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terça-feira, 29 de janeiro de 2019

Casa Branca alerta contra qualquer 'dano' a opositor venezuelano Guaidó

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O assessor de Segurança Nacional do presidente americano, Donald Trump, reiterou nesta terça-feira (29) que qualquer tentativa de prejudicar o líder opositor venezuelano, Juan Guaidó, terá "sérias consequências" .
"Permita-me reiterar: haverá sérias consequências para aqueles que tentem subverter a democracia e prejudicar Guaidó", tuitou John Bolton.
Washington reconheceu Guaidó como presidente interino da Venezuela depois que ele se autoproclamou no cargo e considerou que Nicolás Maduro deve deixar o poder.
A advertência de Bolton ocorre depois que o procurador-geral da Venezuela, Tarek William Saab, pediu nesta terça à mais alta corte que proíba a saída do líder opositor do país e congele suas contas.
Previamente, Washington havia decidido entregar a Guaidó as contas da Venezuela nos Estados Unidos e estabeleceu sanções contra a estatal petroleira PDVSA, principal fonte de renda do país, para pressionar Maduro.
"Esta medida busca evitar que continue o saque. O país poderá utilizar estes recursos uma vez cessada a usurpação", disse na segunda-feira Guaidó, enquanto Maduro anunciou ações legais contra o que considerou um roubo por parte do governo de Trump.
Guaidó, de 35 anos, se autoproclamou depois que o Congresso, de maioria opositora, declarou Maduro um "usurpador" por assumir em 10 de janeiro um segundo mandato que - como grande parte da comunidade internacional - considera ilegítimo por ser resultante de eleições denunciadas como "fraudulentas".

Fonte: AFP
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sábado, 26 de maio de 2012

Político islâmico e ex-militar farão 2o turno no Egito

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Resultados preliminares da eleição presidencial egípcia divulgados na sexta-feira indicam que o candidato da Irmandade Muçulmana, Mohamed Mursi, irá enfrentar o brigadeiro da reserva Ahmed Shafiq no segundo turno, em 16 e 17 de junho.

Os resultados oficiais estão previstos apenas para terça-feira, mas um juiz envolvido na totalização disse que, com 90 por cento das urnas apuradas, Mursi e Shafiq lideram. O esquerdista Hamdeen Sabahy aparece em terceiro, segundo essa fonte.

Funcionários da Irmandade Muçulmana disseram que seu candidato teve 25 por cento dos votos, e que Shafiq ficou em segundo lugar. De acordo com essa versão, porém, Sabahy ficou em quarto lugar, atrás do candidato islâmico independente Abdel Moneim Abol Fotouh.

O primeiro turno, realizado na quarta e quinta-feira desta semana, polarizou os egípcios entre aqueles que desejam evitar a eleição de um político religioso e os que temem a volta de políticos ligados ao deposto regime de Hosni Mubarak - de quem Shafiq foi o último premiê.

Shafiq, conhecido por seu jeito direto de falar, era o azarão numa disputa em que o ex-chanceler Amr Moussa e o ex-membro da Irmandade Abol Fotouh despontavam como favoritos.

Sua ascensão reflete a preocupação de muitos egípcios com a desordem e com a violência política que assola o país desde a deposição de Mubarak.

A eleição, que pela primeira vez na história egípcia representa uma disputa real, marca o apogeu de uma turbulenta transição desde a revolta que derrubou Mubarak, há 15 meses. Mas o segundo turno pode motivar mais distúrbios, pois adversários de Shafiq prometem sair às ruas se ele for eleito.

Já a vitória de Mursi, da Irmandade, pode agravar as tensões entre os políticos islâmicos, que são maioria no Parlamento, e as Forças Armadas, que há 60 anos dominam a política do país, e devem manter forte influência depois que a junta militar empossar o novo presidente, em 1o de julho.

Cristãos e liberais laicos, preocupados com suas próprias liberdades e com o futuro do vital setor turístico egípcio, veem com temor as propostas da Irmandade para a adoção de uma legislação islâmica.

"Agora os egípcios vão ter de escolher entre a revolução e a contrarrevolução. A próxima votação será o equivalente a um referendo sobre a revolução", disse à Reuters Mohamed Beltagy, dirigente da Irmandade.

Mas os políticos islâmicos demoraram a aderir à revolução que derrubou Mubarak no ano passado, e alguns jovens envolvidos naquele movimento ficaram indignados com o resultado do primeiro turno, que lhes privou de uma opção mais liberal.

"Estou chocado", disse o taxista Tareq Farouq, 34 anos, no Cairo. "Como isso pôde acontecer? As pessoas não querem Mursi nem Shafiq. Estamos fartos de ambos. Eles estão levando as pessoas de volta à praça Tahrir", afirmou, numa alusão ao local do Cairo que foi o epicentro da revolta contra Mubarak.

A direção da Irmandade disse que vai se reunir "para galvanizar os eleitores islâmicos e egípcios para enfrentar o bloco dos 'feloul'", termo pejorativo que alude a remanescentes do regime de Mubarak.

O partido convidou políticos de outras correntes, inclusive Abol Fotouh e Sabahy, para discutir uma futura coalizão, segundo Yasser Ali, dirigente do Partido Liberdade e Justiça, braço político da Irmandade.

Fonte: Reuters
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ONU: Partes 'significativas' de cidades da Síria estão sob controle da oposição

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Os grupos sírios que lutam contra o regime do presidente Bashar al-Assad controlam atualmente partes "significativas" de algumas cidades, ressaltou o secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, em seu último relatório sobre este conflito ao qual a AFP teve acesso nesta sexta-feira.

Os esforços das Nações Unidas para por fim ao conflito tiveram apenas "pequenos progressos" e a missão da ONU foi testemunha de uma "considerável destruição física", indicou Ban no relatório enviado ao Conselho de Segurança.

"A crise é permanente e se caracteriza por sistemáticos atos de violência, uma degradação das condições humanitárias, violações aos direitos humanos e uma confrontação política contínua", segundo o texto.

"Há uma impaciência crescente pelo status quo, mas também há falta de confiança diante da possibilidade de uma transição autêntica", de acordo com o relatório. "Apesar de muitos temerem a militarização do conflito, outros têm dúvidas sobre uma possível evolução pacífica", completou.

"A sofisticação e o tamanho das bombas empregadas sugerem um alto nível de experiência, que poderá indicar que grupos terroristas instalaram-se" no país, diz o relatório.

A ONU indica que mais de 10.000 pessoas morreram violentamente durante o conflito desencadeado há 15 meses. Uma suspensão das hostilidades foi anunciada oficialmente no dia 12 de abril, mas ela nunca foi respeitada.

Nem as forças de segurança do governo Assad nem a oposição implementaram o plano de paz de seis pontos proposto pelo enviado da ONU e da Liga Árabe, Kofi Annan.

Ban Ki-moon ressaltou que a missão da ONU confirmou "a considerável destruição física de várias localidades resultante do conflito, com algumas áreas opositoras seriamente atingidas".

A missão "também indicou que partes significativas de algumas cidades parecem estar de fato sob controle de elementos da oposição. Existe uma atmosfera generalizada de tensão, desconfiança e temor", ressalta o relatório.
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quinta-feira, 24 de maio de 2012

Irmandade Muçulmana diz que resultados iniciais indicam vitória de Mursi

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O movimento Irmandade Muçulmana anunciou nesta quinta-feira que seu candidato à Presidência do Egito, Mohammed Mursi, foi o mais votado no primeiro turno das eleições desta semana, segundo os primeiros resultados manejados pelo grupo.

Em entrevista coletiva, o vice-presidente do Partido Liberdade e Justiça - braço político da Irmandade -, Essam el-Erian, explicou que o resultado nos mais de 200 colégios onde já terminou a contagem dos votos indica vitória de Mursi.

