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quarta-feira, 25 de março de 2020

Chegam ao Brasil voos da FAB com brasileiros repatriados do Peru

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Duas aeronaves C-130 Hércules da Força Aérea Brasileira decolaram, na manhã de terça-feira (24), partindo do Rio de Janeiro e de Belém, rumo a Cuzco (Peru), a fim de resgatar brasileiros que se encontram isolados naquela cidade. A operação, determinada pelo Presidente da República Jair Bolsonaro, é uma ação coordenada entre o Ministério da Defesa e o Ministério das Relações Exteriores. 

O primeiro "Hécules" da FAB, que decolou do Rio de Janeiro, realizando escala em Porto Velho antes de pousar em Cuzco. Já a segunda aeronave decolou de Belém para Porto Velho. Na manhã desta quarta-feira (25) as duas aeronaves seguiram para Cuzco.

No final da tarde desta quarta-feira (25), as duas aeronaves regressaram à Porto Velho com 66 brasileiros que estavam retidos em Cuzco, no Peru. Após cumprir a escala técnica, onde não houve desembarque de passageiros, os dois "Hércules" da Força Aérea Brasileira seguiram rumo a São Paulo.

Determinada pelo Presidente da República, Jair Bolsonaro, a Operação é uma ação coordenada entre o Ministério da Defesa e o Ministério das Relações Exteriores.

O governo brasileiro, por meio da rede diplomática e consular do Itamaraty, segue acompanhando a situação dos viajantes brasileiros no exterior e está trabalhando para permitir a repatriação de todos. Vale ressaltar que também estão previstos voos comerciais partindo de Cuzco e de Lima. Os brasileiros interessados em embarcar nesses voos devem seguir as orientações da Embaixada, publicadas no perfil de Embaixada do Brasil no Facebook.


GBN Defense - A informação começa aqui

com informe:
Assessoria de Comunicação Social do Ministério da Defesa
Departamento de Comunicação Social do Ministério das Relações Exteriores
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segunda-feira, 10 de fevereiro de 2020

Operação Regresso à Pátria Amada Brasil emite segundo boletim

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Nesta segunda-feira (10), os brasileiros repatriados pela "Operação Regresso à Pátria Amada Brasil" chegam ao segundo dia de quarentena, os hóspedes que estão no hotel de trânsito da Ala 2 (Base Aérea de Anápolis) permanecem com o quadro assintomático.

O grupo de 34 brasileiros que pediram ajuda ao governo brasileiro para deixar a província chinesa de Wuhan após a pandemia do Coronavírus, permanecerão ainda pelos próximos 16 dias em quarentena, onde estão sendo acompanhados 24 horas por uma equipe médica multidisciplinar. O grupo passou por avaliações clínicas de saúde, que incluem aferições de sinais vitais, como medição de temperatura, pressão e frequência cardíaca e exame de nasofaringe. São previstas três avaliações por dia.

Foto: CT Fabrício Costa-MB
O Ministério da Saúde e a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA) realizaram uma apresentação sobre os aspectos da “área branca”, local comum aos hóspedes, que oferece lazer, bem-estar e conforto aos repatriados

Também foi destacada a disponibilidade dos meios aéreos de prontidão para o eventual caso de algum integrante do grupo em quarentena ter o quadro clínico agravado. Foi explicada como seria uma eventual transferência para o Hospital das Forças Armadas (HFA), em Brasília (DF), utilizando um helicóptero H-60 Black Hawk ou uma aeronave C-99, configurada como UTI aérea.


GBN Defense - A informação começa aqui
com informações do Ministério da Defesa

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quinta-feira, 22 de agosto de 2019

UNITAS LX - Concluída primeira fase

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Ocorreu entre os dias 19-21 de agosto, a primeira fase (In-Port Phase) do exercício multinacional UNITAS. tendo lugar as dependências do Complexo Naval da Ilha do Governador (CNIG).

A UNITAS (do latim UNIDADE), é o exercício marítimo multinacional mais longevo ainda existente, tendo sido concebido em 1959 e conduzido pela primeira vez em 1960.

Dez países participam desta que é a sexagésima edição do exercício (UNITAS LX), reunindo: Brasil, Argentina, Chile, Colômbia, Equador, Estados Unidos, México, Panamá, Paraguai e Peru.

Nesta primeira fase, também chamada de fase de oficinas, foram conduzidos treinamentos técnicos e físicos que aumentarão a interoperabilidade entre as forças e servem como preparação para a fase seguinte, na qual será desenvolvido um cenário tático baseado em Operação Anfíbia.

Destacaram-se as seguintes atividades: Operações com helicópteros, carros lagarta anfíbios (CLAnf) e embarcações de desembarque, tiro de fuzil e pistola, entrada em compartimento com oposição e refém, progressão em área edificada e pistas de cordas e obstáculos.

As atividades foram conduzidas na Base de Fuzileiros Navais da Ilha do Governador (BFNIG), no 1° Batalhão de Infantaria de Fuzileiros Navais (Batalhão Riachuelo) e no 2° Batalhão de Infantaria de Fuzileiros Navais (Batalhão Humaitá). Participaram cerca de 600 militares nesta fase primeira fase. A qual agora dará lugar a segunda fase, onde serão empregados navios e meios diversos na simulação do cenário de desembarque anfíbio, o qual deverá ocorrer em Marambaia.


GBN Defense News - A informação começa aqui
fotos: Marinha do Brasil / US Navy
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quarta-feira, 4 de dezembro de 2013

Celso Amorim diz que América do Sul deve ser região "onde a guerra não é possível"

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O ministro Celso Amorim voltou a defender nesta terça, na Argentina, a ideia de criação de uma base industrial da área de defesa na América do Sul. O titular da pasta da Defesa no Brasil foi um dos palestrantes da 19ª edição da Conferência Industrial da UIA (União Industrial da Argentina) em Los Cardales (a 60 km de Buenos Aires).
 
"O que queremos na nossa região é uma área de paz e segurança, onde a guerra não é possível. Para isso, precisamos cooperar entre a gente para que haja confiança", afirmou a um auditório lotado de empresários.
 
Segundo o ex-chanceler brasileiro, os países sul-americanos precisam ter um esquema de cooperação que permita uma estratégia de defesa autônoma.
 
"Não podemos ser ingênuos. Dizem que os conflitos acabaram, mas existem ameaças. Estados Unidos, Rússia e China têm escassez de recursos naturais, e nós temos de sobra."
 
Amorim também destacou que é preciso investir na área de defesa cibernética. Brasil e Argentina já têm um acordo de troca de experiências na área.
 
Fonte: Folha
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segunda-feira, 2 de dezembro de 2013

