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segunda-feira, 23 de setembro de 2013

Fragata do Brasil patrulha corredor da guerra civil síria

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A fragata F-45 União, da Marinha do Brasil, está na zona de guerra, no Mediterrâneo, no eixo marítimo do provável escoamento clandestino de armas para o grupo radical Hez-bolla - mas não apenas. Segundo o porta-voz das Forças Navais Libanesas, Ismail Sliarif, "há umá grande preocupação com o contrabando endereçado ao conflito civil sírio.
 
O navio brasileiro e o líder da Força Interina das Nações Unidas no Líbano (Unitil). A frota tem sete unidades, alem da F-45 União: duas da Alemanha, duas de Bangladesh, unia da Indonésia, uma da Turquia e uma da Grécia.
 
Há 269 militares brasileiros, 208 dos quais são tripulantes da Armada, a bordo da fragata - os demais são especialistas, como os 14 do Destacamento Aéreo, os 19 fuzileiros navais, os 15 oficiais do Estado-Maior, os quatro do Corpo de Saúde e os nove mergulhadores de combate.
 
Esta é a segunda vez que a F-45 atua na região. Ela foi a primeira capitânia do Brasil da FT-Unifil ern 2011, Outras unidades nacionaís da classe assumiram a tarefa depois, a intervalos de aproximadamente seis meses.
 
Desde o começo da participação da Marinha no processo, foram realizadas 19.250 interrogações e cerca de 1.550 inspeções. Essa etapa do procedimento é executada exclusivamente por equipes das forças libanesas.
 
Tensão - Não é um trabalho burocrático. Talvez 100 disparos reais, porém de advertência, foram realizados para intimidar e constranger embarcações geralmente mercantes, que se recusam a obedecer à norma de verificação estabelecida no mandato da ONU.
 
Ismail Sharíf garante que "em várias ocasiões o radar de vigilância indicou a presença de drones, os veículos aéreos não tripulados, cruzando o espaço a grande altitude em clara função de observação sobre o mar".
 
Nada se compara, porém, à tensão causada pelo sobrevoo de caças de Israel, Um oficial, ex-integrante do grupamento brasileiro conta que, quase todos os dias, os jatos supersônicos Falcon F-16I invadem o limite do Líbano e cruzam o corredor marítimo utilizado pelos contrabandistas de armas.
 
"Por esse mesmo motivo, também estamos nessas coordenadas", explica o comandante. E é aí que os pilotos israelenses testam os limites: ativam seus radares e esperam o sinal de detecção do sistema do navio, medindo, assim, o tempo de resposta, "É um jogo pesado de alto risco: uma informação mal interpretada pode ter consequências muito sérias, dramáticas", pondera o militar brasileiro.
 
A F-45 União, comandada pelo capitão Gustavo Galero Garriga (o comandante da FT é o contra-almirante Joése de Andrade Bandeira) é a mais nova das seis fragatas compradas, há 40 anos, na Grã-Bretanha durante o governo de Ernesto Geisel. As últimas três foram construídas no Rio. Entre 1997 e 2003, todas passaram por um programa de revitalização, ganhando novos radares, recursos eletrônicos sofisticados e armas avançadas.
 
Celso Amorim, ministro da Defesa, afirmou sexta-feira que o Brasil é "um país provedor da paz", no Instituto Rio Branco, onde são formados diplomatas. O ministro explicou que política externa e política de defesa se complementam na tarefa, tanto no conjunto regional como no sistema internacional, contexto em que se situam as missões pacificadoras como a da UnifiL.
 
Fonte: Estadão
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segunda-feira, 16 de setembro de 2013

Brasil cobra do Conselho de Segurança fim do fluxo de armas à Síria

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Mesmo depois que o presidente sírio Bashar al-Assad decidiu ceder e eliminar seu arsenal de armas químicas, o Brasil cobrou nesta segunda-feira mais um passo para a resolução da crise síria, que se estende por mais de dois anos: o fim da entrada de armas convencionais ao país. Ainda não há proposta sobre o tema no Conselho de Segurança das Nações Unidas, mas o Brasil defende que parta do colegiado uma determinação nesse sentido.
“Defendemos a cessação imediata do fluxo de armas para a Síria. Esse fluxo de armas só tem agravado o drama humanitário”, afirmou o ministro das Relações Exteriores, Luiz Alberto Figueiredo. “Esse fluxo de armas é parte do problema. E portanto, tem de ser equacionado. Sem dúvida, nós esperaríamos que o Conselho de Segurança, se for de acordo, determinar uma cessação disso”.
 
Segundo o chanceler, a significante comunidade de descendência síria no País torna a busca para uma solução ao conflito um tema sensível ao governo brasileiro. A escalada da violência entre forças do governo e rebeldes já provocou a fuga de 2 milhões de refugiados.
A exemplo de outras declarações do governo brasileiro, Figueiredo rechaçou a proposta de uma intervenção militar sem autorização do Conselho de Segurança. “Não existe uma solução militar para o conflito na síria, a solução tem de ser negociada”, afirmou. Ele felicitou o acordo encontrado pelos governos dos Estados Unidos e da Rússia pela extinção de armas químicas e defendeu a importância de uma nova conferência multilateral para intermediar um diálogo entre rebeldes e governo.
“Defendemos a realização no mais curto prazo possível de uma nova conferência internacional sobre a Síria que permita a realização desse diálogo direto entre as partes em busca de uma solução política”, disse o chanceler brasileiro.
 
Fonte: Terra
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domingo, 15 de setembro de 2013

Brasil acolhe satisfeito adesão da Síria à Convenção contra armas químicas

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O Governo brasileiro acolheu neste sábado com "satisfação" a adesão da Síria à Convenção Internacional para a Proibição das Armas Químicas e comemorou sua intenção de "aplicá-la imediatamente".
 
Em comunicado do Ministério das Relações Exteriores, o Brasil lembrou que como um dos "signatários originais" da convenção, espera que a adesão da Síria "impulsione a universalização desse instrumento e conduza a busca do objetivo de um mundo livre de todas as armas químicas".
 
O secretário-geral das Nações Unidas, Ban Ki-moon, recebeu neste sábado os documentos necessários para que a Síria se una à convenção, com os quais o país árabe formaliza sua adesão, segundo informou a ONU.
 
A inclusão da Síria na convenção faz parte dos requisitos enunciados pela comunidade internacional para evitar um ataque limitado contra o país, depois que supostamente o regime de Bashar al Assad fez uso deste tipo de armamento no dia 21 de agosto.
 
"O Brasil comemora também o acordo feito por Estados Unidos e Rússia sobre a eliminação de armas químicas sírias", apontou a nota.
 
EUA e Rússia chegaram também neste sábado a um acordo para que se inspecionem de maneira "imediata e total" todos os locais de armazenagem de armas químicas em solo sírio para que depois sejam destruídas.
 
O Brasil "acredita que tais medidas contribuirão significativamente para dar novo vigor à busca de uma solução negociada para atender as legítimas aspirações da sociedade síria".
 
"Nesse sentido, o Brasil reitera seu inequívoco apoio ao representante especial da ONU e da Liga Árabe, Lakhdar Brahimi, e à realização de uma nova conferência internacional sobre a Síria, para cujo sucesso continua pronto para contribuir", especificou a Chancelaria.
 
