 16 mil agentes, com a chegada de mais 10.000.

Desde o início dos distúrbios, no sábado à noite no bairro de Tottenham, norte de Londres, 650 pessoas foram detidas por seu suposto envolvimento em atos de vandalismo.

Os distúrbios tiveram início na noite de sábado em Tottenham, um bairro desfavorecido e multiétnico do norte de Londres, após uma manifestação que pedia por justiça na investigação da morte de Mark Duggan, um rapaz de 29 anos morto a tiros em circunstâncias não esclarecidas.

Segundo um relatório da comissão independente encarregada da investigação divulgado nesta terça-feira, no momento "não há provas" de que Duggan tenha atirado contra os agentes antes de ser morto.

Cameron foi nesta terça-feira à tarde para a região mais afetada pelos tumultos.

Os distúrbios, que sacodem a capital desde sábado passado, estenderam-se para outros bairros de Londres e para outras cidades, como Bristol (sudoeste), Liverpool (noroeste), Birmingham (centro) e Manchester (noroeste).

As forças de segurança, que tiveram a atuação criticada, se mostram impotentes ante aos violentos atos, os piores vividos pela capital nos últimos 20 anos.

"Não temos mais equipes para mandar ao local dos confrontos, apesar das férias dos agentes terem sido suspensas", reconheceu Paul Deller, um agente de Londres.

"Os vândalos assumem o controle, a polícia abandona as ruas" intitulou o jornal The Times, com uma impressionante foto de uma mulher que se jogou de um edifício em chamas.

O governo britânico descartou até o momento que vá recorrer ao Exército para pôr fim aos distúrbios.

Fonte: AFP

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Irã critica Londres por violência; Europa assiste ansiosa

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O Irã pediu na terça-feira, passando de vidraça a estilingue na questão dos direitos humanos, que a Grã-Bretanha deixe de usar a força contra os distúrbios que vêm abalando Londres.

Já a Europa acompanha com apreensão os fatos no Reino Unido. França e Áustria emitiram alertas a seus cidadãos para que não viajem à Grã-Bretanha, e um parlamentar belga disse temer que os distúrbios sejam copiados no seu próprio país.

"Deve ser estranho para os londrinos lerem um alerta de viagens de países estrangeiros contra o Reino Unido; normalmente é ao contrário", escreveu pelo Twitter o comentarista social Mishaal al Gergawi, do golfo Pérsico - região que tem testemunhado muitos distúrbios por conta da chamada Primavera Árabe.

Ramin Mehmanparast, porta-voz da chancelaria iraniana, disse que o governo britânico deveria "exercitar a moderação" e "conversar com os manifestantes e ouvir as suas exigências", disse a agência estatal de notícias Irna.

Há anos o Irã tem sido alvo de críticas de governos ocidentais por causa da sua situação dos direitos humanos, especialmente ao ter reprimido com violência manifestações ocorridas depois da reeleição do presidente Mahmoud Ahmadinejad, em junho de 2009.

O deputado Hossein Ebrahimi disse à semioficial agência Fars que a Grã-Bretanha deveria autorizar a entrada de uma delegação de monitores de direitos humanos.

Os distúrbios começaram no sábado, depois de um protesto até então pacífico contra um incidente em que dois homens foram baleados por policiais. Nos últimos três dias, os casos de saques e vandalismo se espalharam para outras cidades britânicas, e mais de 400 pessoas já foram detidas. Esses são os piores incidentes em Londres em várias décadas.

O canal de notícias da TV iraniana exibiu imagens dramáticas vindas de Londres, e um locutor as descreveu como uma "guerra civil".

No Egito, que também teve neste ano distúrbios que levaram à deposição do presidente Hosni Mubarak, um funcionário do governo não resistiu a ironizar a situação. "Vamos enviar ONGs egípcias para verificar", disse essa fonte, aludindo aos ocidentais que monitoraram as tentativas de Mubarak de reprimir os protestos na praça Tahrir, no Cairo.

França e Áustria aconselharam seus cidadãos a terem cautela na Grã-Bretanha, especialmente ao andarem à noite nos centros urbanos. A chancelaria italiana criou uma linha telefônica especial para ajudar cidadãos atingidos pelos distúrbios.

Em entrevista publicada na terça-feira pelo jornal belga La Capitale, o parlamentar Alain Destexhe disse que "é possível que isso aconteça (na Bélgica) em um futuro mais ou menos próximo".

