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sexta-feira, 29 de novembro de 2013

As empresas francesas querem trabalhar aqui

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No Brasil desde julho passado, o embaixador da França, Denis Pietton, tem ocupado postos importantes da diplomacia de seu país. Fluente em árabe, representou o governo francês em Jerusalém e Beirute. Antes de mudar-se para Brasília, chefiou o gabinete do ministro das Relações Exteriores, Laurent Fabius. Na entrevista a seguir, Pietton comenta o caso de espionagem do governo dos EUA revelado por Edward Sowden, a concorrência para vender os caças para o Brasil, a entrada da francesa Total no consórcio que levou o campo de Libra e a presença da China na economia global. “A França investe no Brasil, criamos empregos aqui, transferimos tecnologia, somos o quarto país em investimentos e o décimo parceiro comercial, ou seja, investimos muito mais em comparação com o comércio. A China, por sua vez, vende muito, mas no fim das contas investe pouco em outros países.”
 
CartaCapital: Como a França avalia as ações de espionagem do governo norte-americano?
 
Denis Pietton: Quando surgiram as informações sobre a espionagem norte-americana na Europa, na França, na Alemanha, em todo o mundo, tanto o presidente Hollande como o ministro das Relações Exteriores disseram que elas eram inaceitáveis e que a amplitude e a natureza dessa espionagem era um problema, tratando-se de países aliados. O ministro pediu que o embaixador norte-americano em Paris fosse convocado a ir ao ministério, e o assunto se impôs na agenda do Conselho Europeu que reúne os chefes de Estado e os ministros de Defesa. No conselho ficou decidido que a França e a Alemanha deveriam discutir a questão com os EUA, para chegarmos a novas práticas que sejam aceitáveis e respeitem a soberania dos demais países e das liberdades públicas. O tema também teve muito destaque no Brasil, a presidenta Dilma Rousseff reagiu vivamente em sua fala na Organização das Nações Unidas. E existe este projeto apresentado pelo Brasil, Japão e Alemanha na ONU (para dar mais segurança à internet), que a França irá apoiar.
 
CC: Recentemente a presidenta Dilma Rousseff disse que ainda aguardava um pedido formal de desculpas por parte dos EUA. No caso francês, houve esse pedido?
 
DP: O secretário de Estado da França declarou recentemente que a espionagem norte-americana foi longe demais. As desculpas se referem sempre ao passado, mas o que nos interessa, e ao Brasil também, é mais voltado para o futuro. Pretendemos chegar a um tratado internacional que leve em conta as soberanias nacionais e o respeito às liberdades individuais, no contexto do monitoramento eletrônico digital, com um quadro bem definido com essas prioridades respeitadas. Mas o que passou, passou, e o que importa é o futuro, ainda que possamos esperar desculpas e o reconhecimento de terem ido longe demais. Mas o mais importante é que não aconteça novamente.
 
CC: Recentemente surgiu a informação de que um dos desdobramentos do caso Snowden teria sido a desistência do governo brasileiro de comprar os aviões dos EUA. A França considera que surgiu aí uma oportunidade para a venda dos caças da Rafale?
 
DP: Prefiro olhar para este assunto com uma abordagem diferente. O caso da espionagem levou a uma consequência, o adiamento da visita que a presidenta Dilma Rousseff faria aos EUA. Eu não soube que uma decisão foi tomada pelo Brasil na compra dos caças. O que nos importa é que a proposta francesa para a venda dos Rafale está na mesa ainda. Acreditamos que são aviões multifuncionais com várias vantagens e possibilidades de uso, mas ainda em fase de desenvolvimento. De qualquer forma, é um avião que existe e já foi usado em operações militares, por exemplo, no Afeganistão. Consideramos que a proposta francesa é interessante e corresponde aos interesses brasileiros. Mas sabemos que se trata de uma decisão que cabe à presidenta, que decidirá sobre o melhor momento para a compra do avião, se agora ou mais tarde, bem como quais os caças.
 
CC: Na construção do submarino nuclear, o Brasil e a França são parceiros. O fato de a França e os EUA serem aliados afeta a transferência da tecnologia do projeto para o Brasil?
 
DP: Existem duas frentes de cooperação, uma para a construção de um submarino convencional e outra para o de propulsão nuclear. Ambos avançam muito bem. Estive na base de Itaguaí, onde os projetos estão sendo desenvolvidos normalmente. São projetos muito complexos, por isso são muitos os problemas que surgem, praticamente todos os dias, mas tive a confirmação da Marinha brasileira de que o contrato está sendo cumprido de maneira satisfatória. Em relação aos EUA, uma característica da França é que quando decidimos exportar produtos com tecnologias sensíveis não temos obrigação de pedir autorização para ninguém. E isso porque a França é dos poucos países a dominar todo o conjunto dessas tecnologias, e isso vale para a construção dos submarinos, mas também para a construção aeronáutica. A palavra da França é suficiente para garantir o nosso compromisso integral, sem levar em conta quaisquer interferências.
 
