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quinta-feira, 28 de novembro de 2013

Aviões militares do Japão e Coreia desafiam zona defensiva chinesa

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Aviões militares japoneses e sul-coreanos sobrevoaram uma zona aérea disputada no mar do Leste da China sem informar Pequim, disseram autoridades na quinta-feira (28), desafiando uma nova zona defensiva estabelecida pela China, a qual elevou as tensões na região e gerou temores de uma confronto acidental.
 
Antes, os EUA já haviam rejeitado a exigência de que aviões comerciais e militares notificassem a China ao sobrevoar a área disputada. Na terça-feira, dois bombardeiros B-52 norte-americanos desarmados sobrevoaram essa região sem informar Pequim.
A China anunciou no fim de semana que imporia uma nova zona de vigilância aérea na área compreendida por ilhas disputadas no mar do Leste da China, chamadas de Senkaku pelo Japão e Diaoyu pela China. A decisão, além de desafiar a reivindicação japonesa pelas ilhas, foi vista como uma afronta ao domínio dos EUA na região.
Washington não se posiciona sobre a soberania das ilhas, mas reconhece o controle administrativo do Japão sobre as ilhas desabitadas, mas potencialmente ricas em recursos.
Também na quinta-feira, a China rejeitou uma solicitação sul-coreana para revogar a zona de vigilância, mas aparentemente abrandou sua exigência de que aviões comerciais notifiquem as autoridades militares sobre seus sobrevoos. As duas maiores companhias aéreas japonesas já haviam sobrevoado a área sem notificar Pequim.
 
Fonte: Reuters
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sexta-feira, 8 de fevereiro de 2013

Japão diz que caças russos invadiram seu espaço aéreo; Rússia nega

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Dois caça-bombardeiros russos entraram durante alguns segundos nesta quinta-feira no espaço aéreo japonês, anunciou o ministério da Defesa japonês, que ordenou imediatamente a decolagem de quatro aviões de suas forças. O governo russo, no entanto, negou a informação. "Os aviões da Frota do Pacífico voam regularmente nesta região respeitando rigidamente as normas internacionais", declarou um porta-voz do distrito militar do Leste, Roman Martov.
 
Segundo o Japão, os aviões entraram durante alguns segundos em seu espaço aéreo às 14h59 local (03h59 de Brasília), frente à ilha setentrional de Hokkaido. O ministério das Relações Exteriores japonês apresentou um protesto formal ante a Rússia.
 
O incidente aconteceu pouco depois que o primeiro-ministro japonês disse que queria achar "uma solução mutuamente satisfatório" ao litígio territorial entre os dois países pelas ilhas Kuriles.
 
Moscou e Tóquio disputam quatro ilhas do arquipélago das Kuriles do Sul, que foram anexadas pelos soviéticos ao final da Segunda Guerra Mundial. Este litígio impede a assinatura de um tratado de paz entre os dois países.
 
Fonte: AFP
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quarta-feira, 30 de maio de 2012

Novo caça da Mitsubishi: o Espírito Divino que defende o Japão

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Após os EUA, a Rússia e a China, o Japão pode se tornar o quarto país a ter seu próprio caça de quinta geração. O novo caça, relativamente pequeno em tamanho e peso, será o primeiro avião de combate desenvolvido independentemente no Japão nas últimas sete décadas.

A alternativa japonesa

No início de maio, o Japão encomendou os primeiros quatro caças F-35 norte-americanos. Nesta década, o Japão pretende comprar 42 máquinas deste tipo, continuando após 2020, mas esses planos podem mudar em caso de êxito no desenvolvimento de seu próprio caça japonês, que promete superar o F-35 no conjunto de características.

O novo avião japonês, desenvolvido no âmbito do programa ATD-X (Advanced Technology Demonstrator-X), é relativamente pouco conhecido, e até recentemente sua realização na prática era posta em questão.

O projeto de desenvolvimento foi iniciado em 2004, e ao mesmo tempo foi atribuído ao programa o código ATD-X: o novo avião era considerado um demonstrador de tecnologia, e não se falava da sua utilização prática.

Os voos do novo caça russo T-50 em janeiro de 2010 e do chinês J-20 um ano depois, deram um novo impulso ao trabalho dos japoneses. A incapacidade de adquirir caças F-22 junto com as perspectivas indefinidas (até agora) do F-35 e as capacidades limitadas dessa máquina, levaram as autoridades japonesas a aumentar o financiamento do projeto ATD-X.

Em março de 2012, a fábrica da Mitsubishi em Tobishima, perto da cidade de Nagoya, começou a montagem do primeiro protótipo do ATD-X para testes estáticos. No ano seguinte deve começar a construção de três protótipos voadores, e o primeiro voo do novo caça Mitsubishi, apelidado de Shinshin (a tradução mais próxima do sentido dos hieróglifos 心神 que compõem seu nome é “espírito divino”), é esperado em 2014.

Como ultrapassar as limitações?

O caça F-35A que o Japão pode (e planeja) comprar nos EUA tem algumas limitações significativas. Em particular, ele não tem alta capacidade de manobra, tem uma velocidade de cruzeiro subsônica, não tem radar lateral. Em conjunto, isso leva muitos especialistas a avaliar o potencial do F-35 como menor mesmo em comparação com as atuais máquinas de série da geração 4++, como o Su-30MKI e o Su-35S, e como significativamente menor que o F-22 e, potencialmente, o T-50.

Entretanto, os adversários mais prováveis do Japão – a China e a Rússia – estão atualmente rearmado sua aviação com máquinas avançadas de quarta geração, e deverão receber aviões de quinta geração já nos próximos 10 anos. O potencial do projeto chinês J-20, por enquanto, é questionável, mas a probabilidade da força aérea chinesa de obter caças de quinta geração é uma ameaça bastante grande.

Assim, o projeto ATD-X deve dar à força aérea japonesa um novo avião que não terá as limitações do F-35 causadas pelo desejo de construir uma plataforma versátil que atenda aos requisitos de todos os tipos de aviação. Restrições financeiras e tecnológicas não têm muita importância – o Japão é um país bastante rico para poder se permitir até mesmo um caça muito caro, e seu nível tecnológico torna possível desenvolver em um período razoável de tempo todo o equipamento necessário para as novas máquinas, incluindo o motor.

Futuro provável

Tendo em conta o tempo que todos os estados com aviação geralmente levam para desenvolver equipamento militar, o novo caça japonês, se o primeiro voo for realizado em 2014, entrará em série limitada não antes de 2017-18, e em produção em massa – mais próximo de 2020-21. Por esta altura, o Japão irá receber caças F-35 de combate, que entrarão em serviço da força aérea em 2016. Se as características do “Espírito divino” forem bastante altas, no futuro, o Japão poderá deixar de comprar F-35 em larga escala, fazendo uma aposta em sua própria indústria aeronáutica.

Além disso, se o Japão conseguir desenvolver seu próprio motor e tornar o projeto totalmente independente do fornecimento de peças críticas, será possível também sua exportação – pelo menos para diminuir o preço de uma unidade com o aumento dos volumes de produção.

Fonte: A Voz da Rússia
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quinta-feira, 25 de agosto de 2011

Barcos chineses invadem águas disputadas; Japão protesta

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O Japão apresentou na quarta-feira um protesto à China pelo fato de dois barcos chineses terem entrado por alguns instantes em uma zona marítima reivindicada por Tóquio perto de ilhotas no mar do Leste da China, em mais um capítulo de uma disputa que se arrasta há anos.

No ano passado, as relações bilaterais sofreram um forte abalo por causa da prisão do capitão de uma embarcação civil chinesa que colidiu com barcos japoneses de patrulha na região das ilhas, chamadas de Senkaku pelo Japão e de Diaoyu pela China.

As ilhas, reivindicadas também por Taiwan, ficam perto de reservas de gás potencialmente ricas.

O chefe de gabinete do governo japonês, Yukio Edano, disse que o vice-chanceler Kenichiro Sasae convocou na quarta-feira o embaixador chinês em Tóquio para dizer que "as ilhas Senkaku são território integral do Japão, historicamente e em termos do direito internacional".

Pequim não se manifestou publicamente, mas a Guarda Costeira do Japão relatou que, numa troca de informações realizada no local do incidente, as autoridades chinesas alegaram que seus barcos estavam em uma zona marítima pertencente à China.