O coordenador da campanha de Mursi, Salah Abdel Maqsud, lembrou que os dados divulgados até agora são provisórios, pois há mais de 13 mil colégios eleitorais em todo o país, mas destacou que tudo indica que Mursi passará ao segundo turno, que, se necessário, será realizado nos dias 16 e 17 de junho.

Abdel Maqsud destacou que as eleições transcorreram em um ambiente tranquilo e sem incidentes significativos.

A expectativa é que os resultados oficiais só sejam divulgados na próxima terça-feira, mas a Irmandade Muçulmana já avisou que irá divulgar seus dados conforme vá recebendo de sua ampla rede de delegados nos colégios de todo o país.

Em declarações à imprensa, um dos principais dirigentes da Irmandade, Mohammed Beltagui, comentou sobre a possibilidade de o general reformado Ahmed Shafiq, último primeiro-ministro de Hosni Mubarak, disputar o segundo turno com Mursi, o que a transformaria "em um plebiscito sobre a revolução".

"Se Shafiq chegar ao segundo turno, será como se os egípcios fossem perguntados se estão com a revolução ou se se arrependem e preferem voltar ao antigo regime", disse.

As históricas eleições presidenciais que começaram na quinta-feira no Egito se realizam 15 meses depois da revolução que conseguiu acabar com 30 anos de mandato autoritário de Mubarak.

Fonte:  EFE
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segunda-feira, 27 de fevereiro de 2012

Sírios votam em referendo constitucional em meio à violência

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O governo sírio realiza neste domingo um referendo para reforma constitucional em meio à crescente violência e um boicote anunciado pela oposição.

A proposta de nova Constituição prevê eleições multipartidárias para o Parlamento em um prazo de três meses.

Mas a oposição classificou a votação deste domingo de "farsa" e voltou a pedir que o presidente Bashar al-Assad renuncie.

A votação ocorre em meio à repressão ao movimento de protesto contra o governo. Segundo ativistas, 89 pessoas teriam sido mortas em consequência da violência em toda a Síria somente no sábado.

Questionamentos

A TV estatal síria vem promovendo discussões sobre a nova Constituição, que abriria mais espaço para a oposição ao partido Baath, do presidente.

Mas o documento foi rejeitado pela oposição. Um grupo opositor observou que o regime de al-Assad nunca respeitou a antiga Constituição, que garantia liberdade de expressão e de manifestação e proibia a tortura.

A atual onda de violência também vem levantando questionamentos sobre a capacidade do governo de realizar um referendo constitucional com sucesso.

O ministro das Relações Exteriores da Turquia, Ahmet Davutoglu, expressou essa preocupação durante uma entrevista coletiva em Istambul, questionando: "De um lado você realiza um referendo e de outro você ataca com artilharia de tanques em áreas civis. Você acha que as pessoas vão sair para um referendo nesta mesma cidade?".

O governo dos Estados Unidos classificou o referendo como "risível".

Civis sitiados

Segundo ativistas sírios, as mortes do sábado incluiriam 24 civis nas áreas sitiadas de Homs, a terceira maior cidade do país e alvo de bombardeios pelas forças do governo nas últimas semanas. Além disso, 23 soldados das forças do governo teriam sido mortos em enfrentamentos com rebeldes em todo o país.

A Cruz Vermelha Internacional vem tentando retirar civis sitiados no distrito de Baba Amr, em Homs, mas relatou ter feito pouco progresso no sábado, após retirar poucas dezenas de pessoas na sexta-feira.

Entre as pessoas que esperam ajuda para sair do local estão dois jornalistas ocidentais, Edith Bouvier e Paul Conroy. Os corpos de dois outros jornalistas estrangeiros mortos na semana passada, Marie Colvin e Remi Ochlik, também ainda não foram retirados de Homs.

Centenas de rebeldes armados do Exército da Síria Livre controlam o subúrbio de Baba Amr.

Pressão internacional

A Síria vem enfrentando crescente pressão internacional pelo fim da campanha de repressão à oposição, que já dura 11 meses.

O ex-secretário da ONU Kofi Annan, que foi nomeado enviado especial da organização e da Liga Árabe para a Síria, pediu que todos os lados cooperem para encontrar uma solução pacífica para a crise.

Na sexta-feira, representantes de 70 países que formam o grupo "Amigos da Síria" se reuniram em Túnis, na Tunísia, e pediram que o governo sírio interrompa imediatamente a violência e permita a entrada de ajuda humanitária.

A ONU estimou em janeiro que 5.400 pessoas já haviam sido mortas no conflito desde março do ano passado. Ativistas dizem que o número de mortos já chega a 7.300.

O regime sírio restringe o acesso a jornalistas estrangeiros, razão pela qual os números não podem ser confirmados independentemente.

Fonte: BBC Brasil
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sexta-feira, 25 de novembro de 2011

Bolsonaro levanta debate sobre sexualidade de Dilma e questiona "Kit Gay" em escolas

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O deputado Jair Bolsonaro (PP-RJ) criou nova polêmica na Câmara dos Deputados hoje ao questionar a sexualidade da presidente Dilma Rousseff em discurso no plenário. O parlamentar destacou que, em audiência na Câmara ontem, representantes do Ministério da Educação teriam discutido a inclusão do combate à homofobia nos currículos escolares. Bolsonaro lembrou que a presidente Dilma tinha ordenado a não distribuição nas escolas de material relativo ao combate à homofobia, chamado de kit gay pelo deputado do PP e outros parlamentares evangélicos.

"O kit gay não foi sepultado ainda. Dilma Rousseff, pare de mentir. Se gosta de homossexual, assume. Se o teu negócio é amor com homossexual, assuma. Mas não deixe que essa covardia entre nas escolas de 1º grau", afirmou Bolsonaro. O pronunciamento de Bolsonaro foi retirado das notas taquigráficas pelo deputado Domingos Dutra (PT-MA), que ocupava a presidência da sessão, a pedido do deputado Marcon (PT-RS). Caberá agora ao presidente da Câmara, Marco Maia (PT-RS), decidir se o pronunciamento ficará registrado nos documentos da Casa.

Em conversa por telefone com a reportagem, Bolsonaro afirmou que não era sua intenção questionar a sexualidade da presidente da República. "Não me interessa a opção sexual dela, eu só não quero que esse material vá para a escola". Ele afirmou que estava falando do amor de Dilma com a "causa homossexual". Chegou a comemorar e disse que a polêmica criada em cima da declaração era positiva. "Uma frase equivocada está ajudando a levantar o mérito da discussão".

O deputado Alfredo Sirkis (PV-RJ) criticou o colega ainda pela manhã durante a sessão. Afirmou que as declarações de Bolsonaro podem significar quebra de decoro parlamentar. A vice-presidente do Senado, Marta Suplicy (PT-SP), pediu que o presidente da Câmara, Marco Maia (PT-RS), tome "providências enérgicas" em relação a Bolsonaro. Marta afirmou que Bolsonaro está "sem freio de arrumação" e foi além dos limites do decoro parlamentar em seu pronunciamento, faltando com o respeito à presidente da República.

O discurso do deputado do PP teve ainda questionamentos ao ministro da Educação, Fernando Haddad, pré-candidato do PT à Prefeitura de São Paulo. "Povo paulistano, será que o Haddad como prefeito vai colocar uma cadeira de homossexualismo no primeiro grau?", perguntou Bolsonaro. Mais tarde, o parlamentar voltou à tribuna da Câmara. Dessa vez, foi menos incisivo contra a presidente e sugeriu que ela possa estar sendo enganada por Haddad e pela ministra Maria do Rosário (Direito Humanos) na discussão sobre o combate à homofobia nas escolas.