Fonte: EFE
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terça-feira, 10 de setembro de 2013

Conflito na Síria pode impactar crescimento do Brasil

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Apesar de a Síria não figurar entre os principais parceiros comerciais do Brasil, uma eventual intervenção militar no país, liderada pelos Estados Unidos, poderia ter um impacto negativo sobre a economia brasileira, adiando a retomada esperada pelo governo.
A opinião é de especialistas ouvidos pela BBC Brasil. Eles ressalvam, entretanto, que a intensidade desse revés dependerá da duração e da extensão do ataque ao país do Oriente Médio.
 
Em 2011, quando teve início o levante contra o presidente Bashar al-Assad, a Síria era apenas o 41º maior parceiro comercial do Brasil.
Ainda assim, segundo os especialistas, a economia brasileira não ficaria imune a um possível contágio de um conflito no país, que viria, principalmente, de um aumento na cotação internacional do petróleo.
Embora não seja um grande produtor da matéria-prima (ocupa a 32º posição, segundo um ranking global produzido pela Agência de Energia Internacional), a Síria possui uma localização geopolítica importante no Oriente Médio.
"A Síria está muito próxima de grandes produtores de petróleo, como a Arábia Saudita, o Irã e o Iraque. Uma intervenção militar no país poderia evoluir para um conflito regional", diz à BBC Brasil Creomar de Souza, professor de Relações Internacionais da Universidade Católica de Brasília.
"A escalada do confronto poderia reduzir a oferta dessa matéria-prima e isso se refletiria em um aumento dos preços em nível internacional", acrescenta.
Souza ressalta que tal quadro tenderia a se agravar com a proximidade do inverno no Hemisfério Norte, no final do ano, quando a demanda por petróleo para calefação costuma aumentar.
Custos maiores
 
"Com o petróleo mais caro, o custo da energia sobe, o que prejudica diversos setores da economia", avalia Heni Ozi Cukier, da Escola Superior de Propaganda e Marketing (ESPM) de São Paulo.
"Se o combustível para o transporte de mercadorias aumenta, por exemplo, os produtos também ficam mais caros", acrescenta.
Cukier lembra ainda que o aumento da cotação internacional do petróleo reduziria a competitividade da economia chinesa, essencialmente exportadora. Uma retração na atividade econômica da China, por sua vez, ameaçaria a incipiente recuperação da economia mundial.
"Para o Brasil, os efeitos seriam mais nocivos porque a China é o nosso principal parceiro comercial", afirma Cukier.
De acordo com os especialistas, um eventual aumento na cotação internacional do petróleo também elevaria a pressão por um reajuste no preço dos combustíveis no Brasil, atualmente controlado pela Petrobras.
Hoje, para suprir a demanda interna, a estatal importa petróleo a preços de mercado e vende mais barato localmente.
O adiamento do repasse aos consumidores vem causando um rombo nas contas da empresa, que poderia ser ampliado caso um conflito na Síria estoure, lembram os especialistas.
Por outro lado, destacam eles, um reajuste no preço dos combustíveis, se concretizado, poderia impactar negativamente o controle da inflação, que já está próxima da meta determinada pelo governo (6,5%).
"Mas para garantir a saúde financeira da empresa, essa conta terá de ser paga pelo consumidor, mais cedo ou mais tarde", diz Souza.
Efeito rebote
Além de pagar mais pelo petróleo, o Brasil também poderia sofrer "um efeito rebote" por causa de uma nova incursão militar dos EUA no Oriente Médio.
"Um novo confronto armado agravaria o endividamento público dos Estados Unidos, o que restringiria ainda mais os gastos do governo. Essa limitação seria prejudicial em um momento em que a atividade econômica dos EUA começa a dar os primeiros sinais de recuperação", afirma Creomar de Souza, da Universidade Católica de Brasília.
Neste sentido, uma retração da economia nos EUA poderia contaminar o restante do mundo, ameaçando a retomada da atividade econômica global, destacam os especialistas.
 
Em última instância, poderia haver ainda uma intensificação da migração de recursos do Brasil – bem como de outros emergentes - para ativos mais seguros, como o dólar ou o ouro.
"Essa saída de investimentos já vem ocorrendo diante da perspectiva de que o Federal Reserve (Fed, o banco central americano) reduza os estímulos à economia e tende a se fortalecer caso o conflito se agrave", diz Cukier, da ESPM.
Investidores são avessos a riscos e costumam, em momentos de grande instabilidade internacional, buscar investimentos mais seguros, como títulos de dívida do Tesouro americano, em detrimento de aplicações em bolsa de valores, especialmente dos emergentes.
Uma eventual fuga maciça de recursos valorizaria ainda mais a moeda americana frente ao real, o que encareceria os importados e impactaria negativamente a inflação.
"Diante de tal cenário, a economia brasileira poderia crescer menos", avalia Cukier.
Cenário internacional
Na segunda-feira, em entrevista à rede de TV americana NBC, o presidente dos EUA, Barack Obama, descreveu como um "avanço" a proposta de que o governo de Bashar al-Assad coloque as supostas armas químicas sob controle internacional para serem destruídas.
A sugestão havia sido dada pelo secretário de Estado americano, John Kerry, e posteriormente endossada pelo chanceler russo, Sergei Lavrov, para evitar uma intervenção militar dos EUA no país.
No mesmo dia, o Senado americano adiou para quarta-feira a votação sobre a intervenção militar na Síria.
Obama já havia demonstrado ser a favor de uma ação no país, inicialmente sem o uso de forças terrestres. Ele aguarda, no entanto, o aval do Congresso para dar sinal verde à ofensiva.

Fonte: BBC Brasil
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quarta-feira, 6 de março de 2013

Irã de Khomeini buscou armas com a ditadura brasileira

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Um conjunto de documentos confidenciais do Comando da Marinha revela que a ditadura brasileira se aproximou do Irã do aiatolá Khomeini, fundador da República Islâmica, em plena guerra Irã-Iraque (1980-1989).
 
Os papéis estão sob controle do arquivo do Comando da Marinha. A Folha revelou ontem que pelo menos seis ministérios e as três Forças retêm milhares de páginas da ditadura militar (1964-1985).
 
Os documentos demonstram que a ditadura recebeu emissários do primeiro escalão do governo iraniano para uma visita a cerca de 40 fábricas no Brasil, quase todas de armamentos militares.
 
Em troca, conforme uma carta entregue ao então ministro da Marinha, Maximiano da Silva Fonseca, pela Embaixada do Irã em Brasília, o país iria vender petróleo ao Brasil "sem a garantia bancária hoje exigida pelo governo" e também transferir valores do governo iraniano depositados em outros países para uma conta do Banco do Brasil no exterior.
 
Um documento assinado por cinco ministros (entre os quais o da Fazenda, Delfim Netto) afirma ao então presidente, João Figueiredo, que "nenhuma outra nação amiga" estava disposta a oferecer os mesmos benefícios ao Irã, e, portanto, seria uma oportunidade para o Brasil.
 
Mas outros dois documentos secretos registram que o Brasil não deu sequência à ideia original de trocar petróleo por armamentos. A operação não vingou porque o Brasil já estava vendendo equipamentos militares ao inimigo do Irã, o Iraque.
 