Edano disse que a suposta incursão por barcos chineses de patrulha pesqueira ocorreu na manhã de quarta-feira (hora local) e durou poucos minutos

Fonte: Reuters

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sábado, 9 de julho de 2011

Energia nuclear será segura em até dois anos, diz chefe da AIEA

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A energia nuclear poderá ser considerada novamente essencial para o desenvolvimento e segura em um ou dois anos, após a catástrofe de Fukushima, declarou nesta sexta-feira, em Buenos Aires, o diretor da Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA), Yukiya Amano.



"A energia nuclear seguirá sendo essencial para o desenvolvimento em um entorno mais seguro", afirmou Amano.



O funcionário foi consultado na capital argentina sobre as lições deixadas pelo grave acidente da central japonesa em março. Amano está em Buenos Aires para participar de um ato para celebrar o 20º aniversário da Agência Brasil-Argentina de Contabilidade e Controle de Materiais Nucleares (ABACC).



"O que ficou de lição é que a prioridade é a segurança. Que todos os países aprendam que é preciso cooperar na ampliação da segurança", insistiu.



Amano recordou que a AIEA enviou uma comissão ao Japão devido ao acidente ocorrido no dia 11 de março, depois de um tsunami provocado por um terremoto afetar as instalações da central de Fukushima Daiichi.



O objetivo da missão foi "obter um informe claro e poder aprender com esta lição, que não implica em um passo atrás na energia atômica, mas sim em avançar com um conjunto de novas seguranças", disse. Fukushima, que foi a mais grave crise nuclear desde a catástrofe de Thernobil, na Ucrânia, em 1986, colocou em dúvida a segurança em todas as usinas do planeta.


Além do diretor da AIEA, também viajaram a Buenos Aires os chanceleres da Argentina, Héctor Timerman, e do Brasil, Antonio Patriota.


Fonte: France Presse
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terça-feira, 5 de julho de 2011

Japão descobre depósito de minerais raros no Pacífico

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Pesquisadores japoneses dizem ter encontrado vastos depósitos de minerais de terras raras, utilizados em equipamentos de alta tecnologia, no solo do Oceano Pacífico.

Geólogos estimam que existam atualmente 110 bilhões de toneladas de elementos raros no fundo do Pacífico.

Os pesquisadores japoneses estimam ter encontrado entre 80 e 100 toneladas de minerais raros no leito oceânico a profundidades de entre 3,5 mil e 6 mil metros abaixo da superfície.

Atualmente, a China responde por 97% da produção de 17 metais provenientes de terras raras, muitas vezes chamados de ‘‘ouro do século 21’’, por serem raros e valiosos.

O quase monopólio de produção exercido pela China levou o país a restringir o fornecimento dos metais raros no ano passado, durante uma disputa territorial com o Japão.

Analistas acreditam que se a prospecção do local descoberto pelos japoneses se mostrar viável, o domínio da China no setor poderá ser ameaçado.

Os minerais são usados em iPods, TVs de tela plana, carros elétricos, mísseis, óculos de visão noturna, turbinas e imãs supercondutores, por exemplo.

Além da China, as reservas são encontradas também na Rússia, em outras ex-repúblicas soviéticas, nos Estados Unidos, na Austrália e na Índia.

Descoberta

A descoberta foi divulgada pela publicação científica britânica Nature Geoscience, que relatou que a equipe de cientistas comanda por Yasuhiro Kato, professor de ciências da terra da Universidade de Tóquio, encontrou os minerais em 78 locais diferentes na lama oceânica do Pacífico.

‘‘Os depósitos contêm uma uma forte concentração de terras raras. Apenas um quilômetro quadrado dos depósitos será capaz de atender a um quinto do consumo mundial atual’’, afirmou o professor Yasuhiro Kato.

A descoberta foi feita em águas internacionais, em uma área próxima ao estado americano do Havaí e em outra perto da Polinésia Francesa, segundo o relatório formulado pelos exploradores japoneses.

Ainda não se sabe, no entanto, se será viável tecnologicamente realizar a prospecção em uma área tão profunda e, caso seja, se será possível explorar comercialmente os metais trazidos à tona.

Os depósitos foram se acumulando no solo oceânico ao longo de centenas de milhões de anos.

Dificuldades

O número de companhias que vêm solicitando licenças para realizar prospecções no solo do Pacífico vem crescendo rapidamente.

Entre as dificuldades de realizar a exploração dos metais raros está no fato de que eles são minúsculos e estão espalhados em uma vasta área, o que faz com que muitos dos locais que contam com terras raras não sejam viáveis para a exploração comercial ou estejam sujeitos a restrições ambientais.

No entanto, a perspectiva de prospecção nas águas oceânicas profundas – e os estragos que isso poderá representar para os ecossistemas marinhos – preocupam ambientalistas.

Entenda o que são e para que servem os minerais de terras raras

Todos os equipamentos eletrônicos da atual tecnologia utilizam essa materia prima, celulares, computadores, televisores, alto-falantes, propulsores, etc... Dependem dos elementos chamados de Terras Raras: Neodímio, Lantânio, Praseodímio, Cério, Gadolíneo e Samário.

Conheça algumas de suas aplicações:

Neodímio: Minério altamente magnético, utilizado na fabricação de alto-falantes, permite que esses sejam menores e mais potentes, possibilita ainda que os HDs sejam menores e mais rápidos.

Lantânio: Minério usado na fabricação de lentes de câmeras e telescópios.

Praseodímio: Minério usado para criar metais de alta resistência utilizados por exemplo em motores de aviões.

Cério: Minério utilizado em conversores catalíticos. Um Conversor Catalítico é um dispositivo usado para reduzir a toxicidade das emissões dos gases de escape de um motor de combustão interna.

Gadolíneo: Usado em equipamentos de Raio-X e MRI ("Magnetic Resonance Imaging").

Samário: Semelhante a outros metais de terras raras, é usado em eletrodos de carbono para iluminação de estúdios e projeção de filmes. A liga de samário e cobalto é usada para produzir ímãs com resistência à desmagnetização maior do que qualquer outro material.Para dopar cristais de fluoreto de cálcio usados em lasers.O óxido é usado na produção de vidros absorventes de infravermelho, como absorvedor de nêutrons em reatores nucleares e como catalisador na desidratação e desidrogenação de álcool etílico.

A China responde por 97% da produção de terras raras, 17 metais, muitas vezes chamados também de "ouro do século 21", por serem raros e valiosos pela grande utilidade que têm.

Baiyun 'Ebo na Mongólia Central é a maior mina de Terras Raras do mundo. Os EUA já foram um dos grandes produtores de Terras Raras, mas várias de suas minas foram fechadas. A China tem ainda ao seu favor a mão-de-obra barata, poucas restrições ambientais.

Os elementos de Terras Raras são de difícil extração, tóxicos e muitas vezes radioativos. A extração desses minérios é realizada em geral a céu aberto, com isso aumentando a poluição. Para produzir 1 Ton. de Terras Raras perde-se 300m² de solo arável.

Em 2010, a China exportou 39 mil toneladas de terras raras, mas o governo chinês já anunciou que pretende limitar o total a ser exportado este ano para pouco mais de 30 mil toneladas. Muitos países possuem reservas de Terras Raras, porém não exploram seu potêncial. O Brasil é um pequeno produtor de terras raras, com o mercado praticamente dominado pela China.

Fonte: BBC Brasil / GeoPolítica Brasil
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segunda-feira, 25 de abril de 2011

Manifestantes protestam em Tóquio contra energia nuclear

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Milhares de pessoas protestaram neste domingo no centro de Tóquio para pedir o fim da energia nuclear e um maior desenvolvimento das energias renováveis, depois do acidente da central de Fukushima provocado pelo terremoto seguido de tsunami ocorrido em 11 de março.

Levantando cartazes onde se lia "Bye Bye Genpatsu" (adeus, nuclear), os manifestantes, muitos deles jovens e famílias inteiras, marcharam no parque de Yoyogi, em calma e sob o sol forte.

"Estamos inquietos, Antes de Fukushima, não acontecia tudo isso, mas agora precisamos reagir, precisamos fazer isso por nossos filhos", explicou Hiroshi Iino, 43 anos, um dos participantes da manifestação a favor de "uma mudança enérgica".

Paralelamente, em outra região da capital japonesa, foi realizada uma segunda manifestação, da qual também participaram milhares de pessoas para protestar contra a empresa que opera a central de Fukushima Daiichi, a Tepco.