Armas do Brasil violam embargo, afirma ONU

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Investigadores das Nações Unidas encontraram armamento não letal de fabricação brasileira na Costa do Marfim, em violação ao embargo imposto pelo Conselho de Segurança. A informação está em um relatório apresentado em outubro ao órgão máximo da ONU, com documentos confidenciais da empresa Condor, a fabricante das armas, e fotos do arsenal "made in Brazil" descoberto.
O governo brasileiro alegou aos investigadores internacionais que as armas foram vendidas a Burkina Faso, e não à Costa do Marfim. O Itamaraty enviou à ONU o contrato de venda entre o governo burquinense e a Condor - assinado pelo diretor comercial da companhia, Ricardo Bester -, o qual proibia a reexportação das armas. O relatório das Nações Unidas não chega a uma conclusão sobre como elas foram parar no território marfinense.
O pacote vendido pela empresa incluiu 700 lançadores de granadas não letais e milhares de projéteis, ao custo de cerca de R$ 2,7 milhões. As armas foram destinadas diretamente ao "Estado-maior particular da presidência" do país do oeste africano, segundo os documentos obtidos pela ONU. O embaixador de Burkina em Brasília, Alain Ilboudo, disse que não estava "informado" sobre o caso e deixou sem resposta as perguntas do Estado.
O Conselho de Segurança da ONU impôs o embargo de armas à Costa do Marfim em 2004, tentando frear uma guerra civil que se estendia por quase cinco anos. A situação marfinense, porém, continua altamente volátil: em 2011, o presidente Laurent Gbagbo recusou-se a reconhecer a vitória nas urnas do rival Alassane Ouattara, e o país voltou a ser palco de batalhas de rua e massacres. Em abril daquele ano, tropas francesas intervieram e prenderam Gbagbo.
Em uma aparente coincidência, cinco dias após a publicação do relatório da ONU informando sobre as armas brasileiras, a Casa Civil em Brasília publicou o decreto, assinado pela presidente Dilma Rousseff, que renovava o compromisso com o embargo internacional à Costa do Marfim.
Riscos. Para Daniel Mack, da ONG Sou da Paz, o governo brasileiro também deve ser responsabilizado. "A existência de uma rota de tráfico entre Burkina Faso e a Costa do Marfim é notória", afirma Mack, que diz ser "impossível ignorar os riscos" de uma operação desse tipo. Além da Costa do Marfim, o território burquinense faz fronteira com o Mali, país que foi palco de uma guerra civil e uma intervenção militar europeia este ano.
Alegando obrigações contratuais, a Condor se recusou a comentar a venda sob investigação da ONU. A empresa, que exporta armas não letais para 40 países (mais informações nesta página), disse ainda que "jamais foi notificada" por autoridades nacionais ou internacionais sobre o caso. No entanto, o Ministério da Defesa afirmou que, após os funcionários das Nações Unidas encontrarem o arsenal na Costa do Marfim, a Condor foi consultada e "ratificou ter exportado" o armamento a Burkina Faso.
Dentro do governo brasileiro, as explicações sobre quem deve responder pelo caso são contraditórias. A pasta da Defesa, que supervisiona exportação de qualquer tipo de armamento, disse que sua "responsabilidade é compartilhada" com o Itamaraty.
O Ministério das Relações Exteriores confirmou ter enviado as informações à ONU, mas disse que não participou diretamente da decisão de exportar o material a Burkina Faso. A chancelaria alega que o fato de se tratar de armas não letais a isenta de participar da decisão final sobre a venda.
A ONG Sou da Paz rejeita a ideia de que a exportação desse tipo de armamento merece tratamento mais brando. "Não existe 'armamento não letal': as armas em questão podem ser 'menos letais', mas, em mãos despreparadas, criminosas ou irresponsáveis, podem causar ferimentos sérios e até a morte, como se viu diversas vezes", afirma Mack, citando como exemplo o uso de armamento da Condor em países do Oriente Médio durante a Primavera Árabe e nos protestos de junho no Brasil.
 
Fonte: Estadão
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quinta-feira, 21 de novembro de 2013

Brasil treina tropas estrangeiras para a ONU

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Cada vez mais atuante em forças de paz da ONU pelo mundo, o Exército Brasileiro vem treinando estrangeiros para essas missões em ritmo acelerado.
 
Desde que iniciou esses cursos, há cinco anos, 403 militares passaram pelo treinamento, no Rio de Janeiro.
A procura pelos cursos, financiados pelos países de origem das tropas, aumentou 111% somente neste ano, quando o número saltou de 65 para 137 homens.
 
Grande parte deste efetivo é destinado ao Haiti, onde o Brasil lidera a força militar da ONU, a Minustah.
 
Curiosamente, o aumento do interesse dos estrangeiros ocorre em um momento em que a missão haitiana está sendo reduzida.
 
Recentemente, o governo uruguaio, por exemplo, informou que retirará suas tropas do país.
 
Os treinamentos são oferecidos pelo Conjunto de Operações de Paz do Brasil (CCOPAB), instituição ligada à Defesa, no Rio de Janeiro.
 
O primeiro a passar por preparação foi um oficial do Exército Paraguaio, em 2008. Desde então, lá estiveram militares de países como EUA, Reino Unido, Canadá, França, Argentina, Chile e Equador, entre outros.
 
"Para o Haiti, treinamos tropas constituídas, ou seja, um ou mais pelotões de 30 militares de cada vez", diz o comandante do CCOPAB, coronel Luís Fernando Baganha.
 
De acordo com o coronel, a participação do Brasil na Minustah repercutiu na ONU e é a isso que se deve a maior procura.
 
Os cursos duram até dois meses e meio. "Passamos fundamentos de uma missão de paz: princípios, regras, como se reportar e para quem na ONU, procedimentos, os riscos da região, como sobreviver em condições mais restritas, cuidados, primeiros socorros e direção em terreno difícil", diz Baganha.
 
O custo do curso não foi informado.
 
HAITI
 
Além do treinamento oferecido no Rio, o Exército realiza cursos para estrangeiros sempre que há envio de novos contingentes militares para o Haiti.
 
Neste mês, um treinamento ocorreu em Campinas (SP). Ao lado de 1.200 brasileiros, 34 militares de Paraguai, Canadá e Peru se concentraram numa fazenda na cidade do interior paulista.
 
O capitão Líveillé, do Exército canadense, diz que seu país busca oferecer novas experiências aos militares. "As ações no Haiti são humanitárias. Lá, não há inimigo, como no Afeganistão", afirma.
 
O tenente-coronel Aguirre, do Exército paraguaio, diz que seu país, que já está no 14º treinamento com o Brasil, busca novos conhecimentos com os brasileiros.
"Levamos muita experiência para os soldados", afirma.
 
Fonte: Folha
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domingo, 10 de novembro de 2013

Países defendem resolução de Brasil e Alemanha contra espionagem, diz revista

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Vários países devem tomar parte em um projeto de resolução apresentado pela Alemanha e pelo Brasil contra a suposta espionagem dos EUA, disse o ministro de Relações Exteriores, Guido Westerwelle, segundo a revista alemã Welt am Sonntag. Os atos de vigilância foram revelados pelo ex-funcionário da Agência de Segurança Nacional dos EUA (NSA, na sigla em inglês) Edward Snowden.

"Países influentes de partes totalmente diferentes do mundo, como por exemplo a Indonésia," querem participar de uma resolução global, disse Westerwelle, acrescentando que o objetivo é estabelecer um acordo mundial para proteger os dados. O ministro acrescentou que a suspensão do acordo Swift com os EUA pode ser uma consequência do caso de espionagem.

Na quinta-feira, 7, Brasil e Alemanha apresentaram formalmente uma resolução na Assembleia Geral da ONU em que pedem para todos os países que estendam os direitos à privacidade garantidos internacionalmente à internet e a outras formas de comunicação eletrônica.
 
O texto foi apresentado após denúncias de que os Estados Unidos espiaram líderes mundiais, inclusive a presidente do Brasil, Dilma Rousseff, e a chanceler alemã, Angela Merkel. As notícias sobre o suposto grampo americano desagradaram aliados estadunidenses, mas os países não citam os Estados Unidos nem nenhuma outra nação no documento.
 
De acordo com a publicação alemã, a Áustria também entrou com uma ação contra réus não identificados por terem supostamente criado uma estação de monitoramento em Viena. As acusações também foram baseadas em documentos vazados por Snowden e declarações do ex-empregado da NSA Thomas Drak.
 
Fonte: Dow Jones Newswires.
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quinta-feira, 7 de novembro de 2013

Perspectivas do desenvolvimento das relações russo-brasileiras

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Há alguns dias a revista Forbes publicou um ranking das pessoas mais poderosos do planeta, no qual o presidente da Rússia Vladimir Putin ocupou o primeiro lugar. Comentamos isso, entre outros assuntos da cooperação bilateral, com o presidente da Câmara Brasil-Rússia, Gilberto Ramos.
O senhor Ramos me mostrou uma foto com o presidente russo, durante a primeira visita do presidente russo no Brasil. Conversamos sobre esta visita, como um documento visual no quadro da ampliação das relações russo-brasileiros.
Gilberto Ramos: Boa noite! Primeiramente, gostaria de dizer aqui que essa nomeação, a indicação do chefe de Estado russo, na minha visão, é extremamente oportuna por todas as medidas que a Rússia vem tomando na intermediação de conflitos como o que ocorreu na Síria. A Rússia fez uma intervenção, dizendo que era contra qualquer ação militar, e liderou esse processo.
Hoje a Síria está abrindo as suas portas. Por isso, certamente, mas não só por conta disso, a Rússia hoje em dia encontra a estabilidade econômica, política e no que diz respeito ao BRICS é um país que junto com o Brasil e com a China está liderando, naturalmente, a estabilidade, o crescimento estável do seu PIB.