Fonte: Reuters

Nota do Blog: A situação me lembrou um velho ditado: "quem tem teto de vidro não atira pedra no telhado alheio", acho que se encaixa bem a situação. Os distúrbios continuam fora de controle na Grã-Bretanha, e isso quer os defensores dos direitos humanos queiram ou não exige atiudes enérgicas do Estado, como foi conduzido em diversos países.

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terça-feira, 9 de agosto de 2011

Violência aumenta em Londres na terceira noite de protestos

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A onda de distúrbios em Londres ampliou-se na segunda-feira para novos bairros, e pela terceira noite consecutiva jovens encapuzados incendiaram carros e imóveis, atiraram rojões em policiais e saquearam o comércio, nos piores incidentes registrados em várias décadas na capital britânica.

A polícia recebeu reforços, mas teve dificuldades para conter a onda de violência que chegou aos bairros de Hackney (zona leste), Peckham, Lewisham e Croydon (na zona sul).

O primeiro-ministro britânico, David Cameron, encurtou as férias na Itália para voltar a Londres.

Cameron, que foi criticado pela mídia por estar fora do país durante os protestos, vai retornar durante a noite e fará uma reunião sobre a violência na terça-feira, segundo seu gabinete.

Os distúrbios começaram na noite de sábado no bairro de Tottenham (zona norte), onde foi realizado um protesto - até então pacífico - contra o fato de um homem ter sido baleado por policiais. Esses primeiros incidentes resultaram em vários locais saqueados e queimados na principal rua do bairro.

A secretária do Interior, Theresa May, que também interrompeu suas férias por causa dos distúrbios, disse que o número de detidos subiu para 215, e que 27 pessoas foram indiciadas.

"A violência que vimos, os saques que vimos, a delinquência que vimos: isso é pura criminalidade (...). Essas pessoas serão levadas à Justiça. Terão de enfrentar as consequências das suas ações", disse ela.

Os tumultos por enquanto se concentram em bairros mais pobres de Londres, com população multiétnica, alguns deles a poucos quilômetros do Parque Olímpico - local que, dentro de menos de um ano, receberá milhões de visitantes.

Uma testemunha da Reuters descreveu cenas caóticas em Hackney, onde pelo menos um veículo e várias caçambas de lixo foram queimados. Jovens aparentemente atiravam rojões nos policiais, que eventualmente se reuniam em fileiras e investiam contra os jovens, tentando dissolver a multidão.

Enquanto o confronto continuava em Hackney, a violência explodia em Lewisham e Peckham, e muita gente usava o Twitter para divulgar fotos de jovens quebrando vitrines.

A polícia disse que um ônibus de dois andares foi incendiado em Peckham. Em Hackney, um grupo de jovens - alguns deles encapuzados - quebrou vitrines, inclusive de uma loja da rede de apostas Ladbrokes.

O dono de um posto de gasolina contou, com a perna sangrando, como foi o ataque. "Havíamos fechado o estabelecimento com tábuas, mas eles arrombaram a porta e destruíram o local. Atiraram uma garrafa em mim, e acertou a minha perna."

Um pequeno grupo disse ter fugido da violência entrincheirando-se no teatro Hackney Empire, de 110 anos. "Estamos retidos aqui dentro", disse à Reuters, por telefone, uma pessoa que pediu anonimato. "Não queremos ficar perto das janelas. Parece que estão atacando as lojas no momento. É assustador. Estamos no fundo do prédio (...), montamos barricadas e colocamos correntes nas portas."

Autoridades disseram que os envolvidos nos distúrbios são criminosos oportunistas, e que os incidentes não afetarão os preparativos para a Olimpíada de 2012 na cidade.

Os jovens aparentemente usam um serviço gratuito de mensagens nos celulares Blackberry para coordenar os ataques contra lojas e policiais.

A empresa canadense Research In Motion, fabricante do Blackberry, disse que vai colaborar com as autoridades britânicas, mas não deu detalhes sobre se - e quais - informações irá passar à polícia.

Há quem diga que os distúrbios são um grito de socorro dos bairros pobres da cidade, afetados pelas duras medidas de austeridade fiscal adotadas pelo governo para conter o déficit público - o que implicou em restrições a serviços de amparo aos jovens, por exemplo.

"Tottenham é uma área carente. O desemprego é altíssimo (...), eles estão frustrados", disse Uzodinma Wigwe, 49, recentemente demitida do seu emprego de faxineira.