A questão de um eventual abandono da energia nuclear não é, no momento, abertamente debatida na cena política japonesa.

"Não podemos prescindir da energia nuclear, mas devemos refletir quanto aos planos e ao calendário de construção de nossas usinas", estimou na sexta-feira o número dois do partido de centro-esquerda no poder, Katsuya Okada.

A energia nuclear representava, antes do maremoto de 11 de março que provocou danos em vários reatores, cerca de 30% da eletricidade utilizada no Japão.

Localizada a 250 km a nordeste de Tóquio, a central de Fukushima Daiichi foi danificada por uma onda de 14 metros de altura que causou falhas nos sistemas de refrigeração, provocando uma explosão e vazamentos radioativos.

A operadora Tepco espera conseguir estabilizar a situação em um período de seis a nove meses.

Fonte: France Presse
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terça-feira, 12 de abril de 2011

Reconstrução do Japão após terremoto pode custar mais de R$ 445 bilhões

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O governo e as empresas do Japão começaram a acertar os detalhes de um plano de reconstrução após o terremoto e posterior tsunami do dia 11 de março que poderá custar mais de 200 bilhões de euros [R$ 445 bilhões].

A intenção do governo é aprovar o mais rápido possível um primeiro orçamento de 4 trilhões de ienes (cerca de 33 bilhões de euros) para começar uma gigantesca reconstrução no litoral nordeste do país após o terremoto de magnitude 9 ocorrido há um mês.

As prioridades serão os trabalhos de remoção de escombros de uma região que abrange mais de 600 quilômetros, as primeiras ajudas para normalizar a vida dos refugiados, a construção de 70 mil casas e a reconstrução da economia local, que enfrenta sério risco de colapso.

Para definir ainda mais um programa de reconstrução que terá uma escala recorde, o governo japonês criou nesta segunda-feira um conselho de especialistas que inclui professores universitários, empresários e arquitetos como Tadao Ando para que, por volta de junho, apresente propostas em áreas como urbanismo e geração de empregos.

Alguns políticos acreditam que a primeira fase da reconstrução precisará, além disso, de três orçamentos adicionais até atingir a marca de 10 trilhões de ienes (81,7 bilhões de euros).

Para o Japão, a catástrofe natural aconteceu em um momento especialmente delicado, quando a economia começava a se recuperar e lutava para reduzir o perigo latente de sua grande dívida pública, que dobra em valor o Produto Interno Bruto (PIB).

O problema de confeccionar um novo orçamento sem emitir dívida forçará o país a mudar várias despesas, como a contribuição à previdência, e a repensar uma parte das políticas do governo do Partido Democrático de Naoto Kan.

Para ajudar no financiamento das empresas que precisarão de milionários fundos para reconstruir seus negócios, o Banco do Japão (BOJ) aprovou na quinta-feira um programa de empréstimos de emergência no valor de 1 trilhão de ienes (8,178 bilhões de euros).

Além das pequenas e médias empresas de grande importância nas províncias mais afetadas (Fukushima, Miyagi e Iwate), as grandes multinacionais japonesas estão trabalhando para restabelecer o funcionamento de suas fábricas nessas regiões o mais rápido possível.

FÁBRICAS

Companhias como Nissan, Sony e Kirin tiveram que interromper suas operações em algumas fábricas devido ao terremoto, e algumas não sabem quando poderão retomar suas atividades, outro motivo de preocupação para os trabalhadores da região.

Além do dano direto em suas instalações, as empresas enfrentam um período de escassez energética pelo pausa brusca em algumas das usinas nucleares e de outros tipos no nordeste do Japão.

Alguns exportadores que trabalham em regiões próximas ao complexo de Fukushima estão realizando revisões de radiação em seus produtos para acabar com os receios de consumidores. Ao mesmo tempo, o governo analisa os níveis de radioatividade nos portos do Japão para evitar que os produtos que por ele passarem sejam rechaçados em portos estrangeiros.

O país prometeu compensar, através de uma seguradora pública, os exportadores que forem afetados pelo aumento dos níveis de radiação ou rumores que prejudiquem suas vendas.

As emanações da central de Fukushima prejudicam também pescadores, agricultores e criadores de gado de várias províncias no centro do Japão, e por isso o governo previsivelmente terá que dedicar muitos fundos durante um longo tempo para se recuperar de seu maior desastre desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).

Fonte: EFE
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sábado, 2 de abril de 2011

O que estão escondendo em Fukushima?

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O especialista japonês Hirose Takashi propõe a solução sarcófago para Fukushima: enterrar tudo sob cimento, como se fez em Chernobyl. Para ele, Tóquio e Osaka correm um perigo real. Ele critica o comportamento do governo e dos meios de comunicação, que não estariam informando à população da gravidade real do problema em Fukushima. "Todo mundo sabe quanto tempo demora um tufão a passar pelo Japão; geralmente leva uma semana. Isto é, com um vento de 2m/s, pode levar cinco até que todo o Japão fique coberto de radiação. E não estamos a falar de distâncias de 20 ou 30 km, mas sim de 100 km. Significa Tóquio, Osaka", adverte Takashi.

Hirose Takashi escreveu uma prateleira de livros, a maioria sobre a indústria da energia nuclear e o complexo militar-industrial. O seu livro mais conhecido é provavelmente “Nuclear Power Plants for Tokyo” no qual ele leva a lógica dos promotores da energia nuclear à seguinte conclusão lógica: se têm tanta certeza de que as centrais nucleares são seguras, por que não construí-las no centro da cidade, em vez de a centenas de quilômetros, perdendo metade da electricidade pelos cabos condutores?

De certa forma, deu a entrevista, que está parcialmente traduzida abaixo, contra os seus impulsos. Hoje, falei ao telefone com ele (22 de março de 2011) e disse-me que, embora fizesse sentido apoiar a energia nuclear naquela altura, agora que o desastre começou ele ficou calado, mas as mentiras que estão contando na rádio e na TV são tão flagrantes que tinha de falar.

Traduzi apenas o primeiro terço desta entrevista, a parte que diz respeito ao que está a acontecer nas centrais de Fukushima. Na última parte, ele falou sobre o quão perigosa é a radiação em geral, e também sobre o perigo contínuo causado pelos terremotos.

Depois de ler o seu relato, vai perguntar-se sobre o porquê de continuarem a lançar água sobre os reatores, em vez de aceitarem que a solução é o sarcófago (isto é, enterrar os reatores em betume). Avalio que existem algumas respostas. Primeira, aqueles reatores foram caros e não dá para arcar com o custo financeiro. Outra, e mais importante, aceitar a solução sarcófago significaria admitir que estavam errados e não podem resolver a situação. Por um lado, é demasiada culpa para um ser humano suportar. Por outro, significa a derrota da ideia da energia nuclear, uma ideia à qual se devotam religiosamente. Representa não só a perda destes seis reatores (ou dez), mas também o encerramento dos outros todos, uma catástrofe financeira. Se os conseguirem arrefecer e pô-los a funcionar, então podem dizer “vêem, a energia nuclear não é assim tão perigosa”.

Fukushima é uma tragédia que o mundo inteiro está assistindo e pode acabar numa derrota (perante a sua esperança, que penso existir sem fundamento) ou numa vitória para a energia nuclear. O relato de Hirose pode ajudar-nos a perceber o que está em jogo.


Muitas pessoas viram água sendo lançada sobre os reatores a partir do ar e do chão. Isso é eficaz?

Se quiser arrefecer um reator com água, tem de circulá-la lá dentro, de modo a tirar o calor, de outra forma não serve para nada. Por isso, a única solução é voltar a ligar a eletricidade. Se não, é como deitar água em lava.

Voltar a ligar a eletricidade – isso para reiniciar o sistema de arrefecimento?

Sim, o acidente foi causado pelo fato de o tsunami ter inundado os geradores de emergência, destruindo os seus depósitos de combustível. Se isso não for reparado, não há possibilidade de se recuperar deste acidente.

A TEPCO (Tokyo Electric Power Company, proprietária e gestora das centrais nucleares) diz que esperam voltar a ter uma linha de alta voltagem ainda esta noite.

Sim, existe uma réstia de esperança. Mas o que é preocupante é que um reator nuclear não é como os desenhos esquemáticos que as imagens mostram. Isto é apenas um cartoon.

