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segunda-feira, 6 de janeiro de 2020

Trump ameaça Iraque - Até onde os EUA defendem a Liberdade e democracia?

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A velha justificativa norte americana de levar "liberdade e democracia" a outros países através de ataques e ocupações, mais uma vez esta em colisão com a realidade dos fatos, ocasionando uma situação preocupante, a violação deliberada das leis internacionais pelos EUA.
O ataque que resultou na morte do General Qassem Soleimani, colocou o presidente dos EUA, Donald Trump, no centro de um importante questionamento, até onde os norte americanos estão sob as leis internacionais? Não é a primeira vez que o país deliberadamente ignora todas as leis internacionais em prol de seus interesses e desrespeitam os direitos de outra nação. Mas por que ninguém condena suas ações à luz do direito internacional? Por que um peso e duas medidas quando se tratam de violações cometidas por Washington?
Neste domingo (5) o Parlamento Iraquiano aprovou uma resolução que determina a saída de todas as tropas estrangeiras do território iraquiano, medida adotada como resposta pela violação do território iraquiano, onde fora lançado o ataque que vitimou Soleimani sem o conhecimento do governo iraquiano, um claro desrespeito aquela nação.
Em resposta, Donald Trump ameaçou o Iraque, afirmando que não irá retirar suas tropas do país de forma amistosa, ameaçando com sanções contra o Iraque depois que seu parlamento votou pela retirada das tropas americanas do país, deixando claro que fará o uso da força se necessário para manter suas bases no Iraque.
Trump insiste em alegar que Soleimani estava planejando ataques contra cidadãos dos EUA segundo os relatórios de inteligência que o levaram a optar pelo assassinato do líder iraniano.
A posição adotada por Donald Trump em relação ao Irã, acende um alerta, e deve ser objeto de reuniões entre líderes mundiais nos próximos dias, uma vez que o mesmo declarou que os EUA teriam como 52 alvos iranianos, alguns "em um nível muito alto e importante para o Irã e a cultura iraniana", deixando claro que uma possível retaliação do Irã poderá desencadear uma resposta desproporcional.
O secretário de Estado dos EUA, Mike Pompeo, negou no domingo que Trump tenha dito que atacaria locais culturais iranianos, mas o presidente o contradisse quando perguntado sobre o assunto na noite de domingo (5).
"Eles têm permissão para usar bombas na estrada e explodir nosso povo, e não podemos tocar em seus locais culturais? Não é assim que funciona", disse Trump.
O ataque a áreas culturais é considerada crime de guerra sob o direito internacional, incluindo uma resolução do Conselho de Segurança da ONU apoiada pelo próprio governo de Trump em 2017 e a Convenção de Haia de 1954 para a proteção de bens culturais.
A Human Rights Watch, com sede nos EUA, disse no domingo que a ameaça de Trump de atacar locais de importância cultural seria crime de guerra se fosse realizado.
"O presidente Trump deve reverter publicamente suas ameaças contra a propriedade cultural do Irã e deixar claro que ele não autorizará nem ordenará crimes de guerra", disse Andrea Prasow, diretora interina da Human Rights Watch em Washington. "O Departamento de Defesa dos EUA deve reafirmar publicamente seu compromisso de cumprir as leis de guerra e cumprir apenas as ordens militares legais".
O presidente também lançou uma ameaça a Bagdá depois que o parlamento iraquiano apoiou uma resolução pedindo que as tropas americanas e outras estrangeiras deixassem o país.
Trump disse que se o Iraque pedir que as forças dos EUA saiam, ele não retirará as tropas de maneira amigável, "cobraremos sanções como nunca visto antes. Isso fará com que as sanções iranianas pareçam nada".
"Temos uma base aérea extraordinariamente cara que está lá. Custou bilhões de dólares para construir. Não sairemos a menos que nos paguem", disse Trump.
Nader Hashemi, diretor do Centro de Estudos do Oriente Médio da Universidade de Denver, disse que os comentários de Trump são "insanos demais" e motivo de preocupação.
"Este é alguém que está completamente cercado por falcões de guerra, é movido por seu ego e está em uma campanha de reeleição", disse Hashemi. "Acho que ele está calculando que esse tipo de retórica difícil favorecerá sua imagem internamente para disputar as eleições".
Um ponto interessante a ser levantado, quanto custou para o Iraque a invasão norte americana desde 2003? Não teria um custo superior aos investimentos na base aérea? Há muito o que refletir, e preocupa o silencio da ONU diante de toda essa retórica dos EUA e as violações cometidas nos últimos dias, para não citar as cometidas há anos em todo o mundo.

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com agências de notícias
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domingo, 5 de janeiro de 2020

Assassinato de Soleimani, uma leitura do GBN Defense

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O assassinato do general Qassem Soleimani chefe da Força Quds, a ala paramilitar da Guarda Revolucionária Islâmica do Irã, segundo homem mais poderoso do Irã, na última sexta-feira (3) durante um ataque cirúrgico dos EUA em Bagdá, representa o inicio de um novo período de turbulência e incertezas no Oriente Médio. 
Os primeiros efeitos do ataque começam a surgir, quando neste domingo (5) o Parlamento do Iraque aprovou uma resolução pedindo a retirada das forças estrangeiras de seu território. Um primeiro sinal do revés que pode resultar a atitude tomada por Donald Trump ao lançar o ataque que matou Soleimani, podendo isolar os EUA na região e afastar aliados.
Apesar das tentativas de justificar o assassinato de Soleimani, tentando veicular sua morte à uma hipotética prevenção de ataques terroristas, como tentam rotular o líder iraniano, acabam piorando ainda mais a imagem do presidente Trump, que violou deliberadamente um série de leis internacionais. Soleimani apesar de controverso, tendo lançado mão de métodos radicais e mesmo sangrentos em determinadas ocasiões, atuando nas sombras liderando uma das mais importantes forças iranianas, atuou de maneira eficiente no combate ao Estado Islâmico e no apoio ao governo legítimo da Síria, sendo considerado herói nacional no Irã e considerado pelo líder supremo do Irã, Ali Hosseini Khamenei, um dos mais importantes comandantes para proteger e expandir os interesses do regime no Oriente Médio. O assassinato de Soleimani é um ataque direto ao estado iraniano, podendo ser classificado como ato terrorista, curiosamente o que os EUA dizem combater.
Por que os EUA assassinaram Soleimani? Qual a importância de sua morte para estratégia norte americana na região?
Estas perguntas não podem simplesmente ser respondidas, levarão anos e até décadas para que possamos juntar as peças e chegar a uma conclusão crível das razões que motivaram  a execução deste ataque. Mas um ponto que devemos manter em pauta, é o forte interesse de aliados regionais dos EUA de neutralizar a influência iraniana que vem crescendo na região, a qual resulta principalmente pela capacidade de liderança de Soleimani e sua importância naquele cenário geopolítico, onde obteve importantes conquistas nos últimos anos, em especial na Síria e Iraque.  Dentre esses aliados opositores ao Irã de Soleimani, podemos listar o Premier israelense Benjamin Netanyahu e o polêmico príncipe Saudita Mohammed Bin Salman, os quais já manifestaram publicamente o pedido de uma resposta militar dos EUA contra Teerã.
Outro ponto que temos de manter em mente, são os interesses internos, com aliados internos do presidente Trump orientando uma mudança nas relações com Teerã, onde mesmo após pesadas sanções, o governo da nação persa continua firme, mesmo diante de uma grave crise econômica gerada pelas sanções, demonstrando o fracasso da política de "pressão máxima" visando desestabilizar o país e alimentar movimentos internos de oposição. O que se vê, é que mesmo diante da pressão o Irã se mantém firme em sua posição, tendo ampliando sua influência na região e estreitando relações com potências como China e Rússia.
Segundo alguns analistas, o assassinato de Soleimani seria uma resposta do ataque à embaixada dos EUA em Bagdá no início desta semana, o qual se acredita ter obtido apoio iraniano. Tal ato trouxe a memória dos estrategistas norte americanos um dos capítulos negros de sua história, a tomada da embaixada dos EUA em Teerã em 1979. Sob essa prerrogativa, Trump teria determinado um ataque "preventivo" , como forma de proteger vidas americanas em ataques futuros, e não um ato de guerra com o Irã, não deixando de ser uma demonstração de força.
Teerã tem expandido sua influência e lançando mão de ataques por procuração a alvos norte americanos e de seus aliados na região. Dentre estes, estaria o ataque a refinaria na Arábia Saudita, lançado pelos Houthis com apoio iraniano, bem como o ataque desta semana às posições dos EUA no Iraque.
Se a história for um guia, o Irã absorverá o ataque a princípio e evitará uma guerra total contra os EUA. Mas isso não descarta o aumento das operações secretas de Teerã, que deve atacar os EUA se valendo de estratégias assimétricas, utilizando-se de grupos armados opositores aos EUA, os quais devem ser equipados e apoiados pelo regime persa. Este será especialmente o caso no Iraque, onde o Irã há muito explora o fracasso dos EUA em apoiar Bagdá na reestruturação e segurança do país, apoiando milicias e o governo iraquiano.
Muitos tem levantado a eminencia de uma terceira guerra mundial, porém, analisando o cenário, o mesmo não possui elementos que possam ser o estopim de uma crise em larga escala que arraste o mundo para um novo conflito mundial, mas devemos nos manter atentos ao desenrolar dos fatos, onde de certo veremos o aumento nas tensões regionais.
O GBN Defense tem acompanhado os fatos e pretende trazer sempre uma leitura bem pautada e com bom senso, longe do sensacionalismo e posicionamentos sem embasamentos.