CC: No leilão do campo de Libra, a francesa Total entrou no consórcio vencedor com a Petrobras. Aqui no Brasil houve muitas críticas em relação ao chamado regime de partilha, em que a participação estatal seria, segundo esses críticos, excessiva. Como o sr. avalia a participação da Total e essas críticas?
 
DP: Para nós, a participação da Total no consórcio é evidentemente uma boa notícia. A Total é uma das maiores empresas petrolíferas com presença internacional, com toda a tecnologia de exploração de petróleo. E recentemente ela adquiriu vários blocos para exploração petrolífera na região Norte do Brasil. E agora estamos mudando de dimensão. Existem indicações bem precisas segundo as quais há muito petróleo no pré-sal. Para a Total, será um grande investimento. A empresa terá de transferir para o Brasil nos próximos anos de 20 a 30 bilhões de dólares, trata-se de um investimento de longo prazo no Brasil. Como embaixador da França, só posso considerar essa uma boa notícia porque se trata de um elemento estrutural nas relações entre os dois países. O fato de a Total decidir aceitar essa participação mostra a plena confiança na PPSA, que será a operadora dos campos do pré-sal, e Petrobras. E o fato de existirem pessoas competentes do lado brasileiro foi decisiva para a Total se comprometer com esse investimento de uma maneira tão forte.
 
CC: As empresas francesas possuem vários investimentos na economia brasileira, notadamente no setor industrial, caso da indústria automobilística. Quais críticas o sr. faria ao ambiente de negócios no Brasil?
 
DP: Tenho constatado que as empresas francesas querem trabalhar aqui, de modo geral com a criação de subsidiárias no País. Mas nunca é fácil, há de modo geral muita demora para se instalar de fato, isso antes de começar a atuar no mercado brasileiro. Mas, uma vez instaladas no País, elas se tornam sociedades brasileiras e, de modo geral, estão muito satisfeitas em trabalhar no Brasil. É isso que explica o fato de o estoque de investimentos franceses no Brasil cresceu muito. Éramos o quinto país com mais investimentos aqui e, a partir do investimento em Libra, provavelmente somos agora o quarto colocado. As empresas francesas também estão satisfeitas porque o mercado brasileiro é enorme, além da posição que o Brasil ocupa na América do Sul.
 
CC: E como enfrentar a concorrência chinesa?
 
DP: A China é um concorrente comercial, mas é também uma grande parceira. É uma grande parceira para o Brasil e para a França também, particularmente no setor aeronáutico e nuclear. Em relação à China, não podemos fazer avaliações simplistas. No caso das relações com o Brasil, há uma diferença: a França investe no Brasil, criamos empregos aqui, transferimos tecnologia, somos o quarto em investimentos e o décimo parceiro comercial, ou seja, investimos muito mais em comparação com o comércio. A China, por sua vez, ela vende muito, mas no fim das contas ela investe pouco em outros países. E quando investe às vezes é complicado, por isso, para o Brasil, são relações muito diferentes.
 
Fonte: Carta Capital
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sexta-feira, 11 de outubro de 2013

Rota Paris-São Paulo vai ter superjumbo a partir de maio

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O superjumbo da Airbus, o A380, vai entrar na rota Paris-São Paulo a partir do dia 12 de maio, com a inauguração do novo terminal de passageiros em Guarulhos.
 
A Air France será a primeira empresa a incluir o avião, que tem capacidade para mais de 500 passageiros, em uma rota para o Brasil. Outras companhias, como a Lufthansa e a Emirates, também manifestaram interesse em voar com superjumbos (A380 ou Boeing 747-8), mas ainda não acertaram datas.
 
A operação com os superjumbos depende ainda da certificação do aeroporto para essa categoria.
 
Guarulhos precisa de reformas na pista e outras modificações para obter a certificação da Anac (Agência Nacional de Aviação Civil).
 
Por isso, a Air France só poderá começar a vender bilhetes para o voo quando a certificação for concedida, o que não deve ocorrer antes do final de novembro.
 
"Estamos muito entusiasmados com essa possibilidade", afirmou o vice-presidente executivo comercial e de marketing da empresa, Patrick Alexandre.
 
Uma vez autorizada, a operação com o A380 vai ampliar de 303 para 516 os assentos do voo noturno de Paris para São Paulo.
 