As autoridades dizem que isso não é desculpa. "Foram furtos e (incidentes de) violência desnecessários, oportunistas, nada menos. É completamente inaceitável", disse o vice-premiê Nick Clegg.

Fonte: Reuters
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quinta-feira, 21 de julho de 2011

Reino Unido e França se reúnem para o primeiro Dia da Indústria

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O Ministro da Defesa britânico Peter Luff e o Diretor francês Laurent Collet-Billon estiveram em Londres para abertura do Dia da Indústria entre UK-France, na quarta-feira 20 de julho, para estreitar os laços entre os dois principais aliados e seus mercados militares.

O evento, que contou com mais de 30 das principais empresas de defesa, pequenas e médias empresas, onde um fórum discutiu o envolvimento de ambos os governos com a indústria e discutir questões relevantes em relação ao último Tratado franco-britânico de novembro.

Representantes de ambas, indústrias do Reino Unido e indústrias francesas de defesa presentes no evento puderam apresentar suas opiniões, partilhar experiências e construir novas redes que poderia levar a joint ventures franco-britânicas, parcerias e investimentos.

Discussões variaram de co-operação em equipamentos e capacidades, incluindo a pesquisa e tecnologia, para tratar de licenças de exportação e consolidação de setores industriais e de investimentos.

Ministro para Defesa Equipamentos, Suporte e Tecnologia, Peter Luff, disse: "Desde que o primeiro-ministro britânico e o presidente francês assinaram o Tratado de Defesa e Cooperação fizemos um excelente progresso, mas as oportunidades reais e significativas estão por vir.

"Estou ansioso para a indústria britânica e francesa aproveitarem esta oportunidade para compartilhar experiências e construir novas alianças. Esta é uma relação estratégica e, apesar de haver benefícios de curto prazo, nosso sucesso real virá ao longo dos anos e não meses.

"Esta é uma maratona, não um sprint, e espero que as nossas indústrias abordem essa relação com esse espírito."

Monsieur Collet Billon enfatizou que, num contexto econômico difícil, as alianças são naturais e proporcionam oportunidades não apenas para nações soberanas, mas também para a Europa e a OTAN. Ele disse: "A profundidade da parceria franco-britânica é única, contando com a vasta gama de interesses e políticas que ambos países compartilham.

"A cooperação em pesquisa, aquisição de tecnologia, planejamento de capacidade e apoio é um componente vital em um relacionamento de defesa transformada e um importante meio de garantir tanto a capacidade militar e poupanças orçamentarias necessárias em tempos de austeridade financeira.

"Precisavamos entregar equipamentos militares de maneira mais eficiente, minimizando as restrições nacionais, o desenvolvimento da interdependência da competitividade possível e fortalecimento industrial."

Os anfitriões saudaram a estreita relação entre o Reino Unido no campo Aeroespacial, Defesa e Segurança e indústrias do Conseil des Industriels Françaises de Défense.

Este foi formalizado através da assinatura em 13 de julho de 2010 de um novo Memorando de Entendimento que visa trazer as indústrias dos dois países mais próximos em prol dos objetivos do tratado.

Fonte: Defense & Professional
tradução e adaptação: GeoPolítica Brasil
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sexta-feira, 15 de julho de 2011

Inicia construção do primeiro porta-aviões da classe Queen Elizabeth

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A construção da estrutura insular da proa para o primeiro porta-avião da classe Queen Elizabeth teve início hoje, nas instalações da BAE Systems, na Base Naval de Portsmouth.

Funcionários e convidados presenciaram o momento quando o Segundo Lorde Naval e Vice-Almirante Charles Montgomery CBE ADC cortou o primeiro aço, marcando formalmente o início da produção da estrutura insular. Alojando a ponte e os sistemas de navegação dos porta-aviões Queen Elizabeth, esta ilha da proa é fundamental para o controle e comando efetivo do navio. A ilha também inclui o radar de longo alcance do navio, oferecendo vigilância de grande área, até 400 quilômetros.

“Tenho o prazer de iniciar a construção oficial da ilha da proa do HMS Queen Elizabeth. A classe Queen Elizabeth será um ativo de nossa defesa e, portanto, um componente fundamental da capacidade conjunta do Reino Unido, nas próximas décadas” disse o Vice-Almirante Montgomery.