Por Angelo Nicolaci - Jornalista, editor do GBN Defense, graduando em Relações Internacionais pela UCAM, especialista em geopolítica do oriente médio, leste europeu e América Latina, especialista em assuntos de defesa e segurança, membro da Associação de Veteranos do Corpo de Fuzileiros Navais (AVCFN), Sociedade de Amigos da Marinha (SOAMAR), Clube de Veículos Militares Antigos do Rio de Janeiro (CVMARJ) e Associação de Amigos do Museu Aeroespacial (AMAERO).

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Parlamento iraquiano pede expulsão de tropas estrangeiras

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O parlamento do Iraque aprovou uma resolução exortando o governo a expulsar tropas estrangeiras do país, à medida vem na sequência do aumento das tensões entre o Irã e os EUA após o assassinato de um dos principais comandantes militares iranianos e líder do grupo armado iraquiano, vítima de um ataque dos EUA em Bagdá.
Em uma sessão parlamentar extraordinária neste domingo (5), o parlamento pediu ao governo que acabe com toda a presença de tropas estrangeiras no Iraque e cancele seu pedido de assistência da coalizão liderada pelos EUA que estava trabalhando com Bagdá para combater o Estado Islâmico no Iraque.
"O governo se compromete a revogar seu pedido de assistência a coalizão internacional que luta contra o Estado Islâmico devido ao fim das operações militares no Iraque e à conquista da vitória", dizia a resolução.
"O governo iraquiano deve trabalhar para acabar com a presença de tropas estrangeiras em solo iraquiano e proibi-las de usar suas terras, espaço aéreo ou água por qualquer motivo".
A posição do parlamento iraquiano é uma resposta clara ao ataque lançado pelos EUA em Bagdá que matou o General Qassem Soleimani na última sexta-feira (3), os desdobramentos resultantes do assassinato de Soleimani podem representar um revés a política norte americana na região.

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com informações da Agência Al-Jazeera 
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segunda-feira, 4 de novembro de 2013

Iranianos vão às ruas contra EUA diante de embaixada em Teerã

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Ultraconservadores iranianos contrários à reaproximação com os EUA mobilizaram nesta segunda-feira dezenas de milhares de pessoas na frente da antiga embaixada americana em Teerã para celebrar o 34º aniversário da tomada de reféns que levou os dois países à ruptura.
A invasão da representação diplomática, na qual 52 reféns americanos permaneceram em cativeiro por 444 dias, é comemorada a cada 4 de novembro, mas esta celebração foi a maior dos últimos anos, segundo testemunhas.
 
O volume da manifestação é amplamente atribuído a esforços da milícia linha dura basij, influente em mesquitas e universidades, para engrossar o coro contra o presidente Hasan Rowhani, cujos acenos ao Ocidente são vistos como capitulação.
 
Formada em grande parte por estudantes transportados em ônibus fretados, a multidão que se espremeu na rua Taleghani, no centro de Teerã, entoava a todo instante o grito de "Morte à América", em sinal de rejeição a apelos do campo pró-Rowhani para que a conclamação seja abolida.

Protesto no Irã

Numerosos cartazes anti-EUA erguiam-se sobre a maré humana. Muitos ostentavam a pergunta: "Por que não abolir o grito de 'morte à América?'", com variações de respostas.
 
Algumas mensagens diziam: "porque os EUA impõem sanções" ou "porque os EUA fazem filmes anti-iranianos", referência a "Argo", cujo tema é o sequestro da embaixada americana.
 
"Todos os problemas que enfrentamos são causados pelos EUA. Continuaremos com o slogan enquanto eles mantiverem sua política de tirania e injustiça", esbravejou o estudante Mohamad E., 16.
 
Veterano da guerra contra o Iraque, na qual os EUA apoiaram o ditador Saddam Hussein na invasão do Irã, um senhor que se identificou apenas como Pirhayati, 64, disse que é "impossível ser amigo da América."
 
"A relação entre o Irã e os EUA é a mesma que a de uma ovelha com um lobo. Nunca poderão ser amigos", afirmou o veterano, cujo olho esquerdo, perdido na guerra, estava forrado com algodão.
 
O único politico a discursar foi o ex-negociador nuclear Saeed Jalili, que se candidatou à última eleição presidencial, em junho, com uma plataforma ultraconservadora contrária a concessões nas conversas atômicas.
 
"Pela lógica do [aiatolá Ruhollah] Khomeini [fundador da teocracia iraniana], 'Morte à América'pregava a morte da humilhação das nações [e] e da violência que permite ocupar países", disse Jalili, ombros cobertos com o lenço xadrez preto e branco dos milicianos basijis.
 
RACHA INTERNO
 
A demonstração de força dos ultraconservadores evidencia um racha interno acerca dos esforços diplomáticos do governo Rowhani, que oferece ao Ocidente importantes concessões nucleares em troca do fim das severas sanções econômicas ao Irã.
 
A primeira rodada de negociações com as potências na era Rowhani, iniciada no mês passado, retoma nesta quinta-feira, em Genebra, num ambiente elogiado por ambas as partes.
 
O líder supremo, aiatolá Ali Khamenei, reiterou no último domingo que apoia acenos do presidente.
Mas, embora seja detentor da palavra final no país, Khamenei está sob pressão de facções como a Guarda Revolucionária, que temem perder relevância ideológica e privilégios econômicos em caso de normalização com o Ocidente. A milícia basij, protagonista do protesto desta segunda-feira, é ligada à guarda.
 