A companhia também negocia com o administrador de Guarulhos a instalação de uma sala VIP no novo terminal. O A380 terá 80 assentos na classe executiva e nove na primeira. "Há uma demanda muito grande por assentos executivos no Brasil", comentou Alexandre.
 
A Air France também terá Brasília como destino, com o Boeing 777-200. O voo, que será anunciado hoje pela empresa, terá início em 31 de março de 2014, com saídas de Paris às segundas, quartas e sextas. Com isso, a companhia passará a operar 40 frequências semanais no país.
 
Fonte: Folha
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sexta-feira, 30 de agosto de 2013

França aposta em duas exportações de Rafale até 2019

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O governo francês anunciou hoje que deve comprar 26 aviões de caça Rafale de 2014 a 2019, ao invés dos 60 que estavam previstos com a companhia Dassault Aviation. A França, entretanto, aposta no fechamento de pelo menos dois contratos de exportação dos aviões durante este período: com a Índia e, eventualmente, com o Brasil.
O projeto de lei de programação militar francês foi apresentado nesta sexta-feira ao conselho de ministros. O ministério da Defesa, que não sofre cortes orçamentários como outras pastas, vai aproveitar para renovar equipamentos antigos do Exército, cujo número de funcionários será reduzido.

A França havia encomendado 180 unidades do avião de caça - um dos mais sofisticados do mercado, porém jamais exportado. Destes, 120 já foram entregues e os 60 restantes o seriam até 2019. Entretanto, na expectativa de finalmente fechar contratos internacionais, o governo e a construtora acertaram reduzir o ritmo de entrega dos aviões, para não prejudicar o ritmo de entrega das futuras encomendas estrangeiras. A Dassault fabrica 11 unidades por ano, e avalia que uma produção mais acelerada seria inviável.
A maior esperança de vendas é com a Índia, onde o ministro da Defesa, Jean-Yves Le Drian, esteve na semana passada. A negociação do contrato com o país já dura dois anos e deve resultar na compra de 126 Rafales pelos indianos. O valor da compra é estimado em 15 bilhões de dólares.
As negociações também seguem com o Brasil, os Emirados Árabes Unidos, o Catar e a Malásia. “Não há preocupações sobre a empresa Dassault”, assegurou o ministro. “Estou muito confiante na capacidade de exportação do Rafale nos próximos meses.”
Devido à crise internacional, a presidente Dilma Rousseff paralisou as negociações para a renovação da frota da Força Aérea Brasileira. O antecessor dela, Luiz Inácio Lula da Silva, chegou a anunciar que o vencedor da concorrência - entre os Rafale, os Boeing americanos e os Grippen suecos - seriam os franceses, antes de voltar atrás na decisão. 

Fonte: RFI  via Hangar do Vinna
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sexta-feira, 8 de março de 2013

Área espacial pode unir França e Brasil

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Atraída por um nicho mundial para satélites de observação da Terra, na faixa de 300 a 400 quilos, a Astrium tem conversado com interlocutores da Agência Espacial Brasileira em busca de parceria para o desenvolvimento de engenharia e tecnologia brasileiras na área de foguetes. Especializada em tecnologias espaciais, a empresa tem sede principal na França e está presente em cinco países europeus. É controlada pelo grupo EADS, dono da Airbus.
 
A França e o Brasil poderiam explorar conjuntamente o uso comercial desses satélites, disse ao Valor o vice-presidente da divisão de lançadores da Astrium, Silvio Sandrone, que também está à frente do programa de foguetes Ariane. Segundo o executivo, o novo foguete substituiria os atuais equipamentos de grande porte que encarecem a operação de lançamento.
 
O Brasil já possui quase todas as tecnologias necessárias para produzir seu próprio foguete, mas ainda depende de uma cadeia industrial bem-estabelecida e de uma decisão política de Estado para levar adiante os projetos, disse Sandrone. O orçamento previsto pela Agência Espacial Brasileira (AEB) para os projetos de acesso ao espaço em 2013, como o foguete VLS e o lançador de microssatélites VLM, é de R$ 112,4 milhões.
 
A expectativa para 2015 é de uma demanda mundial para lançamento de 20 a 25 satélites na faixa de 300 a 400 quilos, segundo estudo da consultoria francesa Euroconsult.
 
O programa brasileiro de lançadores prevê um veículo com massa entre 200 kg e 500 kg, batizado de VLS-Alfa. Os mercados-alvo são os fabricantes de satélites de até 500 kg destinados à órbita terrestre baixa (abaixo de 2 mil km). Na última edição do Programa Nacional de Atividades Espaciais (PNAE), revisada em janeiro, o orçamento previsto para o VLS-Alfa era de R$ 442 milhões.
 
