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segunda-feira, 2 de dezembro de 2013

Novo Plano de Cooperação com Afeganistão em análise

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A Organização para a Segurança e Cooperação na Europa deverá aprovar  esta semana um plano de ação internacional de apoio ao Afeganistão após a saída programada das forças lideradas pelos EUA em 2014.
A declaração sobre o plano será aprovada numa reunião do Conselho Ministerial da OSCE , que deverá ser realizada em Kiev, entre os dias 5 e 6 de dezembro , disse a porta-voz do Ministério do Exterior russo Maria Zakharova .
Zakharova disse que a agenda vai ajudar a delinear a futura cooperação da organização com o Afeganistão, em combate a ameaças como as drogas , terrorismo e proliferação de armas após a Força Internacional de Assistência à Segurança deixar o país no próximo ano.
A ISAF , criada pelas Nações Unidas em 2001, é composta de tropas de 49 nações. A missão foi incubida de lutar contra o terrorismo no Afeganistão e, gradualmente, transferir a responsabilidade de segurança militar ao país .
A maioria das tropas estrangeiras devem deixar o Afeganistão , quando o mandato da ISAF expira em dezembro de 2014.
 
Fonte: GBN com agências de notícias
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terça-feira, 15 de outubro de 2013

Assembleia da Otan pede que não se descarte uso da força contra Síria

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A Assembleia Parlamentar da Otan condenou nesta segunda-feira o uso indiscriminado da força pelo regime sírio e pediu à ONU que esteja disposta a usar medidas contundentes se Damasco não destruir seu arsenal químico.
 
A Assembleia aprovou uma resolução sobre a Síria na qual pede ao Conselho de Segurança da ONU que, caso o país não acate a resolução que determina a destruição de seu arsenal químico, sejam "tomadas medidas conforme o capítulo VII da Carta da ONU", que contempla inclusive a possibilidade de uma intervenção militar.
 
Nesse documento, aprovado no encerramento do 59º encontro anual da assembleia, realizado em Dubrovnik, na Croácia, a Otan lembrou que a guerra síria causou mais de cem mil mortos e mais de dois milhões de refugiados e deslocados.
 
Mais de 300 parlamentares de países-membros da Aliança condenaram "o uso brutal e indiscriminado da força contra civis inocentes e as violações extensas e persistentes dos direitos humanos pelo regime de Bashar al Assad e outras partes em conflito".
 
A resolução, aprovada por unanimidade, condena "de modo mais enérgico o uso de armas químicas contra a população civil nos subúrbios de Damasco em 21 de agosto, que deixou mais de mil mortos e milhares de feridos, incluídos bebês, crianças e mulheres".
 
O documento convoca as partes em conflito a acatar o processo de paz de Genebra e a buscar uma solução negociada ao conflito.
 
Em outra das resoluções aprovadas no final dos quatro dias de reuniões, a Assembleia cobra apoio político e econômico inequívoco ao Afeganistão depois da retirada das tropas da Otan ano que vem.
 
Os parlamentares pediram que seus governos destinem às Forças Nacionais Afegãs de Segurança (ANSF) parte do dinheiro que será economizado pelo fechamento da missão internacional.
 
"A estabilidade de longo prazo no Afeganistão depende do contínuo progresso político, social e econômico e a capacidade das ANSF de refletirem e protegerem a diversidade da população afegã", indicou a resolução.
 
Esse texto apoia as negociações, inclusive com os talibãs e outros grupos rebeldes, para encontrar uma solução pacífica, desde que desistam do terrorismo e respeitem a Constituição do país.
 
Os parlamentares advertiram do perigo que representa para a segurança energética de muitos países a "revolução energética" que vivida nos EUA e no Canadá, em referência à crescente extração de gás de xisto nos dois países norte-americanos.
 
Isto poderia baratear os preços da energia para a Europa, onde essas técnicas não são usadas por causa da oposição da opinião pública baseada à proteção do meio ambiente.
"A Europa poderá enfrentar um potencial choque competitivo se seus preços ficarem muito mais elevados que os da América do Norte", adverte a resolução.
 
Fonte: EFE

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sexta-feira, 11 de outubro de 2013

UE fornecerá dez veículos blindados para ajudar Opaq na Síria

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A União Europeia fornecerá dez veículos blindados para ajudar aos inspetores e técnicos da Organização para a Proibição das Armas Químicas (Opaq) em seu trabalho na Síria, informou nesta sexta-feira o porta-voz das Relações Exteriores do Executivo da comunidade, Michael Mann.
 
A entrega do material é fruto de um contrato assinado hoje, cujo valor beira os 2 milhões de euros, disse Mann.
 
Ele detalhou que oito dos veículos "chegarão na semana que vem a Beirute para serem levados de barco até a Síria". Os outros dois percorrerão o mesmo trajeto "pouco depois".
 
Além disso, lembrou que a UE já havia fornecido no último ano outros 25 veículos blindados, por isso a contribuição total chega a 35 veículos.
 
Do ponto de vista econômico, a contribuição sobe para cerca de 7 milhões de euros.
 
O porta-voz explicou que o material faz parte da assistência global que a comunidade promove para ajudar a eliminar as armas químicas na Síria.
 
Além de veículos, a ajuda inclui a entrega de "mapas detalhados" da missão, que a União enviou tanto à ONU como à Opaq, acrescentou Mann.
 
O porta-voz lembrou, nesse contexto, que a UE dispõe de um serviço de informação e ajuda encarregado de transmitir aos Estados-membros os pedidos da Opaq.
 
Essa ajuda se inscreve no objetivo de "fazer tudo que for o possível para encontrar uma solução na Síria", ressaltou, indicando que a UE seguirá insistindo na necessidade de realizar uma conferência internacional de paz em Genebra "o mais rápido possível para dar fim à luta".
 
Fonte: Folha
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quarta-feira, 4 de setembro de 2013

Quase três quartos dos franceses querem votação no Parlamento para ação na Síria

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Uma pesquisa revelou que 74% dos franceses querem que o Parlamento se pronuncie em votação a respeito de uma intervenção militar da França na Síria, indicou o instituto CSA.
 
No estudo encomendado pela rede de televisão BFMTV, 42% das pessoas consultadas desejam que "tudo seja feito" por uma votação na Assembleia Nacional e no Senado.
 
O Parlamento francês se reúne na quarta-feira para um debate sem votação sobre a pertinência de uma intervenção na Síria, à espera da votação no Congresso americano a partir de 9 de setembro.
 
"Ainda não estamos lá", declarou nesta terça-feira o presidente François Hollande durante uma entrevista coletiva à imprensa, em resposta a uma pergunta sobre uma votação no Parlamento sobre a crise síria.
 
A Constituição francesa prevê que o governo solicite uma autorização ao Parlamento apenas se uma operação externa se prolongar por mais de quatro meses.
 
A pesquisa foi realizada nos dias 2 e 3 de setembro via internet com uma amostra nacional representativa de 953 pessoas acima de 18 anos.
 
Fonte: AFP
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terça-feira, 3 de setembro de 2013

Hollande defende Europa unida contra Assad e diz que não agirá sozinho

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O presidente da França, François Hollande, defendeu nesta terça-feira a união da Europa a respeito da Síria, e disse que seu país não tem capacidade de liderar uma intervenção contra o regime de Bashar al-Assad caso o Congresso dos Estados Unidos recuse o pedido de Obama. O governante francês pediu para que cada país "assuma sua responsabilidade" e adiantou que irá ocorrer uma reunião "muito em breve a nível europeu para abordar a resposta a ser dada".
"Aquele que tinham dúvidas sobre as intenções de Assad já não as podem ter mais. Assad fala de liquidar", disse Hollande após se reunir em Paris com o presidente alemão, Joachim Gauck. "Nos encontramos, presidente alemão e presidente francês, com a mesma indignação, a mesma condenação ao ataque químico" de 21 de agosto na periferia de Damasco. "A Europa deve unir-se também sobre o tema. E fará isto, cada qual com suas responsabilidades", acrescentou Hollande.
 