Um analista ligado ao regime disse à Folha que as contradições refletem a dupla estratégia do Irã.
 
"Os EUA negociam e ao mesmo tempo dizem que todas as opções estão sobre a mesa, inclusive um ataque. O Irã decidiu fazer o mesmo. Negocia e grita 'Morte à América'".
 
Fonte: Folha
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quinta-feira, 17 de outubro de 2013

Irã oferece concessões sobre questão nuclear, mas acordo segue distante

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O Irã manifestou disposição em reduzir as atividades nucleares mais sensíveis, num claro sinal de que poderá fazer concessões ao Ocidente em troca do alívio nas sanções econômicas impostas à República Islâmica, disseram diplomatas nesta quarta-feira.
Mas os detalhes da proposta iraniana, apresentados durante negociações com seis potências mundiais em Genebra, não foram divulgados ao público, e autoridades ocidentais foram cautelosas quanto à possibilidade de um acordo que encerre um impasse que já dura uma década.
 
Os EUA e aliados suspeitam que o Irã tente adquirir a capacidade para produzir armas nucleares, o que Teerã nega, insistindo no caráter pacífico do programa atômico.
Uma nova rodada de negociações do Irã com as seis potências EUA, China, Rússia, Grã-Bretanha, França e Alemanha deve ser marcada para as próximas semanas.
As reuniões desta semana foram as primeiras desde que o moderado Hassan Rouhani tomou posse como presidente do Irã, prometendo uma atitude de menos confronto nas relações exteriores. Ambos os lados, no entanto, se esforçaram em mostrar que um acordo ainda não é iminente.
Após o primeiro dia de negociações em Genebra, o vice-chanceler iraniano, Abbas Araqchi, sugeriu que o Irã estaria disposto a se abrir mais às inspeções da Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA).
Ele também disse à agência estatal de notícias Irna que a proposta iraniana aborda a questão do enriquecimento de urânio, atividade que mais preocupa o Ocidente, já que pode resultar em combustível para armas nucleares. Araqchi insinuou, porém, que o país não está disposto a fazer concessões rápidas.
"Nenhuma dessas questões estão dentro do primeiro passo (da proposta iraniana), mas formam parte dos nossos últimos passos", disse ele, sem entrar em detalhes.
A sequência de eventuais concessões iranianas e da suspensão parcial das sanções ocidentais pode representar um sério empecilho à conclusão do acordo. Autoridades ocidentais dizem repetidamente que antes da redução das sanções o Irã precisaria suspender o enriquecimento de urânio até a concentração físsil de 20 por cento.
"Já chegamos lá? Não, mas precisamos continuar conversando", disse um diplomata ocidental enquanto as discussões eram retomadas, no começo da tarde de quarta-feira (hora de Genebra).
Israel, arqui-inimigo do Irã, pediu às potências que sejam firmes nas negociações, exigindo uma interrupção completa das atividades de enriquecimento e descartando qualquer abrandamento imediato das sanções. Mas o Estado judeu desta vez não repetiu suas ameaças veladas de bombardear o Irã se considerar que a diplomacia não está tendo resultados.
 
Fonte: Reuters
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domingo, 15 de setembro de 2013

EUA não têm mais "desculpas" para atacar Síria, diz Irã

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Aliado do regime sírio de Bashar al-Assad, o governo iraniano declarou neste sábado que os Estados Unidos já "não têm mais desculpas" para atacar a Síria, depois do acordo fechado em Genebra sobre a destruição das armas químicas de Damasco.
Na primeira reação do Irã sobre esse acordo entre Washington e Moscou, o vice-ministro iraniano das Relações Exteriores, Hossein Amir-Abdollahian, avaliou que, "com a nova situação, todas as desculpas para os Estados Unidos e alguns países para realizarem uma ação militar contra a Síria desapareceram".
"Podemos falar de um êxito da frente de resistência (contra Israel), já que os Estados Unidos privilegiam a solução diplomática", afirmou. Essa "frente" é formada por Irã, Síria, Hezbollah libanês e o Hamas palestino.
 
Neste sábado, americanos e russos chegaram a um acordo sobre a destruição do arsenal químico sírio até meados de 2014, com a possibilidade de que sejam impostas medidas vinculantes.
No acordo, ambos os países "expressam a sua determinação conjunta para garantir a destruição do programa de armas químicas sírio o quanto antes e do modo mais seguro".
Em um comunicado, o presidente americano, Barack Obama, saudou o acordo alcançado neste sábado, mas disse que espera que o regime de Bashar al-Assad "esteja à altura de seus compromissos", e insistiu que "os Estados Unidos continuam preparados para agir, caso fracasse a diplomacia".
"Conseguimos realizar uma estimativa compartilhada sobre a quantidade e o tipo de armas químicas que o regime de [Bashar al] Assad possui e nos comprometemos a fazer que a comunidade internacional assuma o controle dessas armas", declarou o secretário de Estado americano John Kerry, depois de três dias de negociações com seu colega russo Serguei Lavrov em Genebra.
 
Fonte: AFP
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segunda-feira, 9 de setembro de 2013

AIEA: Irã impede verificação da natureza de seu programa nuclear

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O diretor-geral da AIEA, Yukiya Amano, afirmou nesta segunda-feira que a falta de cooperação do Irã limita cada vez a capacidade da ONU de verificar a natureza e os objetivos do programa nuclear do país, e exigiu a aplicação imediata de um acordo para apronfundar as inspeções.
Em discurso perante o órgão executivo da AIEA, o Conselho de Governadores, que iniciou nesta segunda-feira uma reunião em Viena, Amano disse que o Irã se nega a oferecer uma versão atualizada do desenho do reator de água pesada que é construído em Arak, no qual poderia produzir plutônio, uma substância altamente tóxica que pode ser usada em bombas nucleares.
Isto tem um "impacto cada vez mais adverso sobre nossa capacidade de verificar efetivamente o design da instalação e para aplicar os controles de salvaguardas", reconheceu o diretor-geral da Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA).
Amano afirmou que o Irã "não oferece a cooperação necessária" para que os especialistas da ONU possa dar "seguridades críveis" sobre a ausência de atividades e materiais não declarados nesse país.
Por isso, Amano considerou como "essencial e urgente" que o Irã negocie com o organismo sobre a natureza de suas preocupações.
Além disso, o diretor lembrou que o Conselho de Governador acredita que é "essencial para o Irã concluir e aplicar imediatamente" o mecanismo que permitirá aprofundar as inspeções da AIEA.
A próxima rodada de negociações entre este organismo da ONU e o Irã sobre esse acordo está prevista para 27 de setembro em Viena.
A cúpula da AIEA trata de fechar com Teerã um pacto para aprofundar suas inspeções no Irã, com o objetivo de esclarecer suspeitas sobre possíveis dimensões militares do programa nuclear da República Islâmica.
A agência nuclear das Nações Unidas investiga o programa nuclear do Irã há uma década.
O Ocidente acredita que sob o guarda-chuvas de um suposto programa nuclear civil, o Irã quer fazer usar o conhecimento e materiais para fabricar uma arma atômica.
Os iranianos rejeitam estas alegações e dizem que só têm intenções pacíficas, como a geração de energia e a luta contra o câncer.
A reunião do Conselho de Governadores da AIEA que começa hoje tratará os mais recentes avanços dos esforços nucleares do Irã, como a ampliação do programa de enriquecimento de urânio ou a construção do reator de Arak.
Perante a recente chegada do novo presidente iraniano, o moderado Hassan Rohani, e de um novo embaixador perante a AIEA, existe a expectativa de uma mudança de rumo por parte do Irã.
Por isso, os países envolvidos com a República Islâmica não apresentarão nenhuma resolução que critique as atividades iranianas, e todos os olhares estão voltados para a reunião do 27 de setembro.
 