Aqui está como é por baixo de um contentor do reator. Isto é a parte final do reator. Veja bem. É uma floresta de alavancas, fios e canos. (ver imagem acima)

Na televisão, surgem estes pseudo-académicos e dão-nos explicações simples, mas não sabem nada, estes professores universitários. Só os engenheiros sabem. Aqui é onde a água deve ser jogada. Este labirinto de canos é suficiente para provocar tonturas. A sua estrutura é demasiado complexa para nós entendermos.

Há uma semana que têm lançado água por aqui. E é água salgada, ok? Se joga água salgada numa fornalha, o que pensa que acontece? Fica com sal, que entra em todas estas válvulas e as paralisa. Não se mexem. Isto vai acontecer em toda parte. Portanto, não acredito que seja apenas uma questão de se voltar a ter eletricidade e a água começará a circular outra vez. Penso que qualquer engenheiro com um pouco de imaginação entende isto. Temos um sistema incrivelmente complexo como este e depois joga-se água a partir de um helicóptero, talvez eles tenham uma ideia de como isto funciona, mas eu não entendo.

Serão necessárias 1300 toneladas de água para encher as piscinas que contêm as varas de combustível que foram gastas nos reatores 3 e 4. Esta manhã foram 30 toneladas. Depois, as Forças de Defesa vão canalizar mais 30 toneladas a partir de cinco caminhões. Isto não é nem perto do que é preciso, terão de continuar. Esta operação de jogar água pelas mangueiras mudará a situação?

Em princípio, não. Mesmo quando um reator não está danificado, requer controle constante para manter a temperatura baixa, em níveis seguros. Agora está tudo voltado do avesso, e quando penso nos restantes 50 operadores, fico com lágrimas nos olhos. Suponho que foram expostos a enormes quantidades de radiação, e aceitaram enfrentar a morte ao estar lá dentro. Quanto tempo terão? Quero dizer, fisicamente. É a isto que a situação chegou. Quando vejo os tais relatos na televisão, quero dizer-lhes, “Se realmente é assim, então vai lá tu!” A sério, eles dizem estes disparates para tentar acalmar toda a gente, evitar o pânico. O que precisamos agora é justamente de pânico, porque a situação chegou ao ponto em que o perigo é real.

Se eu fosse o primeiro-ministro Kan, ordenaria que fosse feito o que a União Soviética fez quando da explosão do reator de Chernobyl, a solução sarcófago, enterrar tudo sob cimento, pôr todas as empresas de cimento do Japão a trabalhar e jogá-lo a partir do ar. Temos de esperar o pior. Por quê? Porque em Fukushima está a Central Daiichi, com seis reatores e a Central Daini, com outros quatro, num total de dez. Se apenas um deles evolui para o pior, então os trabalhadores terão de evacuar o lugar ou ficar e colapsar. Se, por exemplo, um dos reatores em Daiichi for abaixo, para os outros cinco será uma questão de tempo. Não podemos adivinhar em que ordem, mas com certeza todos eles cairão. Se isso acontecer, Daini não é assim tão longe, e provavelmente os seus reatores também não sobreviverão. Acredito que os trabalhadores não vão poder ficar lá.

Estou falando do pior caso, mas a probabilidade não é baixa. É este o perigo que o mundo está assistindo. Só no Japão é que está sendo escondido. Como se sabe, dos seis reatores de Daiichi, quatro encontram-se em estado crítico. Mesmo que tudo corra bem e a circulação da água seja restaurada, os outros três poderão ainda dar problemas. Quatro estão em crise, e para recuperarem em 100%, odeio dizê-lo, estou pessimista. Se isso correr mal, para salvar as pessoas, temos de pensar numa forma de reduzir a fuga de radiação para o nível mínimo possível. Não através de água com mangueiras, que é como borrifar o deserto. Temos de pensar que os seis poderão colapsar, e a possibilidade de tal acontecimento não é baixa. Todo mundo sabe quanto tempo demora um tufão a passar pelo Japão; geralmente leva uma semana. Isto é, com um vento de 2m/s, pode levar cinco até que todo o Japão fique coberto de radiação. E não estamos a falar de distâncias de 20 ou 30 km, mas sim de 100 km. Significa Tóquio, Osaka. E assim, rapidamente se pode espalhar uma nuvem radioativa. Claro que dependerá do tempo, não podemos saber de antemão como é que a radiação se distribuiria. Há dois dias, no dia 15 (de março), o vento soprava em direção a Tóquio. É assim...

Todos os dias o governo local mede a radioatividade. Todos os canais de televisão estão dizendo que, embora a radiação aumente, ainda não é alta o suficiente para ser um perigo para a saúde. Comparam-na a um raio-X no estômago. Qual é a verdade?

Por exemplo, ontem. À volta da Estação Daiichi de Fukushima, mediram 400 milisievert por hora. Com esta medição, Edano (Secretário do Chefe de Gabinete) admitiu pela primeira vez que havia um perigo para a saúde, mas não explicou o que isto quer dizer. Toda a informação dos meios de comunicação está falhando. Estão dizendo coisas estúpidas, como: “mas nós estamos sempre expostos à radiação durante o nosso dia-a-dia, recebemos radiação do espaço.” Mas isto é 1 milisievert por ano. Um ano tem 365 dias, um dia 24h; multiplique-se 365 por 24 e obtemos 8760. Multiplique-se 400 milisieverts por isto e obtemos 3 500 000 vezes a dose normal. Chamamos a isto seguro? E os meios de comunicação noticiaram isto? Nada. A razão pela qual a radiação pode ser medida é porque o material radioativo está escapando. É perigoso quando este material entra no nosso corpo e emite radiação a partir de dentro.

Estes acadêmicos porta-vozes da indústria vêm a televisão e dizem o quê? Dizem que, ao deslocarmo-nos em sentido contrário, a redução da radiação é inversamente proporcional ao quadrado da distância. Eu digo o contrário. A radiação interna acontece quando o material radioativo está dentro do corpo. O que acontece? Digamos que estamos a um metro de uma partícula nuclear: ao respirarmos, ela entra no nosso corpo; a distância entre nós e a partícula é agora de um micron. Um metro são mil milímetros, um micron é um milésimo de um mílimetro. Ou seja, mil vezes mil: um milhar quadrado. Este é o significado real do “inversamente proporcional do quadrado da distância.” A exposição à radiação aumenta no fator de um trilhão. Inspirar a mais pequena partícula, é este o perigo.

Então, comparações com raios-x e Tomografias não é possível, porque se pode inspirar material radioativo.

Sim, é isso. Quando entra no nosso corpo, não se pode dizer para onde vai. O maior risco são as mulheres, especialmente, mulheres grávidas, e crianças pequenas. Agora estão falando sobre iodo e césio, mas isso é só parte do assunto, não estão usando os instrumentos próprios para detecção. O que eles chamam monitorização significa apenas a medida da quantidade de radiação no ar. Os seus instrumentos não comem. O que eles medem não tem conexão com a quantidade de material radioativo.

Então, os danos causados pelos raios radioativos e por material
radioativo não são os mesmos.

Se perguntar: existem quaisquer raios radioativos da Central Nuclear de Fukushima neste estúdio, a resposta é não. Mas as partículas radioativas são transportadas pelo ar. Quando o núcleo começa a derreter, os elementos que estão dentro, com o iodo, tornam-se gases. Elevam-se no ar, se houver alguma falha escapa para fora.

Existe alguma forma de detectar isto?

Um jornalista disse-me que a TEPCO não tem capacidade nem para fazer a monitorização regular. Apenas fazem medições ocasionais, que são a base das declarações de Edano. Devem realizar-se medições constantes, mas eles não estão em condições de fazê-las. E é preciso investigar o quê e quanto está escapando, o que requer instrumentos de medição muito sofisticados. Não se pode fazê-lo apenas através de um posto de medição, que não chega medir o nível de radiação no ar. Precisamos saber que tipo de materiais radioativos estão escapando, e para onde vão – não têm um sistema capaz de fazer isso agora.

Fonte: Carta Maior
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quarta-feira, 23 de março de 2011

Terremoto japonês é o mais caro da história

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O Japão estimou que o custo dos danos do terremoto e do tsunami devastadores deste mês pode chegar a 300 bilhões de dólares. As autoridades de Tóquio alertaram que os bebês não devem ingerir água de torneira por causa da radiação vazada de uma usina nuclear.