Fonte: EFE
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Merkel: postura de China e Rússia em relação à Síria é "lamentável"

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A chanceler alemã, Angela Merkel, qualificou como "lamentável" a posição das autoridades da China e da Rússia em relação ao conflito sírio, principalmente por não aderir a postura comum da comunidade internacional.
"É muito lamentável que a Rússia e China se neguem há tempos a se somar a uma postura comum frente ao conflito sírio. Isso é algo que debilita consideravelmente o papel das Nações Unidas (ONU)", afirmou Merkel em declarações publicadas neste sábado pelo jornal local Ausburger Allgemeinen.
 
Merkel também ressaltou que "o uso de gás venenoso que deixou milhares de mortos é algo que não pode ficar sem consequências", embora tenha descartado a participação da Alemanha em uma possível intervenção militar sem mandato internacional.
"Quando homens, mulheres e crianças são assassinados com gás venenoso estamos diante de algo que a comunidade internacional não pode aceitar", declarou.
Questionada sobre uma eventual participação alemã em uma ação militar contra a Síria, Merkel lembrou que a "Alemanha só pode participar de operações militares com mandato das Nações Unidas, da Otan ou da União Europeia".
Fonte: EFE
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quinta-feira, 29 de agosto de 2013

Síria: as opções militares do Ocidente

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Todos os sinais emitidos por Washington e Londres sugerem que uma ação militar contra a Síria é agora uma forte possibilidade. Planos de contingência estão sendo elaborados, listas de alvos potenciais estão sendo revisadas e diversos ativos militares estão sendo colocados em posição.
A Marinha americana está reposicionando diversos de seus navios de guerra, incluindo quatro destróieres com mísseis de cruzeiro no leste do Mediterrâneo e possivelmente um submarino com capacidade de lançamento de mísseis.
 
Um submarino nuclear britânico classe Trafalgar é outra plataforma potencial de lançamento de mísseis.
Se mais poder de fogo for necessário, dois porta-aviões americanos podem lançar ataques aéreos. Baseas aéreas na Turquia e no Chipre também podem ser usadas. E a França também está disposta a enviar aeronaves militares para reforçar a ação.
Mas que tipo de ação militar está sendo proposta? Quais são os riscos envolvidos? Qual é a análise racional que embasa tal ação? E quanto uma ação militar ocidental pode contribuir para a resolução da crise na Síria?
 
Quais são os modelos para uma possível intervenção?
  • Iraque 1991: Coalizão global liderada pelos Estados Unidos e baseada em leis internacionais; mandato explícito do Conselho de Segurança da ONU para expulsar as forças iraquianas do Kuwait.

  • Balcãs 1990s: Armamentos americanos foram fornecidos para a resistência anti-sérvia na Croácia e na Bósnia, apesar de um embargo de armas da ONU estar em vigor. Mais tarde, uma campanha aérea foi liderada pelos americanos contra paramilitares sérvios. Em 1999, caças americanos realizaram 38 mil voos pela Otan (aliança militar ocidental) contra a Sérvia para tentar impedir massacres em Kosovo. Elas foram consideradas legalmente controversas.
  • Somália 1992-93: O Conselho de Segurança da ONU autorizou a criação de uma força internacional com o objetivo de facilitar a chegada de suprimentos humanitários com o colapso do Estado. Um envolvimento militar americano gradual e sem objetivo claro culminou com o disastre das quedas dos helicópteros Blackhawk em 1993. O episódio levou à retirada das tropas americanas do país.

     
  • Líbia 2011: França e Grã-Bretanha pediram autorização do Conselho de Segurança da ONU para fazer uma intervenção humanitária em Benghazi em 2011. A Rússia e a China se abstiveram, mas não vetaram a resolução. Ataques aéreos continuaram até a queda de Khadafi. 
  •  
 
Forças disponíveis para um eventual ataque à Síria













PAÍS UNIDADES MILITARES
Estados Unidos
Quatro destróieres - SS Gravely, USS Ramage, USS Barry and USS Mahan ─ no leste do Mediterrâneo, equipados com mísseis de longo alcance

Mísseis de cruzeiro podem ser lançados de submarinos nucleares posicionados na região

Bases aéreas em Incirlik e Izmir, na Turquia, podem ser usadas para lançar ataques

Dois porta-aviões – USS Nimitz e USS Harry S Truman estão na região
 
Grã-Bretanha
Mísseis de cruzeiro podem ser lançados de um submarino britânico classe Trafalgar

A Força-tarefa de Resposta da Marinha Real ─ que inclui o HMS Illustrious (porta-helicópteros), e as fragatas HMS Montrose e HMS Westminster ─ está na região para uma missão agendada previamente

Base aérea no Chipre pode ser usada para lançar ataques
França
Porta-aviões Chales de Gaulle está em Toulon, no oeste do Mediterrâneo

Caças Raffale e Mirage podem operar a partir da base aérea de Al-Dhahra, nos Emirados Árabes Unidos
Ação militar
As opções militares dos líderes políticos americanos e britânicos são variadas, desde um pequeno ataque restrito a determinados alvos na Síria (a opção mais provável) até uma intervenção em grande escala, incluindo tropas terrestres, para tentar acabar com a guerra civil no país.
A invasão não está na mesa de negociações, mas é uma possibilidade que permanece latente nos batidores do processo político.
Aqueles que estão céticos sobre um engajamento militar maior temem, porém, que qualquer ação possa caminhar para uma escalada. As forças ocidentais podem ser arrastadas para uma luta mais prolongada, um atoleiro sem fim que muitos temem se tornar um novo Iraque ou Afeganistão.
Então quais são as opções militares?
O general americano Martin Dempsey, principal conselheiro militar de Barack Obama, deu sua visão mais detalhada sobre o assunto por meio de uma carta ao senador Carl Levin, no meio de julho.
Ela é o mais importante documento público sobre o assunto, que dá uma visão das possibilidades avaliadas pelo Pentágono.
Vamos dar uma olhada em cada uma delas, não necessariamente na ordem proposta pelo general Dempsey. É preciso ter em mente que elas não são mutamente excludentes; combinações de diferentes opções podem ser empregadas simultaneamente.
1. Ataques limitados à distância

Alguns podem chamar essa opção de "ataques punitivos". O objetivo seria chamar a atenção do presidente Assad e persuadi-lo a não recorrer a armas químicas no futuro. Os alvos podem incluir instalações militares muito ligadas ao regime ─ como quartéis generais e bases de unidades militares de elite, por exemplo.

Unidades de produção de mísseis podem ser atingidas. Porém, isso teria que ser feito com cautela para não atingir instalações de fabricação de armas químicas e para evitar vazamentos que poderiam causar danos significativos à população.

Complexos de defesa aérea e centros de comando podem inclusive ser atingidos como uma advertência e demonstração das capacidades militares ocidentais.

O atrativo dessa opção é que ela poderia ser colocada em prática rápido e de uma forma na qual os riscos às forças ocidentais envolvidas seriam baixos. A principal arma escolhida para a tarefa seria o míssil terra-terra Tomahawk ─ lançado de navios de guerra dos EUA e possivelmente de submarinos americanos e britânicos.

