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terça-feira, 6 de outubro de 2020

Operação Verde Brasil 2 - Porque a Folha de SP omite 33% de queda no desmatamento?

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É preocupante a falta de responsabilidade de algumas mídias quando se trata de abordar determinadas questões, o que me impressiona principalmente, é quando o assunto trata da Amazônia ou outra questão estratégica de suma importância a nossa nação. Até entenderia se partisse de algum desses "Digitais influencers" que não sabem nem que na nossa amazônia não existe entre a fauna leões, girafas ou rinocerontes... Mas uma mídia de grande alcance, como a Folha e SP que possui inúmeros jornalistas que cursaram superior, detém anos de trabalho na área, se prestar ao papel de desinformar seu público? Sinceramente? Falta profissionalismo e respeito a ética de nossa profissão, isso para pegar muito leve.

Não é de hoje que observo uma verdadeira cruzada de algumas mídias e pessoas do meandro das comunicações, que de toda forma tentam criar formas de desestabilizar o governo e desacreditar o trabalho de instituições como nossas Forças Armadas. Particularmente evito entrar nas questões ideológicas e partidárias, pois o foco de meu trabalho é mostrar o que se passa no campo geopolítico e estratégico, mostrar o papel desempenhado por nossas Forças Armadas e demais pilares da sociedade brasileira, da forma mais clara, objetiva e isenta possível. Como é uma das missões do GBN Defense o combate a Fake News e a defesa da transparência da informação, assim contribuindo para construção de uma visão mais ampla e realista do cenário regional e mundial, defendendo os valores do bom jornalismo, não pude deixar de desmascarar mais uma farsa publicada pela Folha de São Paulo em 4 de outubro deste ano de 2020.

Em sua matéria “No Sul do Amazonas, desmatamento cresce apesar do Exército”, a mesma omite um importante dado, o qual é facilmente obtido se consultar as fontes oficiais, como a queda de 33% no desmatamento na Amazônia Legal, ocorrida em setembro, além de conter outras graves incorreções e omissões, que levam o leitor à desinformação. Inicialmente, a matéria omite que o desmatamento na Amazônia Legal teve uma redução da ordem de 33% no mês de setembro, registrando o terceiro mês seguido de queda nos registros de desmatamento, e o mês com maior índice observado, comparando-se aos números de julho, com redução de 26% e o mês de agosto com 21%. Esses dados estão disponíveis no Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), e podem ser facilmente conferidos.

A redução no desmatamento é resultado de uma série de ações integradas pelo Ministério da Defesa e nossas Forças Armadas, com diversas instituições, que congregam o esforço integrado do Conselho Nacional da Amazônia Legal e da Operação Verde Brasil 2, esta envolvendo, além das Forças Armadas, as agências ambientais e os órgãos de segurança pública. Para melhor esclarecer como se dá, vou replicar aqui parte das informações que me foram disponibilizadas pelo Ministério da Defesa:

"Os alvos das ações de combate aos crimes ambientais no âmbito da Operação Verde Brasil 2 são selecionados e priorizados pelo Grupo Integrado de Proteção da Amazônia (GIPAM), coordenado pelo Centro Gestor e Operacional do Sistema de Proteção da Amazônia (CENSIPAM) e integrado pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (IBAMA), Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), Polícia Federal (PF), Polícia Rodoviária Federal (PRF), Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE), Agência Brasileira de Inteligência (ABIN), Agência Nacional de Mineração (ANM), Fundação Nacional do Índio (FUNAI), Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (INCRA), e Serviço Florestal Brasileiro (SFB)."

Outro ponto equivoco na matéria, a qual segue a linha de ataque as instituições e ao governo federal, alega que o Presidente não “transferiu o comando das operações na Amazônia para os militares”. Esse equivoco foi esclarecido por meio de nota emitido pelo MD, que diz: "As Forças Armadas atuam, no âmbito da operação Verde Brasil 2, na coordenação dos esforços dos diversos órgãos envolvidos e no apoio logístico, conforme claramente indicado no decreto que determinou a operação de garantia da lei e da ordem (GLO) na região. As agências federais, estaduais e municipais mantêm autonomia para exercer suas atribuições, inclusive realizando ações independentes. A coordenação exercida visa tão somente a maximizar os esforços em uma área tão grande como a Amazônia Legal.", um esclarecimento que curiosamente não vemos sendo publicado pela referida mídia.

Mas a Fake News não para por ai, a matéria também erra e desinforma ao afirmar que “as Forças Armadas proíbem a destruição de equipamentos dos criminosos em áreas de desmate e garimpo”. O que é inverídico, uma vez que os órgãos ambientais possuem autonomia para exercer suas atribuições, conforme previsto na legislação em vigor. Com relação a essa informação, nos foi encaminhado o quadro com os resultados, que o leitor pode verificar abaixo:


A matéria ainda afirma que o governo não autoriza jornalista e profissionais da imprensa acompanhar os trabalhos, isso é absolutamente uma falsa afirmação, pois inúmeras vezes recebemos convites para acompanhar o trabalho das autoridades no combate ao desmatamento e demais missões realizadas no âmbito da "Operação Verde Brasil 2", o que só demonstra um proposital desvio do compromisso com seu público, caracterizando uma postura dúbia e de falta de credibilidade por parte do autor daquela matéria totalmente fora da realidade e desprovida de dados concretos.

O Ministério da Defesa se manifestou com relação a isso através de nota: "Houve a oportunidade desses profissionais acompanharem ação do IBAMA contra o garimpo em terras indígenas Munduruku, na qual foram destruídos e inutilizados equipamentos utilizados nas atividades ilegais. A ação teve grande divulgação na mídia, inclusive na própria Folha de S. Paulo. O Ministério da Defesa, como coordenador da Operação Verde Brasil 2, ao contrário do que afirma a reportagem, não negou à Folha de S. Paulo “pedidos para acompanhar os militares”.

Como o jornalista de forma deliberada omitiu importantes dados que foram divulgados sobre a Operação Verde Brasil 2, nós resolvemos esclarecer e dar o devido destaque aos números obtidos pela operação no relatório do período até 1 de outubro.

Operação Verde Brasil 2 


  • Aplicou R$ 1,389 bilhão em multas e termos de infração. 
  • Foram combatidos 6.842 focos de incêndio, 
  • Aprendidos 991 embarcações e 345 veículos, 
  • Efetuadas 171 prisões, 
  • Realizadas mais de 39 mil inspeções navais e terrestres, vistorias e revistas em embarcações e 371 inspeções em madeireiras serralharias e fazendas. 
  • Foram apreendidas aproximadamente 8 mil toneladas de minerais, como manganês, ouro e pedras preciosas, além de 372 kg de pasta base de cocaína. Volume superior a 173 mil metros cúbicos de madeira ilegal.
  • Foram confiscados, inutilizados ou destruídos 755 tratores, máquinas de serraria, motores, escavadeiras e outros equipamentos.