A primeira estimativa oficial desde a tragédia de 11 de março cobre os danos a estradas, casas, fábricas e infraestrutura, e ofusca as perdas do tremor ocorrido em Kobe em 1995 e do furacão Katrina, que devastou Nova Orleans, nos Estados Unidos, em 2005, o que faz deste o desastre natural mais caro do mundo.

No momento em que aumenta a preocupação com o risco de alimentos contaminados pela radiação da usina de Fukushima, a cerca de 250 quilômetros da capital japonesa, os EUA se tornaram o primeiro país a proibir algumas importações de alimentos da zona do desastre.

A usina, atingida por um terremoto de magnitude 9,0 e por um tsunami que deixaram 23 mil mortos ou desaparecidos, ainda não foi controlada, e os trabalhadores foram forçados a abandonar o complexo quando uma fumaça negra começou a emergir de um dos seis reatores.

Autoridades de Tóquio disseram nesta quarta-feira que a água em uma usina de purificação para a capital de 13 milhões de pessoas continha 210 becquerels de iodo radioativo - mais do que o dobro do nível seguro para crianças.

O governador de Tóquio, Shintaro Ishihara, afirmou entretanto que esse nível não representa risco imediato e que a água pode ser usada. "Mas, para crianças com menos de um ano, gostaria que evitassem usar água de torneira para diluir alimento para bebês", acrescentou.

A agência norte-americana FDA (Administração de Alimento e de Drogas na sigla em inglês) anunciou a suspensão da importação de leite, vegetais e frutas de quatro regiões na vizinhança do complexo nuclear afetado.

A Coreia do Sul pode ser a próxima a proibir alimentos japoneses após o pior crise nuclear desde Chernobyl em 1986. Nesta semana a França solicitou à Comissão Europeia que procure harmonizar os controles sobre a radioatividade de produtos importados do Japão.

Os alimentos representaram somente 0,6 por cento do total de exportações japonesas no ano passado.

Autoridades declararam que níveis de radiação acima do que é seguro foram detectados em 11 tipos de vegetais da área, além do leite e da água.

O secretário-chefe de gabinete Yukio Edano, a face pública do governo japonês durante o desastre, disse que a zona de exclusão ao redor da usina não precisa ser expandida, e pediu aos moradores de Tóquio para não estocar água engarrafada.

Mais cedo ele havia dito não haver maior perigo para humanos e pediu que o mundo não reagisse com exagero: "Vamos explicar os fatos aos países e esperamos que tomem medidas lógicas baseadas neles".

Fonte: Reuters
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terça-feira, 22 de março de 2011

Equipes conectam cabos de força em reatores de Fukushima

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Equipes conseguiram conectar cabos de força em todos os seis reatores da usina nuclear de Fukushima Daiichi, no leste do Japão, em meio a esforços para restabelecer o sistema de resfriamento do local.

O correspondente da BBC em Tóquio Chris Hogg afirma que, apesar disto, mais testes são necessários para saber se o fornecimento de energia pode ser retomado com segurança na usina.

Segundo Hogg, a eletricidade somente será reativada depois que todas as inspeções forem realizadas. A usina foi danificada devido ao terremoto de magnitude 9 seguido de um tsunami que atingiu o Japão no último dia 11.

Os trabalhos nos reatores foram interrompidos na segunda-feira devido a temores de que radiação poderia estar vazando de Fukushima por meio de uma nuvem de fumaça.

No entanto, os níveis de radiação na área caíram nesta terça-feira, depois de apresentar alta por um breve período no dia anterior.

Nesta terça-feira, por cerca de uma hora, equipes jogaram mais água do mar sobre o reator 3 de Fukushima, em uma tentativa de impedir o derretimento dos bastões de combustível nuclear no local.

O repórter da BBC afirma que o acúmulo de destroços das explosões ocorridas na usina na semana passada torna mais difícil o trabalho de fazer a água chegar até a superfície dos reatores.

Radiação na água

Amostras de água do mar coletadas perto de Fukushima apresentaram níveis de radiação maiores que o normal, segundo a empresa Tokyo Electric Power Company (Tepco), que administra a usina.

De acordo com a Tepco, água coletada a 330 metros da usina tinha um nível de iodo-131 126,7 vezes maior que o permitido pela lei, enquanto o césio-134 estava 24,8 vezes maior que o normal. Já o nível de césio-137 estava 16,5 vezes acima do permitido.

Já as amostras coletadas a cerca de 16km de Fukushima apresentaram níveis de iodo-131 16,4 vezes maior que o permitido pela lei.

O vice-presidente da Tepco Norio Tsuzumi visitou um abrigo de emergência em Tamura, onde estão cerca de 800 moradores da cidade de Okuma, cidade mais próxima à usina de Fukushima. Tsuzumi se desculpou aos desalojados, que foram obrigados a deixar suas casas devido ao risco da radiação.

Reconstrução

O prejuízo causado pela tragédia natural no Japão é estimado pelo Banco Mundial em US$ 235 bilhões (cerca de R$ 392 bilhões) e a reconstrução do país pode levar até cinco anos.

O terremoto e o tsunami, seguidos de uma crise nuclear ainda em curso, prejudicaram as cadeias produtivas de indústrias automotivas e eletrônicas. Além disso, “os danos ocorridos em habitações e infraestrutura foram sem precedentes”, diz o relatório.

O número de mortos, que pode chegar a 15 mil, e os prejuízos devem ser mais do que o dobro dos causados pelo terremoto de Kobe, em 1995. As companhias de seguros devem arcar com apenas uma pequena parte dos custos, deixando a maioria do prejuízo a ser coberta pelo governo e pela população, aponta o documento.

Em contrapartida, a conclusão do relatório é que o impacto da tragédia no crescimento japonês provavelmente será “temporário” e terá efeito “limitado” na economia regional.

Fonte: BBC Brasil
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domingo, 20 de março de 2011

Crise nuclear no Japão estimula uso do petróleo

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Os efeitos do terremoto no Japão e da crise nuclear sobre o setor de energia devem elevar a demanda por petróleo e contribuir para manter alto o preço da commodity.

Segundo Greg Priddy, analista de petróleo da consultoria norte-americana Eurasia Group, usinas térmicas movidas a óleo que estavam desativadas no Japão podem ser acionadas para compensar a paralisação de usinas nucleares. "Isso pode elevar os preços do óleo leve", afirma.

As térmicas respondem por 67% da capacidade de geração de energia do Japão, segundo maior consumidor mundial de petróleo, de acordo com dados da IEA (Agência Internacional de Energia). Dessa fatia, 10% são movidas a óleo e praticamente todas são acionadas somente em momentos de pico da demanda japonesa.

Priddy pondera, no entanto, que o impacto imediato do acionamento das térmicas a óleo pode ser anulado por uma retração econômica no Japão. Por outro lado, a reflexão mundial sobre o uso da energia nuclear deve estimular o uso do petróleo.

"Todos os países vão repensar seus planos estratégicos de energia e, mesmo se a opção pela energia nuclear permanecer, o seu custo vai subir, pois haverá mais investimentos em segurança", afirma Taís Zara, economista da Rosenberg. "Haverá um estímulo para o uso de outras fontes, como o petróleo."

Os analistas do banco de investimentos Barclays calculam que, se os 12 GW de capacidade das usinas nucleares japonesas fossem substituídos por óleo, haveria demanda adicional de 250 mil barris por dia -quase a produção mensal da Petrobras no Espírito Santo, segundo maior Estado produtor.

"Apesar da percepção do mercado de que o evento reduz a demanda por causa de térmicas danificadas, perda de capacidade da indústria petroquímica e desaceleração no refino, acreditamos que o impacto de longo prazo será positivo para a demanda", afirma a equipe de análise do Barclays, em relatório.

Ontem, o petróleo recuou 0,84%, com o barril do Brent cotado a US$ 113,93. Na semana, após altos e baixos, o preço permaneceu estável.

A retração foi provocada pelo anúncio de cessar-fogo na Líbia, mas analistas estão céticos em relação ao fim da tensão política no Oriente Médio. A expectativa é de volatilidade (valorizações e desvalorizações bruscas), com os preços em torno do patamar atual.

Fonte: Folha
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quarta-feira, 16 de março de 2011

Chefe de energia da UE: reator japonês está "fora de controle"

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O chefe de energia da União Europeia alertou nesta quarta-feira para uma catástrofe em uma usina nuclear no Japão nas próximas horas, mas sua porta-voz afirmou que ele não tinha informações específicas ou privilegiadas sobre a situação.