A cadeia industrial do foguete Ariane, segundo o executivo da Astrium, tem 64 fornecedores que se comunicam diretamente com a Astrium, produzindo equipamentos e sistemas, desde motor-foguete a propulsão líquida, computadores de bordo, sistemas pirotécnicos, estruturas, tanques, entre outros. "Essas empresas empregam diretamente cerca de 10 mil pessoas na Europa", disse Sandrone.
 
No Brasil, existem apenas 14 empresas fornecedoras do programa espacial, que empregam 440 colaboradores. Na parte de infraestrutura, segundo a Associação das Indústrias Aeroespaciais do Brasil, o país conta com 18 salas limpas e 40 laboratórios, dos quais 18 são dedicados ao desenvolvimento de software.
 
Em 2011, do faturamento de US$ 6,8 bilhões das empresas do setor aeroespacial e de defesa no Brasil, as indústrias que atuam no segmento espacial responderam por 0,63% do total, segundo o último balanço disponível da associação do setor.
 
Para comparação, a Astrium sozinha faturou € 5,8 bilhões em 2012. O foguete Ariane, isoladamente, movimenta mais de € 1 bilhão por ano no mercado mundial de lançamentos comerciais, capturando a cada ano metade do total de lançamentos, disse Sandrone.
 
A Astrium já se uniu à Agência Espacial Europeia e à Agência Espacial Alemã para colaborar com o Brasil no programa de foguetes de sondagem (veículos suborbitais que podem transportar experimentos científicos para altitudes superiores à atmosfera terrestre, por períodos de até 20 minutos). O foguete brasileiro VSB-30, por exemplo, já realizou 14 missões bem-sucedidas na Europa.
 
Os foguetes de sondagem têm sido usados pelos europeus desde 1976 em missões de pesquisa atmosférica, lançamento de cargas científicas e tecnológicas em ambiente de microgravidade. Até o momento, segundo Andreas Schütte, diretor dos programas Texus Maxus da Astrium Space Transportation, já foram realizados 51 lançamentos do programa Texus e nove do Maxus.
 
O foguete usado nas missões do Texus é o VSB-30, e para o programa Maxus, o Castor. Mas, de acordo com Schütte, o veiculo será substituído pelo foguete brasileiro VLM-1, previsto para voar em 2015. O próximo voo do Texus com o foguete VSB-30 está programado para abril.
 
O foguete VLM-1 também está sendo desenvolvido em parceria com a agência alemã, que lançará em 2015 o experimento científico Shefex 3. Os alemães arcam com 25% dos custos de desenvolvimento do VLM, estimados em R$ 100 milhões.
 
"O Brasil está um pouco na situação da Europa. Possui um mercado institucional demasiado pequeno para sustentar a produção de lançadores. O acesso ao mercado comercial é indispensável para o país ser independente nessa área", afirmou Sandrone.
 
O Valor apurou que Sandrone esteve no Brasil em dezembro para tratar desses temas. A Astrium também participa do processo de seleção do fornecedor do Satélite Geoestacionário de Defesa e Comunicações Estratégicas, que o Brasil pretende adquirir a um custo estimado de R$ 720 milhões.
 
Fonte: Valor Econômico
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quinta-feira, 28 de fevereiro de 2013

Franceses apresentam FREMM á Marinha do Brasil

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A mais moderna fragata francesa, Classe "Aquitaine", atracou no Rio de Janeiro para demonstrar suas qualidades e capacidades técnicas, mais uma forte candidata a equipar a Marinha do Brasil, que desenvolve esudos para aquisição de uma nova classe de fragatas no âmbito do ProSuper, programa militar que preve a aquisição e construção de novos meios de superfícíe para modernizar a Marinha do Brasil, programa que envolve a cifra de milhões a atrai importantes indústrias do setor no mercado internacional.
 
A DCNS dá o primeiro passo na corrida pelo milionário contrato, trazendo a "Aquitaine" ao Brasil para realizar testes de mar e avaliações técnicas que deverão ter inicio no dia 4 de março. A Fragata "Aquitaine" é hoje uma das mais modernas do mercado, sendo classificada como no "Estado da Arte", esta equipada com oito mísseis antinavios Exocet, 16 mísseis antiaéreos Aster, 16 mísseis de cruzeiro, três canhões, quatro metralhadoras, 19 torpedos e um helicóptero de combate, a embarcação possui 142 metros de comprimento e um deslocamento de 6 mil toneladas. O navio  é oriundo do programa europeu FREMM, que reuniu França e Itália na concepção desta moderna fragata, sendo nomeada Classe "Aquitaine" a versão francesa e Classe "Bergamini" a versão italiana. 
 