Fonte: EFE
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sexta-feira, 30 de agosto de 2013

Ataque contra a Síria resultará no fim de Israel, diz comandante do Irã

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Um alto comandante militar do Irã disse nesta quinta-feira (29) que uma operação militar contra o aliado regime sírio de Bashar Al Assad selaria o fim de Israel e resultaria numa derrota para os Estados Unidos.
 
"Um ataque à Síria significará a destruição iminente de Israel", disse Mohammad Ali Jafari, comandante da Guarda Revolucionária, força de elite da república islâmica.
"A Síria se tornará [...] o segundo Vietnã para os EUA", afirma Jafari, numa referência ao conflito (1955-1975) no qual as forças comunistas do Vietnã do Norte venceram o Exército americano, que sofreu mais de 50 mil baixas.
 
Não ficou claro se a mensagem significa uma promessa de que forças iranianas defenderão o aliado.
 
O Irã é o principal parceiro estratégico da Síria, com quem forma, ao lado do grupo armado libanês uma Hizbollah, uma frente geopolítica que diz resistir à ordem regional imposta pelo Ocidente e Israel com apoio das monarquias árabes.
 
A Guarda Revolucionária iraniana já admitiu fornecer apoio militar ao regime de Bashar Al Assad.
 
O tom da ala militar contrasta com a do novo governo iraniano, que enfrenta seu primeiro grande desafio diplomático com a crise síria.
 
Empossado há três semanas, o presidente Hasan Rowhani condenou o recente ataque com armas químicas que matou centenas de civis e levou à atual escala militar.
 
Mas ele se absteve de culpar os rebeldes, destoando de outros setores do regime, que costumam atribuir os piores atos aos insurgentes.
 
Segundo analistas, Rowhani está dividido entre, de um lado, a necessidade de pragmatismo para cumprir a promessa de melhorar a relação com o Ocidente e, do outro, a lealdade à posição iraniana de apoio a Al Assad.
 
Alguns setores em Teerã temem que a ação contra o regime sírio tenha como verdadeiro objetivo enfraquecer e isolar o Irã.

Fonte: Folha
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quinta-feira, 21 de março de 2013

Obama acena a Israel, mas insiste em diplomacia com Irã

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O presidente dos EUA, Barack Obama, começou sua primeira visita a Israel, nesta quarta-feira, tentando mostrar sintonia com o primeiro-ministro Binyamin Netanyahu.
Ambos os líderes fizeram questão de mostrar como respeitam um ao outro, observou o correspondente da BBC em Jerusalém, Wyre Davies.
 
O primeiro dia desta visita histórica foi recheado de palavras e imagens destinadas a apagar as cenas incômodas de três anos atrás, quando os dois deixaram claro que não concordavam em muitas questões.
Obama e Netanyahu disseram compartilhar os mesmos objetivos e que concordam com o direito de Defesa de Israel.
Também reafirmaram seu comprometimento com uma solução de dois Estados para o conflito israelense-palestino.
Netanyahu disse que o fato de o presidente americano escolher Israel como destino da primeira visita ao exterior de seu segundo mandato é "profundamente apreciado".
Ele também agradeceu Obama "pelo investimento feito em nossas relações e em reforçar a aliança entre nossos países".
Os esforços funcionaram, mas tudo pareceu um pouco forçado, diz Davies.
Em pelo menos cinco ocasiões Obama se referiu ao primeiro-ministro israelense como Bibi.
"O apelido talvez tenha sido usado em excesso por um às vezes desconfortável presidente americano, ansioso para atrair a atenção dos israelenses comuns", afirma o corrspondente da BBC.
Irã
Apesar das demonstrações de sintonia, no tocante ao conteúdo há ainda claramente uma grande diferença de opinião: o Irã.
Netanyahu mencionou a questão em sua primeira frase, e depois repetidamente.
Ele também nos lembrou mais uma vez que Israel tem o direito à autodeterminação e à defesa.
"A implicação óbvia aqui é que ele pensa que Obama ainda tem esperança de uma solução diplomática para evitar que o Irã obtenha armas nucleares", diz Davies.
Durante a visita, Obama disse que os EUA farão o que for necessário para impedir que o Irã obtenha armas nucleares. Disse também que a segurança de Israel não é negociável.
Mas Obama afirmou que os EUA preferem resolver a questão iraniana por meio da diplomacia, apesar de afirmar que todas as opções estão na mesa.
Netanyahu agradeceu Obama pelos esforços em relação ao Irã, mas disse que qualquer medida deve ser apoiada por uma opção militar clara e digna de confiança.
Em outras questões, parece haver maior convergência.
Especialmente em relação à Síria e à região num contexto mais amplo há uma visão compartilhada entre EUA e Israel de que é um local cada vez mais volátil, uma ameaça à estabilidade global.
Quanto ao processo de paz entre israelenses e palestinos, o presidente americano deu a entender que talvez tenha algo de maior substância a dizer sobre o assunto em seu grande discurso marcado para esta quinta-feira.
 
Fonte: BBC Brasil
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quarta-feira, 6 de março de 2013

EUA advertem Irã sobre isolamento

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Os Estados Unidos advertiram o Irã, nesta quarta-feira, que o país enfrentará maior isolamento internacional se não conseguir responder às preocupações da agência nuclear da ONU a respeito de suas atividades nucleares, que o Ocidente suspeita terem fins militares.
A União Europeia também usou uma reunião do conselho da Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA) para aumentar a pressão sobre o Irã para deixar de obstruir uma investigação da agência sobre a suposta pesquisa de Teerã por um bomba atômica, algo que o Irã nega.
Os EUA e seus aliados ocidentais vêm sinalizando sua determinação de que o Estado islâmico deve dar à AIEA acesso a locais e documentos, independentemente de negociações mais amplas entre o Irã e as potências mundiais que foram retomadas na semana passada.
O enviado do Irã à agência da ONU reagiu, dizendo que as acusações sobre o programa nuclear de seu país eram "infundadas" e sugeriu que a AIEA, não Teerã, era a culpada pelo fracasso até agora em retomar o inquérito parado.
 
Alguns diplomatas dizem que o Irã está usando suas reuniões com a AIEA apenas para alavancar as negociações com as potências mundiais, que, ao contrário da agência da ONU, têm o poder de aliviar as sanções que recentemente apertaram sobre o importante produtor de petróleo.
O enviado dos EUA Joseph Macmanus acusou o Irã de "ações provocativas", particularmente a instalação de centrífugas avançadas que lhe permitem acelerar seu programa de enriquecimento de urânio.
 
"Estamos profundamente preocupados com o que parece ser o inabalável compromisso do Irã em enganar, desafiar e adiar", disse Macmanus ao conselho da AIEA.
Os países ocidentais temem que o Irã esteja enriquecendo urânio para desenvolver a capacidade de construir armas nucleares e impuseram várias rodadas de sanções. O Irã diz que o programa é legítimo e se destina a fins puramente pacíficos.
Israel argumenta que o Irã está secretamente tentando desenvolver uma arma nuclear e ameaçou com ataques preventivos se considerar que a diplomacia não teve resultado.
A AIEA, com sede em Viena, vem tentando há mais de um ano convencer o Irã a dar-lhe o acesso que precisa para a sua investigação, até agora sem progresso.
O Irã rejeitou pedidos da AIEA para visitar a instalação militar Parchin, onde os inspetores suspeitam que testes explosivos relevantes para o desenvolvimento de armas nucleares ocorreram, possivelmente, uma década atrás.
 