É repugnante a postura irresponsável e deliberadamente contra a verdade dos fatos, e pior que isso, contra nossa própria nação e integridade territorial, uma vez que observamos uma conjuntura internacional tomando forma para tentar se fazer valer de falsas afirmativas, como as utilizadas em 2003 para invadir o Iraque, para se apoderar de nossas riquezas, em especial nossa Amazônia e tudo que a mesma representa para nosso povo.

Infelizmente essa matéria é mais uma verdadeiro desrespeito àqueles civis e militares, que vêm arriscando diariamente suas vidas na preservação e no combate aos crimes ambientais na Amazônia, além de uma grande falta de moral e ética para com seu público que deposita sua credibilidade naquele veículo em busca de informações sobre o que se passa ao nosso redor, mas a mesma tem jogado seu nome na lama com esse tipo de trabalho, típico de mídias partidárias ou defensoras de interesses que não o de seu leitor e os valores do jornalismo.


Por: Angelo Nicolaci


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domingo, 20 de setembro de 2020

"Praia Limpa, Mar Limpo" - Evento em Rio das Ostras com apoio da Marinha do Brasil marca último dia da "Semana de Combate ao Lixo no Mar"

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Na última semana, foi promovida pela Marinha do Brasil entre os dias 14 e 19 de setembro a "Semana de Combate ao Lixo no Mar", evento que devido as restrições impostas pela pandemia do Covid-19, teve grande parte das atividades realizadas virtualmente. 

Porém, em Rio das Ostras, no estado do Rio de Janeiro, o editor do GBN Defense e sua filha, Bibi Nicolaci, promoveram no último sábado (19) com apoio da Marinha do Brasil a primeira edição do "Praia Limpa, Mar Limpo", que reuniu um várias pessoas na Praia do Centro, uma das mais importantes do município, realizando a retirada de vários sacos de lixo, além de distribuir várias máscaras, panfletos e sacolas de lixo para as famílias que curtiam o sábado ensolarado.

A ação que ocorreu no último dia da "Semana de Combate ao Lixo no Mar", recolheu muitos copos descartáveis, embalagens plásticas e garrafas de plástico e vidro deixados na praia por banhistas. Tais objetos acabam parando no mar com a alta da maré ou com os fortes ventos, prejudicando a vida marinha. A pequena Bibi de apenas 4 anos, já aprendeu desde cedo e ajudou na distribuição do material e conscientização do público, explicando que lugar de lixo é na lixeira e não na areia da praia ou nas ruas.

"É muito importante nosso engajamento nesta ação, pois não basta apenas reclamar do problema e esperar pelas autoridades competentes, é preciso agir, se cada um fizer sua parte teremos praias mais limpas e preservaremos a biodiversidade de nossa "Amazônia Azul. Não é difícil estabelecer parcerias como a que fechamos com a Marinha do Brasil e comerciantes da cidade, o difícil é colocar na cabeça das pessoas que um simples copo plástico pode causar dano ambiental  por muitos anos, e não custa nada coletar o lixo que geramos, e vou até mais longe, se todos quando formos as praias, rios e lagoas retirarmos o lixo ao nosso redor, já é um grande passo, pratico isso há muitos anos e a Gabrielly (Bibi) desde bebê vê essa minha atitude e assimilou ao ponto de todas as vezes que vamos a praia, ela recolhe comigo bastante plástico ao nosso redor", disse Nicolaci.

O evento que contou com adesão de moradores da cidade e teve o importante apoio da Força Aeronaval, sob o comando do Contra-Almirante Paulo Renato Rohwer Santos, que disponibilizou material para ação, com máscaras produzidas na BAeNSPA pelas oficinas do CIAAN, além do engajamento de comerciantes e empresários de Rio das Ostras, como a Elvira Boutique, Decorplaster e a LorenClin. A divulgação foi realizada com poucos dias do evento pelas redes sociais e o Canal Militarizando, o que levou ao baixo número de voluntários, com a presença do pessoal da Equipe Efatá de Paintball nesta edição.

"No próximo mês pretendemos divulgar a segunda edição do "Praia Limpa, Mar Limpo" com maior antecedência, definindo a ação no fim da tarde para que possamos ampliar o número de voluntários e realizar a varredura por uma área mais extensa de nossa orla, mantendo atenção aos procedimentos de segurança contra o Covid-19, com nosso pessoal usando máscara, luvas e álcool gel, além de manter a distancia de segurança durante a progressão no terreno. O GBN Defense abraça essa missão", divulgou Nicolaci.

A Amazônia Azul é responsabilidade de todos, a Marinha do Brasil e diversos institutos tem realizado uma série de ações na preservação de nosso mar, o GBN Defense mais uma vez se engaja na luta pela preservação ambiental, onde também é um dos signatários da Carta de Compromisso pela Preservação e Despoluição da Baía de Guanabara, assinada em 16 de fevereiro de 2019.


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sexta-feira, 24 de julho de 2020

Marinha e Exército apoiam combate ao incêndio na Serra da Mantiqueira

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Desde o último domingo (19), o Ministério da Defesa (MD) mobilizou as Forças Armadas para apoiar o combate ao incêndio na Área de Proteção Ambiental da Serra da Mantiqueira, as quais estão empregando um variado leque de aeronaves de asas rotativas da Marinha do Brasil e do Exército Brasileiro, além de um C-130 Hércules pertencente à FAB que emprega o sistema MAFFS (Modular Airborne Fire Fighting System)
O engajamento de nossas Forças Armadas visa apoiar a solicitação do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), que em face das características geográficas, com relevo que dificulta o acesso aos brigadistas, os quais só podem ser inseridos no cenário de combate aos focos localizados na região da Serra Fina por meio aéreo, tendo em vista a altitude do local, cerca de  9mil pés (2.743m) acima do nível do mar.
A Marinha do Brasil destacou uma aeronave UH-15 "Super Cougar" e oito militares pertencentes ao 2º Esquadrão de Helicópteros de Emprego Geral (EsqdHU-2) para apoiar o deslocamento dos brigadistas no embarque e desembarque nas zonas de combate aos focos do incêndio, atuando em altitudes de 9mil pés, operando em áreas restritas para pouso, demonstrando toda versatilidade e preparo do EsqdHU-2 "Pégasus" em variados cenários de emprego, atestando também as qualidades do UH-15 "Super Cougar" como um vetor de larga flexibilidade de emprego, atuando nos mais variados teatros operacionais.
O Exército Brasileiro destacou militares do 2º Batalhão de Aviação do Exército (2º BAvEx) que seguem prestando suporte fundamental para operação de combate ao incêndio, voando uma aeronave HM-1 "Pantera" e um HM-3 "Cougar" que cumprem missões de reconhecimento identificando áreas com focos de incêndio, além de realizar transporte aéreo de bombeiros e brigadistas para pontos estratégicos de difícil acesso, além de apoiar a logística de equipamentos e suprimentos as equipes envolvidas na missão.