Essa ação pode sofrer uma escalada para bombardeios aéreos. Porém, as ações seriam feitas à distância, ou seja, os aviões lançariam seus mísseis e bombas de fora do espaço aéreo sírio. Bombardeiros britânicos e franceses poderiam atacar alvos na Síria operando de suas bases nacionais, como fizeram durante a crise na Líbia, e ─ no caso da França ─ no Mali.

2. Aumento da ajuda à oposição síria

O general Dempsey considera essa a principal opção. Isso envolveria força não letal para elevar o treinamento e a orientação para elementos da oposição. O processo seria uma extensão do trabalho que já vem sendo feito no país.

Entretanto, essa opção está naufragando devido às crescentes divisões dentro da oposição e ao medo crescente no Ocidente de que algumas das unidades militares rebeldes mais poderosas venham de grupos ligados a organizações semelhantes à Al-Qaeda.
3. Criação de uma zona de exclusão aérea
O objetivo aqui seria evitar que o governo sírio use sua aviação para atacar unidades rebeldes terrestres e abastecer bases isoladas com suprimentos. Para isso, provavelmente seria necessário desmantelar o sistema de defesa aérea da Síria. Além disso, forças teriam que estar disponíveis para atacar aviões sírios que tentassem decolar.
Esse tipo de zona de exclusão aérea vem sendo discutida há um ano e geralmente tem sido rejeitada. Falou-se muito do sistema de defesa aérea da Síria, que antes da guerra civil era extenso e bem integrado. Ele é composto de um grande número de armas da era soviética atualizadas com tecnologia moderna russa.
Porém, a eficiência desse sistema como um todo é uma dúvida. As perdas territoriais do regime podem ter provocado furos no sistema de defesa e a força aérea israelense já demonstrou ser capaz de atingir alvos dentro da Síria impunemente (apesar desses ataques terem sido feitos com armas disparadas à distância).
O que está claro é que estabelecer uma zona de exclusão aérea envolve muito mais riscos iniciais aos pilotos americanos e seus aliados e requer a mobilização por prolongado período de tempo de uma força significativa ─ não apenas de caças e bombardeiros, mas de aviões de reabastecimento, de radar, de comando e de controle, e assim por diante.
4. Estabelecimento de zonas de segurança
A ideia aqui seria estabelecer zonas seguras na Síria ─ provavelmente perto de suas fronteiras com a Turquia e a Jordânia ─ a partir de onde forças rebeldes poderiam operar e refugiados poderiam receber suprimentos. Contudo, essa proposta também já havia sido discutida e descartada.
Essas zonas seguras necessitariam do estabelecimento de zonas de exclusão aéreas limitadas e há várias dúvidas sobre como elas seriam defendidas no solo. O que aconteceria, por exemplo, se o governo Sírio disparasse contra essas regiões?
Outra ideia discutida foi a implementação de áreas de restrição ao movimento para limitar a ação das forças terrestres de Assad. Mas nesse caso, intervenções aéreas também seriam necessárias e a operação começaria a se parecer cada vez mais com uma guerra de larga escala na Sìria.
5. Controle do arsenal de armas químicas da Síria
Essa foi uma das sugestões do general Dempsey com foco em prevenir o uso e a proliferação de armas químicas. Isso poderia ser feito por meio da destruição parcial de estoques de armamentos da Síria, dificultando sua movimentação ou capturando instalações estratégicas. Mas isso requiriria um envolvimento massivo dos Estados Unidos, incluindo tropas terrestres, por um período indefinido de tempo.
O que aparece claramente na carta do general Dempsey (e também em um texto que ele enviou recentemente a um outro parlamentar americano) é sua extraordinária relutância em embarcar em qualquer tipo de ação militar.
Mas isso ocorreu antes do suposto uso de armas químicas na Síria, que levaram o presidente Barack Obama a ser forçado a dar uma resposta à comunidade internacional após a "linha vermelha", que ele disse ter sido cruzada.
 
O cenário mais provável, se o uso da força for necessário, é o número 1: Um ataque pequeno e de caráter punitivo para mandar uma mensagem ao regime sírio. Mas qualquer decisão para agir levanta uma série de questões:
Em que grau novas evidências ─ se houver alguma ─ serão solicitadas aos inspetores de armas da ONU antes que uma ação militar seja desencadeada?
Qual será a legalidade desse tipo de ação em termos internacionais ─ especialmente após a Rússia e a China terem se oposto resolutamente no Conselho de Segurança da ONU a apoiar qualquer ideia de ação militar?
Mas talvez a questão mais importante de todas seja o que fazer depois de uma eventual ação militar. Em que medida essa operação aproximará a Síria da paz? Que tipo de política, ou combinação de políticas, pode fazer isso? A dinâmica da crise síria será alterada após um ataque dos EUA e seus aliados? Uma ação militar ocidental não pode tornar as coisas muito piores na Síria?
 
Fonte: BBC Brasil
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domingo, 5 de maio de 2013

Israel volta a atacar Síria e tem pilotos abatidos

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Israel voltou a realizar ataques neste domingo á instalações sírias sob alegação de ataque teria por objetivo evitar que o Hezbollah venha a receber armamentos de origem iraniana como mísseis FATEH 110.
 
A onde de incursões e ataques de Israel iniciou-se na última sexta (3), quando posições sírias foram bombardeadas, resultando em várias vítimas fatais e feridos. Neste domingo (5) os ataques se concentraram na capital Damasco e suas proximidades, onde várias explosões foram registradas e há relatos de que o governo da Síria capturou dois pilotos israelenses que foram abatidos durante a incursão.
 
Em paralelo aos ataques israelenses forças rebeldes atacaram instalações militares, levantando a suspeita de apoio por parte de Israel ao opositores do regime do presidente Bashar Al Assad, atitude que pode aumentar as proporções do conflito interno sírio para um conflito de maiores dimensões no Oriente Médio. Segundo pronunciamento do governo dos EUA, não há pretenções do país em se envolver no conflito civil que aflige a Síria.
 
O apoio de países europeus e mesmo dos EUA aos rebeldes que tentam a todo custo derrubar o governo Sírio é claro, embora nenhuma nação tenh assumido oficialmente apoio militar ou fornecimento de material para o conflito que se arrasta por meses e vem causando muitas baixas civis.
 
Fonte: GBN-GeoPolítica Brasil com agências de notícias 
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quarta-feira, 24 de abril de 2013

Otan estaria interessada na experiência soviética para a retirada de tropas do Afeganistão

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Segundo fontes da Otan, no final de março passado, organização encaminhou, por "vias militares diplomáticas", ao Ministério da Defesa russo um pedido informal de acesso às informações sobre a retirada das tropas soviéticas do país em 1989.  
 
Diante da retirada da Isaf (Força Internacional de Assistência para a Segurança do Afeganistão), prevista para 2014, os líderes da Otan (Organização do Tratado do Atlântico Norte) manifestaram interesse em conhecer a experiência soviética de retirada de tropas do país.
 
Os representantes da organização pediram a Moscou materiais e resultados da análise da retirada das tropas soviéticas do Afeganistão em 1989. Fontes ouvidas pelo jornal “Kommersant” justificam a ausência de um pedido oficial por parte da Otan ao desejo de evitar comparações entre a campanha militar soviética no Afeganistão e a presente missão no país.
 
O fato de a Otan estar interessada em receber esses materiais foi confirmado por várias fontes da organização e por uma fonte do Estado-Maior Geral das Forças Armadas da Rússia.
 
Segundo ela, no final de março passado, a organização encaminhou, por "vias militares diplomáticas", ao Ministério da Defesa russo um pedido informal de acesso às informações sobre a retirada das tropas soviéticas do país em 1989.
 