O GeoPolítica Brasil defende que deve-se respeitar a opção sexual de cada indivíduo, porém isso não significa que devemos aceitar que nossos filhos venham a ser influênciados por tal material que eu classificaria como "subversivo", pois temos de respeitar a liberdade de cada individuo e grupo social, caso contrário será aberto o precedente para que haja entre nossa sociedade não uma relação de respeito mútuo, mas uma condição de conflito. É como se fossemos levar ás escolas a educação religiosa de uma determinada doutrina ignorando as demais, isso não é um exemplo democrático, mas uma forma de propagar uma determinada ideologia ou comportamento social que não cabe ás escolas influênciar, mas sim é um dever de cada familia inserir em seu meio os valores morais aos quais se espera que nossos filhos venham a seguir, respeitando a liberdade dos mesmos.

O debate é muito complexo, porém defendo que nossas crianças sejam preservadas, que se permitam ser crianças, meninos e meninas de acordo com sua fisiologia até que tenham idade e maturidade para decidir o que desejam para suas vidas, pois a individualidade não se aprende nas escolas, assim como o carater e a moral dependem de cada familia e indivíduo, não cabe ao governo se intrometer no seio desta questão, cabendo ao mesmo estabelecer leis para que se respeite as individualidades e a liberdade do ser social definir sua opção sexual, assim como pode optar por definir sua profissão e outras tantas escolhas comuns aos indivíduos sociais. Cabe ás escolas ensinar valores que há muito foram abandonados, como o civismo, o sentimento nacional, os direitos e deveres de cada cidadão e principalmente incentivar o sentimento de valorização de nossa sociedade e da importancia que cada um tem no destino de nosso país.

Fonte: GeoPolítica Brasil com Agência Brasil
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terça-feira, 25 de outubro de 2011

Ahmadinejad diz que Ocidente quer administrar a Líbia

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Os países ocidentais apoiaram Muammar Gaddafi quando isso lhes era vantajoso, mas bombardearam o ditador líbio quando ele não servia mais a seus propósitos, a fim de "saquear" o país rico em petróleo, disse o presidente iraniano, Mahmoud Ahmadinejad, nesta terça-feira.

Embora o governo iraniano tenha aplaudido o povo líbio por ter derrubado o homem que considerava um ditador ilegítimo, Ahmadinejad advertiu os líbios que o Ocidente agora visava administrar o país.

"Mostre-me um presidente europeu ou americano que não tenha viajado para a Líbia ou não tenha assinado um acordo (com Gaddafi)", disse Ahmadinejad em um discurso transmitido ao vivo e no qual acusou o Ocidente de ordenar a execução do ditador.

"Algumas pessoas disseram que eles mataram esse cavalheiro para garantir que ele não pudesse dizer nada, o mesmo que eles fizeram com Osama bin Laden", disse.

O Irã acusa o Ocidente de ter ajudado a criar a rede terrorista Al Qaeda, liderado por Bin Laden, morto pelas forças especiais norte-americanas no Paquistão em maio.

Ahmadinejad disse que a resolução da ONU que aprovou a ação contra Gaddafi foi uma autorização para "saquear" o petróleo líbio.

"Qualquer decisão que reforce a presença, a dominação ou a influência de estrangeiros seria contrária aos interesses da nação líbia", disse Ahmadinejad.

Fonte: Reuters
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Otan confia que Líbia será um Estado democrático

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A Otan (aliança militar ocidental) expressou nesta terça-feira sua confiança de que a Líbia se transforme em um Estado democrático após a morte do ditador Muammar Gaddafi, que governou com mão de ferro esse país norte-africano durante 42 anos.

"O governo provisório nos prometeu que o processo político respeitará as leis internacionais e os direitos humanos", afirmou James Appathurai, representante da Otan para o Cáucaso e Ásia Central.

Appathurai ressaltou que "cada país tem direito de estabelecer seu sistema político de maneira democrática, com leis próprias, seus valores culturais e nós respeitamos esse direito", segundo as agências russas.

"Os princípios dos direitos humanos mundialmente aceitos são importantes para nós e lembramos continuamente aos nossos amigos, incluindo os líbios, sobre a necessidade de respeitá-los", acrescentou.

O diplomata aliado destacou a importância de as eleições na Líbia respeitarem os padrões internacionais.

Nesta semana, o presidente do CNT (Conselho Nacional de Transição), Mustafa Abdul Jalil, anunciou que a "sharia" (lei islâmica) será "a fonte do direito" no país e que qualquer lei que contradiga os princípios do islã será nula a todos os efeitos.

Esta afirmação causou inquietação às chancelarias ocidentais, que pediram às autoridades líbias que respeitem os valores democráticos. 

Fonte: EFE
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Liberais na Tunísia temem vitória islâmica em eleição constituinte

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Um alto comparecimento às urnas marcou as primeiras eleições livres na Tunísia. O resultado, no entanto, pode vir a desanimar os apoiadores da Primavera Árabe, já que se anuncia uma vitória dos islâmicos moderados.

Nas primeiras eleições livres da história da Tunísia, espera-se uma vitória do movimento islâmico moderado Ennahda. Os resultados deverão ser anunciados nesta terça-feira (25/10), mas as urnas já apuradas apontam para uma clara vantagem eleitoral do Ennahda, disse um membro do movimento islâmico moderado à agência de notícias DPA.

Apesar das congratulações de todo o mundo pelas primeiras eleições num país árabe após a assim chamada Primavera Árabe, tunisianos liberais temem uma mudança dramática no país, no caso de uma vitória do movimento islâmico – do véu islâmico obrigatório à proibição de bebidas alcoólicas.

O direcionamento dos islâmicos, no entanto, ainda não ficou claro. Na campanha eleitoral, o Ennahda se apresentou como um partido moderno, que vê como exemplo o partido governista turco AKP.

Assembleia Constituinte

Nove meses após a saída do ex-ditador Ben Ali, cerca de 7 milhões de tunisianos foram convocados a eleger os 217 membros da Assembleia Constituinte, que deverá nomear um governo de transição e elaborar uma nova Constituição. Na disputa pelos 217 assentos da Assembleia, houve 11.618 candidatos.

Segundo pesquisas de opinião, o Ennahda, comandado pelo líder islâmico Rachid Ghannouchi, estaria claramente à frente, com 30% da preferência eleitoral. O partido era proibido durante o governo de Ben Ali e continua sendo bastante controverso entre os tunisianos.

Principalmente as mulheres emancipadas temem que o Ennahda assuma o poder. Apesar de diversas limitações dos direitos civis, mesmo sob o governo de Ben Ali, a Tunísia era considerada um dos países mais avançados do Norte da África. Em nenhum outro Estado muçulmano da região a parcela feminina da população tem tantos direitos.

Quanto à participação eleitoral, não houve a princípio informações claras. Um funcionário da comissão eleitoral divulgou que dos 4,1 milhões de eleitores registrados, mais de 90% compareceram às urnas no domingo. Além disso, havia também 3 milhões de eleitores não registrados, que puderam entregar seu voto em locais especiais de votação.

Medo de novos conflitos

Como modelo para seu partido, Rachid Ghannouchi, líder do Ennahda que viveu 22 anos em exílio no Reino Unido, inspirou-se no primeiro-ministro turco, Recep Tayyip Erdogan. Diplomatas ocidentais estimam, todavia, que os votos obtidos pelo Ennahda não deverão ser suficientes para um governo de maioria. É provável que seja necessário formar uma coalizão de governo.

Segundo as palavras de Ghannouchi, seu partido respeita os direitos das mulheres e não pretende impor nenhum preceito moral aos tunisianos. Apesar da atitude moderada do Ennahda, alguns tunisianos temem que o novo governo venha a intervir em seu estilo de vida.