O Brasil havia se declarado formalmente neutro no conflito, mas continuou vendendo armas ao Iraque sob a alegação de que havia contratos anteriores ao início da guerra. Um documento diz que as vendas ao Iraque atingiram US$ 870 milhões entre 1979 e 1984, em valores não corrigidos.

Contudo, os documentos agora obtidos pela Folha revelam que o Brasil fez vistas grossas às vendas indiretas. Ou seja, o Brasil vendia a uma empresa no exterior, que depois a repassava ao Irã. É o que consta de uma carta "secreta e urgentíssima" assinada pelo então ministro das Relações Exteriores, Ramiro Saraiva Guerreiro.
 
"Não chegou a ser excluída inteiramente, contudo, a possibilidade de algum tipo de entendimento comercial com o Irã no caso de material militar pouco sensível", escreveu o ministro. "Nessa ordem de pensamento", continuou, os negócios "se efetivariam através de terceiros, conforme sugeriram os próprios iranianos".
 
Trinta anos depois dessas negociações, o ex-ministro Delfim Netto disse à Folha não se lembrar dos documentos que assinou, mas considerou não ser "uma má ideia" trocar armas por petróleo. "A situação do balanço de pagamentos em 1983 era dramática e o Brasil tinha enorme dificuldade de financiar as importações de petróleo, sem as quais a economia entraria em colapso", disse o ex-ministro, por e-mail.
 
A Embaixada do Irã em Brasília, procurada, não se manifestou até a publicação desta notícia.
 
Fonte: Folha
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quarta-feira, 30 de maio de 2012

Itamaraty diz que Brasil não vai expulsar diplomatas sírios

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O ministro de Relações Exteriores Antônio Patriota afirmou nesta terça-feira que o Brasil não pretende, pelo menos por enquanto expulsar diplomatas sírios, a exemplo de países ocidentais como EUA, Alemanha e Reino Unido.

Patriota afirmou que o país se "associa integralmente" à declaração dada pelo Conselho de Segurança da ONU no domingo à noite, repudiando os ataques. Ele manifestou "preocupação com esses desenvolvimentos que são obviamente inaceitáveis".

O ministro afirmou que pretende aguardar as declarações do enviado especial do conselho a Damasco, Kofi Annan para saber quais serão as estratégias adotadas. "O Brasil sempre se pauta pelas decisões adotadas em âmbito multilateral pelo Conselho de Segurança, estando nele ou não", afirmou.

De acordo com o porta-voz da chancelaria brasileira, Tovar Nunes, o "diálogo com a Síria tem que ser mantido". "Se expulsarmos os diplomatas sírios do país, não vai ter mais diálogo", afirmou.

Patriota se encontrou hoje com Uri Rosenthal, ministro dos negócios estrangeiros da Holanda. Rosenthal afirmou que os Países Baixos seguem a posição da União Europeia, que está mandando os diplomatas de volta para a Síria. Como o país não pode expulsar o embaixador sírio em Haia (que tem residência no território), declarou-o como "persona non grata".

O ministro holandês disse ainda que "a época [do ditador sírio Bashar al] Assad já foi" e que os europeus esperam que agora ele tenha "entendido a mensagem". "A responsabilidade básica do que aconteceu e do que está acontecendo na Síria é desse regime", afirmou.

EXPULSÃO

Nove países ocidentais --EUA, Reino Unido, Canadá, Austrália, França, Alemanha, Itália, Espanha e Bulgária-- anunciaram a expulsão de representantes diplomáticos sírios, como manifestação de repúdio pelo massacre deste final de semana na cidade de Houla.

A Holanda, a Béligica e a Suécia não expulsaram diplomatas, mas os declararam 'persona non grata'.
Israel, que não tem relações diplomáticas com a Síria, comemorou a decisão dos países ocidentais.

"A expulsão dos embaixadores da Síria é um novo passo no caminho para derrotar o regime da família
Assad. Outros governos do mundo deveriam agir de maneira similar", disse o ministro israelense da Defesa, Ehud Barak, em um discurso em seu Ministério.
Assad, acrescentou Barak, "não pode continuar fazendo parte da comunidade das nações".

O grupo oposicionista CNS (Conselho Nacional Sírio) também congratulou a comunidade internacional pela expulsão dos representantes diplomáticos.

"O CNS dá apoio total a essas medidas" e "convoca a comunidade internacional a romper todos os laços diplomáticos com o regime sírio", declarou o grupo oposicionista, em comunicado oficial.

MASSACRE

Antes do massacre em Houla e após o acordo de cessar-fogo, quase 2.000 já morreram por conta da repressão do regime sírio e de confrontos com os movimentos insurgentes.

No episódio, mais 87 pessoas morreram somente no domingo, além de outras 41 nesta segunda. Relatos iniciais da oposição apontam outras dezenas nesta terça-feira.

A sucessão de episódios violentos parece ter afetado até mesmo os poucos aliados que Assad ainda tinha junto à comunidade internacional.

Ontem, até mesmo a Rússia, uma das vozes isoladas em defesa de Assad, apontou a culpa (parcial) do regime sírio no massacre de Houla.

Fonte: Folha
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quarta-feira, 23 de maio de 2012

Brasil quer aumentar cooperação com Líbano, diz Amorim

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O ministro da Defesa, Celso Amorim, afirmou nesta segunda-feira, durante uma visita a Beirute, que o Brasil pretende aumentar a cooperação militar com o Líbano. O ministro viajou ao país para participar da transferência de tarefas entre almirantes brasileiros dentro das Forças Marítimas da ONU no país árabe.

Amorim, que realizou uma série de reuniões com autoridades libanesas, examinou as formas de reforçar a colaboração entre o Exército brasileiro e o libanês, segundo a imprensa local. Ele também destacou que a cooperação entre ambos países 'é de grande importância, dadas as relações históricas entre Líbano e Brasil, que acolhe oito milhões de habitantes de origem libanesa'.

Durante sua estadia, Amorim se reuniu com o ministro libanês das Relações Exteriores, Adnan Mansur; com o de Defesa, Fayez Ghosn, e com o chefe do Exército, o general Jean Kajwayi. O ministro brasileiro condecorou Kajwayi com a Ordem do Mérito da Defesa e entregou para Ghosn um convite oficial de visita ao Brasil.

A Força Interina das Nações Unidas no Líbano (Finul), liderada atualmente pelo Brasil, foi montada em outubro de 2006 a pedido do governo local para ajudar a Marinha libanesa a impedir a entrada de armas e outros materiais não autorizados no país. Um total de 15 países contribuiram enviando tropas para esta força, entre eles Espanha, França, Alemanha, Itália, Brasil, Turquia, Bangladesh e Indonésia.

Fonte: EXAME
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segunda-feira, 27 de fevereiro de 2012

Brasil é contra armar oposição na Síria e intervenção militar no país

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O Brasil é contra a entrega de armas à oposição na Síria e a uma possível intervenção militar no país, afirmou a ministra da Secretaria de Direitos Humanos, Maria do Rosário Nunes, nesta segunda-feira.

A ministra reafirmou a postura pacífica do país em discurso durante a 19ª sessão do Conselho de Direitos Humanos da Organização das Nações Unidas (ONU):

- O Brasil se posiciona contra a entrega de armas seja a quem for. O Brasil condena ações armadas de qualquer lado, não aceitamos ações armadas - ressaltou a ministra. - Precisamos que toda perspectiva imediata de ações bélicas seja revista. Estas têm significados nefastos para a população civil e não contribuem à reafirmação democrática de nenhum país.