A Fragata partiu da base de Toulon (França) no início do mês de fevereiro e irá visitar além do Brasil a Colômbia, Cuba, Estados Unidos e Canadá antes de chegar ao seu destino final, Reikjavik (Islândia), em 10 de maio.
 
A "Aquitaine" esta atracada no píer público do Rio de Janeiro, onde normalmente são vistos navios de cruzeiro. A França se mostra bastante otimista com a sua proposta apresentada ao governo brasileiro. 
 
Reunindo sistemas de defesa e ataque que permitem enfrentar ameaças marítimas, aéreas e terrestres, a Aquitaine é um moderna plataforma multimissão. Outro ponto a favor do navio é a capacidade de ser operada por uma tripulação reduzida de apenas 98 pessoas.
O diretor-presidente da DCNS no Brasil, Eric Berthelot, diz que ainda é cedo para fechar o custo de cada fragata para o Brasil, pois as negociações incluirão uma cadeia de fornecedores e estaleiros brasileiros na construção da embarcação. Porém, especialistas da área naval calculam que a fragata custe entre 600 e 700 milhões de euros.
 
Fonte: GeoPolítica Brasil com agências de notícias

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sexta-feira, 25 de maio de 2012

Viagem de Hollande ao Brasil pode decidir compra de caças

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A visita do presidente francês, François Hollande, ao Brasil poderá ser decisiva para determinar uma licitação milionária para a compra de caças, pela qual disputam França, Estados Unidos e Suécia, afirmou nesta quarta-feira à AFP uma fonte do governo em Brasília. "A visita de Hollande pode desatar o nó" e ajudar a definir a licitação, disse a fonte, que não quis se identificar.

O Brasil pretende decidir nos próximos meses o valor da licitação estimada em cerca de US$ 5 bilhões. Na disputa estão os aviões Rafale da fabricante francesa Dassault, o F/A-18 Super Hornet da americana Boeing e o Gripen NG do sueco Saab.

"Nenhuma das propostas nos agradam" neste momento, porque a França mantém um preço alto e o Brasil teme as intenções dos Estados Unidos ao transferir sua tecnologia, apesar de ter obtido o compromisso do Congresso e do presidente Barack Obama, explicou a fonte. A visita de Hollande ao Brasil, agendada para a cúpula Rio+20, entre os dias 20 e 22 de junho, pode ajudar no esclarecimento da proposta e das condições da França, disse a fonte.

O ministro da Defesa, Celso Amorim, já afirmou que a licitação será definida ainda este ano, depois de ser adiada devido a cortes orçamentais. A recente decisão da Índia de entrar nas negociações exclusivas com a França para comprar 126 caças Rafale, como parte de uma oferta estimada em US$ 12 bilhões, trouxe novidades para a negociação, a principal delas seria o preço mais conveniente do que o oferecido ao Brasil. A proposta da Índia de entrar no contrato brasileiro não agradou o Brasil, já que o governo não abre mão de construir o avião em solo brasileiro, segundo a mesma fonte
Fonte: AFP
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terça-feira, 14 de fevereiro de 2012

Brasil muito provavelmente escolherá caça Rafale

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O Brasil “muito provavelmente” escolherá o caça militar francês Rafale para modernizar a Força Aérea, disseram fontes do governo, uma decisão que garantiria um dos contratos de defesa mais cobiçados dos mercados emergentes para um avião cujo futuro estava em dúvida apenas duas semanas atrás.

A presidente Dilma Rousseff e os conselheiros dela acreditam que a proposta da Dassault Aviation para vender pelo menos 36 Rafales tem os melhores termos entre as três ofertas finalistas, disseram à Reuters fontes sob condição de anonimato.

Dilma tinha preocupações sobre o Rafale porque o jato não tinha encontrado ainda nenhum comprador fora da França. Isso criava dúvidas sobre se a Dassault teria a escala necessária para produzir e manter os jatos a um custo razoável.

As fontes disseram que as preocupações envolviam negociações exclusivas para comprar 126 Rafales. O ministro da Defesa do Brasil, Celso Amorim, viajou a Nova Délhi na semana passada para discutir o negócio com autoridades indianas e analisar documentos relacionados à oferta da Dassault.

“O acordo com a Índia mudou tudo”, disse uma das fontes. “Com a decisão da Índia, agora é muito provável que o Rafale seja o vencedor aqui”, acrescentou.

As ações da Dassault subiam 4 por cento em Paris nesta segunda-feira. Um porta-voz da companhia não comentou o assunto.

As outras duas fabricantes interessadas na compra brasileira são a Boeing, com o F-18, e a Saab, com o Gripen.