Mais uma vez é demonstrada a capacidade de operação conjunta entre as três Forças, destacando a interoperabilidade cada vez mais presente na atuação de forma coordenada dos meios e pessoal. Durante essa missão vem se destacando a importância do trabalho integrado entre o Corpo de Bombeiros de Minas Gerais, brigadistas, ICMBio e os militares da Marinha e da Aviação do Exército, que estão contribuindo para extinguir os focos de incêndio e diminuir os danos ambientais.

É de suma importância que episódios como este e diversos outros recentes, levem nossos representantes no Congresso e Senado a refletir sobre a importância que possuem nossas instituições, destinando às mesmas os recursos necessários para que deem prosseguimento nos programas de modernização e renovação de meios e sistemas, que são de vital importância para o cumprimento do variado leque de missões que são dadas as nossas Forças Armadas, muitas das quais saem do escopo original de seu emprego afim de atender as lacunas existentes nas capacidades dos governos estaduais e seus aparatos de segurança pública e defesa civil.

Por: Angelo Nicolaci


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Imagens Marinha do Brasil e Exército Brasileiro
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quarta-feira, 26 de fevereiro de 2020

Navio com minério da Vale corre risco de naufragar na costa do Maranhão

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O navio MV Stella Banner, que transporta minérios brasileiros para Qingdao, na China, está a deriva após entrada de água nos compartimentos de carga nesta quarta-feira (26). O navio teria sofrido avarias na proa após ter deixado o Terminal Marítimo de Ponta da Madeira, em São Luís no Maranhão, na última segunda-feira (24). O navio opera na exportação de minério de ferro para companhia Vale.

O "Stella Banner" foi construído em 2016, pertence ao armador sul-coreano Polaris, tendo sofrido a avaria já fora do canal de acesso ao porto.

Segundo nota emitida pela Capitania dos Portos do Maranhão, o navio "encontra-se encalhado", confirmando que o navio esta carregado com 275 mil toneladas de minério de ferro.

A Capitania dos Portos disse ainda, em nota, que quatro rebocadores foram enviados em direção ao navio para coletar informações e prestar apoio.

"Um rebocador com material para conter possíveis danos ambientais foi enviado pela Vale ao local a fim de prevenir futuras possibilidades de vazamento", completou a Capitania dos Portos.

A Marinha instaurou um inquérito administrativo para apurar causas, circunstâncias e responsabilidades do incidente, segundo a Capitania dos Portos.

Em 2017, um navio carregado com minério de ferro no terminal da Ilha Guaíba (RJ), também operado pela Vale, afundou no Atlântico Sul. A embarcação "Stellar Daisy", que tinha como destino a China, tinha capacidade para cerca de 266 mil toneladas e também pertencia a Polaris.

Veja a nota da Vale na íntegra

A Vale informa que foi comunicada pelo operador do navio MV Stellar Banner que a embarcação sofreu avaria na proa após deixar o Terminal Marítimo de Ponta da Madeira, em São Luís (MA), na noite de segunda-feira (24), já fora do canal de acesso ao porto. Foi reportado ainda à Vale que, por medida de precaução, os 20 tripulantes foram evacuados com segurança e que o comandante do navio adotou manobra de encalhe a cerca de 100 quilômetros da costa de São Luís. A embarcação, construída em 2016, é de propriedade e operada pela empresa sul-coreana Polaris. Como operadora portuária, a Vale está atuando com suporte técnico-operacional, com o envio de rebocadores, e colaborando com as autoridades marítimas.

GBN Defense - com informações R7 e Reuters
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sábado, 18 de janeiro de 2020

Operação "Amazônia Azul - Mar limpo é Vida!" chega à 3ª fase, confira no GBN Defense

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Na última quinta-feira (16), atracamos no porto de Maceió, Alagoas, onde foi dado inicio ao trabalho do contingente de  Fuzileiros Navais que encontra-se destacado a bordo do PHM "Atlântico, nesta 3ª Fase da Operação “Amazônia Azul – Mar Limpo é Vida!”, cenário em que esta inserida a "Operação ASPIRANTEX 2020", a movimentação tem iniciado logo nas primeiras horas da atracação, onde as guarnições realizaram toda preparação para seguir rumo as localidades de Feliz Deserto e Piaçabuçu, distante cerca de 100km de nossa posição, o destacamento de Fuzileiros Navais conta com viaturas e lanchas leves trazidas a bordo, que serão empregadas pelas equipes na revisitas de praias da região. O principal objetivo da ação é certificar que não há mais incidência do óleo que chegou as praias do litoral do Nordeste no segundo semestre de 2019, causando um enorme dano ambiental, o que desencadeou uma complexa operação de resposta que mobilizou vários meios de superfície e aéreo, além de resultar no envio de milhares de militares de vários OM's da Marinha do Brasil e demais forças.

Caso seja detectada alguma nova incidência de óleo, os militares realizarão a limpeza e recolhendo amostras que deverão ser enviadas ao Instituto de Estudos do Mar Almirante Paulo Moreira, onde serão analisadas.

A operação que não se limita a Alagoas, ocorrendo em simultâneo ações nas localidades em que se encontram os demais navios que compõe a Força Tarefa destacada para "ASPIRANTEX 2020", desembarcando contingentes que se juntam ao efetivo dos coordenadores regionais e do Grupo de Acompanhamento e Avaliação (GAA) em diversos portos da região Nordeste. O GAA é formado pela Marinha, Agência Nacional de Petróleo e Ibama, tendo por objetivo a contenção e neutralização desse crime ambiental. 

Em Salvador, o Navio de Desembarque de Carros de Combate (NDCC) “Almirante Saboia”  atracou na última terça-feira (14), desembarcando um destacamento de Fuzileiros Navais que participam nas atividades da “Operação Verão – Mares Seguros e Limpos”, missão desenvolvida em conjunto com a Operação “Amazônia Azul – Mar Limpo é Vida!”, realizando inspeções no mar e em terra. 

O NDCC “Almirante Saboia” no âmbito desta operação tem programada escalas em Natal no ma próxima segunda-feira (20), e Fortaleza no dia 24 de janeiro, onde seu destacamento de Fuzileiros Navais irá realizar visitas em praias onde houveram incidência de óleo.

O GBN Defense irá entrevistar a Segundo-Tenente Liana, que compõe o destacamento de 160 Fuzileiros Navais que estão embarcados no PHM "Atlântico" conosco, para conhecer um pouco mais sobre as particularidades dessa nova fase da missão.