Uma vitória do partido significaria o primeiro êxito eleitoral dos islâmicos no mundo árabe, desde que o grupo radical Hamas saiu vencedor das eleições nos territórios palestinos. Também na vizinha Argélia, os islâmicos saíram vencedores em 1991. O resultado não foi reconhecido pelas Forças Armadas do país. Seguiram-se então anos de guerra civil com milhares de vítimas.

Fonte: Deutsche Welle
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quarta-feira, 5 de outubro de 2011

ONU - Você representa quem?

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A Organização das Nações Unidas nem é Unida, nem é uma organização, mas sim, um clube para troca dos interesses comerciais. Que comunidade das Nações representa? Ninguém votou por ela. Portanto, falar sobre a ONU e democracia na mesma frase é tão ridículo como afirmar que a União Europeia é democrática.

Na verdade, falar de "democracia" é tão absurdo como é hilariante pois o único sistema verdadeiramente democrático de governo é a Jamahiriya líbia, pensada e implementada por Muammar al-Kadhafi, um sistema baseado na auto-regulação de comunidades chamadas Conselhos Populares, que decidem quem são seus líderes, elaboram planos para o financiamento e equipamentos que precisam, fazem a requisição ao Conselho Central e o papel do governo nacional é distribuir a riqueza e servir os interesses do povo.

E vem a ONU, falando de "democracia". Mas quê "democracia"? Ninguém votou a favor da Organização das Nações Unidas. Então que direito tem um punhado de membros efetivos, em seu Conselho de Segurança, para implementar uma política que pode ter um efeito direto sobre nossas vidas? E quão "democráticos" são os Estados-Membros em apoiar as políticas que são implementadas, políticas que cada vez mais carimbam as aventuras colonialistas da OTAN?

Vamos dar uma olhada no Reino Unido de David Cameron, por exemplo. Aqui está um homem eleito por uma minoria da sua população. Então por quê ele está representando a nação? Ele foi eleito pelos eleitores dos Trabalhistas? Ele foi eleito pelo Plaid Cymru? Ele foi eleito pelo Partido Liberal Democrata? E quantas pessoas votaram a favor do Vice-Primeiro-Ministro, Nicholas Clegg? Então, por que ele é Vice-Primeiro Ministro? Por quê é que a política externa da Grã-Bretanha, em parte, está controlada pela OTAN? Ninguém votou na OTAN. E será que alguém no Reino Unido votou a favor do controle das suas políticas financeiras pela União Europeia?

Será que David Cameron, Nicolas Sarkozy e Barack Obama, os Senhores da OTAN, escutaram quando o governo líbio Jamahiriya se ofereceu para realizar eleições livres e justas? Não, eles se recusaram. E qual será o futuro? Vejam este espaço, enquanto são feitas tentativas de marginalizar a Jamahiriya e eliminá-la de qualquer processo eleitoral futuro.

A verdade da questão é que a maioria das pessoas na Líbia são contra esta guerra da OTAN, a maioria das pessoas na Líbia desprezam os membros do CNT como os terroristas que são, os elementos deste flagelo estão listados nos bancos de dados antiterroristas ocidentais e a maioria das pessoas na Líbia está a favor do governo Jamahiriya.

Então que direito tem esta Organização das Nações Unidas para começar a nomeação de grupos de "apoio"? Com amigos destes... Onde estava a ONU quando esta sujeira terrorista começou incendiando edifícios e decapitando pessoas negras na rua, saqueando propriedades do Estado e privadas? Onde estava a ONU para defender Muammar al-Kadhafi? O homem que eles estavam planejando premiar com um galardão humanitário?

Será que a ONU admite que apoia terroristas e racistas? Nesse caso, esta organização não representa a minha idéia de uma Organização das Nações Unidas, ela não representa os ideais estabelecidos na sua própria Carta e não representa um fórum que tem o direito de reclamar qualquer responsabilidade para defender ou formular a lei internacional.

É evidente que esta questão da Líbia não  tem nada a ver com a democracia ou proteger os civis. A OTAN, apesar de tudo, comete massacre após massacre, e nem sequer se preocupa hoje em pedir desculpas. Só vira as costas como o bando de criminosos insensível de sangue-frio e assassino que é.

Trata-se do desmantelamento da União Africana, trata-se de destruir as instituições da África e entregá-las de volta para ex-potências coloniais, aleijando a Comunidade Africana das Nações, prejudicando os africanos, mais uma vez aprisionando-os com amortizações de juros altíssimos, trata-se de canalizar os recursos da África para fora, desta vez gratuitamente, política ajudada pela ONU, ajudada pelos líderes africanos que olham inertes com as mãos nos bolsos, ajudada por aqueles que reconhecem e apoiam o que só pode ser chamada uma organização terrorista.

Este não é o meu mundo, esta não é a minha comunidade internacional, esta não é minha ONU - não foi capaz de representar a minha vontade, não conseguiu representar os desejos nos corações e mentes da comunidade mundial e, como tal, não existe mais como algo digno de respeito - é um clube de troca de interesses comerciais entre aqueles que não foram eleitos e, portanto, não têm o direito de permutar os recursos do mundo entre eles.

É o momento certo para criar uma nova comunidade internacional, é hora de uma nova abordagem, é o momento para o Estado de Direito ser aplicado igualmente a todos, é hora de responsabilizar esse punhado de líderes políticos, que cohabita entre os 7 bilhões de pessoas na comunidade mundial, pelas suas ações. O mundo não pertence a eles, é nosso!

A noção de que Muammar al-Qathafi deve parar de lutar é tão ridícula como é dizer a um dono da casa que ele deve entregar as chaves para um intruso que tenha entrado pela janela, que tenha estuprado sua esposa e que matou seus filhos. Nesta situação você luta com tudo que tem e tenta infligir o máximo de danos quanto você pode ... Se você é Homem, é claro!

Por: Timothy Bancroft-Hinchey
Fonte: Pravda.Ru

Nota do Blog: Excelente exposição do amigo editor do Pravda, quero aproveitar e convidar aos amigos leitores a participar deste debate, deixe sua opinião, participe, aqui sua voz tem espaço, aqui nós temos voz para expor nossa opinião com liberdade, compartilhe seu conhecimento e posicionamento.
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quinta-feira, 25 de agosto de 2011

Unasul cria conselho específico para monitorar eleições na região

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A Unasul (União de Nações Sul-Americanas) vai criar um Conselho Eleitoral, encarregado de organizar missões de observação nas eleições nos 12 países-membros, decidiram os chanceleres do bloco em reunião nesta terça-feira em Buenos Aires. Hoje, missões semelhantes costumam ser enviadas pela OEA (Organização dos Estados Americanos) e pela ONU (Organização das Nações Unidas).

Foram criados dois grupos de trabalho para redigir um projeto de estatuto para o novo conselho e definir os critérios que guiarão as missões de observação e acompanhamento dos processos eleitorais.

Antes mesmo da formação do órgão, a Unasul já teve pedidos para monitorar o referendo constitucional de 9 de outubro no Paraguai, as eleições de juízes na Bolívia, em 16 de outubro, e as eleições gerais na Guiana, no próximo ano.

Criada em 2008 como instituição de coordenação política da América do Sul, a Unasul já criou sete conselhos, incluindo os de defesa, saúde, drogas e infraestrutura. Ontem (23), a Colômbia tornou-se o último dos 12 países a ratificar sua adesão à entidade, depois de aprovada pela Corte Constitucional do país. No Brasil, a adesão foi aprovada pelo Congresso no início deste ano.