Mas, meu relacionamento com o atual chefe de Estado russo data da época que eu morava em São Petersburgo. Ele era vice-prefeito da cidade, do então prefeito Anatoli Sobchak, nos encontramos algumas vezes.
Ele sempre me recebeu muito bem nas vezes que estivemos juntos naquela época, no início dos anos 90. Quando se tornou presidente nos encontramos em visitas empresariais coordenadas pela Câmara Brasil-Rússia. Um desse encpntros ocorreu há 8 anos, foi sua primeira visita ao Brasil como presidente. Uma semana antes coordenei toda a agenda dele como o então ministro do Esporte Vyacheslav Fetisov.
O encontro com Putin ocorreu no Itamaraty e no Planalto, onde foi tirada a foto que lhe mostrei. Naquela época falava-se da vinda da Gazprom para o Brasil e de outras empresas, o que ainda não aconteceu. Hoje trabalhamos juntamente com o Itamaraty, Ministério do Desenvolvimento Econômico da Rússia, Conselho Empresarial Brasil-Rússia e a Câmara Brasil-Rússia.
As reuniões da Comissão Intergovernamental (CIG) Brasil-Rússia de cooperação, do Conselho Empresarial Brasil-Rússia e do Conselho Empresarial aconetecerão no começo de dezembro.
Alexei Lazarev: Também em Curitiba?
Gilberto Ramos: Não, em Brasília.
Alexei Lazarev: Comissão Intergovernamental.
Gilberto Ramos: Nos dias 9 e 10 em Brasília acontecerá a reunião da Comissão intergovernamental Brasil-Rússia, CIG Brasil-Rússia de cooperação. Já a reunião do Conselho empresarial acontecerá nos dias 5 e 6 em Curitiba.
Nós estamos na coordenação dos dois eventos, além do de Curitiba. Envolvidos nisso estão os bancos BNDES e o Vnesheconombank, que conversaram bastante nas últimas semanas. A delegação do banco russo, Banco das Relações Exteriores e Desenvolvimento da Rússia, falou sobre apoio a projetos, inclusive em áreas sensíveis de altas tecnologias e inovações tecnológicas, desenvolvimento sustentável.
Quando nós falamos do desenvolvimento sustentável, isso significa o envolvimento de biotecnologias, nanotecnologias, semicondutores, área de desassoreamento de resíduos, enfim, tratamento de dejetos, lixo, o que representa grandes possibilidades.
No que diz respeito ao esporte, estamos ambos envolvidos em grandes realizações a Rússia com os jogos Olímpicos de inverno em Sochi e a Copa do Mundo no Brasil no próximo ano, lembrando que a próxima Copa do Mundo em 2018 acontecerá na Rússia. Isso representa uma grande possibilidade de cooperação entre os dois países em vários níveis, principalmente à nível de Direito, oq eu esta sendo estudado no momento.
Estamos pensando na possibilidade de fazer uma visita à Câmara Federal de Advogados ao Brasil, eventualmente, ao Supremo Tribunal Federal. As grandes bancadas de advogacia brasileiras tem demonstrando interesse em visitar também conosco nesse tempo as maiores bancadas russas. Visamos também a possibilidade de contactar agentes financeiros, de órgãos da área jurídica. Estive em contato com o é presidente da Romir Monitoring, e ele também tem interesse a começar a interagir com empresas brasileiras na área de propaganda, marketing, inclusive na área do desenvolvimento de marketing instituicional dos dois países.

É muito importante que a Rússia faça um trabalho mais maciço da divulgação da sua imagem aqui no Brasil, das suas empresas, tendo em vista o interesse delas chegarem no Brasil a atuarem no mercado brasileiro, para que se tornarem mais conhecidas. Esse trabalho de comunicação é extremamente importante.

Fonte: Voz da Rússia
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segunda-feira, 4 de novembro de 2013

Auditoria da ONU vê irregularidade no Haiti

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Auditorias secretas às quais o 'Estado' teve acesso alertaram para suspeitas de irregularidade na Missão de Paz no Haiti (Minustah), criada em 2004 e, desde então, sob o comando militar do Brasil. Entre os problemas identificados, há contratos superfaturados, pagamentos de serviços sem nota fiscal e licitações com suspeita de favorecimento de uma das empresas que obtiveram um contrato milionário.
Dois anos depois do início da missão, um primeiro relatório interno da ONU apontou as primeiras irregularidades. Numa carta de 20 de março de 2006 a Juan Gabriel Valdés, então representante especial do secretário-geral da ONU, Kofi Annan, a Divisão de Auditoria Interna revela sua preocupação com o que encontrou no Haiti. Uma das constatações foi que, dos US$ 8,4 milhões pagos pela Minustah a fornecedores locais, US$ 3,8 milhões foram feitos sem contrato escrito.
Outro alerta: as empresas fornecedoras estão "inflando recibos". Foi o caso da Haytian, que teria fornecido seus produtos com um ágio de 87% em comparação aos preços estabelecidos pelo governo. Segundo a auditoria, a empresa "começou a cobrar esse exorbitante valor adicional desde outubro de 2004, quando a missão estava iniciando as exigências por um plano de produção de energia". De acordo com a auditoria, o preço extra cobrado pela empresa levou a ONU a perder cerca de US$ 452 mil entre junho de 2004 e janeiro de 2006.
No mesmo relatório, os auditores revelam que a Minustah pagou US$ 7 mil por um serviço que foi realizado pelos próprios funcionários da ONU, além do gasto de US$ 56 mil para a compra de espaços nas rádios e camisetas sem a autorização do Departamento de Licitações.
Outro problema identificado foi com a compra de combustível para os mais de 2 mil carros, caminhões, tanques e aviões da ONU que estavam no país de 2005 a 2006. Dessa vez, a informação faz parte do relatório da Divisão de Auditoria Interna da ONU que foi publicado no dia 11 de janeiro de 2007.
A constatação é que mecanismos para evitar fraude nos combustíveis dos tanques não foram plenamente adotados. "Uma série de irregularidades ocorreu no processo de licitação de compra de combustíveis", afirma o documento. "A confidencialidade das propostas (das empresas que concorreram à licitação) não foi preservada e, no geral, faltou integridade ao processo", alerta o documento. Houve, segundo a análise, favorecimento de uma das empresas, a Dinasa, que conseguiu um contrato de US$ 8,7 milhões.
Na licitação para um dos contratos, as empresas Total, Dinasa e Skylink se apresentaram. "A Total ofereceu um preço muito menor que a oferta da Dinasa. Portanto, a Total deveria ter ganhado a licitação", afirmou a auditoria, sobre a primeira rodada de ofertas. Um motivo para isso, conclui o relatório, seria o acesso a "informações internas" da ONU.
Procurada pelo Estado, a agência responsável pela auditoria confirmou ter investigado o caso, mas se recusou a dar mais detalhes. Em Nova York, a ONU constatou novas suspeitas. "Os pagamentos (feitos pela missão) aos vendedores (de combustível) não eram embasados. Documentos necessários para justificar pagamentos não eram transmitidos para a Seção de Finanças", diz o documento.
 
Fonte: Estadão
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sábado, 2 de novembro de 2013

Espionagem paralisa várias negociações entre Brasil e EUA

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O escândalo da NSA, a agência de espionagem americana, paralisou várias negociações entre Brasil e EUA.
 
Desde a revelação de que a NSA espionava a presidente Dilma Rousseff e a Petrobras, o que levou ao cancelamento da visita de Estado que a presidente faria a Washington em outubro, uma série de iniciativas empacou.
 
O piloto do programa Global Entry, que permite a entrada facilitada de 1.500 empresários nos EUA, estava prestes a ser assinado e, por ordem do governo brasileiro, foi para a geladeira.
 
O acordo de Previdência está pronto, mas não foi assinado. Assim como o firmado com o Japão, permitiria que brasileiros morando nos EUA contassem seus anos de contribuição para uma aposentadoria brasileira, e o mesmo para americanos aqui. Segundo o Itamaraty, as dificuldades estão no lado americano.
 
"O ritmo passou de morno para morto", disse à Folha um envolvido nas negociações. "Está tudo parado". "Tanto EUA quanto Brasil estão irritados", disse um diplomata americano.
 