Maria do Rosário criticou a postura da Arábia Saudita, que apoia o armamento da oposição na Síria, afirmando não ser "uma boa ideia", e completou:

- A excelente ideia é que a política e a diplomacia ocupem o lugar do confronto. A postura do Brasil é vanguardista, é a defesa da paz, mais paz e menos reação armada a estruturas armadas. Nossa posição é coerente com nossa História.

O conselho, por sua vez, divulgou uma resolução pedindo o fim dos ataques a civis e a permissão de entrada da ajuda humanitária na Síria

Fonte: O Globo
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quinta-feira, 17 de novembro de 2011

Embraer anuncia abertura de novo escritório e centro de distribuição em Dubai

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A Embraer (EMBR3) anunciou nesta terça-feira (15) a abertura de um escritório em Dubai, Emirados Árabes Unidos (EAU). Segundo comunicado da empresa, uma nova equipe regional de marketing e vendas, comandada por Mathieu Duquesnoy, diretor para o Oriente Médio e África – Aviação Comercial, foi designada para estreitar o relacionamento da Embraer com clientes em uma região com crescente número de E-Jets em operação.

Para a companhia, esta nomeação também aumenta a influência local dos profissionais de gestão estratégica e operacional, de modo a melhor atender às necessidades dos operadores por meio de uma infraestrutura regional e autoridade.

“Vemos claras oportunidades de crescimento no mercado do Oriente Médio e estamos investindo para expandir nossa presença por meio de uma equipe dedicada de vendas e marketing”, disse Paulo Cesar de Souza e Silva, vice-presidente executivo da Embraer para o Mercado de Aviação Comercial.

“A família de E-Jets da Embraer foi bem recebida na região e vemos um grande potencial para estas aeronaves de 70 a 120 assentos. O compromisso da Embraer é oferecer não somente aeronaves mais modernas, mas também um forte e mais próximo suporte ao cliente,” completou o executivo.
Parceria
A Embraer comunicou ainda a expansão dos serviços ao cliente na região e que, para isso, estabeleceu uma parceria com a Kuehne + Nagel, grupo de logística de atuação mundial. O objetivo é oferecer aos clientes de E-Jets um novo centro de distribuição de peças em Dubai, que estará disponível no segundo semestre de 2012.

Localizado próximo ao Aeroporto Internacional Al Maktoum (DWC), na Cidade Logística de Dubai, esta instalação fornecerá peças de reposição para a frota de aeronaves comerciais da Embraer no Oriente Médio e também apoiará os clientes na África.

“Para apoiar a crescente frota de E-Jets no Oriente Médio, parcerias locais foram fechadas, como por exemplo com a Egyptair, no Egito, nomeada centro autorizado de serviços. Com esta nova base de apoio para os clientes, disponibilizaremos peças de reposição mais próximas aos centros de operação e melhoraremos o atendimento”, disse Johann Bordais, diretor de serviços e suporte da Embraer para a Europa, Oriente Médio, África e Ásia Central – Aviação Comercial.

De acordo com nota, quando estiver em operação, o centro de distribuição em Dubai, com 16 mil metros quadrados (172 mil pés quadrados), aumentará a capacidade de estocagem para o mercado da Europa, Oriente Médio e África (EMEA), somando-se ao atual centro de distribuição em Villepinte, França.

"Ele será beneficiado pela plataforma de logística única do novo aeroporto de Dubai e viabilizará a disponibilidade imediata de peças, especialmente em situações de aeronave inoperante em solo (AOG), para clientes no Oriente Médio e África", diz comunicado.

Fonte: InfoMoney via Notimp
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terça-feira, 15 de novembro de 2011

Fragata brasileira chega ao Líbano para liderar frota da ONU

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A fragata União é equipada com helicóptero e leva 243 militares brasileiros. A embarcação brasileira será o principal navio de uma frota internacional que conta ainda com três navios alemães, dois de Bangladesh, um grego, um turco e um da Indonésia.
 
O navio brasileiro leva um destacamento de mergulhadores de combate e outro de fuzileiros navais, responsável pela segurança do navio.

A fragata da Marinha brasileira que liderará a frota das forças navais da Força Interina da ONU no Líbano (Unifil, na sigla em inglês) atracou nesta segunda-feira no porto de Beirute, dando início a um "momento histórico para o Brasil", segundo o contra-almirante brasileiro Luiz Henrique Caroli.

Em entrevista a bordo do navio, Caroli disse que a presença na força marítima da ONU é crucial para o Brasil pela importância da região no cenário internacional, além de demonstrar a confiança da organização na competência dos militares brasileiros nesse tipo de operação.

"Toda a tripulação sabe da enorme responsabilidade em fazer parte de uma força de paz da ONU e do momento histórico para o Brasil em estar aqui", disse o contra-almirante, que é o comandante da Força Tarefa Marítima (MTF, na sigla em inglês), a unidade marítima da Unifil.

Essa é a primeira vez que militares brasileiros participam da frota de uma força de paz. A fragata União será o principal navio de uma frota internacional que conta ainda com três navios alemães, dois de Bangladesh, um grego, um turco e um da Indonésia.

Maior alcance

O comandante do navio, o capitão de fragata Ricardo Fernandes Gomes, também reforçou que a tripulação está ciente "das repercussões políticas em torno da Unifil e das consequências de suas ações".

"Todos estão motivados e cientes das exigências de fazer parte das forças de paz em uma região conturbada como o Oriente Médio", disse. "Para isso, a Marinha está nos dando todo o apoio financeiro e logístico para que desempenharmos um papel a altura."

Os dois militares explicaram que a incorporação da fragata União aumentará o poder de alcance da frota da Unifil, já que a fragata tem mais recursos, permitindo um maior alcance e cobertura, além de mais flexibilidade nas operações.

Para fazer parte da Unifil, os militares brasileiros passaram por treinamentos voltados para situações específicas de forças de paz e por cursos e palestras.

"Um terço da tripulação fez estágios de operações de paz da Unifil. E militares brasileiros que estavam no Líbano palestraram para nossos marinheiros sobre o país e a vida entre as tropas de paz", afirmou Gomes.

Ele explicou que simulações de abordagem pacíficas de embarcações e o uso de força para fazer as vistorias também foram feitas, com o emprego de mergulhadores das operações especiais que agora integram a fragata.

Voluntários

Como a ONU exige que militares das forças de paz sejam voluntários, a tripulação teve de passar por algumas reposições, segundo Gomes.

"Cerca 5% da tripulação não se voluntariou por motivos familiares, e outros 10% foram liberados para que realizassem cursos que já estavam agendados."

A missão brasileira, de oito meses, começou oficialmente em fevereiro, quando Caroli assumiu o comando da unidade marítima da Unifil.

Atualmente, a missão monitora a fronteira entre Líbano e Israel e ajuda o governo libanês a evitar a entrada de armas ilegais no restante de suas fronteiras.

A MTF patrulha águas da costa libanesa para evitar a violação do embargo de armas imposto ao Líbano, além de treinar a Marinha do país. A força foi criada por uma resolução do Conselho de Segurança da ONU em 2006.