Na próxima segunda estamos suspendendo rumo a Salvador, onde chegamos no dia 24 de janeiro, e publicaremos mais informações sobre as operações desenvolvidas.


Texto e Imagens: Angelo Nicolaci

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segunda-feira, 23 de dezembro de 2019

O VF-1 vai a caça de óleo

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Numa manhã de sol intenso, dois pilotos de AF-1M (A-4KU) "Skyhawk" da Marinha do Brasil, caminham pelo pátio da ALA 10, base da Força Aérea Brasileira situada em Natal, seguem firmes e concentrados para seus caças, observam ao longe as equipes de terra nos preparos finais para sua decolagem. Rapidamente sobem as escadas e ocupam seus postos de trabalho.

Em pouco minutos já estão taxiando pela pista, logo estão decolando para uma das muitas missões realizadas durante a operação "Amazônia Azul – Mar Limpo é Vida". Tendo como ponto de apoio a ALA 10 em Natal, em alguns momentos da operação as aeronaves foram descolocadas para a ALA 9 em Belém do Pará, assim o esquadrão cobriu uma extensa faixa litorânea, tendo como grande vantagem sua velocidade, autonomia e o moderno radar.

AF-1 se prepara para mais uma decolagem na ALA 10
Mas afinal qual era o papel do "Esquadrão VF-1 Falcão" nesta grande e incomum operação da Marinha do Brasil?

O esquadrão desempenhou uma atividade vital para a esquadra, que eram missões de patrulha e reconhecimento, rastreando eletronicamente e interceptando navios de bandeira estrangeira navegando pela costa nordestina. Estas grandes embarcações eram os alvos primários, as informações coletadas das missões de patrulha eram então enviadas para o Comandante de Operações Navais (ComOpNav), o Alte Esq Leonardo Puntel, estas informações eram analisadas detalhadamente, ajudando a direcionar os navios mais próximos para os alvos escolhidos, caso isto se fizesse necessário.

Muitos desconhecem o potencial dos modernizados AF-1M (A-4KU Skyhawk), estes ganharam mais capacidade ofensiva, e uma missão pouco conhecida, justamente a busca de alvos de superfície no mar.

Os AF-1M (A-4 Skyhawk) foram modernizados com o padrão glass cockpit, no seu painel foram mantidos alguns poucos instrumentos analógicos, os quais são redundantes aos digitais, além de vários outros equipamentos, como o moderno radar israelense EL/M 2032 da ELTA, que possui vários modos de operação. O novo radar é capaz de realizar buscas ar-ar, ar-mar e ar-solo, além da navegação, tem como principal tarefa detectar e rastrear alvos aéreos e de superfície, fornecendo medida de distância ar-solo para o subsistema de pontaria de armas.

ELTA EL/M 2032
O radar, no sub-modo TWS (Tracking While Scan), possui capacidade de localizar e rastrear simultaneamente 64 alvos, marítimos ou terrestres. No modo SAR (Synthetic-Aperture Radar), é possível fazer o mapeamento terrestre em operações de esclarecimento (reconhecimento).

O ELM-2032 é um avançado radar FCR (Fire Control Radar) multimodal, projetado para caças multi-missão, orientado para missões ar-ar, ar-mar e ataque. O radar compreende três módulos principais (transmissor, processador receptor e antena) que podem ser personalizados e configurados para caber em todos os tipos de cones do nariz das aeronaves de combate (como FA-50, F-5, Mirage, MIG 21 dentre outros).

Detalhes do radar ELM-2032

TIPO: Radar Pulse Doppler multimodo avançado
PESO: 100kg

MODOS DE BUSCA:

Ar-Ar (alcance de detecção e rastreamento de até 120 NM):

Modo de conscientização da situação (SAM)
Trilha de duplo alvo (TDT)
Avaliação de Raides (RA)
Modos de Combate Aéreo (ACM):

Ar-Terra (Imagem e detecção de alvo na superfície até 120 NM):

Mapeamento de alta resolução – modo SAR com pixels de imagem de 3000x3000
Prevenção de terrenos

Ar-Mar (detecção, rastreamento e classificação até 200 NM):

Pesquisa no Mar (SS)
Metas marítimas TWS
Trilha Contínua de Alvo Marítimo (STCT)
Classificação do alvo marítimo de SAR Inversa (ISAR)
Classificação do alvo no mar (RS) Range Signature

PERFORMANCE:

Suporta todas as interfaces aviônicas
Controle total do software
De tamanho pequeno e muito leve, requer recursos de energia e refrigeração muito baixos

O esquadrão VF-1 com suas as aeronaves fizeram uma firme ação de presença nos limites da Zona Econômica Exclusiva (ZEE) do mar territorial brasileiro, além de deixar bem claro que após a modernização as aeronaves estão plenamente aptas a cumprir uma ampla gama de missões.

Depois de um logo período fora de sua casa, as equipes de terra, pilotos e as aeronaves do esquadrão retornaram no dia 28 de novembro de 2019 a sua casa, a Base Aérea Naval de São Pedro D’Aldeia (BAeNSPA) sem incidentes.


Por: Valter Andrade - Jornalista e fotografo especializado em geopolítica, segurança e defesa, com passagem em várias mídias e revistas especializadas, hoje membro da equipe GBN Defense.


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sexta-feira, 29 de novembro de 2019

Ministro da Defesa visita Pernambuco para avaliar missão da Esquadra

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O ministro da defesa, general Fernando Azevedo e Silva, esteve no dia 28 de novembro no porto de Suape em Pernambuco para uma visita e avaliação da operação "Amazônia Azul - Mar Limpo é Vida", o ministro parabenizou os militares envolvidos e destacou um importante trabalho de limpeza feitos em parceria com diversos órgãos. Desde o início de setembro, o Brasil está unido no combate ao crime ambiental ocorrido na região Nordeste do nosso País. Inédito na história brasileira, pela extensão geográfica e pela duração no tempo, suas consequências atingiram cerca de 2.250 km de extensão de nossas costas, em algum momento nesse período.


Como previsto no Plano Nacional de Contingência, para a gestão de ações de resposta e elucidação dos fatos, o Grupo de Acompanhamento e Avaliação (GAA), formado pela Marinha do Brasil (MB), Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) e Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), vem realizando um trabalho incessante, desde a primeira aparição de manchas de óleo, de monitoramento do litoral e limpeza das praias. O GAA atua em coordenação com o Exército Brasileiro, Força Aérea Brasileira, ICMBio, Polícia Federal, Petrobras, Defesa Civil, assim como, diversas instituições e agências federais, estaduais e municipais, além de empresas e universidades.


Ao todo, mais de 4.800 militares da MB, 34 navios, sendo 30 da MB e 4 da Petrobras, 22 aeronaves, sendo 11 da MB, 6 da Força Aérea Brasileira (FAB), 3 do Ibama e 2 da Petrobras, 140 servidores do Ibama, 80 do ICMBio e 440 funcionários da Petrobras atuam nessa grande operação.