A Folha apurou que o secretário americano de Agricultura, Tom Vilsack, afirmou em agosto a interlocutores brasileiros que os EUA estavam prontos para abrir mercado para a carne bovina brasileira. O Brasil tenta há anos exportar carne bovina in natura para os EUA (só entra carne industrializada).
 
Vilsack disse a integrantes do governo brasileiro que a "regra proposta" para a abertura do mercado seria publicada pouco antes da visita de Dilma. Depois da publicação da "regra proposta", é feita uma consulta pública e aí é permitida a venda.
 
"Eles estavam prestes a anunciar a abertura do mercado para a carne bovina, mas agora não sabemos o que vai acontecer", diz Pedro Camargo Neto, ex-presidente da Abipecs, associação de exportadores de carne suína.
 
As reuniões do Diálogo de Energia e Diálogo de Defesa, em outubro, foram canceladas. O mesmo ocorreu com o Fórum de CEOs (diretores-executivos de empresas dos dois países). A parceria em comunicações e tecnologia da informação empacou. "O acordo não vai sair, ainda mais incluindo segurança cibernética", diz uma fonte.
 
"Há desgaste no relacionamento tanto aqui quanto lá, embora haja um esforço para controlar danos", diz Paulo Sotero, diretor do Brazil Institute do Wilson Center.
 
O ex-embaixador americano no Brasil Thomas Shannon disse a interlocutores que deixou o país em setembro "muito desgostoso", por causa da "despedida inadequada" que recebeu.
Além disso, autoridades americanas acreditam que Dilma está se aproveitando do problema para atacar os EUA e ganhar votos.
 
Já os brasileiros não viram contrição suficiente por parte dos EUA, que teriam sido mais enfáticos em seu pedido de desculpas à chanceler alemã, Angela Merkel, também espionada. "E a questão não vai desaparecer --ainda há milhares de documentos que devem fazer referência ao Brasil", diz Carl Meacham, diretor do Centro Américas no centro de pesquisas CSIS.
 
O Itamaraty afirmou que os acordos estavam sendo negociados em ritmo acelerado por causa da visita, mas, com a suspensão, apenas se "perdeu o senso de urgência".

Fonte: Folha
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Combate aéreo virtual acontecerá nos céus de Natal e Recife

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Considerado o maior treinamento de combate aéreo da América Latina, a sétima edição do Exercício Cruzeiro do Sul – CRUZEX Flight 2013 – vai levar aos céus do Nordeste brasileiro, entre 4 e 15 de novembro, caças supersônicos, aeronaves e helicópteros, de nove países.
 
Organizada pela Força Aérea Brasileira (FAB), a operação multinacional, que ocorre desde 2002, simula missões no ambiente de guerra moderna e até o salto de paraquedistas de forças especiais. Ao todo, irão participar da CRUZEX, em Natal (RN) e em Recife (PE), 96 aeronaves, envolvendo 2.000 militares da Argentina, Brasil, Canadá, Chile, Colômbia, Estados Unidos, Equador, Uruguai e Venezuela.

De acordo com o diretor do exercício, brigadeiro Mário Jordão, o padrão adotado durante a CRUZEX é o mesmo usado pela Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN), no qual caças realizam combates em velocidades supersônicas a centenas de quilômetros de altura (Air Superiority) ou em situações em que helicópteros voam baixo para resgatar um piloto amigo em território hostil (Combat Search and Rescue - C-SAR).

 
A CRUZEX exibe a perícia e as habilidades dos pilotos em manobras audaciosas, a bordo de aeronaves com alto grau tecnológico. Os pilotos executarão ações, por exemplo, de reabastecimento em voo com aviões-tanque.
 
O brigadeiro Jordão explica que apesar dos voos de dezenas de aeronaves juntas roubarem a cena, a interação e a cooperação entre os países são mais importantes. "Você tem um momento de uma ou duas horas na missão e as outras 22 horas do dia para conversar, para trocar informação. E é nessa hora que a gente aprende. Além disso, teremos ciclos de debates e aulas setorizadas, para cada tipo de atividade. Com isso, a Força Aérea Brasileira agrega bastante. E não só a brasileira, porque os outros países também estão interessados no que nós estamos realizando", diz.
 
Serão utilizados no exercício caças (A-1, A-4AR Skyhawk, A-29 Super Tucano, A-37 Dragonfly, F-16 Fighting Falcon, F-5M Tiger II, F-2000 Mirage e IA 58 Pucará), aeronaves de reabastecimento (KC-135 Stratotanker, KC-767 Júpiter e KC-130 Hercules), aviões de transporte e busca (C-130 Hercules, C-105 Amazonas e SC-105 Amazonas), aeronaves de reconhecimento (E-99 e RA-1) e helicópteros (AH-2 Sabre, H-34 Super Puma, H-1H Iroquois e H-60L Black Hawk).
 
Shot Validation
 
Uma das novidades da CRUZEX Flight 2013 é um pequeno aparelho levado no bolso dos pilotos que simulará o abate da aeronave (shot validation), já que o lançamento de mísseis só ocorre de forma fictícia.
 
Segundo o brigadeiro, agora será possível baixar todos os dados obtidos pelas aeronaves para saber, detalhadamente, o que aconteceu lá em cima. O shot validation é bastante útil para os debriefings, pois aumenta o nível de aprendizado dos pilotos.
 
Em Recife, controladores de tráfego aéreo do Centro Integrado de Defesa Aérea e Controle de Tráfego Aéreo (CINDACTA III) vão monitorar os movimentos das aeronaves e, em tempo real, validarão os disparos virtuais.
 
Enquanto isso, em solo, os pilotos discutirão os combates e como aconteceram as vitórias. “Será talvez um dos momentos mais interessantes dessa CRUZEX”, diz o brigadeiro Jordão. Para ele, é nesta hora que os pilotos vão entender suas vulnerabilidades e pontos fortes.
 
Portões Abertos
 
No dia 9 de novembro (sábado), em Natal, a FAB irá promover o “Portões Abertos”, evento gratuito ao público com a exposição de aviões e helicópteros. A programação também inclui demonstrações de paraquedismo, shows e atrações infantis.
 
Fonte: Ministério da Defesa
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quinta-feira, 31 de outubro de 2013

Brasil vai aprofundar cooperação em defesa com países da Europa Central

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Os países da Europa Central que compõem o chamado Grupo de Visegrád (Hungria, Polônia, República Checa e Eslováquia) manifestaram interesse em ampliar a cooperação com o Brasil na área militar. Os ministros da Defesa dos quatro países que compõem o fórum, também conhecido como V4, foram unânimes em reconhecer o Brasil como um parceiro relevante, com o qual pretendem desenvolver novas iniciativas e ampliar os projetos já existentes em campos como a fabricação de equipamentos e treinamento de pessoal.

A intenção de aprofundar relações na área de Defesa foi explicitada pelos representantes dos países do V4 durante o encontro dos ministros de Defesa realizado nesta terça-feira, em Bratislava, capital eslovaca.

Numa deferência concedida a poucas nações, o Brasil foi o primeiro país não europeu a ser convidado a participar do encontro, que ganhou o formato V4 + 1. Criado em 1991, o Grupo de Visegrád é uma aliança de ex-países comunistas da Europa Central de raízes comuns com o objetivo de firmar parcerias em diversos campos, entre eles o da Defesa. “A presença do Brasil é um exemplo da nossa vontade de cooperar fora da Europa”, disse o ministro da Defesa da Polônia, Tomas Siemoniak, durante a abertura do encontro.

A representação do Brasil no encontro ficou a cargo do ministro da Defesa, Celso Amorim. Ele aproveitou a viagem para realizar encontros bilaterais com os ministros da Defesa dos quatro países centro-europeus, além de audiências com autoridades do primeiro escalão do governo e do parlamento eslovaco.

Na avaliação de Amorim, os encontros bilaterais e a participação no fórum V4 abriram possibilidades concretas de cooperação em áreas de interesse do Brasil, tais como o desenvolvimento do avião cargueiro militar KC-390. A aeronave, que tem projeto da Força Aérea Brasileira (FAB) e está sendo desenvolvida pela Embraer, tem participação direta da República Checa.