A Unifil, criada em 1978 para supervisionar a retirada das tropas de Israel do território do Líbano após a crise entre os dois países, conta atualmente com mais de 12 mil militares de 37 países.

Orgulho Nacional

Segundo o embaixador brasileiro no Líbano, Paulo Roberto Tarrisse da Fontoura, a relação bilateral entre Brasil e Líbano também se fortalecerá com a presença da fragata.

"O governo libanês tem enorme simpatia pelo Brasil e sabem que nós temos a competência necessária para fazermos um bom trabalho”.

Segundo Fontoura, o governo brasileiro tem ciente o fato de que a Unifil é instrumento fundamental para que o Estado libanês adquira sua soberania sobre seu território.

"O país passou por guerra civil, ocupações israelense até o ano 2000 e da Síria até 2005. O sul do país ficou inacessível aos libaneses e o governo por muito tempo. A Unifil está sendo de suma importância para ajudar o Líbano a ter sua soberania”, salientou o embaixador.

"A presença de um navio brasileiro e a ampliação de nossa presença é, certamente, um orgulho nacional e algo de enorme importância para o Brasil".

Fonte: BBC Brasil


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quarta-feira, 9 de novembro de 2011

Itamaraty analisa relatório da AIEA sobre Irã

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O governo brasileiro reagiu com cautela à divulgação dos dados do relatório da AIEA (Agência Internacional de Energia Atômica, um órgão da ONU) sobre o programa nuclear iraniano. O Itamaraty ainda está analisando o documento, que revela ter identificado no Irã "atividade específica para desenvolver armas nucleares", e disse que só se pronunciará sobre o seu conteúdo após declaração oficial da agência sobre o texto.

O novo relatório, de 25 páginas, foi entregue aos países-membros da agência nesta terça-feira, e vazou à imprensa internacional logo depois.

Segundo o porta-voz do chanceler Antonio Patriota, Tovar Nunes, no entanto, o Brasil estaria "pronto para contribuir, como esteve no passado, em um diálogo sobre a utilização pacífica de energia nuclear pelo Irã".

"Achamos necessário criar um ambiente em que o Irã se sinta também apoiado pela comunidade internacional", disse Nunes.

Em maio de 2010, Brasil e a Turquia negociaram com o Irã a Declaração de Teerã, que previa o enriquecimento do material nuclear iraniano no exterior em troca de combustível para um reator nuclear de pesquisa no país. O acordo foi ignorado pelo Conselho de Segurança da ONU (Organização das Nações Unidas), que acabou por adotar mais uma rodada de sanções contra Teerã.

SANÇÕES DOS EUA

Em reação à divulgação do relatório, os Estados Unidos anunciaram que podem aumentar o escopo das sanções contra o país, atualmente focadas nos setores de gás e petróleo.

"Eu acho que veremos um aumento das sanções bilaterais", disse uma autoridade americana sob condição de anonimato.

"Do nosso lado, queremos realmente fechar qualquer lacuna que possa existir", acrescentou, deixando claro que Washington pode fazer mais para realmente estrangular as atividades de exportação de gás e petróleo iranianos.

No entanto, punições ao Banco Central iraniano não estão sendo discutidas, informou a fonte.

O aguardado relatório indica que o Irã trabalhou de forma estruturada para a produção de tecnologia nuclear, possivelmente com o intuito "específico" de fabricar armas atômicas e que ainda pode estar desenvolvendo este tipo de armamento.

Fonte: Folha
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terça-feira, 1 de novembro de 2011

Brasil comemora admissão da Palestina na Unesco e Abbas agradece

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O Brasil comemorou, em uma nota da Chancelaria, a admissão da Palestina como Estado pleno da Unesco (Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura).

"O governo Brasileiro felicita a Palestina por sua admissão [da Unesco], primeira agência especializa do sistema das Nações Unidas que admitiu a Palestina como membro pleno", diz em nota o Ministério das Relações Exteriores.

Nesta segunda-feira, a Palestina se tornou membro pleno da Unesco durante uma votação nominal durante a 36ª Conferência Geral do órgão, em Paris. A resolução foi aprovada com 107 votos a favor, 52 abstenções, e 14 votos contrários, entre eles de Israel, Alemanha e Estados Unidos.

A presidente brasileira, Dilma Rousseff, deu seu apoio em setembro à adesão da Palestina como Estado da ONU, durante a Assembleia Geral da entidade.

O presidente da ANP (Autoridade Nacional Palestina), Marmoud Abbas, agradeceu aos países que apoiaram o ingresso da Palestina na Unesco nesta segunda-feira. Além do Brasil, países como Rússia, China, Índia, África do Sul, França Espanha e Argentina votaram a favor da iniciativa. O Reino Unido se absteve da votação.

"Este voto não é contra ninguém, é apenas em apoio à liberdade e à justiça", disse Abbas em declaração à agência oficial da ANP.

O presidente afirmou que o apoio recebido impulsiona "a paz e representa o consenso internacional em apoio (de nossos) legítimos direitos nacionais, e dentre eles nosso direito a um Estado".

ENTRADA

Para conceder o status de Estado-membro à Palestina, a Unesco precisava do voto favorável de dois terços dos 193 países representados na votação.

A condição anterior dos palestinos era de membro observador. A solicitação de mudança de status é parte da batalha diplomática empreendida pelo povo árabe para que sejam reconhecidos como Estado, o que culminaria em sua tentativa de ingressar na ONU.

A agência é a primeira da organização em que os palestinos buscaram integração como membro total desde que o presidente da ANP, Mahmoud Abbas, entrou com o pedido de assento na ONU, em 23 de setembro.

Mahmoud Abbas, saudou nesta segunda-feira a adesão da Palestina como membro pleno da Unesco como uma "vitória" para os direitos de seu povo.

"Aceitar a Palestina na Unesco é uma vitória para (os nossos) direitos, para a justiça e para a liberdade", afirmou seu porta-voz, Nabil Abu Rudeina, citando declarações feitas por Abbas em uma ligação a partir de Amã.

REPERCUSSÃO

Poucas horas depois do anúncio da admissão da Palestina como membro pleno da Unesco, os Estados Unidos, que votaram contra a resolução, anunciaram a suspensão dos repasses de fundos à entidade.

Segundo a porta-voz do Departamento de Estado americano, Victoria Nuland, a decisão da Unesco foi "lamentável, prematura e mina o objetivo comum para um acordo de paz justo e duradouro" entre israelenses e palestinos.

Por isso, segundo ela, os EUA deixarão de fazer o pagamento de US$ 60 milhões que faria em novembro. No entanto, de acordo com a porta-voz, os EUA continuarão a ser membro da organização.

Os EUA que se retiraram da Unesco em 1984 argumentando que não estava de acordo com a gestão do organismo, regressando em 2003 advertiram em reiteradas ocasiões que poderiam cortar a ajuda econômica à Unesco, de 22% do orçamento bianual, que chega a US$ 653 milhões.

Já Israel anunciou que reformulará sua cooperação com a Unesco, após a admissão da Palestina como membro pleno da organização nesta segunda-feira.

O Ministério de Relações Exteriores israelense afirmou que a decisão afasta ainda mais a possibilidade de um acordo de paz.

"Após esta decisão, o Estado de Israel considerará seus próximos passos sobre a cooperação com a organização", adverte a nota do Ministério das Relações Exteriores israelense.