A organização se manifestou interessada em conversar com participantes dos trabalhos na época e em analisar em conjunto com a parte russa os documentos do Ministério da Defesa da URSS relacionados àquele período da campanha afegã.
 
Além disso, a Otan deseja comparar as capacidades da URSS no final da campanha afegã com seu potencial atual para "ter uma noção clara e entender onde, quando e quais foram os erros".
 
A Otan pretenderia se nortear pela experiência soviética. O número de efetivos hoje no país é aproximadamente igual ao das tropas soviéticas presentes no Afeganistão em 1988.
 
"Na verdade, não há razões para negar o pedido. Esperamos que os materiais sejam úteis para eles e que isso venha a consolidar nosso diálogo", disse a fonte do Ministério da Defesa russo.
 
Ela também lembrou que a estabilização da situação no Afeganistão "é uma prioridade não só para a Otan, mas também para a Rússia e a para a Otsc (Organização do Tratado de Segurança Coletiva)".
 
Sem novidade
 
Segundo fontes russas próximas do Conselho Rússia-Otan, o interesse da organização por esse assunto não é novo. Os representantes da Otan já antes haviam demonstrado interesse pela experiência soviética no Afeganistão em encontros de trabalho.
 
No final de 2011, o tema foi abordado durante um encontro entre o então governador da região de Moscou, general Boris Gromov, que havia comandado a retirada das tropas soviéticas do Afeganistão, e uma missão da Otan chefiada pelo comandante-chefe na Europa, almirante James Stavridis.
 
Autoridades oficiais da Otan, no entanto, não anunciaram intenção de recorrer à experiência soviética para a missão.
 
O presidente do Comitê Militar da Otan, general Knud Bartels, declarou publicamente, durante visita a Moscou em dezembro de 2012, que a organização não havia usado a experiência soviética quando estava planejando a retirada de suas tropas do Afeganistão.
 
As fontes russas justificam essa posição da Otan pelo desejo de não provocar associações entre a presente missão da aliança no Afeganistão e a campanha soviética naquele país, denominada no Ocidente de "período de ocupação".
 
No final de março passado, a imprensa britânica publicou trechos do relatório "Lições da retirada das tropas soviéticas do Afeganistão", elaborado a pedido do Ministério da Defesa do Reino Unido. Segundo o documento, a Otan está repetindo os erros cometidos pela União Soviética durante sua missão no Afeganistão.
 
De acordo com o relatório, o objetivo de cada uma das duas campanhas foi impor ao Afeganistão uma ideologia estranha: a comunista, no caso da URSS, e a democrática, no caso da Otan. Em cada um dos dois casos, à frente do país estava um governo central "corrupto e impopular", apoiado por forças externas, enquanto os rebeldes tinham sempre o grande apoio da população.
 
De acordo com especialistas russos, o interesse da Otan pela experiência soviética é lógico.
 
"Essa vertente é muito promissora para a cooperação. Outra questão é saber em que medida essas atividades conjuntas serão públicas", disse o chefe do setor de segurança europeia do Instituto de Estudos sobre a Europa da Academia de Ciências da Rússia, Dmítri Danilov.
 
"A experiência soviética no Afeganistão é sobretudo um profundo conhecimento da situação interna, da relação de forças no cenário afegão e da especificidade das relações entre as tribos. Desde os tempos soviéticos, muita coisa mudou, mas a continuidade se mantém. Portanto, a experiência soviética é muito valiosa", disse o cientista.
 
De acordo com Natalia Khanova, especialista do Centro de Estudos sobre o Afeganistão Moderno, a "Otan quer conhecer a experiência da União Soviética porque receia que a situação no Afeganistão após sua saída seja semelhante à vivida no país após a retirada das tropas soviéticas".
 
Segundo informações disponíveis, negociações objetivas sobre o assunto poderão ser realizadas durante uma conferência internacional de segurança prevista pelo Ministério da Defesa para ser convocada em Moscou nos dias 23 e 24 de maio.
Fonte: Kommersant
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quarta-feira, 20 de março de 2013

Crise? Que crise? Bombardeiem a Síria!

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Os chefes de Estado e de governo da União Europeia (UE) estão reunidos em Bruxelas para seu show de moda primavera-verão, desculpem, quero dizer: reunião político-econômica de cúpula. Nada de brilhos Gucci/Prada por aqui; em vez disso, sufocantes, abafadas, quatro paredes sartreanas. Nenhum cidadão (incômodos, barulhentos cidadãos) podem entrar; só aqueles Mestres do Universo (europeu). E, isso, depois de três anos de crise horrenda a afetar a eurozona
 
Bem-vindos ao modo como a "democracia" realmente funciona na Europa; todas as principais decisões em economia política, orçamento e finanças, que diretamente afetam mais de 500 milhões de pessoas de pessoas (milhões das quais desempregadas), arrastadas para dentro daquele âmago aconchegante do coração das trevas.
 
O ex-primeiro ministro belga Guy Verhofstadt, agora líder do grupo liberal no Parlamento Europeu, teve, pelo menos, a decência de observar que "Nem o Parlamento Europeu nem o Parlamento nacional têm sequer uma palavra a declarar nas decisões do Conselho Europeu e da Comissão Europeia."
 
Ah, sim! Comparado ao beemote[1] da União Europeia, o castelo de Kafka é negócio de jardim de infância. Assim sendo, é preciso dar uma olhadela na lista de personagens.
 
O Conselho de Ministros - também conhecido como Conselho Europeu - é composto de chefes de Estado e de governo e reúne-se pelo menos duas vezes por ano para debater as prioridades políticas da UE. Atualmente é presidido por uma não entidade espetacular de nome Herman Van Rompuy. O conselho é constituído de ministros dos Estados-membros; cabe-lhes adotar leis.
 
A Comissão Europeia (CE) é composta de 27 comissários (ah, sim, sombra da boa velha URSS). São o poder executivo europeu - eleitos pelo Parlamento Europeu.
 
O Parlamento Europeu é eleito a cada cinco anos por cidadãos europeus (a maioria dos quais nem se dá o trabalho de ir votar). Como o Conselho de Ministros, também tem poder legislativo.
 
E há ainda o Banco Central Europeu (BCE), que (des)administra o euro.
 
Bem-vindos à "autocracia pós-democrática"
 
Assim, pois, esses Mestres (Europeus) do Universo tiveram três anos para apagar o incêndio na eurozona. O balanço, até aqui: sete países da eurozona estão em recessão profunda; e nove estão estagnados.
 
Naquele show de moda, digo, aquela reunião de cúpula, há muita conversa sobre "mix político"; é o jargão europeu para estimular demanda em países que conseguem sair-se um pouco melhor que os outros. Ouve-se também muita conversa sobre "pacote de dois" e "pacote de seis" [orig. "two-pack" and "six-pack"]. Não, não, não se trata de embalagem de latinhas de cerveja. Nem de algum frenesi de malhação. Está mais para uma variação de Monopólio (o jogo).
 
Tudo começou com a Alemanha, intervindo para "salvar" - tipo salvação - os países PIGS (Portugal, Irlanda, Grécia, Espanha [Spain]), ainda no tempo em que a França era governada pelo Rei Sarkô 1º (o ex-presidente Nicolas Sarkozy); decidiram então que um bando de tecnocratas, como na Comissão Europeia e no chamado Eurogrupo (ministros das finanças da eurozona) ficaria encarregado das políticas econômica e orçamental desses países.
 