Uma empresa desse país, a Aero Vodochody, produzirá peças do KC-390, como a fuselagem traseira e as portas da tripulação. A participação dessa companhia no projeto, como foi ressaltado durante as conversas realizadas em Bratislava, também significa o envolvimento indireto da Eslováquia na iniciativa, uma vez que parte dos acionistas da Aero são eslovacos.

A República Checa assinou com o Brasil, em 2010, um acordo de cooperação em defesa e uma declaração de intenção para desenvolvimento do avião KC-390. Na abertura do encontro do V4, o ministro da Defesa, Vlatimil Picek, reiterou a intenção de seu país em adquirir duas unidades do avião (KC-390) em 2020.

Defesa cibernética e formação militar

Durante os encontros realizados entre Amorim e seus contrapartes europeus também houve tratativas sobre a cooperação em setores como o de defesa cibernética, formação de militares e Defesa Química, Biológica, Radiológica e Nuclear (DQBN). “Acho que estamos abrindo um terreno novo”, afirmou Amorim na abertura do encontro. “É dessas parcerias aparentemente improváveis que nascem cooperações inovadoras”, completou. Segundo ele, o fato de os países do V4 pertencerem à Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN) não exclui a possibilidade de cooperação.


A partir de uma sugestão do ministro da República Checa, o Brasil deverá passar a integrar o grupo criado no âmbito do V4 para troca de experiências e informações sobre o avião espanhol de transporte militar Casa C-295 ( A FAB possui 12 unidades da aeronave). Com a Polônia, foi reiterada, entre outros aspectos, a disposição do Brasil de incrementar a já existente cooperação na formação de militares integrantes de unidades de elite, como as forças especiais.

Como decorrência das tratativas ocorridas, o ministro da Defesa da Eslováquia, Martin Glvác, anunciou a intenção de seu país de abrir uma adidância militar no Brasil. Anfitrião do encontro, o ministro eslovaco fez à Amorim e comitiva uma breve exposição sobre a defesa de seu país, que conjuntamente com os outros membros do Grupo de Visegrád realiza, atualmente, a modernização de suas forças armadas.

Amorim participou de audiência com Glvác na sede do Ministério da Defesa da Eslováquia, onde a comitiva brasileira foi recebida com honras militares. Ao final do encontro, houve visita a uma exposição montada em frente à sede do MD Eslovaco, com equipamentos militares produzidos por empresas do país, dentre os quais veículos blindados.

Na abertura do encontro do V4, Amorim convidou os ministros da Defesa dos países do Grupo a se reunirem novamente durante a Feira Internacional de Defesa e Segurança (LAAD), que ocorrerá no Brasil em 2015. Ele também agradeceu o convite que, em sua avaliação, permitiu ao Brasil diversificar suas parcerias . “O convite foi uma ótima oportunidade de dialogar bilateralmente e multilateralmente com os componentes desse grupo”, disse.

A participação brasileira no encontro e nas reuniões bilaterais teve o apoio da embaixadora do Brasil na Eslováquia, Susan Kleebank, e equipe. A comitiva do Ministério da Defesa contou ainda com a participação de assessores civis e de oficiais das Forças Armadas, dentre os quais o almirante e chefe de Assuntos Estratégicos do MD, Carlos Augusto de Sousa, e o brigadeiro e chefe do Departamento de Produtos de Defesa do MD, José Euclides Gonçalves.

Fonte: Ministério da Defesa
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terça-feira, 29 de outubro de 2013

Militares brasileiras exaltam experiência de atuar em missão no Haiti

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Reconhecida internacionalmente e elogiada no próprio Haiti – onde integra, desde 2004, missão de paz das Nações Unidas (Minustah) –, a atuação militar brasileira no país caribenho é moldada, também, pela crescente participação feminina nas tropas.
 
Tenente Gizelly em patrulha no município de Cité Soleil
 
Durante os quase dez anos de missão, 75 militares brasileiras já serviram no Haiti. Recentemente, a proporção de mulheres enviadas só tem aumentado. Dezesseis brasileiras compõem o efetivo atual, e outras 16 vão integrar o contingente que desembarca no país em dezembro.
 
“Sou apaixonada pela carreira militar, tenho fascínio em ouvir o hino nacional e me sinto orgulhosa por estar com a farda”, conta a capitão tenente Gislaine Cantamessa, lotada na base do Grupamento dos Fuzileiros Navais em Porto Príncipe, capital haitiana.
 
Ali, a médica da Marinha realiza um trabalho fundamental: cuidar da saúde do batalhão, ajudando a mantê-lo preparado para o desafio que a missão militar impõe. “Estou aqui em prol da paz. Mesmo sem estar na rua, ajudando diretamente os haitianos, apoio os militares que garantem a segurança desse povo tão sofrido”, diz.
 
A major do Exército Fátima da Costa também integra o atual contingente no Haiti. Na função de assistente jurídica, ela se ocupa de processos que abrangem desde a contratação de funcionários haitianos até eventuais acidentes de trânsito envolvendo integrantes das tropas brasileiras.
 
Segundo a major, a experiência trouxe a dupla oportunidade de trabalhar junto à tropa e conhecer uma nova cultura. “Eu nunca tinha vivido nada parecido. Além de estar em campo, trabalhando com o batalhão, há a convivência com o povo haitiano”, explica. “Consegui fazer amizades e saber como eles vivem. Tudo isso engrandece a minha vivência aqui.”
 
Tarefas variadas
 
A rotina das militares brasileiras no Haiti começa cedo. Elas acordam às 6h da manhã com o toque da alvorada. Vinte minutos depois, estão de pé para o treinamento militar, que envolve corrida e alongamento. O expediente vai de 8h às 18h. Aos sábados, trabalham até às 14h.
Militar brasileira participa de atividade promovida pelo batalhão em Porto Príncipe
Dependendo da Força de origem e da função que exercem – além de médicas e assistentes jurídicas, há dentistas, intérpretes, veterinárias e até administradoras –, elas também se revezam em outras atribuições, em esquema de plantão.
 
“Não há diferença entre homens e mulheres na atividade de peacekeeper [mantenedores da paz]. Ambos cumprem tarefas muito importantes, trabalhando diariamente com grande profissionalismo, responsabilidade e respeito”, diz o brasileiro que comanda os cerca de 7 mil soldados das Nações Unidas que atuam no Haiti, general Edson Leal Pujol.
 
“As mulheres, assim como os homens, trabalham em todo tipo de atividade, tais como oficial de Estado-Maior, pilotos, mecânicos de helicópteros e veículos, engenheiros, jornalistas, dentistas e médicos, entre outras”, completa o force commander da Minustah.
 
A tenente do Exército Gizelly Bandeira exemplifica o quão amplo pode ser o leque de atividades desempenhadas no Haiti. Como veterinária, é responsável pelo controle sanitário das três bases militares brasileiras. A atividade envolve a coordenação de ações de higienização e controle de alimentos e o tratamento de água e esgoto, além de outras medidas profiláticas que visam à redução da contaminação do batalhão.
 
Há anos o país caribenho sofre com condições sanitárias adversas. Dos 9,8 milhões de habitantes, 80% não possuem água encanada, cenário que torna imprescindível a adoção de cuidados capazes de ajudar na prevenção de enfermidades.
 
O trabalho da tenente, contudo, não se restringe aos desafios sanitários. Ela também gerencia um projeto de reflorestamento na capital Porto Príncipe. Segundo ela, nos últimos quatro meses, 2 mil mudas foram replantadas pelo Exército Brasileiro na cidade.
 
A iniciativa conta com o apoio da ONG Viva Rio, que tem sede no Haiti, e é prova viva de que aspectos humanitários e de segurança convivem em harmonia na atuação dos brasileiros e brasileiras que atuam na missão.
 
O que diz a ONU
 
As Nações Unidas estabelecem, como patamar mínimo, um percentual de 2% na participação de efetivos femininos em tropas que atuam sob sua égide em missões de paz.
 
Atualmente, dos quase 6.300 capacetes azuis que compõem a Minustah, 184 militares são mulheres (o equivalente a aproximadamente 3% do total). Segundo a porta voz da missão, Sophie Boutaud de La Combe, essa estatística tem se mantido estável nos últimos anos. No entanto, assegura, a ONU examina iniciativas para trazer mais mulheres para o campo.
 