Fonte: Reuters
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sexta-feira, 8 de fevereiro de 2013

Irã afirma que transferiu tecnologia de aviões não tripulados ao Hezbollah

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O Irã fabrica mais de 20 modelos de aviões militares não tripulados e transferiu tecnologia nesta área para o grupo libanês Hizbollah e vários outros países, afirmou nesta quinta-feira (7) o vice-ministro da Defesa, o general Mohammed Eslami, em declarações divulgadas pela agência local "Mehr".

Os aviões não tripulados do Irã "são muito requisitados por diversos países, por isso vamos transferir a linha de montagem, além de exportarmos alguns produtos", disse Eslami, que explicou que a tecnologia para fabricar o modelo "Ayub" foi repassada ao Hizbollah.

O comando militar informou que são fabricadas aeronaves de três tipos em função do seu tempo de voo: de longo, médio e curto alcance, e também os especiais que operam em baixa altitude.

Eslami disse que os de longo alcance são "estratégicos", enquanto os de médio alcance são utilizados em missões de vigilância e os de curto alcance, que não voam mais de 200 quilômetros, têm vários usos, desde o treinamento de pilotos até o apoio bélico "em operações ofensivas, defensivas e de prospecção".

Entre os aviões não tripulados, Eslami destacou o denominado "Karrar", com um motor a jato, e disse que no próximo mês de maio será exibida uma nova geração destas aeronaves que podem voar a cerca de 10 mil metros de altitude durante 24 horas, "por isso têm um grande número de aplicações".

Em sua nota, a "Mehr" mostra uma foto de uma linha de montagem do avião não tripulado "ScanEagle" no Irã, um pequeno modelo de observação desenvolvido pela companhia americana Boeing, que os iranianos disseram estar produzindo desde dezembro, após a captura de várias aeronaves desse modelo que invadiram seu espaço aéreo.

O Irã mostrou hoje, pela primeira vez, imagens supostamente feitas por um avião espião "invisível" não tripulado americano, o RQ-170 Sentinel, interceptado pelas forças da República Islâmica no final de 2011 e cujos dados ainda não foram totalmente decodificados.

O Irã afirma que capturou distintas aeronaves não tripuladas dos Estados Unidos e também de Israel enquanto voavam sobre o país e suas águas territoriais e ameaçou apresentar denúncias contra Washington perante os tribunais internacionais pelas violações do seu espaço aéreo.
 
Fonte: EFE
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sexta-feira, 1 de fevereiro de 2013

Secretário defende "todas as opções" para evitar Irã nuclear

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O ex-senador republicano Chuck Hagel, nomeado pelo presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, como novo secretário de Defesa, afirmou nesta quinta-feira que "todas as opções devem estar sobre a mesa" para evitar que o Irã obtenha uma arma nuclear.
 
"Estou totalmente comprometido com o objetivo do presidente de prevenir que o Irã obtenha uma arma nuclear e - como disse no passado - todas as opções devem estar sobre a mesa para conseguir este objetivo", sustentou Hagel durante sua audiência de confirmação para o cargo no Senado.
 
"Minha política é de prevenção, não de confronto", assinalou Hagel em sua declaração inicial, mas assegurou que se for eleito vai se assegurar de que o Departamento esteja preparado para qualquer contingência.
 
Hagel afirmou para o Comitê de Forças Armadas do Senado que assegurará aos aliados de Israel que mantêm sua "vantagem qualitativa" na região e disse que continuará apoiando sistemas como o de proteção antimísseis Cúpula de Ferro.
 
O ex-senador republicano fez referência a dois dos temas que causaram polêmica após sua nomeação já que no passado mostrou sua disposição a negociar com o Irã e declarou que não se sentia intimidado pelo "lobby judeu", em referência ao grupo de pressão Comitê Americano de Assuntos Públicos de Israel (Aipac).
 
Hagel também declarou que, se for confirmado, continuará trabalhando no plano de saída das tropas do Afeganistão em 2014 e o apoio ao Governo desse país na tarefa antiterrorista e de instrução de tropas.
 
Neste sentido assinalou que manterá "a pressão sobre as organizações terroristas que tentam expandir seus aliados no mundo" em países como Iêmen, Somália e Norte da África, investindo em operações especiais, inteligência e tecnologias de vigilância para apoiar na luta antiterrorista.
 
"Os recentes eventos no Mali e na Argélia nos lembraram claramente esta realidade", assinalou Hagel que advertiu também da ameaça cibernética emergente. Apesar de Hagel ter se mostrado a favor de trabalhar com os países-membros para garantir a segurança dos EUA e fortalecer as alianças no mundo, advertiu que "não duvidaremos em fazer uso da força militar americana para defender nossa segurança".
 
Por outro lado, mostrou seu compromisso de "manter um arsenal nuclear moderno, forte, seguro e efetivo". Se for confirmado, Hagel será o primeiro soldado raso que serviu na Guerra do Vietnã que chegaria ao cargo de secretário de Defesa.
 
Fonte: EFE
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segunda-feira, 12 de março de 2012

Ahmadinejad pede que EUA e Israel respeitem Irã

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O presidente do Irã, Mahmoud Ahmadinejad, pediu neste domingo aos Estados Unidos e Israel que respeitem seu país e os demais povos do mundo e disse relevar as ameaças das duas potências ocidentais sobre eventuais ataques contra a República Islâmica.

"Dizem que cogitam todas as opções (diplomáticas e militares de resolver o conflito com o Irã). Podem deixar suas opções sobre a mesa até que elas e vocês apodreçam juntos", disse o presidente iraniano em discurso televisionado na cidade de Karaj, a 35 quilômetros de Teerã.

Ahmadinejad afirmou que "o povo iraniano não dá nenhuma importância às ameaças com bombas, navios e aviões" e, por isso, pediu a americanos e israelenses que "respeitem os demais povos e colaborem com eles, se quiserem continuar" na comunidade internacional.

Os governos dos EUA e Israel "têm um pensamento congelado na Idade da Pedra que é desumano, por isso devem partir e deixar seu lugar a pessoas honradas e que ofereçam um serviço", ressaltou Ahmadinejad.

"O mundo está cansado e seus próprios povos também estão cansados deles. O mundo precisa de uma mudança de raiz", exclamou o presidente do Irã.

AMEAÇAS

Israel e EUA fizeram recentes ameaças de ataque contra a República Islâmica para frear o programa nuclear iraniano. Washington indicou que mantém "todas as opções sobre a mesa" - negociações, sanções e ataques militares - para consegui-lo.

Diversos países acusam o programa nuclear iraniano de ter fins militares, com o objetivo de fabricar bombas atômicas, mas Teerã nega e garante que enriquece urânio exclusivamente com fins pacíficos.

Fonte: EFE
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EUA poderiam estrear superbomba em conflito com o Irã

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Uma bomba "arrasa-bunker" de 13,6 toneladas, capaz de perfurar uma camada de até 65 metros de concreto antes de explodir, é uma "grande arma" a ser usada em um eventual conflito dos Estados Unidos com o Irã, disse um general norte-americano da Força Aérea na quinta-feira. 