“Pelo fato destas embarcações carregarem um Grupo Aéreo, elas poderão viabilizar o poderio aéromarítimo, onde e sempre que seja necessário, de uma forma mais poderosa e decisiva do que antes. Sem dúvida, esta classe mostrará ser um tremendo ativo para a promoção e a proteção dos interesses nacionais e mundiais da Grã-Bretanha. Um progresso real está sendo feito neste projeto e aguardo a oportunidade de ver o próximo grande bloco, o Bloco Inferior 03, chegar em Rosyth, em agosto”.

“O corte do aço, feito hoje, demonstra o grande impulso que há por trás do programa Queen Elizabeth. Com todas as seções do navio, menos uma, em produção, estamos vendo um grande progresso com milhares de pessoas de todas as partes do país trabalhando na construção da nau capitânea de nossas forças armadas”, afirmou o Geoff Searle, Diretor do Programa Queen Elizabeth, na Aliança de Porta-Aviões.

Projetados com uma configuração de ilhas gemelares, os navios da Classe Queen Elizabeth se beneficiarão do fato de suas operações de voo estarem separadas da condução do navio, resultando em flexibilidade máxima e maior controle das operações do deck de voo. A BAE Systems também assumirá a construção da ilha da popa, responsável por todas as operações aéreas e de controle de tráfego aéreo, com produção prevista para o final do ano.

O corte de aço, feito hoje, é a mais recente realização do programa e acontece apenas duas semanas depois que todos os anéis do Bloco Inferior 02, a seção dianteira do casco em construção em Portsmouth, foram reunidos pela primeira vez. Enquanto isso, funcionários do estaleiro Govan da empresa estão se preparando para a partida do Bloco Inferior 03 para transporte até Rosyth, em agosto.

Como integrante da Aliança de Porta-Aviões, a BAE Systems trabalha em parceria com a Babcock, a Thales e o Ministério da Defesa, na entrega dos maiores e mais poderosos navios de guerra de superfície, jamais construídos antes no Reino Unido. A empresa provê liderança geral e gestão do programa Classe QE, além de desempenhar um papel central no projeto e construção de navios. A BAE Systems também é responsável pelo projeto, construção e integração de complexos sistemas de missão dos porta-aviões.

Cada porta-aviões de 65 mil toneladas atuará como uma base de operações militares de quatro acres, podendo ser distribuído mundialmente e sendo versátil o suficiente para uso em operações das mais variadas, desde esforços de guerra até ajuda humanitária. Os navios da Classe QE serão a peça central da capacidade militar britânica, operando pelo menos 12 dos caças F-35 JSF na versão naval, viabilizando uma interoperabilidade sem precedentes com forças aliadas.

Fonte: BAE Systems ao GeoPolítica Brasil
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domingo, 3 de julho de 2011

Os oligopólios controlam o petróleo do Brasil

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A rainha Elizabeth II condecorou no último mês de junho o presidente da British Petroleum, Sir Frank Chapman, por seus relevantes serviços à indústria do petróleo e gás do Reino Unido. Esta honraria, naturalmente, não foi concedida em função do aumento da produção petrolífera doméstica tendo em vista o declínio observado nos campos do Mar do Norte desde os anos 90. Então qual seria o motivo de atribuir um título medieval ao chefe de uma empresa “moderna”? Vejamos:

O Reino Unido possui as maiores reservas de petróleo da União Européia, todavia, a exploração destes recursos torna-se, ano após ano, mais onerosa em função da maturidade de seus campos. A solução para superar este déficit encontra-se na tradição, e sabemos todos do zelo das elites inglesas por suas tradições, de ocupação e controle de áreas produtivas localizadas em diferentes pontos do planeta. Para o deleite da Coroa a British Petroleum, desde o inicio do século XX, cumpre esta função.

Naturalmente os ingleses não consomem todo o petróleo de propriedade da British Petroleum, mas o capital exportado dos países produtores para os cofres de sua majestade contribui para lucro do sistema financeiro principalmente neste momento de crise.

Vejam a importância de Sir Chapman para a economia inglesa. Sua honraria medieval foi concedida poucos dias antes do anuncio oficial de fantásticas “descobertas” petrolíferas na bacia de Santos no Brasil. Fato que elevou as expectativas das reservas da British Petroleum para 8 bilhões de barris somente nesta área do pré-sal brasileiro. Apenas para comparar; no Mar do Norte o Reino Unido controla pouco mais de 4 bilhões em reservas provadas. Quem sabe a rainha não entrega o mesmo título aos governantes de plantão no Brasil?