Fonte: Folha

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terça-feira, 19 de julho de 2011

A luta para resgatar a Primavera Árabe

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Seis meses após a primavera árabe derrubar o seu primeiro ditador, as principais praças do Cairo e de Túnis foram novamente palco de protestos, gás lacrimogêneo e fúria contra a resistência à mudança demonstrada pelas autoridades interinas nestes países. Na Síria, ativistas disseram que pelo menos 19 pessoas foram mortas na última repressão contra os protestos que têm convulsionado o país há mais de quatro meses. Pelo menos sete pessoas morreram no Iêmen em meio a um limbo político que parece não estar perto de uma solução.

As revoluções históricas que abalaram o mundo árabe ao longo deste ano estavam correndo o risco de colapsar quando, na noite de sexta-feira, os manifestantes voltaram às ruas para professar a sua repulsa à forma como o movimento está sendo bloqueado por regimes antigos e novos.

Seis meses após a primavera árabe derrubar o seu primeiro ditador, as principais praças do Cairo e de Túnis foram novamente palco de protestos, gás lacrimogêneo e fúria contra a resistência à mudança demonstrada pelas autoridades interinas nestes países. Na Síria, ativistas disseram que pelo menos 19 pessoas foram mortas na última repressão contra os protestos que têm convulsionado o país há mais de quatro meses. Pelo menos sete pessoas morreram no Iêmen em meio a um limbo político que parece não estar perto de uma solução. E na Jordânia um forte esquema de segurança policial acompanhou manifestações pró e anti-reforma que acabaram se tornando violentas.

As cenas serviram como um lembrete de que, após a euforia da primavera árabe, poucos avanços concretos na direção das reformas pretendidas ocorreram. As eleições na Tunísia e no Egito foram adiadas. As propostas de reforma no Iêmen e na Síria têm sido rejeitadas como inadequadas.

Egito
Milhares de manifestantes foram para praças públicas de todo o país, em uma "sexta-feira de advertência final" para a junta militar, em meio a temores de que a revolução que derrubou Hosni Mubarak está sendo traída por forças conservadoras.

Manifestações e greves de fome foram registradas desde Alexandria, na costa do Mediterrâneo, até Luxor no sul e Suez, no leste, com o foco principal, mais uma vez na praça Tahrir, no Cairo, onde um grande acampamento já dura mais de uma semana e não mostra sinais de acabar.

Os manifestantes acusam o Conselho Supremo das Forças Armadas (SCAF), que assumiu o poder após a queda de Mubarak e prometeu abrir caminho para um governo civil democraticamente eleito no final deste ano, de sufocar as demandas revolucionárias, trabalhando para proteger os elementos do velho regime de uma mudança política.

"Como muitos têm dito no Facebook, a relação entre o população e o SCAF é o mesmo que o relacionamento entre uma mulher e um marido que ela sabe que está sendo infiel", disse Alaa El Shady Din, um manifestante na praça Tahrir.

"Ela tolera a infidelidade em um primeiro momento, em um esforço para não destruir a família e machucar as crianças, mas logo percebe que o marido não se importa nem um pouco com a família", acrescentou.

"No começo nós mentimos para nós mesmos, nós queríamos acreditar que eles estavam conosco. Mas agora as ruas estão acordando e dizendo ao conselho “nós somos os governantes e vocês seguem as nossas ordens; não o contrário. Nós somos a maldita linha vermelha e vocês não devem atravessá-la”.

Assim como a maioria dos manifestantes, El Din estava furioso esta semana por um comunicado do porta-voz da SCAF, Mohsen El-Fangari, que alertou contra aqueles que procuram "perturbar a ordem pública" e adotou um tom que lembrou Mubarak em seus discursos finais à nação. A pressão está aumentando sobre o primeiro-ministro interino, Essam Sharaf, que parece incapaz ou não quer forçar mudanças políticas significativas em face da intransigência dos generais. Muitos de seus apoiadores originais começam agora a pedir sua saída.

Tunísia
Alguém que estivesse visitando a capital da Tunísia pela primeira vez não diria que uma revolta popular ocorrera ali nos últimos seis meses. Policiais armados com cassetetes, gás lacrimogêneo e cães reprimiam uma pequena multidão de manifestantes que se reuniu para expressar um sentimento amplamente difundido na cidade: que a revolução foi construída em cima da areia e acabou bloqueada por um governo que tem feito pouco para implementar as exigências dos revolucionários.

A sede do governo central (Qasbah) foi cercada por rolos de arame farpado e veículos blindados, enquanto os manifestantes com bandeiras tunisinas gritavam "paz, paz". Então o problema começou. A primeira granada de gás vomitou uma espessa fumaça branca e foi rapidamente seguida por muitas outras. Os manifestantes correram para se esconder nas sombras da noite em meio a uma espessa nuvem de fumaça branca.

Dois homens se lançaram ao chão, de joelhos e com o peito nu, enfrentando a polícia. Um terceiro aparou uma boma de gás que passou girando e jogou-a de volta contra os policiais. Assim que a fumaça se dispersou, os manifestantes retornaram com o reforço de algumas centenas de pessoas. Alguns começaram a atirar pequenas pedras contra a polícia.

"As pessoas que me torturaram ainda estão lá", disse Malek Khudaira apontando para o ministério onde foi mantido por 10 dias durante o levante que derrubou o ex-ditador Zine al-Abidine Ben Ali.

"Como eu posso sentir que há mudanças ou que houve uma revolução total, se tudo está a mesma coisa; eu vejo os torturadores andando nas ruas todos os dias."

Por horas, seguiu-se um jogo de ataque e contra-ataque entre manifestantes e policiais. Os manifestantes marchavam e a polícia lançava bombas de gás no meio deles. Um homem de calça preta, camisa branca e óculos de sol estava de frente para a polícia quando um projétil atingiu sua barriga. Ele caiu onde estava e foi socorrido por outros manifestantes.

Os organizadores da manifestação chamaram-na de “Qasbah 3". A número 1 foi o levante que derrubou Ben Ali e forçou-o a fugir. A número 2 foi a mobilização que derrubou o primeiro governo provisório, um mês depois.

Síria
Ativistas relataram pelo menos 19 mortes em toda a Síria e dezenas de feridos quando as pessoas se reuniam para suas orações semanais, que têm sido usadas como um ponto de mobilização para a dissidência há mais de quatro meses.

Pesados conflitos foram relatados em pontos da capital, segundo relatos e contas amplamente divergentes de ativistas e da mídia estatal. Pelo menos sete manifestantes foram mortos a tiros em bairros de Damasco, em mobilizações que reuniram algumas das maiores multidões já registradas desde que os protestos iniciaram.

As forças de segurança têm usado cassetetes e gás lacrimogêneo em Damasco para reprimtir os protestos no coração do poder do regime. Dezenas de pessoas ficaram feridas nas cidades de Aleppo, Deraa, Idleb e Homs.

As autoridades sírias novamente culparam grupos armados pela violência - uma referência indireta aos ativistas islâmicos acusados de tentar inflamar o “caos sectário”. No entanto, ativistas disseram que manifestantes desarmados foram novamente atacados por soldados que dispararam rajadas contra a multidão.

Os atos de violência tem sido imprevisíveis, mudando de local o tempo todo. Em Homs, um morador do bairro abastado de Inshaat disse que as forças de segurança pareciam estar tentando evitar mortes. "Eles foram atirando, mas pareciam estar visando as pernas e não as cabeças".

Dois dos maiores protestos ocorreram em Hama e Deir Ezzor, num dia em que ativistas estimaram que até 1 milhão de pessoas podem ter desafiado abertamente o regime em todo o país.

Jordânia
Dez pessoas, a maioria delas jornalistas, ficaram feridas em Fridaywhen quando a polícia jordaniana intervir em confrontos entre manifestantes pró-reforma e partidários do governo em Amã.