"Nas próximas horas podem ocorrer mais eventos catastróficos, que podem representar uma ameaça à vida das pessoas na ilha", disse Guenther Oettinger ao Parlamento Europeu.

"Ainda não há pânico, mas Tóquio, com 35 milhões de pessoas, é a maior metrópole do mundo."

Quando questionada, a porta-voz de Oettinger disse que a previsão do comissário de uma catástrofe não se baseava em nenhuma informação específica ou privilegiada.

Ele disse que a usina nuclear estava "efetivamente fora de controle".

"Os sistemas de refrigeração não funcionaram e como resultado estamos em algum lugar entre um desastre e um desastre gigantesco."

Fonte: Reuters
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China congela aprovação de usinas nucleares após crise no Japão

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A China está suspendendo a aprovação de projetos para usinas de energia nuclear e promete uma verificação ampla de segurança nas usinas atualmente em operação ou em fase de construção no país, disse nesta quarta-feira o Conselho de Estado.

"Suspenderemos temporariamente a aprovação de projetos para usinas nucleares, incluindo aqueles em estágios preliminares de desenvolvimento", afirmou o órgão no site do governo central (www.gov.cn).

O governo chinês divulgou o comunicado depois do agravamento da crise nuclear no Japão, onde terremoto e tsunami destruíram usinas nucleares. O conselho informou que índices anormais de radiação vinda do Japão não foram detectados na China.

Fonte: Reuters
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Usina nuclear de Fukushima anuncia novo incêndio no reator número 4

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Um novo incêndio foi anunciado nesta terça-feira no edifício do reator número 4 da usina nuclear de Fukushima no nordeste do Japão, onde outros três reatores sofrem problemas, informou a empresa operadora.

O fogo, aparentemente causado novamente pela combustão de hidrogênio, foi avistado por um dos trabalhadores às 5h45 do horário local (17h45 do horário local), mas meia hora atrás as chamas já não eram mais vistas, segundo a televisão "NHK".

Além disso, inicialmente foi informado que os bombeiros tentavam extinguir o fogo, mas a companhia Tokyo Electric Power (Tepco) assegurou que o nível de radioatividade é muito alto para enviar seus trabalhadores para o local.

As chamas afetam a barreira exterior da estrutura que protege o reator, explicou Hajimi Motujuku, porta-voz da empresa operadora da usina, Tokyo Electric Power (Tepco).

Os técnicos da Tepco estão preocupados com o aumento da temperatura perto do núcleo, e lançam de helicópteros água salgada para resfriá-lo e evitar o temido processo de fusão por superaquecimento.

A "NHK" ressaltou que a radioatividade é "muito alta" e há uma "necessidade urgente" de que se injete líquido suficiente na piscina na qual estão armazenadas as barras de combustível atômico do reator número 4.

A temperatura na piscina chegou a 84 graus centígrados, muito acima do ideal para manter estáveis as barras, das quais 70% ficaram danificadas, segundo a agência "Kyodo".

Este mesmo reator - que estava apagado - sofreu há quase 24 horas outro incêndio, apagado em poucas horas, mas que fez com que a radioatividade superasse em até 100 vezes o limite permitido, embora segundo as autoridades não tenha ocorrido vazamento.

Apenas 50 dos 800 operários de Fukushima continuam na usina para tentar controlar os reatores, depois que o restante foi evacuado pelo risco de contaminação.

O perímetro de segurança de 30 quilômetros instaurado ao redor da central também foi declarado zona de exclusão aérea.

Fonte: EFE
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terça-feira, 15 de março de 2011

AIEA confirma nova explosão e vazamento de radiação à atmosfera

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A Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA) confirmou nesta terça-feira que houve uma explosão no reator 2 da usina nuclear Fukushima Diichi e que foi liberada radiação à atmosfera devido a um incêndio em um depósito de combustível no reator 4.

Em comunicado, a AIEA detalha que obteve a informação das autoridades japonesas, e que a explosão no reator 2 ocorreu por volta das 6h20 da hora local (18h20 de segunda-feira pelo horário de Brasília).

Além disso, há fogo no depósito de armazenamento de combustível usado do reator 4, na mesma usina atômica, seriamente danificada pelo terremoto e o posterior tsunami de sexta-feira, e está escapando radioatividade diretamente para a atmosfera.

No local, foi registrado nível de radioatividade de até 400 microsievert por hora.

"As autoridades japonesas estão dizendo que há a possibilidade de o fogo ter sido causado por uma explosão de hidrogênio", acrescenta a nota.

O governo japonês disse nesta tarde de terça-feira, no horário local, que a temperatura dos reatores 5 e 6 da usina nuclear central de Fukushima, ao nordeste do país, estava subindo, da mesma forma como já ocorrera com os outros quatro reatores da planta, o que causou explosões, incêndios e liberação de substâncias radioativas. A Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA) confirmou que o incêndio que houve hoje no edifício do reator 4 provocou, de fato, a emissão direta de substâncias radioativas na atmosfera

Fonte:EFE
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Japão após terremoto seguido de tsunami fica a beira de um desastre nuclear

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As autoridades do Japão alertaram sobre o aumento dos níveis de radiação após a explosão e o incêndio ocorridos na manhã desta terça-feira na usina nuclear de Fukushima.

Segundo a agência "Kyodo", a radiação foi até 33 vezes superior ao limite legal em Utsunomiya, capital da província de Tochigi, ao norte de Tóquio, e também se mediu radiação nove vezes acima do normal em Kanagawa, ao sul da capital japonesa.

O primeiro-ministro japonês, Naoto Kan, indicou que os níveis de radiação se elevaram significativamente após os incidentes ocorridos nesta terça-feira em Fukushima, onde quatro reatores já sofreram avarias.

Kan pediu a todas as pessoas que vivem em um perímetro de 30 quilômetros ao redor da usina que não saiam de suas casas, não abram as janelas e evitem ligar os aparelhos de ar-condicionado.

O Ministério de Transportes estabeleceu uma zona de exclusão aérea dentro da área classificada como de risco em Fukushima, onde uma explosão ao amanhecer atingiu o invólucro secundário do reator número 2 e um incêndio foi registrado no edifício do reator 4.

Yukio Edano, o porta-voz do Governo, assinalou que o nível de radiação chegou a 100 vezes acima do limite normal no reator número 4, enquanto no reator número 3 o índice foi até 400 vezes superior.

Edano disse que os níveis podem se tornar prejudiciais à saúde humana se seguirem aumentando.

Apenas 50 dos 800 trabalhadores de Fukushima permanecem na usina, que evacuou o restante pelo risco de contaminação nuclear após o terremoto de 9 graus.

A empresa operadora da central, a Tokyo Electric Power (Tepco), reconheceu que não descarta fusões parciais do núcleo dos reatores 1, 2 e 3, pois o 4 não estava em funcionamento no momento das chamas.

Kan solicitou que os cidadãos japoneses mantenham a calma diante da série de acidentes em Fukushima, que deixaram o mundo alarmado pelo temor de uma emergência nuclear.

No entanto, a Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA) assegurou que eram limitadas as radiações emitidas desde Fukushima até então.


Nova explosão atinge reator de usina abalada por tremor no Japão

Uma nova explosão foi ouvida na terça-feira (horário local) na usina nuclear japonesa que foi abalada pelo recente terremoto, afirmou a agência de segurança nuclear do país.

As autoridades do complexo Fukushima Daiichi, danificada na sexta-feira depois do terremoto seguido de tsunami, estão tentando evitar o colapso de todos os três reatores nucleares da usina.

Já foram registradas duas explosões que arrancaram algumas telhas da instalação, mas sem danificar os vasos do reator, disseram autoridades. Não havia informação imediata sobre danos após a terceira explosão.

A agência de notícias Jiji citou o ministro do Comércio dizendo que após a explosão a radiação continuava em nível baixo.

Ainda, segundo a agência de segurança nuclear japonesa, a explosão ocorrida no reator número 2 foi causada por hidrogênio.


Combustão de hidrogênio causa incêndio no edifício do reator 4 de Fukushima

Um incêndio está ocorrendo nesta terça-feira no edifício que abriga o reator número 4 da usina nuclear de Fukushima devido a uma combustão de hidrogênio, segundo informou o Governo japonês.

O novo incidente se soma aos problemas que já foram registrados nos reatores 1, 2 e 3 da usina número 1 de Fukushima, onde desde sábado houve três explosões devido ao devastador terremoto que atingiu o Japão na sexta-feira.