Segundo o force commander da missão, general Edson Leal Pujol, o primeiro critério para seleção em operações de paz não é o gênero, mas o fato de o interessado apresentar-se como voluntário. Posteriormente, deverá receber instruções e treinamentos adequados, trabalho desenvolvido por cada país.
 
A triagem daqueles que irão compor o contingente também fica a cargo das diferentes nações. Embora a ONU recomende que os países contribuidores com tropas enviem, ao menos, 2% de mulheres, o quantitativo, assim como o critério de seleção, são decisões soberanas de cada país.

 
Fonte: Ministério da Defesa
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quinta-feira, 24 de outubro de 2013

Em meio a tensão, Brasil vai doar aviões a Moçambique

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A presidente Dilma Rousseff pediu ao Congresso autorização para doar três aviões Tucano T-27 para a Força Aérea de Moçambique, no momento em que o país africano vive seu momento de maior tensão desde o fim da guerra civil, em 1992.
 
O repasse, que precisa ser aprovado pelo Congresso, faz parte de pacote que inclui 25 carros de combate blindados do Exército para o Uruguai.
 
Esta é, segundo registros do Ministério da Defesa, a primeira vez que Moçambique pode receber equipamentos militares brasileiros.
 
Usada para treinamento pelo Brasil, a série de aviões Tucano T-27, da Embraer, foi adquirida pela Força Aérea Brasileira há 30 anos.
 
Além de destacar que os aviões não são de combate, a Defesa afirma que a decisão de repassar as aeronaves foi tomada muito antes do atual momento de tensão.
 
Moçambique é um dos maiores aliado do Brasil na África. O país abriga investimentos de empresas como a Vale e ações de agências como Embrapa e Fiocruz.
 
Os moçambicanos votarão em eleições municipais marcadas em 20 de novembro, e um antigo grupo militar rebelde, a Renamo (Resistência Nacional Moçambicana), renegou, nessa semana, o acordo de paz que pôs fim a uma das mais sangrentas guerras do continente.
 
Combates têm ocorrido entre a Renamo e forças governistas. O Exército ocupou uma base da Renamo.
 
A cooperação de defesa entre Brasil e Moçambique foi firmada em março de 2009. Em maio deste ano, a Defesa mandou ao Planalto a exposição de motivos para doar os aviões, argumentando que "tem se empenhado em celebrar acordos bilaterais com nações amigas, visando estreitar laços de amizade e permitir a participação mais efetiva do Brasil em questões internacionais".
 
Contudo, a presidente Dilma assinou a mensagem encaminhando ao Congresso o texto do projeto que autoriza a doação dos blindados e dos aviões somente na última segunda-feira, quando o conflito entre governo e oposição já havia se acirrado.
 
As mensagens da presidente foram publicadas no "Diário Oficial" anteontem, mesmo dia em que, por meio de nota divulgada pelo Itamaraty, o próprio governo brasileiro manifestou preocupação com "os incidentes ocorridos nos últimos dias".
 
As doações são praxe para se livrar de material obsoleto e desativado, quase sempre com elevados custos de manutenção. São usadas ainda, de acordo com a Defesa, para "suprir eventuais carências apresentadas pelas forças armadas de países amigos".
 
No ano passado, Dilma escolheu a Bolívia para entregar quatro helicópteros H-1H. Em 2011, o Equador foi selecionado para receber um Buffalo C -115, mas, no texto encaminhado esta semana aos congressistas, Dilma pede a revogação da doação.
 
No governo Lula, o Paraguai recebeu nove aviões, sendo seis Tucanos; o Equador ficou com dez aeronaves, e a Bolívia ganhou seis.
 
A FAB vem substituindo a frota de T-27 Tucano pelo modelo AT-29 Super Tucano.
No caso dos blindados, as negociações com o Uruguai estão sendo feitas desde 2011.
 
Fonte: Folha
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sábado, 12 de outubro de 2013

Boeing: 'progresso' em venda de caças foi 'adiado' sem ida de Dilma aos EUA

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A presidente da Boeing no Brasil, a ex-embaixadora dos Estados Unidos em Brasília Donna Hrinak, disse nesta sexta-feira que o "progresso" nas negociações entre a empresa e o governo brasileiro para a compra de caças para a Força Aérea Brasileira (FAB) foi "adiado" na mesma medida em que também foi adiada a vista de Estado da presidente Dilma Rousseff a Washington, marcada inicialmente para este mês.
 
Falando durante uma conferência sobre o Brasil na capital americana, Donna Hrinak disse, porém, que a companhia ainda acredita que está oferecendo "o melhor pacote em termos de inovação" e defendeu a escolha de sua companhia para fornecer as aeronaves, independentemente das tensões entre os dois países por conta do escândalo de espionagem.
 
"Lamentei muito, porque acho que era a coisa certa a se fazer (o governo brasileiro aceitar a oferta americana) na hora certa", disse Hrinak, durante o evento promovido pelo centro de estudos Wilson Center. "Isto dito, acho que as razões do adiamento foram certamente compreensíveis."
 
"Esperávamos que a visita de Estado sinalizasse que o Brasil e os EUA quisessem o tipo de parceira estratégica que tornasse possível para o Brasil decidir a nosso favor. O adiamento da visita significa que qualquer progresso a esse respeito também foi adiado", continuou Hrinak.
 
"Espero que, independentemente de quão justificado seja o ultraje do Brasil com a NSA (agência do governo dos Estados Unidos responsável por fazer espionagem eletrônica), isso não leve as pessoas a ignorar os benefícios que podem advir dessa parceria."
 
A Boeing (com seu caça F/A-18 Super Hornet) está disputando com a francesa Dassault (caça Rafale) e a sueca Saab (caça Gripen NG) a preferência do governo brasileiro, que pretende comprar 36 aeronaves para a FAB em um contrato estimado em US$ 4 bilhões. Entre as cláusulas estarão requerimentos de transferência de tecnologia para o Brasil.
 
O processo começou em 2001 e ficou paralisado entre 2005 e 2008 por causa da conjuntura internacional. Em agosto, o comandante da FAB, Juniti Saito, disse que o governo Dilma pretende encerrá-lo "em curto prazo".
Lamentações
 
A conferência está sendo realizada a apenas 12 dias da data em que a presidente Dilma Rousseff planejava visitar os EUA em caráter de Estado, em 23 de outubro. A visita foi oficialmente "adiada" - sem nova data para acontecer - após os escândalos envolvendo as denúncias de espionagem da NSA sobre a própria presidente Dilma Rousseff, seus ministros e a Petrobras.
 
Na abertura do seminário, o ex-embaixador americano no Brasil Anthony Harrington, presidente da Câmara de Comércio Brasil-EUA, disse que as razões para a visita continuam "profundas e válidas".
 
Ele defendeu que o setor empresarial dos dois países continue trabalhando para reforçar as parcerias - principalmente no campo da inovação, área de interesse para o Brasil - e deixe as questões envolvendo a NSA "para os diplomatas".
 
Mas o ex-diplomata brincou que o adiamento da visita foi provavelmente um "presente" de Dilma para presidente Barack Obama, pois poderia se dar em um momento em que, ironicamente, o governo federal continua fechado para os negócios.
 
O setor aéreo é uma das áreas em que Brasil e EUA têm um diálogo estratégico desde 2012, e no qual poderiam buscar resultados a partir de uma visita de Dilma a Washington.
 
O presidente da Embraer, Gary Spulak, ressaltou que 13 projetos destinados ao primeiro ano do diálogo aeroespacial - 90% do total - foram completados dentro do tempo, e que outras iniciativas, com horizonte de dois anos, devem ser estabelecidas em novos encontros do setor previstos para este mês.
 
Os projetos envolvem áreas como infraestrutura aérea, desenvolvimento de negócios, tráfego aéreo e certificação de aeronaves. O presidente da Embraer avaliou que este modelo de cooperação poderia se estender para outras áreas, como petróleo e gás e têxtil.
 
"Há tanto progresso em tantas frentes entre os nossos países", afirmou o executivo. "Esse ímpeto existe e criou vida própria porque é bom para ambos os países e as companhias do setor privado que operam (nos dois países)."
 