Centenas de manifestantes pedindo mudanças políticas e um fim à corrupção se reuniram no centro da capital. Não ficou claro se eles iriam ignorar os avisos oficiais contra a realização de concentrações do tipos das realizadas no Egito e no Bahrein.

A Jordânia vive tumultos esporádicos desde janeiro, mas apenas em pequena escala. As demandas da oposição - apoiada por grupos de jovens, organizações da sociedade civil e os islâmicos - são para mudanças no quadro da monarquia Hachemita. O rei Abdullah assumiu o compromisso de implementar reformas que permitiriam a formação de futuros governos com base em uma maioria parlamentar eleita, mas não fixou data para cumprir a promessa.

O slogan "o povo quer a reforma do regime" esteve em flagrante contraste com as demandas e revoltas em outros países que pediram a "derrubada" dos governantes.

O protesto em Amã foi realizado com uma forte presença de forças de segurança, com a polícia e forças especiais cercando a área, disse o site Amom News.

Atos em defesa da reforma e contra a "corrupção desenfreada" também atraíram centenas de manifestantes nas cidades do sul de Tafileh, Maan e Karak, e em Irbid e Jerash, no norte.

Fonte: Carta Maior
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segunda-feira, 6 de junho de 2011

Humala vence eleição presidencial e mercados despencam no Peru

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O ex-comandante do Exército e esquerdista Ollanta Humala venceu a eleição presidencial no Peru e prometeu que os pobres vão compartilhar a nova riqueza do país, mas os mercados financeiros despencaram temendo que ele arruíne a economia.

A parlamentar de direita Keiko Fujimori, filha do ex-presidente preso Alberto Fujimori, admitiu a derrota na segunda-feira depois que a apuração de mais de 90 por cento das urnas apontou para uma liderança de Humala por 2,7 pontos porcentuais.

O mercado de ações do Peru despencou mais de 12,5 por cento, a maior perda da história, antes de as negociações serem suspensas até terça-feira. A moeda sol caiu 1,24 por cento, o que levou o Banco Central a vender 215 milhões de dólares em títulos para conter a queda.

Humala abandonou algumas das suas propostas mais radicais depois de ter perdido a eleição por uma pequena margem em 2006. Seus conselheiros tentaram garantir aos mercados na segunda-feira que ele vai dirigir a economia de maneira prudente, mas vários investidores simplesmente não confiam no novo presidente.

Ações de empresas mineradoras caíram até 15 por cento, já que Humala disse que quer impor um imposto sobre o vasto setor de mineração peruano. Grandes empresas do vizinho Chile que têm subsidiárias no Peru também viram as suas ações despencarem com o resultado da votação, assim como os títulos soberanos do país em Nova York.

Os investidores temem que Humala, que assume no dia 28 de julho, aumente a presença e o controle do Estado na economia que cresce rapidamente e que ele abandone a disciplina fiscal.

Eles estão ansiosamente esperando as escolhas do presidente para ministro das Finanças e chefe do Banco Central. As nomeações vão indicar se ele vai adotar políticas moderadas ou se vai pressionar para mudanças radicais. Não está claro quando Humala vai anunciar os escolhidos.

Kurt Burneo, um dos principais assessores econômicos de Humala e ex-funcionário do Ministério das Finanças e do Banco Central, está sendo apontado como um possível ministro no novo governo. Ele disse que os investidores vendendo ações e ativos peruanos vão se arrepender.

"Aqueles que estão especulando agora vão simplesmente perder dinheiro. Tudo está muito sólido", disse Burneo para a Reuters.

Ele disse que Humala garantiu a política fiscal contra-cíclica, que vai respeitar a independência do Banco Central assim como os investimentos feitos pelas empresas privadas e vai reduzir a relação da dívida com o Produto Interno Bruto do país, atualmente em 22 por cento.

O Peru é um grande exportador de metais e tem uma das economias que cresceu em ritmo mais rápido na última década, mas um terço da sua população vive na pobreza e Humala prometeu espalhar os benefícios do boom econômico.

"INCLUSÃO SOCIAL"

"Nós queremos crescimento econômico com inclusão social", disse Humala, de 48 anos, para os milhares de simpatizantes em comício no centro de Lima na madrugada de segunda-feira. "Nós podemos construir um Peru mais justo para todos."

Milhares de pessoas dançaram em júbilo, cantando "Humala Presidente!" e "Fujimori nunca mais."

Depois de perder as eleições de 2006, Humala diminuiu as suas políticas anticapitalistas para tentar conquistar os votos do centro.

Ele prometeu ter um orçamento balanceado, trazer experientes tecnocratas para o seu governo e respeitar investidores estrangeiros que planejam investir 40 bilhões de dólares em projetos extrativistas no Peru na próxima década.

Humala também quer dar aos pobres uma fatia maior da riqueza oriunda dos recursos naturais peruanos e acabar com os conflitos sociais causados pelos minerais e petróleo.

Outro dos principais assessores econômicos de Humala, Felix Jimenez, que é apontado como possível chefe do Banco Central, insistiu que os investidores não têm o que temer.

"As nossas propostas econômicas são totalmente sensatas: manter o equilíbrio macroeconômico, consolidar o crescimento e criar condições para que os investimentos domésticos e estrangeiros privados cresçam", disse à Reuters.

Keiko, de 36 anos, era a favorita dos empresários, mas muitos eleitores a rejeitaram por conta da sentença de 25 anos contra o seu pai por corrupção e pela utilização de esquadrões da morte para reprimir suspeitos de envolvimento com a esquerda quando ele foi presidente nos anos 1990.

Humala, que quando era comandante do Exército tentou uma revolta malsucedida contra Alberto Fujimori em 2000, atacou a sua rival por ter trabalhado no governo autoritário de seu pai.

Fonte: Reuters
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terça-feira, 24 de maio de 2011

Sanaa é palco de combate pesado entre tribos e governo

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Membros de tribos do Iêmen enfrentaram as forças de segurança do país nesta segunda-feira com armas pesadas, no mais grafe confronto desde o início da crise no país há três meses.

Ao menos seis pessoas morreram e aproximadamente 40 ficaram feridas. Diversos prédios da capital Sanaa foram destruídos.

Analistas temem que o evento seja o início de uma escalada de violência que leve o país à guerra civil.

Até então, os protestos antigoverno era feitos majoritariamente por opositores e a população civil.

Nesta segunda-feira, tribos do interior do país e militares desertores responderam ao fogo das forças de segurança armados com fuzis de assalto e armas pesadas, como morteiros e metralhadoras.

Os confrontos aconteceram após novo fracasso de negociações para que o ditador Ali Abdullah Saleh, a 32 anos no poder, deixe o cargo pacificamente.

No último domingo, ele se recusou no último minuto a assinar um acordo, apoiado pelos EUA e negociado por países árabes, no qual se comprometeria a deixar o poder em 30 dias.

CONFRONTO

O combate desta segunda-feira começou depois que forças de segurança do ditador instalaram postos de controle próximo À residência do xeque Sadeq al Ahmar, líder da tribo mais poderosa do país.

A atitude foi encarada como uma ameaça e os combatentes da milícia de Ahmar abriram fogo contra as forças de segurança.

O combate durou aproximadamente seis horas e terminou depois que um diplomata dos EUA negociou um cessar fogo, segundo autoridades do governo do Iêmen.

Fonte: Folha
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sexta-feira, 20 de maio de 2011

Obama muda política para o mundo árabe

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O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, anunciou nesta quinta-feira uma mudança de política em relação ao mundo árabe e disse que seu governo está ao lado dos manifestantes pela democracia.