Primeiro, foi o "pacote de seis": países que tinha de subscrever um plano sinistro conhecido como Tratado para Estabilidade, Coordenação e Governança (tipo "não se metam a fazer gracinhas por conta própria, sem avisar o resto da turma").
 
Em seguida, veio o chamado "pacote de dois", adotado semana passada pelo Parlamento Europeu: duas regras, segundo as quais os estados devem submeter suas previsões de orçamento à CE, antes mesmo de submetê-las aos Parlamentos nacionais. Resumo da ópera: as "democracias" européias não têm qualquer poder (poder-zero) para decidir sobre as políticas cerebradas em Bruxelas. Quem governa é aquela troika sinistra: o Conselho Europeu, o Eurogrupo e a Comissão Europeia. Para nem falar do Banco Central Europeu, cosmicamente opaco, transparência zero.
 
E essa gente tem a desfaçatez de criticar o Congresso Nacional do Povo, na China.
 
Mas para os iniciados, tudo está lindo e ótimo. Olli Rehn, Comissário Europeu de Assuntos Econômicos, disse, sem corar, que "se o pacote de seis e o pacote de dois estivessem já implantados quando o euro foi lançado, jamais teríamos chegado a tal crise." Então, por que aqueles tecnocratas em Bruxelas, com gordo salário vitalício, não pensaram nisso (que fosse) antes?!
 
No campo oposto, Daniel Cohn-Bendit, o ex-heroico "Dany, o Vermelho" e atual co-presidente dos Verdes no Parlamento Europeu, definiu o golpe como "austeridade tecnocrática". Melhor ainda: o grande filósofo alemão e federalista europeu certificado Jurgen Habermas chamou a coisa de "autocracia pós-democrática".
 
De Paris à Escandinávia ouvem-se choro de angústia e ranger de dentes, por a Europa ter despencado num buraco negro. Basta andar pelas ruas - e vê-se de que lado sopra o vento: populismo (como nas recentes eleições italianas) e fascismo (na Dinamarca, por exemplo, pesquisa recente mostra que o Partido DF, de extrema direita, anti-imigração e anti-UE, já é mais popular que a coalizão de centro-esquerda atualmente no poder. Notícias terríveis para a atual primeira-ministra Helle Thorning-Schmidt).
 
Ante esse Armagedon, o melhor que a UE infestada de tecnocratas consegue oferecer é que temos de "reintroduzir o povo" na "máquina". Não introduzirão coisa alguma em lugar algum: a máquina parou de funcionar.
 
Convoque as Kalashnikovs de sempre
 
Como sempre acontece, também na União Europeia, se as coisas podem ficar mais patéticas, elas ficarão. Sem mais nem menos, em pleno show de moda primavera-verão, desculpe, reunião do Conselho Europeu, lá aparecem, de repente, o primeiro-ministro britânico David Cameron e o presidente francês François Hollande.
 
Mas... E por que esse remix de Napoleão/Duque de Wellington? Para nada menos que comandar uma ofensiva anglo-francesa para torpedear o embargo europeu de armas e conseguirem, afinal, armar até os dentes dos 'rebeldes' sírios.
 
Alguns representantes de estados-membros caíram, de fato, da cadeira. Foi preciso que a Fraulein de Ferro e chanceler alemã Angela Merkel interviesse com duro "Nein" ("o fato de aqueles dois terem mudado de ideia não significa que os demais 25 tenham de acompanhá-los").
 
Para que se avalie o quanto a União Europeia é "democrática", Catherine Ashton - a astronomicamente medíocre comissária da União Europeia para assuntos de segurança e política exterior - só tomou conhecimento pelos jornais, da confusão que David e François das Arábias muito gostariam de ter criado.
 
Quando afinal soube e recuperou o sangue frio, disse àqueles estadistas lá reunidos que o único resultado daquele movimento seria uma corrida armamentista na Síria. E que o Irã - e quem mais poderia ser?! - venceria. Mas uma vez, Ashton recebeu inteligência errada: o Qatar e a Arábia Saudita já estão vencendo aquela corrida armamentista.
 
A verdade é que nem Cameron - fiel ao próprio personagem - sabe do que está falando: "Não estou dizendo que a Grã-Bretanha deva fornecer armas a grupos rebeldes. Só queremos trabalhar com eles e assegurar que façam a coisa certa."
 
Assim sendo, já todos enfrentam a possibilidade real de que Paris e Londres simplesmente ignorem mais uma política da União Europeia - da qual os dois países são signatários - e metam-se a fazer "a coisa certa" lá a seu modo e jubilosamente comecem a armar os 'rebeldes' sírios, incluídos aí os jihadistas salafistas de estilo al-Qaeda, já a partir de maio ou junho. Foi precisamente o que Paris e Londres fizeram no caso da Líbia em 2011. E foi precisamente o que François "Tempestade no Deserto" Hollande - apoiado por David "das Arábias" Cameron - fizeram recentemente também no Mali.
 
Para David & François, o resto da União Europeia não passa de bando de mariquinhas. Crise? Que Crise? Crise é para os fracos. Muito mais divertido é brincar de "o Libertador".
 
Fonte: PRAVDA
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Países da Otan analisam ação militar na Síria

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Alguns países da Otan analisam uma possível intervenção militar na Síria, que poderia seguir a mesma sequência que na Líbia, inclusive através de uma resolução das Nações Unidas, disse nesta terça-feira, em Washington, o comandante supremo das forças da Aliança Atlântica, almirante James Stavridis.
 
Ao ser entrevistado pelo presidente do Comitê das Forças Armadas, em Washington, o almirante americano respondeu "sim" à pergunta sobre se alguns países consideram a possibilidade de eliminar as defesas aéreas do regime sírio.
 
Segundo Stavridis, "a Aliança decidiu que seguirá a mesma sequência que na Líbia" em 2011, quando a Otan agiu com base em uma resolução do Conselho de Segurança da ONU e com o apoio de países da região.
 
"Estamos dispostos, se formos solicitados, a nos envolver como fizemos com a Líbia", disse Stavridis.
 
O atual papel da Otan no conflito sírio está limitado à instalação de baterias de mísseis Patriot ao longo da fronteira com a Turquia para evitar incursões aéreas e ataques de mísseis do território sírio.
 
"A situação na Síria vai de mal a pior: 70 mil mortos, um milhão de refugiados expulsos do país, provavelmente 2,5 milhões de deslocados dentro do território sírio e uma previsão de fim brutal para a guerra civil", destacou o chefe da força da Otan.
 
Fonte: AFP
 
Nota do GBN: A Síria enfrenta uma guerra civil dura e sangrenta, onde os rebeldes se mantém na luta graças á ajuda externa, principalmente de governos europeus que tem grande interesse na derrubada do governo Sírio como ocorrido na Líbia.
 
Uma ação militar da OTAN sobre a Síria, será mais um crime desta organização, ferindo a carta das nações, um ataque ocidental visando derrubar o governo de Assad trata-se de uma intervenção desnecessária, é preciso sim que haja uma missão de paz visando um cessar fogo de ambas as partes e que leve dos campos de batalha para a mesa de negociações, apesar de sabermos que tal medida não surtirá resultados efetivos, mas que já será um princípio que respeita a soberania do estado sírio.
 