Segundo o porta-voz do Governo japonês, Yukio Edano, o incêndio que ameaça o reator número 4 segue ativo e as equipes da usina nuclear estão tentando controlá-lo.

Edano informou que o fogo se registra no quarto andar do edifício que abriga o reator número 4 e que alguns objetos caíram à estrutura do reator, que não se encontrava em funcionamento.

Pouco antes, o primeiro-ministro japonês, Naoto Kan, reconheceu que aumenta a chance de vazamentos radioativos na usina Daiichi, enquanto a empresa operadora, a Tokyo Electric Power (Tepco), não descarta fusões do núcleo dos reatores devido ao superaquecimento.

Segundo Edano, o nível de radiação na região do reator número 4 supera 100 vezes o limite legal permitido, enquanto no reator número 3 o número já é 400 vezes superior ao teto recomendado.

Na usina nuclear número 1, só restam 50 trabalhadores, depois que o restante dos empregados, cerca de 800, foi evacuado. O Governo, por sua vez, pediu aos habitantes em um perímetro entre 20 e 30 quilômetros ao redor da central que permaneçam em suas casas e fechem as janelas.

Foi registrada na manhã desta terça-feira uma explosão na estrutura que protege o reator número 2 de Daiichi, a terceira desde o sábado.

As outras explosões ocorreram nos invólucros secundários dos reatores número 1, no sábado, e do número 3, no domingo, sem que, segundo o Governo japonês, seus núcleos tenham sido afetados.

O primeiro-ministro pediu calma à população japonesa diante dos crescentes problemas na usina de Fukushima, que alarmaram o mundo pelo temor de uma emergência nuclear.

Na segunda-feira, no entanto, a Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA, a agência nuclear da ONU) enviou uma mensagem de tranquilidade, ao assinalar que eram limitadas as radiações emitidas desde Fukushima até então.

Fonte: Reuters / EFE
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segunda-feira, 14 de março de 2011

Japão tem segunda explosão em reator nuclear mas governo descarta vazamento importante

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O prédio do reator três da central nuclear de Fukushima explodiu nesta segunda-feira, mas a possibilidade de um vazamento radioativo importante é "rara", declarou o porta-voz do governo japonês Yukio Edano.

Duas explosões foram registradas no prédio do reator 3 do complexo de Fukushima 1, confirmou a companhia Tokyo Electric Power Co. (Tepco), garantindo que o casulo permanece intacto.

As explosões no prédio do reator 3 deixaram nove feridos, incluindo seis militares, que a princípio foram dados como desaparecidos, segundo a agência Jiji Press.

A Agência de Segurança Nuclear informou que as explosões podem ter sido causadas por hidrogênio.

Uma explosão similar atingiu o reator número 1 da mesma usina no sábado, deixando um morto e onze feridos, um dia após o terremoto seguido de tsunami que devastou a região nordeste do Japão.

Os problemas na central nuclear de Fukushima começaram quando o tsunami que atingiu a região interrompeu o fornecimento de energia ao complexo.

Os geradores de emergência não funcionaram e o sistema de refrigeração ficou paralisado, provocando superaquecimento e a elevação dos níveis de radiação, até a explosão dos prédios dos reatores 1 e 3.

O governo está bombeando água do mar para tentar resfriar os reatores.

O primeiro-ministro japonês, Naoto Kan, admitiu que a situação em Fukushima 1 é "alarmante", horas após o governo reconhecer que pode haver um processo de fusão nos núcleos dos reatores 1 e 3 da central nuclear, situada 250 km a nordeste de Tóquio.

"Pensamos ser altamente provável que se tenha desencadeado uma fusão", explicou o porta-voz Yukio Edano.

A fusão se produz por causa do superaquecimento das barras de combustível, que começam a derreter feito vela.

As autoridades também decretaram o estado de emergência na usina nuclear de Onagawa, "após o registro de níveis de radioatividade superiores aos autorizados", mas a situação já voltou ao normal, segundo a Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA).

Na central nuclear de Tokai, que também sofreu problemas no sistema de refrigeração, as bombas auxiliares funcionavam bem e seguiam resfriando o reator.

Segundo as Nações Unidas, ao menos 210 mil pessoas foram retiradas da zona das centrais nucleares de Fukushima, onde viviam quase 400 brasileiros.

O número oficial de vítimas do terremoto e do tsunami é de 688 mortos, 642 desaparecidos e 1.570 feridos, mas cerca de 10.000 pessoas podem ter perdido a vida na prefeitura de Miyagi, a mais próxima ao epicentro, declarou o chefe da polícia local, Naoto Takeuchi.

Fonte: AFP

Nota do Blog: Houve falha no sistema de refrigeração do reator 2 de Daiichi, aguardamos novas noticias mais detalhadas para trazer até você.
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sábado, 12 de março de 2011

Tremores e Tsunami no Japão criam ameaça de desastre nuclear

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O governo japonês confirmou o vazamento na usina nuclear Fukushima Daiichi Nº 1, e indicou que a concentração de material radioativo escapando das instalações já está oito vezes maior do que o normal. Em seguida, o primeiro-ministro do Japão, Naoto Kan, ordenou a retirada emergencial de moradores num raio de 10 km em torno das instalações.

A usina, localizada na região de Fukushima, no leste do Japão, teve seu sistema de resfriamento danificado pelo terremoto de magnitude 8,9 e subsequente tsunami que atingiram o país. Registrado às 14h46 no horário local (2h46 em Brasília), o abalo foi o maior da história no Japão e já deixou ao menos 378 mortos, mais de 800 feridos e 547 desaparecidos.

A medição do nível de radiação que escapa da usina feita pela Agência de Segurança Industrial e Nuclear do governo japonês, subordinada ao Ministério da Indústria, sugere que o vazamento tenha proporções maiores do que as previstas anteriormente pelo ministro da Indústria Banri Kaieda.

Kaieda admitiu a possibilidade de um pequeno vazamento de material radioativo na usina nuclear de Fukushima Daiichi após o governo decidir liberar vapor com teor radioativo como medida emergencial para reduzir a pressão sobre os reatores.

Embora a agência negue que a quantidade de radiação vazada ofereça um risco imediato à saúde dos moradores, o primeiro-ministro japonês, Naoto Kan, ordenou a retirada de moradores em torno de duas usinas, somando mais de 45 mil pessoas deslocadas.

Mais cedo um porta-voz da Tokyo Electric Power Co (TEPCO) disse que a pressão dentro da usina estava aumentando e já ultrapassava 1,5 a capacidade prevista, com o risco de um vazamento de radiação, segundo agências de notícias japonesas.

A Agência de Segurança Industrial e Nuclear japonesa indicou que o nível de radiação nos arredores da usina nuclear de Fukushima Daiichi Nº 1 aumentaram neste sábado após o governo declarar estado de emergência em cinco reatores de duas usinas no país. O alerta chega horas após o governo confirmar ao menos 417 mortos pelo terremoto de magnitude 8,9 seguido de tsunami que devastou a região leste do Japão.

Além das medidas iniciais que incluem a visita de Kan às regiões afetadas e ao complexo nuclear, esforços de resgate e de combate a mais de 80 incêndios ativos e as estimativas de prejuízos, o sábado já foi marcado por ao menos mais uma réplica do tremor.

Um terremoto com magnitude 6,8 atingiu a mesma parte do país, informou o Instituto Geofísico dos Estados Unidos (USGS).

Contenção

Mais cedo, especialistas já haviam alertado para um risco de vazamento caso o nível de água no reator de Fukushima caísse, aumentando a temperatura do combustível nuclear.

Ressaltando as graves preocupações sobre um vazamento nuclear, a secretária de Estado americana, Hillary Clinton, disse que a Força Aérea dos EUA entregou um resfriador ao Japão para reverter o aumento da temperatura do combustível.

Os reatores fechados devido ao terremoto são responsáveis por 18% da capacidade de geração de energia nuclear do Japão. A energia nuclear produz cerca de 30% da eletricidade consumida no país.

A TEPCO disse que três dos seis reatores da central nuclear de Fukushima Daiichi estavam ativas no momento do terremoto. As outras três, fechadas para manutenção, não correm risco de vazamento.