A 10ª Brigada de Infantaria Motorizada do Exército Brasileiro (EB), com um contingente de 5.000 militares, também foi colocada à disposição para integrar a operação para conter a poluição por óleo no litoral nordestino e reforçar a limpeza das praias.

Por Valter Andrade, jornalista e fotógrafo no GBN Defense, com larga experiência no campo de segurança e defesa, tendo passagem por vários sites e publicações especializadas, autor de livros.

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quarta-feira, 13 de novembro de 2019

Marinha envia mais um navio e Fuzileiros Navais para o sul da Bahia

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Na última segunda-feira (11), o Navio de Desembarque de Carros de Combate (NDCC) Almirante Sabóia suspendeu no Rio de Janeiro em direção a Ilhéus, a fim de reforçar as ações da "Operação Amazonia Azul, Mar limpo é Vida!" O navio transporta um Grupamento Operativo de Fuzileiros Navais, composto por 244 militares, além de sua tripulação.

Em terra, a tropa desempenhará ações corretivas e preventivas, em apoio à proteção ambiental, por meio da limpeza e do monitoramento dos manguezais, arrecifes e praias da região do sul do estado da Bahia, na faixa compreendida entre as cidades de Caravelas e Ilhéus. O NDCC Almirante Sabóia realizará patrulha naval em áreas designadas, ação de presença no Porto de Ilhéus e operações de monitoramento, participando juntamente com outros navios, na busca por possíveis manchas de óleo ou agentes poluidores, em especial em regiões próximas ao Parque Nacional Marinho de Abrolhos.

A atracação do NDCC Sabóia no litoral baiano ocorrerá na manhã desta quinta-feira (14) no Porto de Ilhéus. No dia 18 o navio suspenderá para ações no mar, com previsão de retorno ao Porto de Ilhéus no dia 25.


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com Marinha do Brasil
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segunda-feira, 11 de novembro de 2019

Caçada ao óleo no litoral nordestino

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O GBN News embarcou com o navio patrulha P41 "Guaíba" para acompanhar a tarefa de busca das manchas de óleo que surgiram ao longo de todo litoral do nordeste brasileiro.

Este episódio foi amplamente noticiado por toda mídia Brasileira e internacional, e acabou mobilizando uma legião de voluntários e de órgãos governamentais.


O litoral brasileiro tem 7.491 quilômetros de extensão, o que nos torna o 16.º maior litoral do mundo. Toda a costa encontra-se ao lado do Oceano Atlântico. E o litoral do Nordeste é o mais extenso. Nele se localizam famosas e belas praias de águas mornas, dunas e berçários ecológicos, além de alguns importantes portos comerciais.

Os primeiros relatos da presença de óleo na região foram confirmados em 02 de setembro de 2019.


Tão logo acionado pelo almirantado o 3° Distrito Naval, situado em Natal, rapidamente deslocou embarcações e pessoal para auxiliar nesta tarefa.


Navios empregados nas ações de combate às manchas de óleo foram: 

Navio-Patrulha “Macau” (P-71); 
Navio-Patrulha “Guaíba” (P-41); 
Navio-Patrulha “Graúna” (P-42); 
Navio-Patrulha “Goiana” (P-43);
Navio Hidrográfico Balizador “Comandante Manhães” (H-20). 

Além de um efetivo de Fuzileiros Navais e mergulhadores que estão inspecionando, limpando rios, estuários além de áreas de corais e arrecifes.

por: Valter Andrade

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A Marinha do Brasil em ação! Dia da Esquadra é marcado por missão no nordeste

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Na manhã deste 10 de novembro, há exatos 197 anos, quando nos idos de 1822, por ocasião da expulsão da forças navais portuguesas, o Pavilhão Brasileiro foi pela primeira vez içado em um navio de guerra do Brasil, a então Nau “Martim de Freitas”, posteriormente rebatizada como “Dom Pedro I”, se tornou então nosso primeiro Capitânia, marcando ali um momento histórico de nossa nação e de nossa Marinha, passando a ser comemorado como Dia da Esquadra, o surgimento de nossa Marinha do Brasil, fruto da visão estratégica do nosso então Imperador Dom Pedro I, e de seu Ministro do Interior e dos Negócios Estrangeiros, José Bonifácio de Andrada e Silva, que naqueles tempos já tinham a percepção da importância de nossa Armada para a sobrevivência e o desenvolvimento do Brasil. Hoje a nossa Marinha do Brasil demonstrou mais uma vez seu importante papel na salvaguarda dos interesses nacionais, na segurança de nossa nação e seu povo.


NDM Bahia chega a Suape
Na manhã deste domingo (10), nossa equipe pode acompanhar a chegada de dois dos mais importantes meios de nossa Esquadra ao Porto de Suape em Pernambuco, parte do teatro de operações que se desenvolve no Nordeste, onde desde agosto nossas praias vem sofrendo com a aparição de manchas de óleo derramado por navio petroleiro ao largo de nossa Zona Econômica Exclusiva (ZEE). 


Marinha do Brasil mobiliza diversos meios
A Marinha do Brasil vem realizando desde o primeiro momento o acompanhamento da crise gerada por este desastre ambiental, atuando através de diversos meios, empregando como resposta imediata o envio de navios patrulhas e meios disponíveis no 3° Distrito Naval, como foi o caso do envio do NPa Guaíba, o qual nossa equipe teve a oportunidade de acompanhar uma de suas fainas. A Marinha vem trabalhando em diversas frentes afim de não só investigar a origem do óleo, mas prestar importante apoio na identificação das manchas de óleo, recolhendo amostras para investigação forense, retirando os dejetos de nossas praias e mantendo-se alerta no mar e no ar 24 horas. 

Hoje no Dia da Esquadra, a mesma se mostrou atuante e capacitada em dar resposta aos desafios que se levantam contra nossa nação, marcada com a chegada do nosso Capitânia PHM "Atlântico" e o NDM "Bahia" ao Porto de Suape, afim de desembarcar mais de 700 homens de nossa Força de Fuzileiros da Esquadra e diversos meios. Esses militares receberam treinamento de equipes da Petrobras, sob protocolo do Ibama, e atuarão, prioritariamente, na limpeza em manguezais, estuários e arrecifes, o que contará com emprego de mergulhadores. Equipes de saúde realizarão investigação médico-sanitária na região.


Mais de 700 militares chegam ao nordeste
Nossos Fuzileiros Navais desembarcaram cerca de 30 caminhões, 25 viaturas leves, um trator, seis equipamentos de engenharia e 18 embarcações menores. sendo uma manobra de considerável envergadura, a qual nas palavras do V.Alte Zuccaro, Comandante da Força de Fuzileiros da Esquadra, não tem previsão de encerramento.