A Boeing afirmou que ainda está na disputa. “Nós estamos promovendo nossos melhores esforços e tenho certeza de que outras companhias também estão fazendo isso”, disse o vice-presidente de desenvolvimento de negócios da Boeing, Jeff Kohler, durante a feira de aviação de Cingapura.

O contrato terá um valor inicial de cerca de 4 bilhões de dólares, mas provavelmente vai valer consideravelmente mais ao longo tempo conforme serviços de manutenção e mais encomendas forem incluídos.

A Boeing afirmou que a visita de Amorim à Índia pode ter colocado o caça francês na liderança da disputa, mas isso não significa que o F18 Super Hornet está fora da briga.

“O governo dos Estados Unidos tem sido muito pró-ativo no apoio ao Super Hornet no Brasil e eu antecipo que veremos discussões bilaterais nos Estados Unidos com a presidente Dilma. Teremos o mesmo nível de negociação em termos do Super Hornet”, afirmou o vice-presidente da divisão de desenvolvimento de negócios internacionais da Boeing, Mark Kronenberg.

As fontes afirmaram que a Dassault ofereceu a melhor combinação de aeronave de alta qualidade e compartilhamento de tecnologia que Amorim afirma ser muito importante para um acordo. O Brasil espera usar a tecnologia para expandir sua própria indústria de defesa, liderada pela Embraer.

As fontes disseram, porém, que desdobramentos inesperados, especialmente uma ruptura no diálogo da Índia com a Dassault, podem ainda fazer Dilma mudar de ideia.

Elas afirmaram ainda que a decisão da presidente provavelmente não será anunciada antes da eleição francesa entre abril e maio, na tentativa de não deixar o acordo ser excessivamente politizado.

A compra dos caças pelo Brasil passou por uma série de desdobramentos ao longo dos anos. O antecessor de Dilma, Luiz Inácio Lula da Silva, tinha dito em 2009 que o Brasil escolheria o Rafale, mas ele deixou o governo sem finalizar o negócio.

Fonte: Reuters
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quarta-feira, 2 de novembro de 2011

França é o quarto maior exportador no mercado de defesa

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O mercado internacional de equipamentos de defesa é altamente competitivo, dominado por um pequeno número de exportadores. Países com uma forte base industrial e tecnológicos com uma maior capacidade de ofertar novos equipamentos voltados à defesa.

Em 2010, a competitividade da indústria francesa permitiu-lhe manter a sua posição como exportador mundial como quarto maior em equipamentos de defesa. Com € 5,12 Bilhões em contratos, reflete o forte desempenho da indústria francesa em um ambiente tão competitivo.

De fato, a França tem ativos valiosos. Suas exportações são baseadas em produtos que têm qualidades amplamente reconhecidas em toda a vasta gama de equipamentos de defesa, onde sua escolha histórica em favor da autonomia nacional em defesa tem favorecido o surgimento de pólos de excelência na França. Assim, a França é um dos poucos países a dominar todas as técnicas, graças ao investimento público em programas de pesquisa e desenvolvimento.

A importância das exportações para a sobrevivência da base industrial de defesa é crucial. A indústria francesa, dependente dos programas nacionais e cada vez mais se volta para exportação. O mercado de exportação já responde por 32% das vendas da indústria aeroespacial francesa e empresas de defesa, e há um considerável potencial para crescer ainda mais.

Por esta razão, e uma vez que o sucesso no campo dos contratos de exportação é um processo longo e complexo que envolve uma pluralidade de negócios, indústria e Estado, o papel do governo é fundamental.

O apoio estatal para a exportação assume várias formas. Autoridades nacionais primeiro criam um ambiente favorável para as exportações, tanto através da adaptação dos procedimentos internos de supervisão e controle para as perspectivas do mercado e fornecendo apoio nas relações diplomáticas com países amigos e aliados. As autoridades nacionais também podem fornecer, em alguns casos, apoio técnico ou de financiamento para a exportação de equipamentos de defesa.

Distribuição geográfica das exportações

A geografia das exportações francesas se mantém estável de ano a ano, refletindo o mercado mundial, e coloca a França em paridade com seus principais concorrentes globais.

Durante o período de 2006-2010, o Oriente Médio respondeu por 27% dos contratos da indústria francesa, reforçando a sua posição tradicional como o principal comprador de equipamentos franceses.

A América Latina, com 25%, quase alcançou o mesmo nível, principalmente por causa dos grandes contratos com o Brasil. Na primeira década do século XXI (2001-2010), os Estados Unidos, a União Europeia (principalmente França e Reino Unido), Rússia e Israel têm sido responsáveis ​​por 90% do mercado de exportação. O ranking "Top 5" de exportadores, que inclui fornecedores líderes em equipamentos de alta tecnologia, não se alterou significativamente nos últimos anos.