Trata-se de uma questão muito delicada, onde uma intervenção estrangeira pode não ter o resultado que se espera com a derrubada do governo Assad, como exemplo de resultados negativos podemos citar o caso do Iraque e Líbia, onde a derrubada do governo constituido não gerou coesão política e paz. É preciso intervir sufocando ambos os lados do conflito, levando ao esgotamento de meios militares pela falta de suprimentos para ambos os lados do conflito, pois armar rebeldes trará mais problemas que soluções, ao invés de garantir a esperada estabilidade política, pode criar um vácuo no poder gerando uma disputa interna que propícia ao prolongamento de atitudes violentas na disputa pelo poder e governança no país. 
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terça-feira, 19 de março de 2013

Fornecimento de armas a Síria acaba defenitivamente com as esperanças de solução negociada

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A julgar por todos os indícios, o conflito na Síria entra numa nova volta da espiral de tensões. De acordo com a mídia francesa, Paris e Londres decidiram romper o embargo de fornecimento de armas aos rebeldes sírios.
 
Analistas acreditam que se pode tratar de sistemas de defesa antiaérea portáteis comprados em terceiros países, assim como armas antitanque e projéteis para sistemas de artilharia que os rebeldes apreenderam às tropas governamentais.
 
A lógica dos franceses e ingleses é compreensível: se os rebeldes possuirem armas modernas, as tropas fiéis a Assad começarão a ter maiores perdas, o que, por sua vez, irá repercutir de forma negativa em seu estado de ânimo, combatividade e lealdade. Para muitos especialistas, tal lógica é defeituosa, pois a principal prioridade humanitária – pôr fim à guerra fratricida – não será alcançada com isso.
 
Alguns especialistas julgam que a situação na Síria vem mudando gradualmente em favor dos rebeldes; outros crêem que é bastante elevada a probabilidade de um empate, quando nenhuma das partes não possa obter uma superioridade decisiva. Por conseguinte, pode-se admitir que o hipotético fornecimento de armas aos rebeldes vise a escalar o conflito até seu máximo grau. Quanto mais intensas forem as hostilidades, tanto mais rápido será o desenlace. Talvez, o Ocidente decidiu necessário acabar de qualquer maneira com Assad. Não lhe agrada que, por assim dizer, a democratização síria está demorando vergonhosamente. Ao mesmo tempo, é muito provável que o Ocidente esteja concsiente de que suas atitudes empurram a região para uma crise. Mas não é isso com que o Ocidente se importa, comenta Leonid Issaev, docente sênior do departamento da ciência política da Universidade Nacional de Pesquisas "Escola de Altos Estudos Econômicos".
 
"No presente momento, tudo que está ocorrendo no mundo árabe confirma precisamente isso. Parecia que a Tunísia vinha saindo da crise, mas os últimos acontecimentos evidenciam que não é assim. O Egito permanece nesta crise de forma contínua. O Iêmen, o Bahrein, a Líbia –, não avisto quaisquer precedentes que nos permitam falar que na Síria a situação iria evoluir de outra maneira. Parece-me que há uma falha fundamental tanto no plano político como ideológico. Por enquanto, não se vê ninguém que seja capaz de encher o vácuo produzido após a queda dos regimes árabes que, sim, eram autoritários, às vezes até cruéis, mas, de toda forma, tecnicamente aptos. Portanto, surgem crises políticas de longa duração, ora em versões suaves, como na Tunísia, ora a ponto de cair nos extremos, como no Egito. Como o será na Síria? Provavelmente, sob uma forma intermediária entre as versões egípcia e líbia. Mas é incontestável que após o derrubamento de Assad se produzirá uma crise política de grande envergadura e todo-abrangente".
 
À autocracia leiga de Assad (bem como a outros regimes políticos do mundo árabe não ideais, mas sim suscetíveis de interagir com a realidade) não irão suceder os democratas locais senão o fundamentalismo islâmico mundial, opina o orientalista e perito em ciência política, Stanislav Tarassov.
 
"No caso de Assad ser destituído, a democracia não irá triunfar na Síria, pois serão os islamistas radicais que chegarão ao poder. Precisamente aqueles, aliás, que assassinaram o embaixador norte-americano (na Líbia); os mesmos contra os quais a França organizou a intervenção no Mali. No caso da Síria, a chegada ao poder dos islamistas implicará não só a divisão do país, mas também a continuação da expansão islâmica à escala da região inteira. É muito perigoso. A Al-Qaeda se estabeleceu não só no Afeganistão e Iraque. Agora está também na vizinha Turquia. A Al-Qaeda já está guerreando contra a Síria. Isto envolve uma grave desestabilização da situação. A julgar por vários indícios, as primeiras andorinhas da revolução árabe começam já a atingir as fronteiras da Transcaucásia".
 
Em resumo, o conflito sírio tende a se ampliar por si, mesmo sem interferências adicionais. Abarrotar o país com armas é como apagar o fogo com gasolina. A despeito da continuação das tentativas de solucionar o conflito por via diplomática, uma démarche similar da Grã-Bretanha e França sepulta definitivamente a esperança tímida de as partes sírias chegarem a um compromisso entre si.
 
Fonte: Voz da Rússia
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quinta-feira, 21 de fevereiro de 2013

OTAN tem medo dos pilotos afegãos

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O Afeganistão tem uma grande necessidade de uma aviação de combate e de transporte. Depois da retirada dos aliados, o exército nacional irá enfrentar sérios desafios se não tiver garantido o apoio aéreo. Essa foi a opinião expressa pelo comandante da Força Aérea Afegã, Abdul Wahab Wardak.
 
Segundo o general, a Força Aérea nacional possui apenas os helicópteros comprados à Rússia nos últimos anos, 43 aparelhos Mi-17 de transporte e seis Mi-35. O país também possui aviões de carga C-27 italianos, mas estes estão parados já há vários meses nos aeroportos e serão desativados devido a problemas técnicos. O Afeganistão não tem aviões de combate. No ano passado, os EUA abriram concurso para o fornecimento de 20 caças ligeiros a Cabul, mas nada se sabe acerca dos contratos celebrados. Os norte-americanos também prometeram 4 aviões militares de transporte Hercules C-130, mas não parecem ter pressa de os fornecer.
 
Esse tipo de atitude por parte dos aliados relativamente à Força Aérea Afegã tem uma explicação. O Ocidente não precisa muito de um exército afegão capaz. Este é o comentário de Yuri Krupnov, presidente do Observatório do Instituto de Demografia:
 
"A capacidade de combate do exército afegão apenas interessa à OTAN do ponto de vista de operações policiais antiterroristas localizadas. Tomando isso em consideração, ninguém se coloca o objetivo de tornar o exército no pilar do novo Estado afegão. Não se pode esperar que ele receba um armamento completo e meios pesados".
 
Os norte-americanos ainda não apresentaram qualquer projeto concreto para a criação do exército afegão. Além disso, a OTAN teme os pilotos afegãos, na opinião do professor Oleg Kulakov da Universidade Militar Russa:
 
"Quanto as tropas soviéticas estavam no país, houve episódios em que os pilotos afegãos voaram para o Paquistão, mas não houve um único caso de eles alvejassem premeditadamente as suas próprias posições. É disso que as forças internacionais têm medo".
 
A administração dos EUA está numa encruzilhada. Por um lado, há grandes dúvidas de que a situação no Afeganistão continue mais ou menos estável. Por outro lado, a Casa Branca não sabe como deverão ser as Forças Armadas afegãs, explica o perito. Nessas condições, os norte-americanos não se decidem pela criação de uma aviação a sério.
 
Quanto à Rússia, ela poderá fornecer ao Afeganistão quaisquer tipos de meios aéreos. Mas tudo esbarra em duas questões: uma decisão política que não depende de Cabul, mas sim do "irmão mais velho" e saber se esse mesmo "irmão" quererá pagar. Acrescenta Oleg Kulakov:
 
"Nós temos o material que o Afeganistão necessita. Essa questão iria levantar outras, incluindo a preparação dos pilotos. Não nos podemos apoiar nos pilotos do antigo exército. A formação principal teria de ser feita pela Rússia".
 