O ministério diz que a posição israelense é em prol do diálogo como a única via para conquistar a paz, e que ele deve acontecer sem condições preliminares, incluindo a exigência palestina de suspender o crescimento das colônias de judeus em seu território.

"A estratégia palestina na Unesco e os passos similares em outros organismos da ONU supõe uma rejeição dos esforços da comunidade internacional para avançar no processo de paz", diz a nota, que agradece aos países que se opuseram ao pedido palestino.

Fonte: Folha
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quinta-feira, 20 de outubro de 2011

Brasil espera que violência na Líbia acabe, diz Patriota

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O ministro Antonio Patriota (Relações Exteriores) comentou no início da tarde desta quinta-feira em Luanda, capital de Angola, os relatos da captura do ex-ditador líbio, Muammar Gaddafi.

"O Brasil espera que a violência na Líbia cesse, que as operações militares se encerrem e que o povo líbio siga em suas aspirações e anseios no espírito do diálogo e da reconstrução nacional", afirmou.

A presidente Dilma Rousseff foi informada das notícias da captura e possível morte de Gaddafi durante uma reunião bilateral com o presidente angolano, José Eduardo dos Santos. Patriota teve a informação às 13h37 local (10h37 em Brasília) e, imediatamente, comunicou aos dois presidentes.

Dilma deixa na próxima hora a cidade de Luanda, encerrando seu primeiro tour oficial pela África. A previsão de chegada no Braisl é à meia-noite.

OPERAÇÃO NA LÍBIA

Comandantes das forças rebeldes da Líbia afirmaram nesta quinta-feira que o ex-ditador Muammar Gaddafi, cuja captura foi reportada mais cedo, não resistiu aos ferimentos e morreu, segundo agências de notícias e emissoras de TV.

As forças do CNT (Conselho Nacional de Transição), órgão político dos rebeldes, anunciaram a captura de Gaddafi hoje.

Segundo a emissora de TV britânica BBC, Gaddafi foi detido pelos rebeldes enquanto tentava escapar de Sirte, sua cidade natal, em um comboio. Um combatente do CNT declarou que ao ser capturado Gaddafi gritou: "Não atirem, não atirem."

O canal de TV "Libya lil Ahrar" também informou a detenção do ex-ditador. Segundo a emissora, ele foi detido com o filho Muatasim; Mansur Dau, chefe dos serviços de segurança interna; e Abdullah Senusi, diretor do serviço de inteligência líbios.

Forças rebeldes da Líbia capturaram nesta quinta-feira as últimas posições mantidas pelos partidários de Muammar Gaddafi em Sirte, cidade natal do ditador.

A ofensiva final contra a cidade natal do ditador começou por volta das 8h no horário local e durou cerca de 90 minutos antes de os soldados leais ao regime fugirem.

Pouco tempo antes, cerca de cinco veículos de combatentes gaddafistas tentaram escapar da cidade, mas os passageiros foram mortos pelos soldados do CNT.

Fonte: Folha
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sábado, 8 de outubro de 2011

Brasil eleva tom na ONU em relação a Damasco

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Enquanto Dilma Rousseff evitava o assunto em sua visita à Turquia, a diplomacia brasileira elevou na ONU o tom das críticas à Síria pela repressão violenta aos protestos contra o regime.

Em sua intervenção no debate dedicado à Síria ontem no Conselho de Direitos Humanos da ONU, em Genebra, o Brasil disse estar "seriamente preocupado".

"A reação violenta do governo a protestos pacíficos é inaceitável", disse a embaixadora brasileira, Maria Nazareth Farani Azevedo.

Na terça-feira, o Brasil havia optado pela abstenção no Conselho de Segurança da ONU, em Nova York, na votação de uma resolução de condenação à Síria. A proposta acabou barrada pelos vetos de Rússia e China.

A posição intermediária do Brasil em relação à Síria foi a principal dissonância na chamada "parceria estratégica" com a Turquia, ressaltada por Dilma em sua primeira como presidente visita a um país muçulmano.

O contato da presidente com a imprensa brasileira se resumiu a um vago pronunciamento pós o encontro com o presidente turco, Abdullah Gull, em que ela exaltou a Primavera Árabe.

Sem mencionar nominalmente a Síria, Dilma reiterou a rejeição a medidas punitivas, num contraste com o anúncio da Turquia nesta semana de que aplicará sanções contra o país vizinho.

"O isolamento, a punição e o uso da força serão verdadeiramente os últimos recursos", disse Dilma.
O assessor especial da Presidência para assuntos internacionais, Marco Aurélio Garcia, negou que haja divergências entre os dois países. "Há uma diferença de abordagem", desconversou.

As diferenças são óbvias. Enquanto o Brasil mantém uma política de "morde e assopra" --como definiu à Folha um diplomata que pediu para não ser identificado -o governo turco afia os dentes.

Além de condenar duramente o regime do ditador Bashar Assad e anunciar sanções, a Turquia iniciou exercícios militares na fronteira com a Síria.

A ONU elevou nesta semana para 2.900 o número de civis que estima terem sido mortos na repressão síria. Já o vice-chanceler do país afirmou em Genebra que entre as vítimas há 1.100 membros das forças de segurança.
Faissal Mekded disse que seu país está sendo vítima de "uma campanha sem precedentes de mentiras".

Nomeado para chefiar a comissão de inquérito da ONU sobre a crise no país, o brasileiro Paulo Sérgio Pinheiro disse de Genebra, que procurou as autoridades sírias várias vezes para coordenar uma visita ao país, mas não teve resposta.

Com ou sem visita, Pinheiro está certo de que a comissão será capaz de elaborar um "retrato fiel" da situação.

Fonte: Folha
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sexta-feira, 7 de outubro de 2011

Uso da força gera mais violência, diz Patriota sobre revoltas árabes

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Patriota acompanha Dilma em viagens

O ministro das Relações Exteriores, Antonio Patriota, disse nesta sexta-feira que o uso da força pode gerar mais violência e instabilidade, ao comentar em um discurso na Turquia os movimentos da Primavera Árabe.
Patriota disse também que Brasil e Turquia defendem a busca de soluções diplomáticas para os países envolvidos nas revoltas, em oposição ao que chamou de "interferências indevidas".

O governo da Turquia é um dos críticos do regime sírio de Bashar al-Assad, que tem endurecido no combate a protestos por reformas no país.

O Brasil, por sua vez, se absteve na votação de uma resolução contra a Síria no Conselho de Segurança da ONU, na última terça-feira. Também havia se abstido na votação da resolução que aprovou a interferência da Otan (aliança militar ocidental) no conflito na Líbia.

‘Interferência indevida’

"Hoje todos acompanham com grande interesse o que se passa no mundo árabe, o chamado das populações mais jovens por liberdade, por melhores formas de governo, por prosperidade, por oportunidades, por emprego", afirmou Patriota em discurso a empresários e autoridades em Ancara.

"Eu tenho me coordenado muito com o chanceler (turco Ahmet Davutoglu) em torno dessas questões, que são complexas, mas sobre as quais o Brasil e a Turquia compartilham a visão de busca de soluções diplomáticas, de evitar a coerção, a interferência indevida, o uso da força – que muitas vezes trazem mais violência e mais instabilidade do que qualquer outra coisa."