O chefe-adjunto do Estado Maior da Força Aérea para operações, Herbert Carlisle, afirmou que a superbomba, que os militares começaram a receber no ano passado, é parte do arsenal disponível caso os EUA queiram bombardear países como o Irã, que possui instalações militares subterrâneas.

Washington suspeita que Teerã esteja desenvolvendo armas nucleares e não descarta uma opção militar contra isso, embora diga priorizar a pressão diplomática. O Irã diz que seu programa nuclear se destina apenas à geração de energia para fins civis.

"O explosivo penetrador em massa é uma grande arma. Continuamos a melhorá-la. Ela tem uma grande capacidade agora e vamos continuar a aprimorá-la. Ela é parte do nosso arsenal e será um potencial se precisarmos dela nesse tipo de cenário", disse Carlisle numa conferência sobre programas de defesa dos EUA.

O secretário de Defesa norte-americano, Leon Panetta, disse em entrevista publicada na quinta-feira pelo National Journal que o planejamento para uma eventual ação militar contra o Irã começou há "muito tempo".

Israel também cogita atacar as instalações militares do Irã, mas seu primeiro-ministro, Benjamin Netanyahu, disse que isso não deve ocorrer "nos próximos dias ou semanas".
Fonte: Estadão
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quarta-feira, 29 de fevereiro de 2012

Os EUA e um ataque militar israelense contra o Irã: uma mudança de posição?

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Em 05 de fevereiro de 2012 durante entrevista com a NBC, o presidente Obama foi questionado se Israel pretende atacar o Irã. O Presidente respondeu que ele não acha que Israel decidiu fazer sobre o Irã. O Presidente esclareceu que Israel, como os Estados Unidos, acham que o Irã deve parar seu programa de desenvolvimento nuclear. Israel, afirmou o presidente, esta "com razão muito preocupado" com o programa nuclear iraniano. Os Estados Unidos estão "trabalhando em sintonia" com Israel, afim de impedir a nuclearização do Irã.

Apenas alguns dias antes, o Secretário de Defesa dos EUA, Leon Panetta, foi citado como dizendo que há uma "forte probabilidade" de que Israel atacaria o Irã entre abril e junho deste ano, antes que o Irã entre no que Israel chama de "zona de imunidade" em seus esforços para alcançar a capacidade nuclear. Mais tarde, o secretário esclareceu que Israel está preocupado que "muito em breve" o Irã seja capaz de armazenar urânio enriquecido suficiente no subsolo para fazer uma bomba nuclear. Caso o Irã chegue a esse estágio, só os EUA seriam capazes de parar o desenvolvimento do programa nuclear iraniano.

A importância destas observações reside não apenas no que foi dito, mas também, e talvez principalmente, no que não foi dito. O que é notável sobre as declarações de ambos foi a falta de qualquer tentativa real para dissuadir Israel de agir contra o Irã independente. Tal posição de nomes experientes como esses dois com estas formulações são susceptíveis de serem entendidos em Israel como um afrouxamento das rédeas com Israel caso ele decida atacar o Irã, mesmo que as declarações não foram destinadas como tais.

Essas declarações refletem uma atitude diferente, em termos de fraseado e tom geral, do que a caracterização de pronunciamentos oficiais americanos nos últimos meses. O secretário Panetta fala no Fórum Saban em dezembro de 2011, por exemplo, incluindo expressões explícitas de oposição americana à ação israelense no Irã. O secretário de Defesa fez questão de listar os riscos inerentes a um ataque militar contra o Irã, como visto pelos EUA. Ele também destacou a necessidade de Israel de agir em coordenação com os EUA. O presidente do Joint Chiefs of Staff, o general Martin Dempsey, expressou sentimentos semelhantes, expressando reservas claras sobre a ação israelense contra o Irã durante sua visita a Israel em meados de Janeiro de 2012.

No entanto, é importante ressaltar que, mesmo nestas declarações não havia nenhuma ameaça implícita contra Israel caso ele - apesar dos desejos americanos - decidir atacar o Irã. A história das relações entre Israel e os EUA está repleta de incidentes em que a administração sabia muito bem como advertir Israel sobre os passos punitivos de se recusar a cumprir as exigências americanas. Mesmo no diálogo entre a administração Obama e Israel sobre o processo político e o congelamento dos colonatos, havia sugestões, implícitas e explícitas, sobre a possibilidade de medidas punitivas contra Israel se recusa-se a cumprir as exigências americanas. Nesta situação atual, no entanto, a administração não tem enfatizado a Israel que ignorando a administração de demandas sobre o problema iraniano seria acompanhado por um preço determinado.

É difícil de responder definitivamente se estas declarações recentes são a ponta de um iceberg, indicando uma possível mudança na postura do governo em relação a uma ação militar israelense contra o Irã. Ao contrário das declarações anteriores, um tom mais reservado foi sondado pelo general Dempsey em 18 de fevereiro de 2012. Ele ressaltou as conseqüências sobre a estabilidade regional que tal ação teria. Ainda assim, ele achou suficiente para dizer que "neste momento" atacar o Irã não seria "prudente". Dempsey voltou a enfatizar o elemento tempo em uma reunião com o Orçamento do Senado, quando ele deixou claro que ele não alertou Israel contra golpear instalações nucleares iranianas. "Tivemos uma conversa com eles sobre o tempo, a questão do tempo", disse ele.

Se, de fato, alguma mudança está surgindo na atitude do governo Obama para a possível ação israelense contra o Irã, quase certamente deriva de uma avaliação sobre a eficácia da abordagem político-econômico-clandestina para o problema iraniano. É bem possível que sobre esta questão, a administração esteja funcionando em dois níveis paralelos: nas mensagens transmitidas para Israel, é chamado a dar a ação político-econômica contra o Irã uma chance, com base na esperança de que ela vá realmente causar no Irã a pôr termo aos seus esforços nucleares.

Ao mesmo tempo, a administração Obama pode estar percebendo que a "cesta de medidas punitivas" não está parando, ou mesmo desacelerando, os esforços do Irã para atingir uma capacidade nuclear. Além disso, a administração Obama não pode ignorar o fato de que, neste momento, o regime iraniano está intensificando sua retórica, a fim de projetar a auto-confiança em face das ameaças contra ela.

Dentro do governo norte-americano há sérias preocupações sobre os resultados de um ataque militar americano contra o Irã. Representantes da administração tem falado muitas vezes sobre estas preocupações. Na entrevista à NBC mesmo, o próprio presidente Obama deixou claro que um ataque militar no Golfo Pérsico seria "prejudicial". Ele é susceptível de aumentar drasticamente os preços do petróleo, gerar retaliações contra as forças americanas no Afeganistão, levar a ataques contra aliados dos EUA na região, e muito mais. Tudo isso pode ocorrer num momento em que o Oriente Médio está no meio de convulsões que estão mudando a região de forma sem precedentes. A administração quase certamente possui temores de que uma ação militar resultaria no aumento as hostilidade contra os EUA em países islâmicos e os esforços finais do presidente Obama para liderar uma reconciliação entre os EUA e os estados árabes.

Temores do governo sobre uma resposta iraniana à ação militar norte-americana foi dada uma expressão de destaque em suas tentativas extraordinárias para limpar-se da suspeita sobre o assassinato do cientista nuclear iraniano Prof Mustafa Ahmadi Roshan. O porta-voz da Casa Branca, o secretário de Estado e o Secretário de Defesa todos reuniram-se para um esforço concentrado em eliminar qualquer suspeita sobre o envolvimento do governo no incidente.