Motivos não faltam afinal o Brasil do discurso “nacionalista” oficial, pode ser entendido como ponta de lança do modelo imperialista ou “pós-neoliberal” cuja base encontra-se na abertura do mercado interno associada à entrega dos recursos energéticos aos oligopólios. No setor petrolífero este aspecto torna-se evidente quando observamos o avanço das empresas internacionais (inglesas e estadunidenses) financiadas por capital brasileiro através da Petrobras.

Como sabemos a legislação atual para o pré-sal entrega à Petrobras a responsabilidade de operar os campos do pré-sal, todavia, a empresa somente controla 30% da empreitada ficando o restante para os oligopólios. O Brasil entra com os gastos enquanto os oligopólios ficam com os lucros.

Este modelo fica acrescido da formação de um fundo, formado a partir dos recursos provenientes da exploração petrolífera destinados ao Estado brasileiro, para a compra de ações no mercado internacional. Lucram as forças imperialistas duas vezes.

Enquanto crescem os lucros da British Petroleum e cria-se um fundo para manter em funcionamento a orgia financeira internacional registram-se no Brasil greves de professores cujos salários não superam, em média, 400 dólares. No Rio de Janeiro os bombeiros reclamam e rebelam-se contra os ridículos salários abaixo dos 500 dólares. Aprofundando o sacrifício da população verifica-se o corte no orçamento da educação, cultura, pesquisa e outros setores igualmente importantes.

A necessidade de revisão da política e legislação para a exploração do petróleo torna-se, deste modo, uma urgente necessidade ou simplesmente manterá o Brasil a sua tradicional – e as preguiçosas elites nacionais zelam com paixão por esta tradição – colonial agora chamada por muitos de “pós-neoliberalismo”.

Por: Wladmir Coelho - Editor do Blog Política Econômica do Petróleo
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domingo, 29 de maio de 2011

Britânicos usarão bombas de uma tonelada para atacar Gaddafi

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O Reino Unido vai acrescentar as chamadas bombas "bunker-busting" ao arsenal que os seus aviões estão usando sobre a Líbia. A arma, conforme foi dito neste domingo, enviaria uma mensagem clara a Muammar Gaddafi de que é hora de desistir.

As "bunker-bustings" (destruidora de edificações, numa tradução literal) pesam uma tonelada cada uma e podem penetrar no interior de prédios. Elas já teriam chegado na base italiana de onde os aviões britânicos partem para a Líbia.

Os britânicos e outros países da Otan (Organização do Tratado do Atlântico Norte) intensificam a ação militar contra a Líbia para tentar terminar com o impasse atual, pelo qual Gaddafi se mantém no poder apesar de semanas de ataques aéreos e ações de rebeldes.

"Não estamos tentando atingir fisicamente pessoas do círculo de Gaddafi, mas estamos enviando mensagens cada vez mais claras", disse em comunicado o ministro da Defesa britânico, Liam Fox.

"Gaddafi pode não ser capaz de ouvir, mas os que estão em volta dele podem ser sábios o suficiente para isso", afirmou.

A aliança militar diz que atua sob mandato das Nações Unidas para proteger civis de ataques das forças de segurança de Gaddafi. No entanto, as táticas mais agressivas podem causar divisões na coalizão e também acabar empurrando a Otan para algo próximo a uma intervenção terrestre, algo que ela busca evitar.

FORÇAS ESTRANGEIRAS?

A rede de TV Al Jazeera transmitiu imagens do que, segundo ela, eram forças estrangeiras, possivelmente britânicas, perto da cidade de Misrata, reduto rebelde na Líbia. Os homens estavam armados, com óculos escuros e cobriam a cabeça ao estilo árabe.

Para intensificar os ataques, britânicos e franceses disseram que usarão helicópteros, que, no entanto, são mais vulneráveis a artilharia terrestre do que os aviões.

Gaddafi nega que ataca civis e diz que a intervenção da Otan é uma agressão colonial para capturar o petróleo líbio.

Jacob Zuma, líder sul-africano, é esperado em Tripoli nesta segunda-feira, sua segunda visita desde que o conflito começou, para tentar um acordo de cessar-fogo. Ele negocia em nome da União Africana.

Fonte: Reuters
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sexta-feira, 27 de maio de 2011

No G8, Reino Unido promete US$ 175 mi em ajuda aos países árabes

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O Reino Unido prometeu £ 110 milhões (US$ 175 milhões) para impulsionar reformas nos países árabes que passam por uma transição democrática, indicou nesta quinta-feira um porta-voz do primeiro-ministro David Cameron em Deauville (noroeste de França), onde se realiza a cúpula do G8.