Fonte: Terra via Notimp
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Em carta, Brasil pediu a Thatcher para não enviar tropas às Malvinas

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Dias antes de as tropas britânicas desembarcarem de forma maciça nas Malvinas, na guerra de 1982 contra a Argentina, o governo brasileiro fez um último apelo direto à então primeira-ministra Margaret Thatcher para evitar o confronto.
 
É o que revela carta do então presidente João Baptista Figueiredo (1918-1999), enviada à premiê em 12 de maio daquele ano.

O documento, com registro de "caráter pessoal", foi identificado pela Folha no acervo da Fundação Margaret Thatcher, que cuida dos arquivos da "Dama de Ferro".
 
Segundo a entidade, a carta se tornou disponível este ano, em meio a outros papéis, dias antes de ela morrer, em 8 de abril, vítima de derrame.

Uma lei britânica prevê acesso a documentos de um governo depois de 30 anos.

O apelo de Figueiredo, que alerta para riscos a todo o continente, foi em vão. Nove dias depois, em 21 de maio, forças britânicas chegaram às Malvinas, numa reação à invasão argentina no dia 2 de abril, desencadeando o momento mais grave e sangrento da guerra.

A manchete da Folha do dia seguinte, 22, foi "Ingleses invadem Malvinas". A disputa durou até 14 de junho de 82, deixou mais de 900 mortos e terminou com vitória britânica. Até hoje, a diplomacia entre os dois países não superou a guerra.

No dia em que enviou a carta ao Reino Unido, Figueiredo visitava, em Washington, o presidente dos EUA, Ronald Reagan, aliado de Thatcher. O brasileiro se equilibrava numa tentativa de posição neutra em relação à guerra.
 
Figueiredo começa a mensagem a Thatcher citando uma carta dela do dia anterior, em que a premiê teria se mostrado disposta a iniciar uma negociação.

Diz o presidente: "Tendo em mente o avanço da atividade militar no Atlântico Sul, o que aumenta os riscos de um confronto armado de proporções graves, quero reiterar a Vossa Excelência a preocupação do meu país, do governo e da opinião pública, que tais riscos podem estragar os esforços diplomáticos que estão sendo feitos pelo Secretário-Geral das Nações Unidas, Sr. Perez de Cuellar".

"Tal ocorrência, como sua Excelência pode imaginar, pode ter repercussões graves e profundas tanto na imagem continental americana, bem como em todo o mundo", continua a carta. E conclui: "Espero, portanto, que as partes em nenhum momento deixem de adotar flexível e construtiva atitude nas presentes negociações nas Nações Unidas".

"RARO"

Mestre em História Comparada pela UFRJ (Universidade Federal do Rio de Janeiro) e um dos maiores estudiosos da posição do Brasil durante a guerra, Rafael Macedo Santos destaca a importância do documento, cujo conteúdo desconhecia.

Sabia-se até hoje apenas do teor de uma mensagem enviada um mês antes, 10 de abril, e divulgada na época pelos jornais.

"Sem dúvida, é um documento muito raro por se tratar de uma fonte primária. Figueiredo menciona diretamente os riscos para a segurança interamericana", afirma Macedo Santos.

"Essa carta de 12 de maio é importante porque foi a última tentativa do Brasil de buscar um acordo entre as partes, o que na altura dos acontecimentos, todos sabiam que parecia impossível", ressalta o historiador.

Uma carta de 10 de abril de 82, logo depois de a Argentina invadir as Malvinas, também foi liberada este ano pela fundação de Thatcher.

Nela, Figueiredo é mais discreto. O presidente pede que se encontre uma solução e coloca o Brasil à disposição para "contribuir" no diálogo.
 
Fonte: Folha
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quarta-feira, 9 de outubro de 2013

Ministro da Defesa russo irá ao Brasil e ao Peru para discutir cooperação militar

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O ministro da Defesa russo, Serguei Shoigu, tenciona discutir a cooperação técnico-militar com o Brasil e o Peru, durante uma visita a estes países sul-americanos.
 
Espera-se que, no Brasil, Serguei Shoigu e Anatoli Antonov, vice-ministro da Defesa para as relações internacionais, tenham reuniões com o ministro da Defesa, Celso Amorim, com o chefe do Estado-Maior, general José Carlos De Nardi, e, possivelmente, com a presidente do país, Dilma Rousseff. No Peru, a delegação russa se reunirá com o ministro da Defesa do país andino, Pedro Cateriano Bellido.
 
Na opinião do nosso perito Said Aminov, diretor do periódico russo Vestnik PVO (Boletim da Defesa Antiaérea), “a Rússia considera os países da América Latina uma importante zona de ampliação da cooperação técnico-militar, o que garante tanto a possibilidade de fornecimentos estratégicos de armamentos modernos, como o elevado nível de manutenção de equipamentos militares já fornecidos”.
 
Com efeito, os brasileiros manifestaram, por exemplo, o desejo de adquirir à Rússia novos sistemas eficientes de defesa antiaérea a fim de proteger os edifícios do Campeonato Mundial de Futebol de 2014. O nosso perito Said Aminov afirma, relativamente a este tema:
 
“O Brasil já tem atualmente a experiência de aquisição de equipamentos militares à Rússia. Já fornecemos os complexos de mísseis antiaéreos Iglae Igla-S. Agora, no quadro de ampliação da cooperação, será fornecido o novo complexo de defesa antiaérea Pantsir-S1, um sistema único em seu gênero. Este sistema inclui um canhão de tiro rápido e mísseis altamente eficientes de longo alcance, tudo isso instalado num só veículo de combate. De acordo com a vontade do cliente, o veículo pode ter propulsor de rodas ou de lagartas. O complexo Pantsir-S1 pode atingir alvos aéreos em todos os escalões da defesa antiaérea e defender alvos situados numa distância até vinte quilômetros. Nenhum dos nossos concorrentes no mercado internacional pode oferecer algo semelhante”.
 
De acordo com os dados da mídia, o valor da potencial transação no Brasil vai chegar a um bilhão de dólares americanos. Ao mesmo tempo, os peruanos revelam interesse em relação aos novos tanques russos. Ainda em setembro deste ano, eles visitaram a empresa dos Urais que produz o potente tanque T-90S. Agora o Peru manifesta a vontade de adotar estes tanques e os blindados de transporte de infantaria BTR-80A na qualidade de armamento orgânico, um total de 110 veículos.

“Na opinião dos militares peruanos, este modelo é muito requerido, o que foi também confirmado pelos contratos com a Índia, tanto no plano preço-qualidade, como no plano de eficiência combativa. São oferecidas diversas formas de contratos. De um modo geral, o tanque T-90S conquistou textualmente o seu nicho no mercado mundial. Além disso, o Peru enfrenta o problema de renovação do seu equipamento militar, fornecido anteriormente pela União Soviética. Por isso, a colaboração russo-peruana na esfera técnico-militar tem um caráter regular”.
 
Tanto a parte russa como os latino-americanos estão interessados em semelhantes contratos, o que é estímulo seguro de consolidação de todo o conjunto de relações multilaterais com este continente, tão distante, no plano geográfico, da Rússia.

No fim da próxima semana vamos abordar de novo a viagem da delegação militar russa ao Brasil e ao Peru para analisar os seus resultados.

Fonte: Voz da Rússia
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Um exercício acadêmico sobre a velha geopolítica

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Artigo de Kellie Meiman Hock (ex-diplomata e sócia-gerente de empresa mundial de consultoria estratégica) publicado no jornal Valor (19/9) dá argumento ao que queremos discutir: "Primeiro, por mais contraintuitivo que possa parecer, devemos (EUA e Brasil) ter uma séria discussão bilateral sobre a possibilidade de um reforço na cooperação em defesa. (...) os relatos preocupantes sobre a monitoração da NSA poderiam ter sido administrados de forma menos conflituosa, caso nossos governos colaborassem de forma mais estreita em questões de segurança, criminais e de defesa". A ser verdadeira a preocupação, a NSA buscava apenas informações que servissem à segurança e defesa dos EUA.
 