Nas circunstâncias atuais, a administração americana continua a insistir que há uma chance razoável de que a política de sanções econômicas, o isolamento político e atividades secretas acabarão por levar o Irã a renunciar ao seu desenvolvimento nuclear e concordam em pelo menos algumas das exigências do Ocidente  na questão. No entanto, a administração também certamente considera a possibilidade de que as ações atuais contra o Irã não vão detê-lo, apesar das dificuldades envolvidas. Sob tais circunstâncias, o governo teria de decidir se tolera um Irã nuclear ou inicia uma ação militar contra ele. O governo está bem consciente dos riscos inerentes à nuclearização do Irã, mas também é bem consciente dos riscos de uma ação militar norte-americana.

Também sobre a mesa esta a possibilidade de um ataque militar israelense. A posição atual da administração declarou se opôr a essa opção. As declarações feitas por funcionários do governo são uma prova clara da falta de vontade da administração para dar a Israel, mesmo uma luz verde tácita para atacar o Irã. No entanto, mesmo agora, a conduta do governo neste contexto, especialmente a falta de ameaças contra Israel se ignorar apelos dos EUA para desistir de atacar o Irã, mas não pode projetar a falta de uma postura decisiva. No futuro próximo e mais próximo da administração se aproxima o momento da verdade em relação ao Irã, pode muito bem ser, embora não haja certeza aqui, que a administração irá considerar a mudança de atitude corrente negativa em relação a uma ação militar israelense contra o Irã.

Fonte: Defense Professionals
Tradução e Adaptação: Angelo D. Nicolaci - GeoPolítica Brasil
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terça-feira, 22 de novembro de 2011

Rússia diz que novas sanções dos EUA ao Irã são inaceitáveis

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A Rússia qualificou nesta terça-feira como "inaceitáveis" as novas sanções dos EUA aos setores financeiro e
energético do Irã, e disse que elas prejudicarão quaisquer chances de retomada das negociações com Teerã.

Uma nota em termos incisivos ressaltou a tradicional posição de Moscou contra sanções que não sejam aprovadas pelo Conselho de Segurança da ONU, onde a Rússia tem poder de veto como membro permanente. Desde 2006, o Conselho aprovou quatro pacotes de sanções limitadas contra o Irã.

"Voltamos a salientar que a Federação Russa considera tais medidas extraterritoriais inaceitáveis e contrárias ao direito internacional", disse no comunicado o porta-voz da chancelaria, Alexander Lukashevich.

A nota indica que, apesar da unidade demonstrada na semana passada pelas grandes potências ao aprovarem na agência nuclear da ONU uma resolução expressando preocupação com as atividades iranianas, a Rússia continua a divergir fortemente do Ocidente a respeito de como obter a cooperação de Teerã.

Os EUA e seus aliados desconfiam que o Irã esteja tentando desenvolver armas nucleares. Teerã nega, insistindo que seu programa atômico se destina apenas à geração de energia com fins civis.

Na segunda-feira, o Tesouro norte-americano qualificou o Irã como uma área de "preocupação primária com a lavagem de dinheiro", num esforço para dissuadir bancos de fora dos EUA a fazerem negócios com Teerã.

Os EUA também apontaram 11 entidades suspeitas de auxiliarem as atividades nucleares do Irã, e ampliaram as sanções de modo a incluírem companhias que auxiliam os setores petrolífero e petroquímico.

O Reino Unido e o Canadá também anunciaram novas sanções contra os setores energético e financeiro do Irã, ao passo que a França propôs medidas como o congelamento dos ativos do Banco Central iraniano e a suspensão da compra de petróleo do país.

A Rússia tem significativos laços comerciais com o Irã, e construiu uma usina nuclear, a primeira da República Islâmica, que começará a operar neste ano.

Analistas dizem que Moscou vê menos risco que o Ocidente de o Irã adquirir armas nucleares num futuro próximo, e usa os seus laços com Teerã para alavancar suas relações com os Estados Unidos, seu ex-inimigo da Guerra Fria.

A aprovação russa das sanções contra o Irã na ONU --a última delas em 2010-- agradou aos EUA, num momento em que as relações entre Moscou e Washington estavam numa fase de distensão.

Agora, em meio a um impasse a respeito da instalação de um escudo antimísseis dos EUA na Europa, e com a hipótese de um republicano crítico a Moscou ser eleito para a Casa Branca em 2012, o Kremlin parece ver pouca vantagem em apoiar novas sanções a Teerã

Fonte: Reuters
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EUA investigam se Irã forneceu armas químicas à Líbia, diz jornal

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Os serviços de inteligência dos Estados Unidos estão investigando possíveis entregas de armas químicas do Irã ao antigo regime líbio de Muammar Gaddafi, segundo informações do jornal americano "The Washington Post" desta segunda-feira.

O veículo afirmou que s armas foram descobertas nas últimas semanas em dois locais do centro da Líbia, citando fontes americanas e líbias que pediram anonimato. As regiões estavam sob proteção de forças de segurança fortemente armadas e rodeadas por aviões militares sem pilotos, os drones.

"Temos quase certeza de que os armamentos foram produzidos pelo Irã", declarou ao jornal um alto funcionário americano. Outro funcionário dos EUA disse que havia preocupações sérias de que os iranianos haviam fornecido as armas químicas alguns anos atrás.

A notícia vem dias depois de um relatório de inspetores da ONU apontar que o Irã tinha a capacidade de desenvolver bombas nucleares em seu programa no setor, acusação que as autoridades do país rejeitam.

Da mesma forma, o conselheiro Mohammed Javad Larijani negou as informações de que teriam fornecido armas à Líbia.

"Acredito que tais comentários estão sendo fabricados pelos EUA para completar o projeto de gerar uma 'iranofobia' na região e ao redor do mundo. Com certeza, essa é outra história sem argumentos para demonizar o Irã", afirmou, citado pelo "Washington Post".

De acordo com o jornal, as novas suspeitas por parte dos EUA poderiam aumentar as tensões em relação à República Islâmica.

Se confirmada, a presença das armas no território líbio viola a promessa que Gaddafi fez em 2004 aos EUA, Reino Unido e ONU de que começaria a destruição de todas as armas químicas líbias, além de levantar questionamentos sobre a capacidade dos americanos em inspecionar os acordos no setor.

RELATÓRIO

A AIEA (Agência Internacional de Energia Atômica) revelou em seu relatório que há indícios claros de que o Irã pode estar desenvolvendo armas nucleares, afirmando que tem "sérias preocupações a respeito das dimensões militares do programa nuclear iraniano".

Citando informações "confiáveis" de inteligência estrangeira e investigações próprias, a entidade indicou que o Irã "praticou atividades relevantes para o desenvolvimento de um dispositivo nuclear explosivo".

O presidente iraniano, Mahmoud Ahmadinejad, afirmou que seu país "não retrocederá nem um pingo" em seu programa nuclear e qualificou como "absurdas" as acusações contidas no relatório.

Ahmadinejad acusou a AIEA de "perder seu prestígio" ao aceitar as pressões dos Estados Unidos e outros países ocidentais na redação do relatório sobre seu programa nuclear, segundo informou o site da rede de televisão oficial iraniana.

Fonte: Folha
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sexta-feira, 11 de novembro de 2011

Ataque ao Irã teria "consequências inesperadas", diz Pentágono

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O secretário americano de Defesa, Leon Panetta, advertiu nesta quinta-feira sobre os riscos de um ataque militar contra o Irã, afirmando que isto pode ter um "sério impacto" na região, sem impedir o programa nuclear iraniano.