A Ásia, com 18%, tem uma posição menor, mas muito significativa, e espera-se que os sucessos na Índia possam ajudar a aumentar a cota no futuro. Finalmente, a Europa responde por 17% das exportações francesas.

Em 2010, os principais clientes da França foram Arábia Saudita, Brasil, Índia e Malásia.

Em um mercado competitivo, onde a posição dos países exportadores não é assegurada, a diversidade de clientes regionais e o equilíbrio entre áreas geográficas, é um trunfo importante para as exportações de defesa da França.

Além disso, 2011 e 2012 pode ser um ano crucial com a França competindo em vários grandes contratos para fornecer equipamentos de defesa. Dentre estes grandes contratos, podemos citar o programa FX-2, onde o caça Dassault Rafale é o favorito à equipar a Força Aérea Brasileira.

Fonte: GeoPolítica Brasil / DEFPRO
Tradução/adaptação e complementação: GeoPolítica Brasil
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sexta-feira, 21 de outubro de 2011

Omnisys e Centro Universitário da FEI firmam parceria para intercâmbio de conhecimento e talentos

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Na última quinta-feira, durante o seminário “As oportunidades da indústria de defesa e segurança para o Brasil e a Região do ABC”, formalizou-se uma importante parceria entre a Omnisys e o Centro Universitário da FEI, ambos sediados em São Bernardo do Campo. O objetivo do memorando de entendimento é selar o compromisso entre a empresa e a instituição de ensino visando oportunidades de intercâmbios diversos dentro de áreas e temas de interesse ligados à produção de conhecimento, desenvolvimento de talentos, pesquisa e projetos.

“O acordo é uma oportunidade para viabilizar a transferência de conhecimento para os novos pesquisadores, tornando-os mais atentos às novas demandas do mercado em expansão”, comentou Fábio do Prado, reitor da FEI. O convênio abre sólidas perspectivas de cooperação em projetos educacionais e de P&D (Pesquisa e Desenvolvimento), ligações com a indústria, o parque tecnológico do ABC, além de troca de informações dentro de modalidades organizacionais, financeiras e jurídicas.

A Omnisys é pioneira da engenharia eletrônica brasileira no fornecimento de soluções de alta tecnologia para aplicações civis, militares e espaciais, não apenas para o Brasil, mas também para outros países da América Latina, Europa e Ásia. No quadro do programa F-X2, a Thales, empresa integrante do consórcio RAFALE, pretende compartilhar tecnologias de ponta com o Brasil e selecionou a empresa paulista como parceira local para novos desenvolvimentos e para a produção dos radares a equiparem as aeronaves RAFALE.

“A Omnisys já é sólida parceira de escolas e universidades locais, inclusive a própria FEI, garantindo uma base confiável para crescimento e desenvolvimento futuros. Entre as oportunidades decorrentes do memorando de entendimento estão, por exemplo, a qualificação de mão-de-obra altamente especializada e qualificada, além de novos projetos de P&D”, explica Luciano Lampi, diretor geral da Omnisys.

Para Jean-Noël Maffi-Berthier, gerente do projetos para a Thales, estão previstos novos desenvolvimentos, produção e atividades de apoio logístico. "Com esta parceria o Brasil entrará no restrito clube de nações detentoras da tecnologia única envolvida nesta produção. Além disso, haverá também grandes oportunidades de contar com a contribuição de outras empresas brasileiras, assim como com o sistema educacional brasileiro".

Sucesso apoiado numa forte estratégia local de P&D

A Omnysis já projeta, desenvolve e fabrica radares de longo alcance (banda L) numa cooperação industrial de sucesso, que levou à produção de mais de 26 radares TRAC banda L desde 2008. A empresa atua nos segmentos-chave de radares de gestão do tráfego aéreo, radares meteorológicos, radares de trajetória, guerra eletrônica e mísseis para o domínio naval, entre outros, e, progressivamente novas áreas vêm sendo adicionadas ao seu escopo.

Em março deste ano, a Thales anunciou a decisão de fabricar os radares de defesa aérea Ground Master 400 (GM 400) em São Bernardo, permitindo assim que a empresa brasileira faça uso das tecnologias de radares mais complexas e avançadas do mercado mundial.
  
Sobre a Omnisys
A Omnisys é uma empresa brasileira de alta tecnologia, líder em inovação e desenvolvimento de soluções para os mercados de defesa, segurança, espaço e aeroespaço. Subsidiária da Thales, a Omnisys integra  sua rede internacional de centros de excelência em Pesquisa e Desenvolvimento, com competência técnica e gerencial em áreas estratégicas de aplicação civil e militar tais como defesa aérea e controle de tráfego aéreo, guerra eletrônica naval e, no mais alto grau de desenvolvimento tecnológico, áreas espaciais e de aviônicos, além da prestação de serviços.