Por enquanto, é difícil imaginar que o exército afegão possa resistir eficazmente aos grupos armados da oposição sem um apoio aéreo. Depois da saída das forças ocidentais, o exército nacional ficará ainda mais vulnerável, diz Oleg Kulakov, partilhando a opinião do general.
 
Fonte: Voz da Rússia
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sexta-feira, 25 de maio de 2012

No Afeganistão, Hollande defende saída antecipada das tropas

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O presidente da França, François Hollande, fez nesta sexta-feira uma viagem surpresa ao Afeganistão, onde encontrou alguns dos soldados franceses que ele pretende retirar do país ainda neste ano, e defendeu essa decisão em reunião com o presidente local, Hamid Karzai.

Hollande foi duramente criticado durante a cúpula da Otan, no fim de semana passado, por acelerar a retirada dos cerca de 3.400 soldados franceses presentes no Afeganistão. O governo francês pretende retirá-los até o final de 2012, dois anos antes do prazo previsto no cronograma da aliança militar ocidental.

"A missão de combater o terrorismo e perseguir o Taliban está perto de ser cumprida, e isso é algo que de podemos nos orgulhar muito", disse Hollande a jornalistas nos jardins do palácio presidencial afegão.

"Vamos permanecer no Afeganistão, mas com um papel diferente, nossa cooperação vai focar nas frentes civis", afirmou.

A retirada era uma promessa eleitoral de Hollande, apesar de a Otan só prever a desocupação no final de 2014. Críticos disseram que isso pode estimular outros países a também anteciparem a saída, entregando prematuramente a segurança do Afeganistão às precárias forças locais.

Durante a recente cúpula da Otan, a chanceler (primeira-ministra) alemã, Angela Merkel, disse que os envolvidos deveriam seguir a atual estratégia da aliança, de "entrar juntos e sair juntos".

Cerca de 2.000 soldados franceses devem sair neste ano, e os demais devem assumir tarefas de apoio, treinamento e cuidados com os equipamentos. A França tem 14 helicópteros, 900 veículos e 1.400 contêineres, que precisam ser retirados por via aérea ou terrestre.

Em visita a um quartel na instável província de Kapisa, Hollande agradeceu aos soldados franceses pelo que fizeram pela França e pelo Afeganistão, e prometeu uma retirada "ordeira... em estreita coordenação com os aliados da França".

Ele também prestou homenagem aos 83 soldados franceses mortos em mais de dez anos de guerra. "Chegou a hora da soberania afegã. A ameaça terrorista que tinha nosso território como alvo não desapareceu completamente, mas foi parcialmente suprimida", disse Hollande.

A França foi chamada a contribuir com quase 200 milhões de dólares por ano para um fundo de longo prazo para o Afeganistão, parte de um valor anual de 4,1 bilhões de dólares destinado a manter as forças afegãs depois de 2014. Mas Hollande deixou claro que não irá liberar nenhum dinheiro enquanto não houver clareza sobre como a verba será gerida.

Fonte: Reuters
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terça-feira, 22 de maio de 2012

Otan declara operacional primeira fase do escudo antimísseis

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Os líderes da Otan declararam neste domingo operacional a primeira fase do escudo antimísseis destinado a proteger a Europa de potenciais ataques do Oriente Médio, informou um responsável da Aliança Atlântica.

Trata-se da primeira das quatro etapas para se criar um sistema completo de defesa, baseado em tecnologia americana, até 2018-2020.

"A defesa contra estes mísseis é indispensável. Enfrentamos ameaças reais", afirmou o secretário-geral da Otan, Anders Fogh Rasmussen, por ocasião da cúpula da Aliança em Chicago.

O projeto é analisado há anos, mas foi lançado oficialmente em 2010 para se tornar o programa mais importante da Aliança Atlântica.

Para a Otan, a principal ameaça já não está na Rússia, como ocorria durante a Guerra Fria, mas sim no Oriente Médio e em outras regiões que adquiriram capacidade de lançar mísseis contra a Europa.

Mas Moscou vê o escudo como uma ameaça e exige fazer parte do sistema ou receber garantias de que ele não visa sua capacidade de dissuasão.

O escudo terá um radar de grande potência na Anatólia turca, mísseis SM-3 instalados em fragatas Aegis no Mediterrâneo e interceptores em terra na Polônia e Romênia.

Toda a estrutura ficará sob o controle da base de Ramstein, na Alemanha.

Fonte: Reuters
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segunda-feira, 12 de março de 2012

Merkel revela incerteza sobre saída de tropas do Afeganistão

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A chanceler alemã Angela Merkel afirmou nesta segunda-feira não ter certeza se as tropas do país poderão deixar o Afeganistão em 2014, durante uma visita surpresa ao país.

"Ainda não chegamos ao ponto no qual a Alemanha possa dizer 'podemos retirá-las hoje'", disse Merkel à imprensa alemã.

"Portanto não posso afirmar se o faremos em 2013-2014. A vontade existe, queremos fazer isto e estamos trabalhando", completou.

A chanceler alemã desembarcou nesta segunda-feira no Afeganistão para uma visita surpresa às tropas do país em Masar-i-Sharif.

A viagem, que não havia sido divulgada por motivos de segurança. estava programada antes do massacre de 16 civis afegãos por um soldado americano no domingo na província de Kandahar, bastião talibã do sul do país. Merkel ligou para o presidente afegão, Hamid Karzai, para apresentar os pêsames.

Ela também pediu ao governo afegão avanços no processo político de reconciliação com os grupos armados como os talebans.

Merkel prestou homenagem aos soldados da 'Bundeswehr' mortos no Afeganistão.

A última visita de Angela Merkel ao Afeganistão acontecera em dezembro de 2010. A Alemanha tem 4.900 soldados nas tropas da Isaf, a força da Otan em território afegão, atrás apenas dos Estados Unidos e do Reino Unido.

Fonte: France Presse
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quinta-feira, 16 de fevereiro de 2012

Irã diz que aceita conversar com Ocidente sobre programa nuclear

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O embaixador do Irã na Rússia disse nesta quinta-feira que Teerã aceitaria retomar o diálogo com seis potências mundiais sobre o programa nuclear do país, desde que não haja pré-condições.

- Os dois lados sabem que não deve haver condições prévias para essas negociações - disse o embaixador Seyed Mahmoud-Reza Sajjadi em entrevista coletiva.

Quatro meses depois de rebecer uma carta da União Europeia, Teerã respondeu na quarta-feira à chefe de política externa europeia, Catherine Ashton, expressando a disponibilidade do Irã para novas conversas sobre seu programa nuclear de forma construtiva.

Ahmadinejad revela avanços no enriquecimento de urânio

Na quarta-feira, o presidente iraniano, Mahmoud Ahmadinejad, abasteceu pessoalmente um reator nuclear com as primeiras varetas de combustível produzidas dentro do Irã. Em transmissão ao vivo na televisão nacional, Ahmadinejad anuncipu a construção de novas centrífugas: já são 9.000 no país.

Mais cedo, a TV estatal causou furor no mercado internacional ao anunciar o corte da venda de combustível para seis países europeus (Espanha, Portugal, Grécia, Holanda, França e Itália). O Ministério do Petróleo desmentiu a medida, que seria uma retaliação aos embargos impostos pela UE.