"Aqui é preciso ter cuidado com as consequências inesperadas, e tais consequências poderão não apenas fracassar em impedir o Irã de fazer o que quer, mas também poderão ter um sério impacto na região e sobre as forças americanas na região", disse Panetta em entrevista coletiva.

Uma ação militar apenas retardaria o programa nuclear iraniano em três anos, e não pode ser mais contemplada como o "último recurso", disse Panetta, estimando que a comunidade internacional deve aplicar "as sanções mais duras possíveis" contra Teerã.

Em um relatório divulgado na terça-feira, a Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA) manifestou "sérias preocupações" sobre o programa nuclear iraniano, citando informações "críveis" de que o Irã trabalha para obter uma arma atômica.

Em discurso pronunciado ao Exército nesta quinta-feira, o guia supremo iraniano, aiatolá Ali Khamenei, afirmou que o Irã responderá "com toda a sua força" a qualquer agressão militar por parte dos Estados Unidos ou de Israel.

"Os inimigos, em particular os Estados Unidos, seus vassalos e o regime sionista devem saber que a nação iraniana não quer agredir nenhum país, mas responderá com toda a sua força a qualquer agressão ou inclusive a qualquer ameaça, de modo que os agressores serão destruídos desde o seu interior".

"Quem pensar em uma agressão contra a República Islâmica do Irã deve se preparar para receber poderosos golpes e os punhos de aço do Exército, dos Guardas da Revolução ou dos Basij (milícia islâmica)", advertiu Khamenei.

Fonte: France Presse
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quarta-feira, 9 de novembro de 2011

Rússia diz que relatório da ONU sobre Irã virou "fonte de tensões"

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A Rússia considerou nesta terça-feira que a publicação nas últimas semanas de conclusões do relatório da AIEA (Agência Internacional de Energia Atômica) sobre o programa nuclear iraniano alimentou "tensões" entre as grandes potências e Teerã, em um comunicado no Ministério de Relações Exteriores.

"Moscou está muito decepcionada porque o relatório da AIEA sobre o Irã está se transformando em uma fonte que soma tensões aos problemas relacionados ao programa nuclear iraniano", afirmou o Ministério de Relações Exteriores em comunicado.

A Rússia, que afirmou em seu comunicado não ter "recebido o texto completo do relatório", se questiona sobre "a capacidade" da agência de "garantir a confidencialidade" de seus documentos.

Há várias semanas, diplomatas ocidentais afirmaram na imprensa que o relatório faz eco às suspeitas sobre as ambições militares do programa nuclear iraniano, o que Teerã sempre desmentiu.

O presidente israelense, Shimon Peres, havia advertido no domingo que "a possibilidade de um ataque militar contra o Irã" --adversário de Israel-- estava mais próxima que uma opção diplomática.

Nesta terça-feira, em um relatório confidencial ao qual a AFP teve acesso, a AIEA expressa "sérias preocupações sobre uma possível dimensão militar do programa nuclear iraniano", baseando-se em informações "confiáveis".

A Rússia afirmou que a publicação das conclusões desse documento leva dificuldades aos esforços diplomáticos.

"Temos nossas dúvidas sobre a justificativa das medidas vinculadas à ampla publicação do conteúdo do relatório", descatou o Ministério de Relações Exteriores, considerando que o princípio sobre o tema iraniano devia ser "não causar prejuízos".

Washington e seus aliados ocidentais não ocultaram sua intenção de utilizar o relatório da AIEA para endurecer suas sanções individuais contra o Irã e tentar convencer Moscou e Pequim, até agora reticentes, a reforçar as adotadas pela ONU desde 2007.


Fonte: France Presse
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Ahmadinejad diz que Irã não precisa de arma nuclear para enfrentar EUA

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O Irã não precisa da bomba atômica para enfrentar Washington e seus aliados, advertiu nesta terça-feira o presidente Mahmoud Ahmadinejad, às vésperas da publicação pela AIEA (Agência Internacional de Energia Atômica) de um relatório que deverá confirmar as suspeitas ocidentais sobre uma atividade nuclear militar iraniano.

"Os Estados Unidos, que possuem 5.000 bombas atômicas, nos acusam sem pudor de fabricar a bomba atômica, mas devem saber que para cortar a mão que estenderam sobre o mundo não vamos precisar da bomba atômica", disse Ahmadinejad, citado pela rede de TV estatal.

"Podemos alcançar nossos objetivos usando o pensamento, a cultura e a lógica", acrescentou o presidente iraniano durante uma cerimônia em Teerã, ao acusar os Estados Unidos de saquear as riquezas dos povos e de humilhá-los.

"Se os Estados Unidos querem fazer frente à nação iraniana, vão se arrepender com a nossa resposta" porque "nunca retrocederemos", acrescentou.

O chanceler iraniano, Ali Akbar Salehi, afirmou, durante coletiva de imprensa sobre o esperado relatório da AIEA, que o programa nuclear do país virou um problema político, mas que "não existe nenhuma prova séria de que o Irã esteja fabricando uma bomba nuclear".

Fontes diplomáticas ocidentais, o relatório deverá confirmar as suspeitas sobre as ambições militares do programa militar iraniano.

"O Ocidente e os Estados Unidos exercem uma pressão sobre o Irã sem argumentos sérios nem provas", acrescentou o chanceler ao final de um encontro com o ministro das Relações Exteriores da Armênia, Edouard Nalbandian.

"Não paramos de repetir que não vamos fabricar armas nucleares. Nossa postura sempre foi utilizar nosso programa nuclear para objetivos que sejam pacíficos", disse Salehi.

RELATÓRIO DA AIEA

Diversos veículos de comunicação vêm adiantando, desde a semana passada, que o próximo relatório da AIEA sobre o Irã afirmará que o país está se preparando para produzir armas nucleares.

Na segunda-feira, o canal de televisão CNN informou citando como fontes diplomatas ocidentais que pediram anonimato que o texto da agência afirmará que o Irã conseguiu "dominar os passos críticos necessários para desenvolver e construir uma arma nuclear".

O documento informará que o programa nuclear iraniano é "mais ambicioso e estruturado" do que se acreditava, e que "está focalizado na construção e teste de uma arma nuclear que possa se acoplar a um míssil de longo alcance", destacaram os diplomatas citados pela TV norte-americana.

No entanto, não existem provas de que o Irã tenha tomado a decisão estratégica de começar a construir essa arma, ressaltaram.

O jornal "The Washington Post" informou na segunda-feira que o relatório deverá expressar a preocupação de que o Irã teria se beneficiado de assessoria estrangeira no desenvolvimento de tecnologias que podem ser usadas na produção de armas nucleares.

A AIEA deve apresentar na quarta-feira aos Estados-membros o relatório, um mês depois que os EUA acusaram o Irã de orquestrar um complô frustrado para atacar a Embaixada de Israel em Washington e assassinar o embaixador saudita, Adel al Jubeir.

Apesar do aumento da tensão entre ambos países, já que Teerã advertiu estar "preparada" para responder um possível ataque militar, o governo de Barack Obama reiterou que não tem intenção de atacar o país persa, com o qual os EUA cortaram suas relações diplomáticas em 1979.

Nesse sentido, a Casa Branca espera que o relatório da AIEA sirva para que outros países aumentem suas sanções contra o regime de Mahmoud Ahmadinejad.

Enquanto isso, o Irã continua rejeitando estas alegações e garante que as acusações sobre supostos aspectos militares de seu programa nuclear são manipuladas e falsas, por isso se nega a debater este assunto com a agência da ONU para a energia nuclear.

Fonte: France Presse
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