O ministro brasileiro não citou nenhum país em seu discurso.

Em entrevista publicada na quinta-feira pelo jornal turco Zaman, a presidente Dilma Rousseff foi questionada sobre a posição do Brasil em relação aos fatos ocorridos na Síria.

"Nós repudiamos veementemente a repressão brutal de populações civis. Mas nós continuamos convencidos de que, na comunidade internacional, o uso da força precisa ser o último recurso", disse Dilma.

Fonte: BBC Brasil
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Marinha do Brasil envia hoje a Fragata União para cumprir missão no Líbano

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O Brasil hoje envia sua fragata União para tomar parte nas operações da UNIFIL, missão de paz da ONU no Líbano. A embarcação levará um contigente de 300 homens, entre fuzileiros, mergulhadores de combate e marinheiros.

O Brasil participa da missão desde fevereiro quando o comando da Força-Tarefa Marítima da Unifil foi assumido pelo contra-almirante Luiz Henrique Caroli. A fragata União será o primeiro contigente enviado   pelo Brasil para as operações nesta missão, onde já participam embarcações e militares da lemanha, Grécia, Indonésia, Turquia e  Bangladesh.

A fragata União terá como dotação aérea um helicoptero AH-11A Super Lynx, um destacamento de mergulhadores de combate, que poderá realizar operações especiais, e um de fuzileiros navais, que será responsável pela segurança do próprio navio. Além disso, a embarcação deverá servir como posto de comando para toda a força-tarefa.

Apesar da necessidade urgente que se faz de reequipar nossas forças armadas, a Marinha do Brasil, mesmo diante de todas as limitações técnicas impostas pelo orçamento insuficiente e meios defasados, se mostra capaz de se fazer presente e cumprir as missões que lhe são impostas mesmo do outro lado do globo, defendendo os interesses brasileiros onde se faça necessário. Principalmente atendendo aos compromissos assumidos pelo Brasil em missões de paz, não só no Líbano, como também no Haiti.

A fragata União fará escalas em Recife, Las Palmas (nas Ilhas Canárias) e Nápoles (na Itália), antes de chegar a Beirute, no Líbano, no dia 14 de novembro. O retorno da embarcação para o Rio de Janeiro está previsto para junho de 2012.

De acordo com o contra-almirante, a Marinha tem condições de enviar um segundo navio, caso seja necessário substituir a fragata União, ao final da missão de seis meses. “Nós já estamos pensando em começar a nos preparar para um rodízio naquela área.”

A Unifil foi criada em 1978, com o objetivo de manter a estabilidade da região durante a retirada das tropas israelenses do Sul do Líbano. Cerca de 13,5 mil militares de 30 países participam da missão. A Força-Tarefa Marítima, no entanto, só foi criada em 2006, para apoiar a missão de paz na garantia da segurança da costa libanesa.

Fonte: GeoPolítica Brasil com agências de notícias
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quarta-feira, 28 de setembro de 2011

Brasil e Irã querem intensificar cooperação em tecnologia e economia

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Os ministros das Relações Exteriores do Brasil, Antonio Patriota, e do Irã, Ali Akbar Salehi, definiram que serão intensificados os acordos de cooperação entre brasileiros e iranianos.

Ambos conversaram sobre parcerias nas áreas de ciência e tecnologia, economia e farmacêuticos em reunião em Nova York, segundo agência estatal de notícias do Irã.

Na conversa, os chanceleres concluíram que o Brasil e o Irã têm papéis essenciais no cenário internacional.
Segundo a agência estatal, Patriota lamentou que não foi adiante o acordo entre os países e a Turquia em busca de paz e o fim das restrições da comunidade internacional aos iranianos devido às suspeitas em relação ao programa nuclear.

"O acordo Teerã-Brasília-Ancara foi um sinal de que os laços entre os três países são muito próximos e deve ter continuação e ampliação. É mais uma necessidade nos dias atuais", disse o brasileiro.

Patriota se referiu ao acordo, firmado em maio de 2010, no qual o Irã se comprometia a enviar urânio levemente enriquecido a 3,5% para a Turquia. Em território turco, o produto seria submetido a tratamento para ser enriquecido a 20%. Com isso, os governos do Brasil e da Turquia esperavam acabar com as suspeitas em torno do programa nuclear iraniano.

A comunidade internacional, porém, rejeitou o acordo e aprovou sanções ao Irã. "O acordo [firmado em maio] foi a pedra fundamental para a continuação de diálogos e interações construtivas, em vez de confrontação e ameaças. Mas, infelizmente, devido a intrigas, não funcionou", disse ele.

Salehi acrescentou que o Irã e o Brasil têm "muitos interesses comuns". O chanceler iraniano lembrou que seu país está em uma "região sensível" e que o Brasil, "como líder emergente" ocupa "lugar importante no cenário internacional".

Fonte: Agência Brasil
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terça-feira, 20 de setembro de 2011

Israelenses criticam apoio brasileiro ao Estado palestino

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Desde a declaração de apoio do Brasil ao Estado palestino nas fronteiras de 1967, há quase um ano, Israel iniciou uma campanha diplomática para tentar convencer o país do que considera um erro.

O esforço ganhou nova força nos últimos dias, com os planos palestinos de pedir reconhecimento como Estado diante da Assembleia Geral da ONU nesta semana.

A embaixadora do Brasil em Israel, Maria Elisa Berenguer, afirma ser contatada diariamente pelo alto escalão da Chancelaria israelense e por organizações judaicas não governamentais para falar sobre as possíveis consequências nas negociações de paz.

"Os israelenses estão preocupados, dizem estar desapontados com o apoio do Brasil e que esta atitude não é condizente com a paz na região", disse a embaixadora, em encontro com jornalistas brasileiros em Tel Aviv.

A Folha ouviu o mesmo argumento de Paul Hirschson, porta-voz do Ministério de Relações Exteriores de Israel.

"Eu acho que o Brasil está cometendo um erro [ao apoiar o Estado palestino]. Ir à ONU é um sinal de que os palestinos não querem se comprometer com um acordo de paz e o Brasil está ratificando este esforço", disse Hirschson.

Berenguer ressaltou, contudo, que o reconhecimento do Estado palestino não significa necessariamente um 'sim' em um futuro voto por reconhecimento na ONU, já que o Brasil não votaria contra a existência de Israel.

"Como questão de princípio, o Brasil defende a autodeterminação dos palestinos. Mas é preciso avaliar bem o texto da resolução, pois o Brasil também defende a solução de dois povos, dois Estados, convivendo em paz e com direito à segurança", disse.

Apesar das divergências, os dois lados concordam que mesmo um apoio aos palestinos não afetará as relações bilaterais.

"Eu não estou feliz com o apoio aos palestinos, mas nada é perfeito. Há muito mais coisas envolvidas nas relações com o Brasil", diz Hirschson.

A embaixadora Berenguer diz que, no final do dia, "ambos queremos a mesma coisa: paz para os dois lados".

O cientista político israelense, Mark Heller, resume em termos mais práticos: "Se Israel se alienar de todos que votarem contra ele na Assembleia Geral, não terá muitos amigos".