"O fato de não mudar nosso enfoque é uma ameaça de espiral agravando a divisão entre Estados Unidos e o mundo árabe", disse Obama em um discurso pronunciado no departamento de Estado.

Neste sentido, Obama prometeu uma ajuda econômica aos países comprometidos com a democracia, similar ao modelo de assistência empregado na reconstrução da Europa Oriental após a queda da "Cortina de Ferro".

Obama falou sobre a onda de protestos que explodiu há seis meses no mundo árabe e atacou o presidente sírio, Bashar Al Assad, líder de uma repressão sangrenta contra opositores.

"O presidente Assad precisa escolher entre liderar a transição ou partir. O governo da Síria deve parar de atirar contra os manifestantes e permitir os protestos pacíficos".

Obama exigiu o fim da violência contra os manifestantes, a libertação dos presos políticos e o acesso de grupos de defesa dos direitos humanos a 'cidades como Deraa", centro dos protestos na Síria.

Caso contrário, Assad e seu regime "serão desafiados de dentro e seguirão isolados no exterior".

Obama pediu um diálogo real entre o governo e as forças da oposição no Bahrein, em uma demonstração que forçou os Estados Unidos a escolher entre um aliado militar chave e seu apoio aos princípios universais.

"Temos insistido publicamente e em particular que as prisões em massa e o uso brutal da força são opostos aos direitos universais" dos cidadãos do Bahrein. "A única saída para o governo e a oposição é o diálogo, e não pode haver diálogo real quando muitos membros da oposição pacífica estão na prisão".

"O governo deve criar as condições para o diálogo, e a oposição deve participar para construir um futuro justo para todos os cidadãos do Bahrein".

Obama disse ainda que o presidente iemenita, Ali Abdullah Saleh, deveria cumprir a promessa de deixar o poder, em meio a novos indícios de que o líder, há um longo tempo no poder, estaria tentando mais uma vez se manter no poder.

O presidente americano destacou que as revoltas demonstraram que a região precisa escolher "entre esperança e ódio, entre os grilhões do passado e a promessa de futuro".

Menos de três semanas depois que comandos americanos mataram Osama bin Laden, Obama também afirmou que as revoltas no mundo árabe provaram que a Al-Qaeda está perdendo sua luta por relevância, e que sua ideologia extremista se encontra em um "beco sem saída".

Buscando encorajar a mudança política, Obama anunciou um programa para oferecer um bilhão de dólares de alívio da dívida para financiar o Egito e a Tunísia, com base no apoio financeiro que sustentou a evolução do Leste Europeu pós-soviético.

Especificamente, o plano buscará reorientar o Banco Europeu de Reconstrução e Desenvolvimento, que ajudou a reconstruir economias de mercado na Europa pós-comunista, a desempenhar um papel similar no Oriente Médio.

Os Estados Unidos também trabalharão com o Banco Mundial, o Fundo Monetário Internacional e o Banco de Desenvolvimento Africano para liberar mais financiamento e garantias de crédito para encorajar a reforma democrática no mundo árabe, afirmaram fontes oficiais.

Fonte: AFP
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terça-feira, 17 de maio de 2011

Para analista, morte de Bin Laden ajuda revolta árabe

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A indiferença com a qual a morte de Osama bin Laden foi recebida no mundo árabe prova que as populações da região sabem que o radicalismo violento não leva a nada. A avaliação é do analista Zaiki Laidi, diretor de pesquisa do prestigiado Instituto de Estudos Políticos de Paris. Ele conversou com a Folha, por telefone, na semana passada.

Folha - Qual o efeito da morte de Bin Laden sobre a Primavera Árabe?

Zaki Laidi - É a melhor notícia possível para a Primavera Árabe. É uma coincidência feliz entre um levante que não deve nada ao islamismo [militante], muito menos ao islamismo radical, e a destruição do maior símbolo do radicalismo devastador.
Isso mostra que o jihadismo não leva a resultado tangível. O que os jihadistas conseguiram em 30 anos de ativismo iniciado com o assassinato do [presidente egípcio Anuar] Sadat? Nada, tanto em termos de eficiência política quanto em capacidade de mobilizar as populações em torno do radicalismo.

O radicalismo violento não produziu nada inclusive na questão palestina. Nesse tema, acabamos de ver um exemplo claro de que a opção democrática rende melhor resultado. A reaproximação entre Hamas e Fatah, articulada pelo novo governo egípcio, é o claro desdobramento da mudança de governo no Egito na frente externa.

Ela mostra que um regime democrático árabe pode ter efeito alavancador sobre a questão palestina maior do que um regime não democrático. O atual governo egípcio fez o que [o ex-ditador Hosni Mubarak] jamais conseguiu.
E nenhuma país condenou a iniciativa. Shimon Peres [presidente de Israel] disse que importa o que o Hamas faz, não o que ele diz.

As circunstâncias da morte de Bin Laden não podem prejudicar a relação entre o Ocidente e os muçulmanos?

Não creio. A morte de Bin Laden foi recebida no mundo árabe com indiferença.
Não acho que o jihadismo tenha morrido, mas é o fim de um ciclo. Historicamente, é raro que um movimento sobreviva à queda ou morte de um líder carismático.

Por que há pouca reação aos massacres de civis na Síria?

Primeiro, é difícil para a comunidade internacional e os atores dominantes se mobilizarem intensa e simultaneamente em várias frentes.
A segunda razão é que a questão da Síria foi, sim, levada ao Conselho de Segurança da ONU por alguns países, como França e Reino Unido. Mas se algum país propõe uma resolução muito dura, é certo que ela será vetada por China e Rússia.
Elas sentem que foram passadas para trás com a resolução 1973 [que autorizou um ataque à Líbia] e agora estão decididas a barrar qualquer texto contra a Síria.
O custo de uma intervenção contra o regime sírio é muito elevado, e não há um consenso internacional.

A Primavera Árabe está patinando?

Não. Ela só entrou numa fase mais dura. Os líderes árabes percebem que a pressão popular é muito forte, mas calculam que não têm mais nada a perder e que as potências ocidentais não conseguiriam levar várias operações de front com legitimidade. Os regimes árabes só pensam em sobreviver.

Fonte: Folha
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quarta-feira, 11 de maio de 2011

Tanques do Exército sírio bombardeiam bairro em Homs, diz agência

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Tanques do Exército da Síria bombardearam na madrugada desta quarta-feira o distrito residencial de Bab Amro, na cidade de Homs, a terceira maior do país, segundo informações da agência Reuters.

"Homs está tremendo com o som das explosões das bombas disparadas por tanques e pelos disparos de metralhadoras", disse a agência Najati Tayrara, ativista de direitos humanos que está na cidade, palco de protestos contra o governo do ditador Bashar al Assad nas últimas semanas.

No último domingo, segundo relatos, ocorreram na cidade intensos tiroteios, prisões e mortes, incluindo a de um menino de 12 anos.

O regime, que desde o início dos protestos já foi acusado de usar atiradores de elite contra a população, promovendo matanças indiscriminadas, considera os protestos uma "insurgência armada".

CRISE

A turbulência na Síria começou em 18 de março, quando manifestantes, inspirados pelos levantes ocorridos em vários pontos do mundo árabe, promoveram uma marcha na cidade de Deraa, no sul do país.

Inicialmente, Assad acenou com vagas promessas de reforma, e no mês passado ele revogou o estado de emergência que vigorava no país havia 48 anos.

Mas, quando os protestos persistiram, o regime enviou o Exército para sufocar a dissidência pública, primeiro para Deraa e depois para outras cidades, deixando claro que não arriscaria perder o firme controle que sua família exerce sobre a Síria há 41 anos.

O Observatório Sírio diz que 634 civis e 120 soldados e agentes de segurança foram mortos desde que os protestos começaram. Outro grupo sírio de defesa dos direitos humanos, o Sawasiah, avalia em mais de 800 o número de civis mortos.