Tal manobra já estava sendo planejada há certo tempo, onde havíamos sido informados previamente por nossas fontes, que, excepcionalmente este ano, a "Operação Dragão" não seria executada, esta uma das mais importantes mobilizações para adestramento de nossas capacidades anfíbias, onde no litoral do Espirito Santo, mais especificamente na Praia de Itaóca, é realizado o desembarque anfíbio simulando hipotéticos cenários de emprego de nossa Esquadra e Força de Fuzileiros Navais. 



A ação de resposta da Marinha traz ainda uma importante capacidade que nos cabe aqui destacar, o NDM "Bahia" esta preparado não apenas para prestar apoio logístico e aéreo à "Operação Amazônia Azul, Mar Limpo é Vida", mas agrega uma importante capacidade hospitalar, com um moderno hospital à bordo, o "Bahia" conta com cerca de 500m² de área, com capacidade para 49 leitos, contando com duas salas cirúrgicas completas, aparelhado com equipamentos de raio-x e outros, um verdadeiro hospital, equipado com equipamentos extremamente modernos, CTI, UTI, sala de recuperação e odontologia, além de "consultórios" que podem ser empregados para assistência médica a população civil, como pode surgir a necessidade em casos específicos de pessoas intoxicadas pelo contato com o óleo nas praias da região.


Moderno hospital do NDM Bahia
Nossa equipe composta pelo jornalista Valter Andrade e o cinegrafista Jair Aniceto chegaram nas primeiras horas da manhã e acompanharam a chegada dos navios em Suape, o trabalho de desembarque do contingente foi devidamente registrado por nossas lentes, coletando informações e imagens que serão publicadas em breve na cobertura especial da operação.

Jair e Valter - Equipe do GBN Defense


O GBN Defense em breve irá publicar a cronologia dos fatos e uma análise da situação, onde abordaremos diversos aspectos que envolvem este acontecimento e a resposta dada pelo Brasil, desde as opções e meios empregados.


Até o momento, mais de 4.800 militares da MB, 34 navios, sendo 30 da MB e 4 da Petrobras, 22 aeronaves, sendo 11 da MB, 6 da Força Aérea Brasileira (FAB), 3 do Ibama e 2 da Petrobras, além de 5.000 militares e 140 viaturas do Exército Brasileiro (EB), 140 servidores do Ibama, 80 do ICMBio e 440 funcionários da Petrobras atuam nessa grande operação.


Por Angelo Nicolaci
Fotos Valter Andrade e Jair Aniceto

GBN Defense - A informação começa aqui



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sábado, 9 de novembro de 2019

Fuzileiros Navais desembarcam em Recife - "Operação Amazônia Azul, Mar Limpo é Vida",

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Um Destacamento Operativo de Fuzileiros Navais, com cerca de 700 militares da Força de Fuzileiros da Esquadra, chegará ao porto de Suape, em Pernambuco, neste domingo (10). A equipe do GBN Defense esta se organizando para acompanhar o desembarque do destacamento anfíbio.

A ação tem como objetivo atuar na Operação "Amazônia Azul, Mar Limpo é Vida", reforçando as ações da Marinha do Brasil na região. O desembarque de meios e pessoal dessa Unidade Anfíbia (UAnf) se dará a partir do Navio Doca Multipropósito (NDM) Bahia e do Porta Helicópteros Multipropósito (PHM) Atlântico, que partiram do Rio de Janeiro em 4 de novembro.

Após o desembarque os militares vão iniciar a montagem de uma base na região. O trabalho de remoção do óleo terá ênfase na limpeza e monitoramento dos manguezais e estuários, além do lado externo dos arrecifes. Esta ação contará, ainda, com o emprego de mergulhadores. 

Em relação aos meios de Fuzileiros Navais serão desembarcados cerca de 30 caminhões, 25 viaturas leves, um trator, seis equipamentos de engenharia e 18 embarcações menores. 

A equipe do GBN Defense esteve acompanhando uma das fainas do NPa Guaíba, onde o Valter Andrade pode conhecer de perto todas particularidades e desafios que representam essa missão de monitoramento das manchas de óleo, em breve você confere o material exclusivo produzido pela equipe do GBN Defense em Recife.

Mais uma vez chamamos atenção aos desafios e ao profissionalismo de nossos homens e mulheres de mar e terra, que se somam aos esforços para minimizar os impactos desse desastre ambiental. Lembrando que, precisamos exigir de nossos representantes políticos no congresso e senado, a devida atenção as necessidades de reaparelhamento de nossas forças armadas, tendo em vista o vital papel destas em diversos cenários que não o de conflito convencional.

GBN Defense - A informação começa aqui
Com apoio do CCSM

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domingo, 20 de outubro de 2019

Participação da Marinha do Brasil no Incidente de Poluição Ambiental no Litoral do Nordeste do Brasil

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Desde o início de setembro, o Brasil combate uma nova ameaça, a contaminação por óleo no litoral do Nordeste. O evento é inédito na história do País, pela extensão geográfica da incidência e pela duração no tempo. Cerca de 2.250 km de extensão de nossas costas foram atingidas, em algum momento nesse período. O óleo cru, que sabemos não ser produzido ou 
processado no Brasil, causa grande impacto em nossa biodiversidade e traz prejuízos socioeconômicos às localidades atingidas. 

Os incidentes de poluição por óleo no litoral do Nordeste foram acompanhados pela Autoridade Marítima desde o início, por intermédio da Diretoria de Portos e Costas e dos Comandos do 2º, 3º e 4º Distritos Navais, em particular pelas Capitanias dos Portos, Delegacias e Agências. Navios e aeronaves da Marinha do Brasil foram direcionados ao esforço de busca das manchas ainda no mar, para prevenir a chegada ao continente, mesmo sabendo da dificuldade da missão, pois a poluição se difunde abaixo da superfície do mar e não é detectável por imageamento satélite e esclarecimento visual, aflorando apenas muito próxima à costa. Os diversos esclarecimentos aéreos realizados pela sempre presente Força Aérea Brasileira, IBAMA e a própria Marinha assim têm demonstrado. 

A Marinha do Brasil tem consciência de sua responsabilidade e da importância da sua contribuição. A instituição está integrada ao Grupo de Acompanhamento e Avaliação, ora estabelecido no Comando do 2º Distrito Naval, somando esforços com o IBAMA, ANP e a Defesa Civil, desempenhando as atribuições de Coordenador Operacional, por intermédio do Comando de Operações Navais. 