No quê e por que o Brasil preocuparia a NSA? Pouco antes da 2.a Guerra, o Comando militar dos EUA elaborou os planos Arco-íris e Pote de Ouro, que previam, um, a chegada de tropas alemãs ao Canal do Panamá; outro, o estabelecimento da primeira linha de defesa do território norte-americano no Paralelo 10 Sul, obrigando à ocupação de parte do Nordeste brasileiro. A evolução da tecnologia e da arte militares tornou essa hipótese de guerra sem sentido. Não eliminou, porém, um elemento importante para quem cuida de segurança e defesa - o espaço, que não deve ser compreendido apenas como território. Nele se compreendem recursos naturais e população, afora dever sempre ser visto a partir de sua posição.
 
Dessa perspectiva, o Brasil é importante em qualquer estudo geopolítico, seja pela extensão territorial, seja pela posição que ocupa na América do Sul, podendo projetar poder. Foi, com certeza, tendo em mente o espaço (extensão e posição) que os EUA sempre procuraram, especialmente depois de 1939, ter boas relações, podendo chegar a ser especiais, com o Brasil. Hoje, seguramente, associam espaço à possibilidade de Brasília influenciar políticas, se não contrárias, ao menos restritivas à política externa dos EUA.
 
Foi igualmente tendo em conta esses elementos, além da projeção internacional que o Brasil conseguira nos governos anteriores, que a política externa do governo Lula, continuada pelo atual até o episódio NSA, procurou distanciar-se dos EUA sem dar margem a atritos sérios e, ao mesmo tempo, buscando fazer que o País fosse reconhecido e se mantivesse como a grande potência no Hemisfério Sul Ocidental. A Comunidade de Estados Latino-Americanos e Caribenhos - forma de engessar a OEA e trazer Cuba para um mais íntimo convívio sul-americano - e a União de Nações Sul-Americanas (Unasul) foram, até agora, os ativos construídos, que só terão sentido se for considerado esse objetivo.
 
A ação conjunta com a Turquia para mediar a crise com o Irã e o empenho do Brasil em fazer do Brics uma organização capaz de diminuir a importância e a influência do FMI e do Bird - apesar das dificuldades para constituir um fundo financeiro de auxílio mútuo e um banco de desenvolvimento próprio - com certeza levaram os responsáveis pela segurança e defesa dos EUA a não mais ver o Brasil como Estado sempre , confiável. É como se, em seus "Moody"s" estratégicos, o Brasil passasse de AA+ para AA.
 
Alguns "falcões" poderão insistirem que se considerem outras posições do Planalto, tais como a insistência em se opor a qualquer intervenção armada na Síria, somando vozes às da Rússia e da China, e o adiamento da visita a Washington. Se sua posição for predominante, o Brasil será visto não mais como AA, mas sim como A+. Mais ainda: o fato de a Rússia ter proposto que o País participe da comissão que deverá investigar o armamento químico da Síria indica que Putin pode estar classificando o Brasil, no seu "Moody"s" particular, como AA+. Afinal, pertence ao Brics e ao Mercosul...
 
O novo mapa pode ser traçado a partir da criação do acordo comercial Chile, Peru, Colômbia e México. Esquecendo por ora o México (e o Nafta, convém lembrar), o mapa geopolítico mostra-nos duas Américas: a Transandina e a Cisandina, esta ligada ao Brics. Mais do que cartográfica, a divisão deve ser vista como política, porque o bolivarianismo é uma proposta política que busca ter com o Mercosul, depois do ingresso da Venezuela, ex-pressão política internacional. Deve-se notar que, morto Chávez, o bolivarianismo por assim dizer ficou órfão de liderança - falta-lhe quem agrida retoricamente os EUA, ainda que mantendo com eles boas relações comerciais.
 
O episódio da espionagem de iniciativa da NSA forneceu à presidente Rousseff, ao que tudo indica, a oportunidade de substituir o falecido líder venezuelano. Dois episódios permitem essa conclusão, ainda que audaciosa: o ultimato a Obama em São Petersburgo, depois de um enfrentamento ostensivo em resposta à espionagem, e, agora, o convite para que o Paraguai assuma a presidência pro tempore do Mercosul em dezembro, ocasião em que a Argentina deveria assumir a função. Essa seria, na opinião da presidente, a fórmula capaz de permitir a reintegração definitiva do Paraguai no bloco.
 
A proposta, pelo que se pode deduzir, é pessoal, da Sra. Rousseff, feita sem consulta prévia a Christina Kirchner. Se a Sra. Kirchner foi surpreendida com a informação, estamos diante de uma descortesia. Essa descortesia, associada ao ultimato, caracterizaria não uma defesa firme da soberania nacional, como alguns supõem, mas exclusivamente, como poderiam apontar os gregos antigos, um comportamento governado por húbris ("orgulho arrogante ou autoconfiança excessiva", conforme registra o dicionário).
 
Fonte: Estadão
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segunda-feira, 7 de outubro de 2013

Canadá espionou Ministério de Minas e Energia brasileiro, diz documento

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A Agência Canadense de Segurança de Comunicação (CSEC, na sigla em inglês) teria espionado telefonemas e emails do Ministério de Minas e Energia (MME) brasileiro, segundo documento revelado pelo programa "Fantástico" neste domingo.
 
A reportagem cita uma apresentação sobre uma ferramenta da CSEC feita durante um encontro de analistas de espionagem de cinco países (EUA, Reino Unido, Canadá, Austrália e Nova Zelândia) em junho de 2012. O caso do mapeamento sobre o MME foi usado como exemplo da aplicação da ferramenta.
 
O documento foi obtido pelo ex-técnico da americana NSA (Agência de Segurança Nacional) Edward Snowden, que revelou um amplo esquema de espionagem dos EUA neste ano. Snowden, que hoje está asilado na Rússia, esteve no encontro de 2012 e entregou os papeis revelados ontem ao jornalista americano Glenn Greenwald em Hong Kong em maio.
 
Segundo a apresentação, o programa "Olympia" foi usado pela agência canadense para mapear ligações telefônicas e comunicações por computador do ministério, incluindo emails.
 
Aparentemente, a CSEC só teve acesso aos chamados "metadados", que são os registros sobre a comunicação (destinatário, remetente, datas e horários das ligações e dos emails), mas não ao conteúdo das mensagens.
 
De acordo com a reportagem do Fantástico, no entanto, os canadenses conseguiram identificar números de celulares, registros dos chips e, inclusive, marcas e modelos dos aparelhos usados na comunicação.
 
Foram rastreadas ligações do MME com a Olade (Organização Latino-americana de Energia), com sede em Quito, no Equador, e trocas de emails entre computadores do ministério e de países do Oriente Médio, da África do Sul e do próprio Canadá.
 
INTERESSES
 
Como reconheceu o ministro de Minas e Energia, Edison Lobão, o Canadá tem "interesse no Brasil, sobretudo nesse setor mineral". "Há muitas empresas canadenses que manifestam interesse no país. Se daí vai o interesse em espionagem pra servir empresarialmente a determinados grupos, eu não posso dizer", afirmou ao "Fantástico".
 
Uma das preocupações é a comunicação do MME com a Agência Nacional do Petróleo, responsável pelos leilões para exploração de petróleo no país.
 
"Eu acho que configura um fato grave que merece repúdio. Aliás a presidenta Dilma já o fez amplamente na ONU", disse Lobão.
 
Um dos celulares monitorados foi o do subsecretário para África e Oriente Médio do Itamaraty, Paulo Cordeiro, que foi embaixador no Canadá entre 2008 e 2010.
 
No período em que seu telefone teria sido monitorado, contudo, ele já estava na função de subsecretário para as duas regiões. Nesta função, o embaixador é um dos principais interlocutores entre empresas brasileiras ligadas ao setor de Energia, como Vale e Petrobras, e governos africanos.
 
"Na nossa atividade, há sempre uma probabilidade de que você esteja sendo escutado por amigos e inimigos. Você procura ter precauções, mas acaba surpreendido quando vê que caiu naquilo", disse Cordeiro à Folha.
 
Ele acredita, contudo, que muita coisa não ficou exposta. "Quando são conversas mais sérias, trabalhamos com telegramas cifrados. O mais importante não é falado por telefone."

Fonte: Folha
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