Fonte: Folha
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terça-feira, 30 de agosto de 2011

Brasil participará de reunião sobre a Líbia em Paris

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O governo brasileiro enviará um representante à reunião da próxima quinta-feira em Paris, convocada pelo presidente da França, Nicolas Sarkozy, para discutir a crise política na Líbia, informa nesta segunda-feira a "Agência Brasil".

A decisão de participar como país convidado do chamado Grupo de Contato foi tomada após uma reunião nesta segunda-feira entre a presidente Dilma Rousseff e o ministro das Relações Exteriores, Antonio Patriota.

China e Índia também foram convidados a participar do encontro, que reunirá representantes dos 40 países que apoiam o movimento e cujo objetivo principal será discutir a reconstrução da Líbia.

O Brasil não definiu ainda quem será seu representante, mas o nome mais cotado é o do embaixador brasileiro no Egito, Cesário Melantônio Neto, que já coordenou operações com os rebeldes líbios para a evacuação de cidadãos brasileiros.

Em outra frente sobre a crise no país norte-africano, o Conselho de Segurança da ONU prepara-se para analisar nesta terça-feira as ideias iniciais estudadas pelo secretário-geral da entidade, Ban Ki-moon, para que o organismo internacional tenha presença na Líbia a partido do momento em que o Conselho Nacional de Transição (CNT, órgão político dos rebeldes líbios) se consolidar no poder.

CASA BRANCA

O anúncio do governo brasileiro chega no mesmo dia em que os EUA afirmaram que não há indicações de que o ditador Muammar Gaddafi tenha deixado a Líbia.

"Se soubéssemos onde ele está, informaríamos às forças de oposição", disse o porta-voz da Casa Branca Jay Carney a repórteres quando questionado sobre o paradeiro do ditador líbio, que não é visto desde que os rebeldes tomaram a capital Trípoli, na semana passada.

Os rebeldes líbios, que recebem ajuda da Otan para encontrá-lo, ofereceram anistia e recompensa de US$ 1,3 milhão para quem o capturar, vivo ou morto.

O presidente do CNT (Conselho Nacional de Transição), órgão político dos rebeldes líbios, afirmou nesta segunda-feira que Gaddafi continua representando um perigo à Líbia e ao mundo, apesar de não ser visto há mais de uma semana.

Com esta justificativa, o líder rebelde Mustafa Abdel Jalil pediu à Otan que mantenha sua ajuda contra as forças leais ao ditador até o fim dos conflitos.

Nesta segunda-feira, o avanço rebelde à cidade de Sirte, terra natal do ditador e um dos últimos redutos do regime, continua. Segundo os rebeldes, combatentes insurgentes estão a 30 km a oeste de Sirte e cerca de 100 km ao leste, enquanto continuam os esforços mediadores para a rendição pactuada da cidade.

FAMILIARES DE GADDAFI

O Conselho Nacional de Transição (CNT), o órgão político dos rebeldes líbios, afirmou nesta segunda-feira que a Argélia deveria extraditar os familiares de Muammar Gaddafi e que considera o aceite do governo argelino em acolher os parentes do ditador "um ato de agressão".

"Nós prometemos conceder um julgamento justo a todos aqueles criminosos e portanto consideramos isto um ato de agressão", disse o porta-voz dos rebeldes Mahmoud Shamman à agência de notícias Reuters.

"Consideramos que a Argélia fez isto como um ato de agressão contra os anseios do povo líbio. Nós tomaremos todas as medidas necessárias contra isto e pediremos pela extradição deles", acrescentou.

Mais cedo, o Ministério das Relações Exteriores argelino afirmou que a mulher de Muammar Gaddafi e três filhos do ditador líbio entraram no país nesta segunda-feira.

"A esposa de Muammar Gaddafi, Safia, sua filha Aisha, seus filhos Hanibal e Mohamed, acompanhados dos filhos destes, entraram na Argélia às 8h45 (4h45 de Brasília) pela fronteira com a Líbia", indicou o ministério em um comunicado divulgado pela agência de notícias APS, sem apresentar maiores detalhes sobre o ditador.

O CNT recebeu mal a notícia e aproveitou a oportunidade para lançar um alerta a outros países. "Estamos advertindo a todos que não abriguem Gaddafi e seus filhos. Nós vamos caçá-los em qualquer lugar, achá-los e prendê-los", acrescentou o porta-voz Mahmoud Shamman.

A Argélia é o único país vizinho da Líbia que ainda não reconheceu o CNT como o governo provisório líbio.

Fonte: Folha

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sábado, 27 de agosto de 2011

Um olhar sobre a Líbia Pós-Kadhafi

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A situação líbia pós-kadhafi tende a levantar incertezas quanto aos acordos e contratos firmados antes da queda do regime do ditador líbio. Entre os países mais afetados pela queda do ditador temos a Rússia encabeçando a lista, seguida de China e Brasil, estados que se abstiveram na votação da resolução 1973 que determinou a “Zona de exclusão aérea” sobre a Líbia.


A Rússia teve suspensos contratos de ordem superior aos 4 bilhões de dólares após a aprovação das sanções pelo Conselho de Segurança da ONU. Em sua grande parte contratos na área de defesa. Com a ascensão dos rebeldes ao poder é previsível que haja mudanças nas relações externas do país, principalmente com relação aos estados que de certa forma apoiaram o ditador mesmo que de forma indireta, embora os líderes do CNT neguem qualquer tipo de medida retaliatória aos países que se abstiveram no apoio á sua causa. Realmente é factível, assim como é fato que países como França, Reino Unido, Suécia, EUA e os demais envolvidos nas operações de apoio ao CNT , obterão uma condição privilegiada nos acordos e tratados a serem estabelecidos pelo novo governo, principalmente com a reabertura do mercado líbio.


Olhando no âmbito comercial, temos ai uma grande chance para que a França consiga emplacar sua primeira exportação do caça Dassault Rafale, que durante as operações sobre a Líbia demonstrou suas plenas capacidades, tendo sido esta bem sucedida operação uma excelente vitrine para o mercado internacional de caças. Outro estado que sai com vantagem nesta transição é o Reino Unido que possui grande interesse na prospecção de petróleo em território líbio.


Analisando agora as relações Brasil – Líbia, temos uma série de fatores que podem prejudicar o nosso sucesso nas relações com a Líbia pós-Kadhafi, a começar pelo bom relacionamento que possuíamos com o regime, somando a nossa abstenção na votação da Resolução 1973 e mais recentemente nossa posição em relação ao reconhecimento do CNT como sendo o novo governo líbio. Em relação ao mercado líbio, os principais afetados podem ser as empreiteiras brasileiras que possuem um longo histórico na Líbia, e de forma muito limitada a Petrobrás. Embora eu acredite que o Itamaraty possa em um curto espaço de tempo contorna essa situação e recuperar o prestígio em nossas relações bilaterais.


Em resumo, o Líbia esta em uma fase transitória na qual pouco podemos prever quanto ao seu futuro político, obtendo apenas uma previsão superficial em relação ao novo governo e sua posição em relação ao mundo após o baixar das cortinas do regime de Kadafi.

Por: Angelo D. Nicolaci – Editor do GeoPolítica Brasil, cursa Relações Internacionais pela Universidade Candido Mendes, observador das questões Norte-Africanas e Oriente Médio, Consultor e Assessor para mercado de defesa no Brasil.


Fonte: GeoPolítica Brasil

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