Em 18 de outubro, após um dia intenso de muito trabalho, conseguimos recuperar importantes praias turísticas do litoral pernambucano, minimizando os danos ao meio-ambiente. Agentes do IBAMA, ICMBio, PETROBRAS, dos estados e municípios, voluntários, marinheiros e fuzileiros navais integraram-se no esforço de limpeza de praias nos litorais da Bahia, Alagoas e Pernambuco, 
desde o alvorecer até depois do pôr do Sol. O esforço coordenado desses órgãos, a despeito das dificuldades, e a ação de voluntários já recuperaram a maioria das praias, coletando mais 525 toneladas de resíduos, os quais precisarão ser adequadamente destinados, conforme a orientação técnica da 
Autoridade Ambiental. 

Paralela e simultaneamente à coordenação e execução das ações de resposta, a Autoridade Marítima brasileira também trabalha para elucidação dessa grave ocorrência, mobilizando seus especialistas na Diretoria de Portos e Costas, no Centro Integrado de Segurança Marítima, no Centro de Hidrografia da Marinha e no Instituto de Estudos do Mar Almirante Paulo Moreira. A investigação em andamento também conta com imprescindível 
colaboração de universidades, centros de pesquisa, Polícia Federal, além de instituições estrangeiras, como a Organização Marítima Internacional, a Guarda Costeira dos EUA, a Administração Nacional Oceânica e Atmosférica do Departamento de Comércio dos EUA, dentre outras. Apesar de toda a complexidade que caracteriza esses terríveis incidentes – verdadeira agressão criminosa ao País, a Marinha está inteiramente comprometida com a elucidação dos fatos. 

No momento,em todo o litoral brasileiro, registra-se apenas a região de Cabo de Santo Agostinho-PE com resíduos de óleo, com ações de resposta em andamento.Pelo desconhecimento da origem do incidente, não se pode determinar por quanto tempo ainda persistirão as ocorrências de manchas no litoral do Nordeste, apesar de todo o esforço desenvolvido nesse sentido. Por isso, é fundamental que as equipes mobilizadas permaneçamalertas, para a pronta atuação. 

A Marinha do Brasil e seus integrantes seguem firmes no propósito de cumprir suas obrigações e conscientes da importância de sua contribuição para a sociedade brasileira.

Fonte: Marinha do Brasil
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segunda-feira, 18 de fevereiro de 2019

EXCLUSIVO: Instituições assinam Carta de Compromisso, visando “Ações de Preservação e Despoluição da Baía de Guanabara”

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No último sábado (16), estivemos mais uma vez à bordo do Rebocador "Laurindo Pitta", onde ocorreu a assinatura da Carta de Intenções para propor “Ações de Preservação e Despoluição da Baía de Guanabara”, a qual sucede o primeiro encontro ocorrido em 15 de setembro de 2018, quando se reuniram instituições e parte dos atuais parceiros, lançando ali a base da proposta que visa reunir pessoas com competência e conhecimento sobre o assunto, tendo servido para estreitar os laços entre as parcerias e divulgar o tema em voga.

Muito do que foi discutido e apresentado no primeiro encontro, serviu de alicerce para criação da atual Carta de Compromisso, sendo assinada pelos signatários, dentre os quais citamos o Ministério do Meio Ambiente, através do Ministro Ricardo Salles, a Secretaria de Estado do Ambiente e Sustentabilidade do Rio de Janeiro, através da Secretária Ana Lucia Santoro, o GBN News através do seu editor Angelo Nicolaci, a Fundação SOS Mata Atlântica, AquaRio, o Museu do Amanhã, o Deputado Federal Professor Joziel do PSL-RJ e o Instituto Rumo Náutico dentre outros signatários, confirmando através deste documento o interesse dos parceiros na criação de uma agenda permanente para discussão e o acompanhamento de ações concretas para a despoluição e preservação da Baía de Guanabara.

A situação é preocupante e requer atenção e medidas concretas para lidar com décadas de descaso e abandono que resultaram no atual cenário caótico em que se encontra nossa Baía de Guanabara. Para termos uma noção da delicada situação, dos trinta e cinco rios que escoam para Baía de Guanabara, apenas cinco deles estão vivos, com os demais tendo sido transformados em canais e "valas de esgoto", com grande parte do esgoto gerado nos municípios sendo despejados diretamente na baía através destes rios, o que causa um impacto catastrófico no meio ambiente, destruindo o bioma e levando a drástica redução de espécimes que vivem neste habitat, atingindo diretamente a economia do estado em vários segmentos, como o turismo e pesca, além de outros fatores. Se faz primordial que haja um pesado e contínuo investimento em melhorias nas condições de saneamento básico dos municípios que se localizam no entorno da Baía de Guanabara. Segundo dados do Sistema Nacional de Informações sobre Saneamento (SNIS) que tivemos acesso através de informe fornecido pela Marinha do Brasil na véspera deste evento, no ano de 2015, apenas 83% dos brasileiros eram atendidos com abastecimento de água tratada, 50% da população tinha acesso à coleta de esgoto e apenas 42% do esgoto do país era tratado. Esses números provam ainda hoje enfrentamos um problema crônico de despejo de esgoto diretamente nos rios e afluentes, que consequentemente conduzem essa poluição diretamente para nossa baía e ao mar.

Mas tais medidas não cabem apenas as instituições e parcerias signatárias do compromisso, mas de cada um de nós brasileiros e fluminenses diretamente, pois é preciso que cada uma assuma sua parcela de responsabilidade nesta luta pela preservação e despoluição de nossas águas. Todos podemos e devemos assumir nosso papel como condutor das mudanças, primeiramente abandonando a velha postura de se colocar na platéia e assumir a posição de protagonista, como fez a pequena Mariana, que já foi apresentada aqui no GBN News por sua iniciativa que contou com o apoio de seus pais, juntos promovendo mutirão para limpeza da Praia de Pedrinhas no município de São Gonçalo, e cabe ressaltar que Marina tinha apenas CINCO anos de idade! Um verdadeiro exemplo para pessoas de todas as idades.

Não é preciso um grande esforço individual, basta que cada um de nós não joguemos mais lixo de qualquer especie nas ruas, rios e encostas, pois esse lixo vai parar em nossas praias e baías. Quando for a praia, aproveite o passeio e retire não apenas o lixo que você produziu, mas o que estiver ao seu redor e no caminho. Se cada um fizer sua parte, teremos uma sociedade mais consciente e ativa na defesa do seu maior tesouro. É hora de parar de olhar para os problemas de nosso país, estado, cidade e rua, achando que não são nossos, sim eles são seus problemas também! Todos temos nossa parcela de responsabilidade, agora cabe a você leitor decidir abandonar a mentalidade mesquinha e retrograda do "não é problema meu", ou " não fui eu que fiz", arregaçar as mangas e fazer a diferença.