Riscos nucleares

Além das mortes e estragos, o tremor de magnitude 8,9 seguido de tsunami causou ainda um vazamento de material radioativo na usina de Fukushima Daiichi Nº1 levando o primeiro-ministro japonês, Naoto Kan, a deixar Tóquio para sobrevoar as regiões atingidas e conferir a situação emergencial nas instalações nucleares da região.

De acordo com a agência Kyodo News, Kan deixou a capital japonesa num helicóptero para conferir de perto a catástrofe causada pelo pior terremoto da história do país. "Eu quero entender a situação", disse pouco após declarar estado de emergência pelo vazamento de material radioativo e ordenar a retirada de ao menos 45 mil moradores num raio de 10 km em torno de Fukushima Daiichi Nº 1.

Kan declarou ainda estado de emergência em outra usina, Fukushima Nº 2, e ordenou a retirada de moradores num raio de 3 km em torno da instalação que fica a 12 km da primeira.

No total, cinco reatores nas duas usinas já foram desligados e permanecem em situação emergencial.


As duas usinas ficam a cerca de 250 km ao norte de Tóquio.

O governo japonês confirmou o vazamento na usina nuclear Fukushima Daiichi Nº 1, e indicou que a concentração de material radioativo escapando das instalações já está oito vezes maior do que o normal. Na sala de controle, o nível de radioatividade foi de mil vezes maior do que o normal.

Um porta-voz da Tokyo Electric Power Co (TEPCO) disse que a empresa segue as ordens do governo e continua liberando vapor radioativo como medida de emergência.

"De acordo com as instruções governamentais, liberamos parte do vapor que contém substâncias radioatiovas. Acompanhamos a situação. Até o momento não há problemas", disse.

Entre as medidas iniciais anunciadas pelo governo estão uma reunião do Escritório de
Respostas Emergenciais a Emergências Nucleares e a utilização de fundos emergenciais para a reconstruir o país e auxiliar as vítimas.

O governo e demais partidos políticos também já cogitam cancelar as eleições locais que ocorreriam em todo o país no mês de abril.


Forte explosão é ouvida perto do reator nuclear de Fukushima

Uma forte explosão deixou quatro feridos neste sábado na usina nuclear de Fukushima, onde o nível de radiação aumentara de forma alarmante após o devastador terremoto que sacudiu o Japão na sexta-feira.

Segundo a imprensa japonesa, que cita a empresa elétrica Tokyo Electric Power (TEPCO) e a Agência de Segurança Nuclear do Japão, a explosão aconteceu às 15h36 da hora local (3h36 de Brasília), aparentemente quando uma equipe tentava esfriar um reator nuclear da usina número 1.

A rede de televisão NHK assegura que o teto e as paredes do edifício que abrigava o reator desabaram.

O terremoto que atingiu a região ontem havia danificado o sistema de refrigeração da central, que paralisou suas atividades, sem que isso impedisse o aumento da pressão no reator nuclear.

Os quatro feridos foram transferidos para um hospital da região, segundo fontes da TEPCO, a companhia que opera a usina, que ainda não divulgou informações sobre o estado da central.

O incidente ocorreu pouco depois de os responsáveis da usina nuclear terem anunciado que haviam conseguido reduzir a pressão no reator.

O governo ordenara neste sábado a evacuação de cerca de 45 mil habitantes em um raio de 10 quilômetros ao redor das instalações nucleares, enquanto já havia evacuado na sexta-feira três mil pessoas em um raio de três quilômetros.

Inaugurada em 1961, a usina número 1 da Tokyo Electric Power em Fukushima, com o nome de Daiichi, fica 270 quilômetros ao nordeste de Tóquio e contava com permissão para continuar ativa até 2021.

O terremoto de sexta-feira, de 8,9 graus na escala Richter, fez com que fossem paralisadas as 11 usinas nucleares situadas nas zonas mais afetadas, como estabelecem as normas japonesas diante de casos como este.

O chefe do gabinete japonês Yukio Edano confirmou no sábado que houve uma explosão e um vazamento radiativo na usina nuclear Fukushima Daiichi, operada pela Tokyo Electric Power Co (TEPCO).

Tal descoberta levantou temores de que ocorra um desastroso derretimento da usina, que foi danificada durante o tremor de 8,9 graus de magnitude, o mais potente já registrado no Japão.

"Estamos analisando a causa e a situação e tornaremos isso público quando tivermos mais informações," disse Yukio Edano.

Edano disse que é adequada a retirada de pessoas de um raio de 10 quilômetros do reator Daiichi 1, que tem 40 anos de funcionamento e está localizado em Fukushima. Imagens de televisão mostraram vapor saindo da usina, localizada 240 quilômetros ao norte de Tóquio.

O terremoto causou um tsunami de dez metros de altura, que devastou cidades na costa nordeste do país. A imprensa japonesa calcula que pelo menos 1.300 pessoas morreram.

Fonte: GeoPolítica Brasil com agências de notícias.
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segunda-feira, 7 de fevereiro de 2011

Rússia e Japão aumentam o tom na disputa pelas Ilhas Kuril

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A Rússia jamais renunciará a sua soberania sobre as ilhas Kuril do Sul, indicou o presidente russo, Dmitri Medvedev, depois de qualificar de "inaceitáveis" as declarações do premiê japonês, Naoto Kan, país que também reivindica as ilhas.

Durante um discurso feito na ocasião do dia anual no Japão de memória a essa disputa territorial, Kan qualificou nesta segunda-feira de um "ultraje imperdoável" a visita que Medvedev realizou em novembro passado às ilhas Kuril do Sul.

Também prometeu que fará tudo o que estiver a seu alcance para obter a restituição dessas quatro iilhas, anexadas pela Rússia depois do fim da Segunda Guerra Mundial.

"A Rússia não renunciará nem hoje nem no futuro à sua soberania sobre as Ilhas Kuril" reivindicadas pelo Japão, respondeu o conselheiro diplomático do Kremlin, Serguei Prijodko.

O chanceler russo, Serguei Lavrov, também afirmou lamentar as declarações "claramente não diplomáticas" do primeiro-ministro japonês.

"Essas declarações são claramente não diplomáticas", afirmou Lavrov durante uma coletiva de imprensa conjunta com seu colega húngaro, Janos Martonyi, que está em visita a Moscou.

A diferença em torno destas ilhas, chamadas Territórios do Norte no Japão, impede há 64 anos a assinatura de um tratado de paz entre ambos os países.

As ilhas de Habomai, Shikotan, Etorofu e Kunashiri foram anexadas pelos soviéticos em 18 de agosto de 1945, três dias depois do anúncio da derrota japonesa. Estas ilhas, que têm em torno de 19.000 habitantes em uma superfície total de 5.000 km2, são administradas pela Rússia desde essa data.

A União Soviética, e depois a Rússia, propuseram em várias ocasiões devolver ao Japão duas dessas ilhas, Habomai e Shikotan, as menores e mais inóspitas, enquanto Moscou conservaria Iturup (nome russo para Etorofu) e Kunashir (Kunashiri).

O Japão afirmou que essa proposta era inaceitável e continuou exigindo a restituição e todos os Territórios do Norte.

Em 1º de novembro de 2010, Medvedev foi o primeiro chefe do Estado russo a visitar o sul de Kuril, uma cadeia de ilhas que se estende desde o sul da Península de Kamchatka até o nordeste do Japão.

Esta visita indignou o governo japonês, que chamou para consultas seu embaixador em Moscou.

Em dezembro passado, Medvedev reiterou que as ilhas Kuril do Sul são "território russo", mas propôs ao Japão criar uma zona econômica livre na região.

Desde então, outros ministros russos visitaram essas ilhas, onde há jazidas de ouro e prata, mas que sobretudo estão situadas em uma das regiões do mundo mais ricas em peixes.

Na sexta-feira passada, o ministro da Defesa russo, Anatoli Serdiukov, inspecionou uma divisão de artilharia nesse arquipélago.

O ministro japonês de Relações Exteriores, Seiji Maehara, condenou esta visita, qualificando-a como "extremamente lamentável".

O embaixador da Rússia no Japão foi convocado e recebeu "um protesto enérgico".

Maehara, que também participou da Reunião Nacional para exigir a devolução dos Territórios do Norte, organizada na sede do primeiro-ministro, iniciará uma visita a Moscou na próxima quinta-feira.

O chanceler japonês prometeu que fará tudo o que estiver em seu alcance para obter a restituição destas ilhas, "mesmo que isso custe minha carreira política".

Fonte: AFP
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