A promessa foi feita pouco depois de o premiê britânico ter afirmado que, apesar de seus problemas econômicos, as nações mais industrializadas do mundo devem ajudar o Oriente Médio e o Norte da África, ou ficarão expostas a uma propagação do "extremismo venenoso".

Entre os países que serão beneficiados por esta ajuda estão Tunísia e Egito, onde as revoltas populares derrubaram no início de 2011 regimes autoritários no poder há décadas durante a chamada "Primavera Árabe", assim como Marrocos e Jordânia, disse o porta-voz de Cameron, que participa da cúpula.

Cerca de £ 40 milhões serão destinadas à promoção de reformas políticas enquanto os outros £ 70 milhões ficarão concentrados no desenvolvimento econômico, indicou.

"Este apoio aos povos do mundo árabe está no coração de nosso interesse nacional. Uma incapacidade de atuar poderá provocar instabilidade na porta da Europa, um retorno a regimes autoritários, conflitos e terrorismo", acrescentou o porta-voz.

Fonte: France Presse
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Centésimo Typhoon do Reino Unido

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A BAE Systems comemorou a conclusão da 100a aeronave Typhoon, produzida na linha de montagem final de Warton, em Lancashire (Reino Unido). O caça Typhoon é a aeronave de combate multiemprego mais avançada do mundo, desempenhando um papel fundamental na manutenção de importantes competências de fabricação no país.

Como integrante do consórcio Eurofighter Typhoon, a BAE Systems é responsável pela produção de importantes peças da aeronave, inclusive da fuselagem dianteira, planos dianteiros, para-brisa e canópia, bem como pela execução da montagem final de todos os caças Typhoons destinados ao Reino Unido. As atividades de projeto, desenvolvimento e fabricação deste caça sustentam mais de 100 mil empregos, englobando 400 empresas em toda a Europa.

De acordo com Tom Fillingham, Diretor de Programas Aeronáuticos da BAE Systems: “É com grande prazer que estabelecemos este importante marco em nossa trajetória. Junto com o Ministério da Defesa do Reino Unido e a Real Força Aérea (RAF) continuamos firmes em nosso compromisso de aprimorar e modernizar a capacidade desta aeronave. Este trabalho, conhecido como o programa de Modernização da Capacidade Futura do Typhoon, é vital para o sucesso futuro do caça, tanto no Reino Unido como para nossos clientes existentes e futuros, em todo o mundo”.

Gary Moore da área de Suporte e Equipamentos de Defesa do Ministério da Defesa do Reino Unido recebeu a aeronave em nome da RAF, declarando: “Tenho grande orgulho em receber o 100o caça Typhoon. Trabalho no programa há mais de 14 anos em atividades que vão desde projeto e desenvolvimento até aceitação da primeira aeronave biposto produzida em 2003”.

Curiosidades:

A Eurofighter Jagdflugzeug GmbH administra o programa Typhoon em nome das Empresas Parceiras Eurofighter na Espanha e Alemanha: Alenia Aeronautica, BAE Systems e Cassidian, as principais empresas aeroespaciais da Europa.

Mais de 260 aeronaves já foram entregues às forças aéreas das quatro nações parceiras e a outros clientes, acumulando, no total, mais de 110 mil horas de voo. Existem também instalações de montagens finais em Manching (Alemanha), Getafe (Espanha) e Turim (Itália).

No Reino Unido, a RAF trabalha com o apoio da BAE Systems garantindo que o Typhoon esteja sempre 100% disponível operacionalmente na proteção e na defesa do espaço aéreo nacional, 24 horas por dia, sete dias na semana. O papel desta aeronave inclui defesa aérea e interceptação aérea.

A RAF opera os caças Typhoon de suas bases de Coningsby (Lincolnshire), Leuchars (Escócia) e Mount Pleasant (nas Ilhas Falkland). Atualmente, estes caças se encontram em atuação na Líbia.

O voo de estreia do primeiro caça britânico Typhoon de produção ocorreu em 14 de fevereiro de 2003. Em 2004, o Typhoon entrou em serviço nos quatro países integrantes do consórcio – Alemanha, Itália, Espanha e Reino Unido.

Fonte: Bae Systems ao GeoPolítica Brasil
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