Durante esse importante encontro, apesar da manhã chuvosa, navegamos rumo a Ilha de Paquetá, onde tivemos o prazer de conhecer um pouco mais sobre a biodiversidade de nossa Baía de Guanabara, o mangue do Recôncavo da Baía de Guanabara, o qual possui uma zona de preservação que chega aos 14 mil hectares, dos quais 4 mil são mangue, onde há décadas atrás esteve a beira de ser extinto pela extração de madeira para alimentar as olarias, mas que graças ao trabalho realizado pelo ICMBio ao longo de anos, levou a recuperação de uma vasta área que estava comprometida.

Nosso editor teve a oportunidade de entrevistar o Ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, que nos concedeu uma Live em nossa plataforma no Facebook.

"A prioridade do Ministério é a agenda de qualidade ambiental urbana, e entre os temas da agenda esta cuidar do mar, tirar o lixo e realizar o saneamento, que foram de fato esquecidos até então e são de fundamental importância não só para preservação do meio ambiente, mais para a saúde e qualidade de vida das pessoas...", disse Ricardo Salles, que prosseguiu dizendo que o evento é um marco da parceria entre o Governo Federal, a Marinha do Brasil e a sociedade civil que se unem pelo bem de todos. 

Aproveitando a oportunidade, questionamos o ministro sobre qual sua visão sobre os desafios que o novo governo enfrenta diante de tantos problemas que tem se arrastado ao longo de décadas na pasta ambiental, tendo resultado em catástrofes como a de Mariana e Brumadinho, que resultaram não apenas em danos ambientais, mas na perda de brasileiros, vítimas do descaso e omissão do poder público brasileiro, questionando sobre a necessidade de uma postura mais enérgica e ativa do estado na fiscalização e prevenção destes acidentes, o combate a poluição e as medidas de conscientização e preservação ambiental.

"O tema Meio Ambiente, é extremamente importante em todas essas frentes, mas em todas elas se não tivermos eficiência, gestão, metas e metodologia que trate dos temas que demandam ser acompanhados, não teremos um bom resultado. Para além do mérito de todas as frentes, é preciso ter uma metodologia que seja voltada para alcançar resultados, só o discurso não resolve, tem que ter prática, e a prática passa por uma boa gestão de recursos", disse o ministro Ricardo Salles.

Dentre as autoridades que se mobilizaram para apoiar o programa de despoluição e preservação da Baía de Guanabara, contamos com o apoio do Deputado Federal Prof. Joziel, eleito pelo PSL-RJ, o representante fluminense em Brasília, nos concedeu entrevista, onde falou sobre a importância que tem tido hoje as questões ambientais, e como isso tem sido tratado em Brasília pelo Congresso Federal.

"Em Brasília a questão tem sido levada muito à sério, em virtude das respostas que a natureza tem dado à omissão as questões ambientais, que foi tratado sempre em segundo ou terceiro plano, mas estes alertas que temos tido da natureza, estão suscitando na visão legislativa como na população e um comportamento diferenciado, pois temos que entender que não dá para andar em dissonância com a natureza. Isso passa pela ação do cidadão, pela educação ambiental e sobretudo pela legislação já existente no país, bem como os dispositivos necessários para que funcione, essa é uma pauta de grande importância nesse governo que se inicia", disse Joziel.

"Brumadinho nos alertou sobre a importância de termos mais rigor na fiscalização e cumprimento delas, bem como os licenciamentos ambientais, é preciso ter mais rigor quanto aos processos e fiscalização, principalmente de mineradoras e industrial que trabalham com material que apresentam alto risco de contaminação e poluição do meio ambiente, esse cenário de tragédias que vivenciamos, com certeza irá resultar em mudanças profundas nos processos e rigor no cumprimento das leis e regras, mudando essa imagem negativa que infelizmente conquistamos no cenário internacional com duas grandes tragédias envolvendo barragens em curto espaço de tempo, e um contra senso, pois o Brasil foi sede da Rio 92 e o Rio +20, sendo palco principal das discussões ambientais na esfera global", respondeu Joziel complementando. 

Na chegada à Paquetá, foi realizada a cerimonia de assinatura da Carta de Compromisso, da qual o GBN News figura como a primeira mídia signatária, mostrando nossa posição clara e séria com relação ao compromisso que assumimos enquanto veículo de informação e produção de conteúdo, servindo de exemplo as demais mídias, para que as mesmas possam se unir a nós nesta causa e disseminar o debate e a informação, contribuindo para criação de uma mentalidade mais responsável por parte de nosso público e assim contribuindo para educação ambiental não apenas no âmbito fluminense, mas no Brasil e todos os países que acompanham nosso trabalho. A Marinha do Brasil é um dos grandes parceiros deste programa de despoluição da Baía de Guanabara, tendo papel fundamental em apoiar a fiscalização e atividades que estão dentre suas atribuições constitucionais, apesar de possuir um vasto vácuo jurídico no que tange ao seu papel na repressão de atividades que fogem de sua atribuição como entidade fiscalizadora, algo que deveria ser revisto no congresso e senado, conferindo maior liberdade de ação e repressão de atividades que degradam nosso meio ambiente.

Após desembarcarmos na bela Ilha de Paquetá, seguimos para outro cais, onde mesmo sob uma fina garoa, embarcamos em lanchas e flexboat para conhecer de perto o mangue e o trabalho que vem sendo desenvolvido pelo ICMBio. Onde nos surpreendeu o fato de boa parte da Baía de Guanabara estar sofrendo com assoreamento, o que dificulta o deslocamento de embarcações e também representa um grande problema a fauna deste importante bioma. Simplesmente fantástico, o mangue é de uma beleza ímpar, e o contato direto com essa realidade nos leva a pensar sobre nosso papel enquanto cidadão e brasileiro. É um grande desafio fiscalizar aquela região e os rios que escoam ali ainda mantendo viva a nossa Baía, ressaltando que estes últimos cinco rios "vivos", representam o maior volume de água despejado na Guanabara, sendo ainda água limpa, ajudando a renovar as águas e nos dando esperança de conseguirmos reverter décadas de omissão e descaso que estão levando a quase extinção da população local de Botos Cinza, onde o número de indivíduos da especie caiu de mais de 800 na década de 80, para menos de 100 animais nos dias de hoje, assim como várias outras especies.

O mangue cobre uma vasta área, e através de seu "labirinto" chegamos a base da ICMBio em Guapimirim, onde assistimos uma apresentação sobre o trabalho e desafios enfrentados na preservação desta reserva e encerramos nossa missão, sendo a única mídia especializada presente e participante do evento.

Em breve traremos mais artigos tratando desse tema que faz parte do tema correlato à geopolítica e defesa, apresentando a participação da Marinha do Brasil que tem realizado um trabalho ímpar.


Por Angelo Nicolaci - Jornalista, editor do GBN News, graduando em Relações Internacionais pela UCAM, especialista em geopolítica do oriente médio e leste europeu, especialista em assuntos de defesa e segurança

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