Fonte: O Globo
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sábado, 28 de janeiro de 2012

Europeus e árabes apresentam nova proposta sobre a Síria na ONU

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Diplomatas europeus e árabes fizeram circular nesta sexta-feira um novo projeto de resolução sobre a Síria no Conselho de Segurança das Nações Unidas, no qual a Liga Árabe é convocada e que prevê a saída do presidente Bashar al-Assad.

O Conselho de Segurança está em um impasse há meses em relação à Síria. Rússia e China vetaram uma proposta anterior europeia em outubro, acusando o Ocidente de buscar uma mudança de regime.

"Creio que hoje temos a possibilidade de abrir um novo capítulo sobre a Síria", disse o embaixador alemão na ONU, Peter Wittig ao entrar nos debates.

O Marrocos apresentou ao corpo um projeto de resolução de 15 nações - elaborado por Estados árabes junto a Grã-Bretanha, França e Alemanha - que busca colocar fim a meses de estancamento da ONU sobre a Síria.

Rússia e China vetaram em outubro uma resolução europeia anterior, acusando o Ocidente de buscar uma mudança de regime.

O projeto, que ainda deve enfrentar dias de negociações em meio a dúvidas de Rússia e seus aliados, afirma que o Conselho "apoia plenamente" um plano da Liga Árabe lançado na semana passada para resolver a questão síria.

O texto pede que os Estados-membros continuem as sanções impostas pela Liga Árabe contra a Síria em novembro, apesar de não conter ações obrigatórias.

Dias atrás a Liga Árabe apresentou uma iniciativa na qual pediu ao presidente Bashar al Assad que dê "prerrogativas ao vice-presidente" para formar um "governo de união" nacional em "dois meses", para assim preparar eleições legislativas e presidenciais "plurais e livres".

Fonte: AFP
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França vai reduzir papel no Afeganistão; saída será em 2013

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As tropas francesas começarão a transferir a segurança para o Exército afegão em março, e vão se concentrar em treinamento até saírem completamente do Afeganistão no final de 2013, disse o presidente Nicolas Sarkozy nesta sexta-feira.

Sarkozy suspendeu as operações de treinamento e apoio em terra na semana passada, e enviou seu ministro da Defesa e chefe das Forças Armadas para Cabul depois que quatro soldados franceses foram mortos por um soldado afegão rebelado.

Embora a decisão francesa não seja uma retirada completa, a medida põe fim às operações militares de Paris na linha de frente, uma decisão que pode significar um impulso para Sarkozy antes da eleição presidencial.

Paris tem 3.600 soldados no Afeganistão, como parte de uma força de 130.000 membros liderada pela Otan. Os soldados franceses patrulham principalmente Kapisa, uma província montanhosa perto de Cabul.

Falando depois de conversar com o presidente afegão, Hamid Karzai, em Paris, Sarkozy disse que a França teria apenas um papel de treinamento e apoio assim que entregassem Kapisa para as forças afegãs.

"O presidente Karzai nos garantiu que a província de Kapisa, onde está baseado o contingente francês, passará para a responsabilidade afegã a partir de março", disse Sarkozy.

Mil soldados franceses devem sair do Afeganistão até o final deste ano, e o restante até 2014.

Desde a semana passada, quando quatro militares franceses foram mortos num ataque no Afeganistão, Sarkozy enfrenta uma nova onda de contestação popular sobre a participação da França no conflito. Seu principal rival e líder nas pesquisas de intenção de voto para as eleições presidenciais, François Hollande, promete retirar as forças franceses ainda em 2012.

No anúncio desta sexta-feira, Sarkozy explicou que, dos 3.600 militares franceses atualmente no Afeganistão, mil voltarão para casa já este ano - 400 a mais do que o anunciado em 2011.

Sarkozy disse ter recebido garantias de Karzai de que as tropas francesas terão a segurança necessária para, "a partir de amanhã", retomarem os trabalhos de treinamento das forças afegãs.

Fonte: GeoPolítica Brasil com Agências de Notícias
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quarta-feira, 25 de janeiro de 2012

União Europeia embargará 50% do petróleo do Irã

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As sanções da União Europeia ao Irã, apoiadas pelos Estados Unidos, pretendem afetar metade das exportações do petróleo iraniano e fechar um cerco que isolará o país de qualquer relação com seus parceiros econômicos mais importantes. O regime persa respondeu à pressão convocando o embaixador da Dinamarca, país que preside a UE, para dar explicações, enquanto líderes europeus subiram o tom da retórica contra Teerã.

Detalhes divulgados nesta terça-feira, 24, sobre o embargo da UE aprovado na segunda-feira indicam que a retaliação é profunda. Qualquer empresa europeia que comercializar petróleo iraniano, mesmo que para um terceiro país, poderá ser punida.
Diplomatas em Bruxelas dizem que a meta do plano é afetar metade da arrecadação do Irã com o combustível por meio de uma "ação global". Além dos 400 mil barris que os países da UE importam de petróleo iraniano diariamente, a medida afetará mais 600 mil barris que empresas europeias comercializam pelo mundo. Segundo a agência de risco, Fitch, a tensão deve elevar os preços do barril.
Só a Shell tem contratos de mais de 100 mil barris por dia com o Irã e terá de suspender a operação. No caso da francesa Total, apenas um terço do petróleo importado por ela de Teerã vai a portos europeus. Ontem, a Austrália confirmou que também vai adotar as sanções contra o petróleo iraniano.

Estrangulamento
O cerco contra Teerã também inclui medidas comerciais para isolar o país. O último banco que ainda financiava exportações e importações iranianas ao mercado europeu, o Tejarat, entrou ontem na lista das onze entidades embargadas pela UE. A Europa é o maior parceiro comercial do Irã e, com a medida, a capacidade de Teerã de obter máquinas e peças para suas fábricas será afetada. O prejuízo é calculado em US$ 30 bilhões.
O Tejarat também foi alvo do governo dos Estados Unidos. Washington o acusa de ser o financiador da compra de urânio pelo Irã e a instituição que manobrava o pagamento para empresas e outros bancos já sob embargo. Com duas mil agências pelo Irã e escritório em Paris, o banco teve todos seus ativos confiscados na Europa.
A ofensiva incluiu também o embargo a cinco empresas de transporte marítimo com sede em Malta e na Alemanha de propriedade de Guarda Revolucionária. No total, são 433 empresas iranianas afetadas, além do Banco Central iraniano.
A cúpula do regime persa aposta que o embargo europeu nem mesmo entrará em vigor e, mesmo se isso ocorrer, o impacto será pequeno. Para o ministro de Inteligência, Heydar Moslehi, as sanções são "ineficientes" e o prazo até julho estabelecido pelos europeus será suficiente para o Irã encontrar novos compradores.
Retórica
Enquanto a ofensiva para asfixiar financeiramente o país continuava, o tom das ameaças iranianas voltou a subir ontem. Emad Hosseini, porta-voz do Comitê de Energia do Parlamento, ameaçou outra vez fechar o estreito de Ormuz, por onde passam 40% do petróleo mundial a cada dia. Em protesto ao embargo, o governo iraniano convocou o embaixador dinamarquês em Teerã para prestar esclarecimentos.
Em Londres, o secretário de Defesa, Philip Hammond, insinuou que o Grã-Bretanha poderia reforçar sua presença militar se as ameaças de Teerã continuassem. "Temos a capacidade de reforçar essa presença", disse. Em uma declaração conjunta, David Cameron, Nicolas Sarkozy e Angela Merkel, alertaram que o Irã havia optado por um caminho de ameaças à paz. "Nossa mensagem é clara. A liderança iraniana fracassou em garantir a confiança internacional de que seu programa nuclear é para fins pacíficos", afirmaram os três líderes.

Fonte: Estadão
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