EMBARGO

Na última segunda-feira, a União Europeia anunciou que vai impor um embargo à venda de armas à Síria, em resposta à forte repressão governamental aos protestos no país.

Treze autoridades sírias também serão impedidas de viajar ao bloco europeu e terão seus bens no continente congelados.

Fonte: Folha
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quarta-feira, 27 de abril de 2011

EUA e Reino Unido dizem ver limites para ação na Síria

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Os chefes de Defesa dos Estados Unidos e do Reino Unido minimizaram na terça-feira a possibilidade de uma intervenção estrangeira na Síria, como a que já acontece na Líbia. O britânico Liam Fox diz que há "limitações práticas" para o poderio militar ocidental.

Forças leais ao ditador sírio, Bashar al Assad, são acusadas de terem matado centenas de manifestantes na repressão aos protestos por democracia no país. Apesar disso, Assad tem sido poupado da ameaça de bombardeios da Otan, como os que ocorrem nas últimas semanas com aval da ONU contra as forças do líder líbio Muammar Gaddafi, que também reprime com violência a revolta contra o seu regime.

Fox e o secretário norte-americano de Defesa, Robert Gates, condenaram as mortes na Síria. Mas Fox deixou claro que as forças militares de ambos os países, já sobrecarregadas com as missões no Afeganistão e Líbia, não têm muito a fazer.

"Não podemos fazer tudo o tempo todo, e temos de reconhecer que existem limitações práticas para aquilo que os nossos países podem fazer", declarou Fox ao ser questionado, junto com Gates, sobre a falta de intervenção ocidental na Síria.

Gates disse concordar "com tudo o que o doutor Fox afirmou".

Admitindo que há diferenças na reação do governo de Barack Obama às diversas rebeliões dos últimos meses no mundo árabe, Gates declarou que os Estados Unidos aplicam seus valores a todos os países da região, apoiando o direito das populações a protestarem pacificamente. Mas ele disse que as ações dos EUA não serão sempre as mesmas.

"A nossa resposta em cada país terá de ser adaptada a esse país e às circunstâncias peculiares desse país", disse Gates a jornalistas.

As declarações ocorrem num momento em que os EUA e Reino Unido cogitam sanções contra a Síria, depois de Assad ter enviado tanques para esmagar a revolta na cidade de Deraa, berço da rebelião no país.

LÍBIA

Os secretários de Defesa discutiram também maneiras de aumentar a pressão sobre Gaddafi na Líbia, onde há temor de um impasse prolongado. Mas Gates negou que haja planos para matar o líder líbio, mesmo depois de a Otan ter destruído na segunda-feira um prédio no complexo governamental de Bab al Aziziyah, em Trípoli.

O governo da Líbia disse que se tratou de um atentado contra a vida de Gaddafi, e o primeiro-ministro russo, Vladimir Putin, acusou na terça-feira alguns governos do Ocidente de tentarem "executar" o líder líbio, no poder há 41 anos.

"Não estamos tratando-o especificamente como um alvo, mas consideramos que os alvos de comando e controle são alvos legítimos --onde quer que os encontremos", disse Gates.

Fox se disse animado com a retirada das forças de Gaddafi do centro da cidade portuária de Misrata, e citou "progressos significativos alcançados nas últimas 72 horas".

Mas a retirada pode ser apenas uma tática, permitindo que as forças pró-Gaddafi se posicionem nos arredores da cidade e usem artilharia pesada para bombardear o porto e as áreas vizinhas.

Fonte: Reuters
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terça-feira, 19 de abril de 2011

Congresso comunista de Cuba aprova reformas de Raúl Castro

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.O VI Congresso do Partido Comunista de Cuba (PCC) aprovou o programa de reformas de abertura proposto pelo presidente Raúl Castro para ratificar o modelo socialista em vigor há meio século, segundo documentos publicados nesta segunda-feira.

Os 1.000 delegados do Congresso votaram em plenário o projeto que inclui em torno de 300 medidas de abertura para o setor privado, cortes de empregos, redução de subsídios, autogestão empresarial, impostos e descentralização do aparato estatal.

"Na atualização do modelo econômico primará o planejamento, que levará em conta as tendências do mercado", diz a resolução, divulgada no site Cubadebate.cu, depois de afirmar que "apenas o socialismo é capaz de vencer as dificuldades e preservar as conquistas da revolução".

Pela 1ª vez desde 1959, Cuba vai permitir compra e venda de imóveis

Pela primeira vez desde a Revolução Comunista de 1959, os cubanos poderão comprar e vender seus imóveis.

Nos últimos 50 anos, só era permitido passar propriedades para os filhos ou trocá-las através de um sistema complicado e muitas vezes corrupto.

A decisão foi tomada durante o primeiro congresso do Partido Comunista de Cuba em 14 anos, que busca revitalizar o sistema político e econômico no país.

O presidente cubano, Raúl Castro alertou que a concentração de terras não será permitida, mas nenhum detalhe do novo sistema foi divulgado.

'Rejuvenescimento'

Durante o congresso, Raúl Castro também disse que altos cargos políticos serão limitados a dois mandatos de cinco anos e prometeu o "sistemático rejuvenescimento" do governo.

Ele disse que a liderança do partido precisa de renovação e que deveria se submeter a uma severa auto-crítica.

A proposta é sem precedentes para o comunismo cubano.

Em um editorial publicado pela imprensa estatal do país, o ex-presidente e líder da Revolução de 1959, Fidel Castro, apoiou as mudanças.

Fidel escreveu que uma nova geração é necessária para corrigir os erros do passado e garantir que o sistema comunista sobreviva uma vez que a atual geração de líderes se vá.

A mídia estatal também informou que os integrantes do partido votaram por uma nova liderança, mas os resultados não foram imediatamente divulgados.

Fonte: AFP / BBC Brasil
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segunda-feira, 11 de abril de 2011

Países do Golfo querem transferência de poder no Iêmen

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O presidente do Iêmen, Ali Abdullah Saleh, deve passar o poder para o seu vice-presidente e permitir que a oposição lidere um governo de transição, que prepare novas eleições, disseram países árabes do Golfo neste domingo.

O governo de Saleh e a oposição se encontrarão na Arábia Saudita para discutir a "unidade, segurança e estabilidade" do Iêmen, afirmaram num comunicado ministros do Exterior de países do Conselho de Cooperação do Golfo, reunidos na capital saudita.

"A formação de um governo de união nacional sob a liderança da oposição, com o direito de formar comitês, elaborar uma constituição e chamar eleições" foi um princípio chave da reunião entre os dois lados, disseram os ministros.

O encontro entre a oposição e Saleh seria baseado no entendimento sobre a transferência de poder do presidente para o seu vice, Abd-Rabbu Mansour Hadi. Não foi fixada data para este encontro.

O Conselho do Golfo tem pressionado Saleh a negociar com os partidos de oposição, depois de dois meses de protesto contra o seu regime de 32 anos.

Na sexta-feira, Saleh, por muito tempo considerado pelo Ocidente um aliado vital contra a al Qaeda, reagiu com irritação a comentários do premiê do Catar, para quem a mediação levaria à saída do presidente do Iêmen do poder.

"Não tiramos nossa legitimidade do Catar ou de qualquer outro. Rejeitamos essa intervenção", disse Saleh a milhares de simpatizantes na capital.

Catar é a base da rede de TV Al Jazeera. Os correspondentes da rede no Iêmen tiveram as suas credenciais revogadas.

Preocupados que acordos da negociação poderiam postergar a saída de Saleh, milhares realizaram uma passeata de protesto neste domingo na capital Sanaa.

Fonte: Reuters
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