Sobre a Thales
Líder mundial em tecnologia nos mercados de Defesa & Segurança e Transporte & Aeroespacial. Em 2010, a empresa gerou uma receita de mais de 13 bilhões de euros, com 68 mil funcionários em 50 países. Com seus 22.500 engenheiros e pesquisadores, a Thales tem a aptidão única de projetar, desenvolver e implantar equipamentos, sistemas e serviços adaptados aos mais complexos requisitos de segurança. A Thales tem um alcance internacional excepcional, com operações em todo o mundo, trabalhando diretamente com clientes como parceiros locais.

Fonte: Omnisys ao GeoPolítica Brasil
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quarta-feira, 19 de outubro de 2011

Amorim diz que compra de caças depende de efeitos da crise

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A compra de 36 aviões de caça para renovar a frota da Força Aérea Brasileira (FAB) dependerá da evolução da crise financeira mundial, afirmou nesta terça-feira em Paris o ministro da Defesa, Celso Amorim, que preferiu não garantir se a decisão será tomada em 2012.

"Neste momento, a consideração fundamental é de ordem financeira e econômica. Não sabemos quais serão as consequências da crise financeira mundial sobre o Brasil", disse Amorim, em uma coletiva no ministério francês da Defesa.
"Devemos ser prudentes, sem esquecer que nossas necessidades na área de Defesa exigem uma decisão que não pode ser adiada indefinidamente."

Sem querer confirmar quando será anunciada a decisão sobre a compra, prevista para 2012 após o adiamento do projeto, Amorim reconheceu que "há urgência" em relação ao assunto.

"A vida útil dos Mirages está se esgotando. A manutenção vai custar caro a partir de 2013. Mas a urgência não é o único fator determinante. As possibilidades materiais também contam e é preciso balancear as duas coisas."

Além do Rafale francês, o americano F-18 Super Hornet, da Boeing, e o sueco Gripen, da Saab, também disputam a licitação brasileira para a compra dos caças.

Parceria

A pressão do governo francês para tentar vender seus aviões Rafale ao Brasil é enorme. Até hoje, a França não conseguiu exportar o modelo e conta com o Brasil para realizar sua primeira venda internacional.

Por este motivo, o projeto de compra de caças para a FAB, chamado de FX-2, deverá dominar as discussões entre Amorim e autoridades francesas. O valor do projeto está estimado em cerca de US$ 6 bilhões (cerca de R$ 10,6 bilhões).

Nesta terça-feira, após encontro com o ministro da Defesa francês, Gérard Longuet, Amorim se reúne com o chanceler Alain Juppé. Ele também será recebido na quarta-feira pelo presidente Nicolas Sarkozy.

O Brasil concluiu em 2009 uma "parceria estratégica" na área militar com a França que prevê a compra de helicópteros, que já começaram a ser fabricados no Brasil, e quatro submarinos convencionais Scorpène, com transferência de tecnologia, além do casco de um submarino com propulsão nuclear.

Segundo Amorim, que visitará na quarta-feira o estaleiro na Normandia onde estão sendo construídas partes do Scorpène, sua visita à França tem o objetivo de fazer um apanhado dos contratos em andamento.

Shalit
Amorim também comentou a liberação do soldado israelense Gilad Shalit nesta terça-feira e afirmou que isso representa um "passo importante" nas discussões entre israelenses e palestinos.

O ministro lembrou a posição favorável do Brasil ao reconhecimento de um Estado palestino e disse que a liberação "é um bom presságio" para o futuro das negociações.

"Em uma região como essa, qualquer passo é importante", disse Amorim.

Ele não quis, no entanto, comentar a eventual ida para o Brasil do palestino Tawfic Abdallah, marido da brasileira Lamia Maruf, que será libertado em troca de Shalit.

Fonte: BBC Brasil
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Celso Amorim se reunirá nesta quarta com Sarkozy em Paris

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O ministro brasileiro da Defesa, Celso Amorim, se reunirá nesta quarta-feira com o presidente francês, Nicolas Sarkozy, com quem poderá abordar o tema da compra dos caças Rafale, um dia depois de uma reunião com os ministros da Defesa e das Relações Exteriores da França.

Na terça-feira de manhã, Amorim se reuniu com o colega francês Gérard Longuet e depois se encontrou com o chanceler Alain Juppé.

Este encontro permitirá "reforçar o diálogo de Defesa com o Brasil e marcar a determinação da França de continuar compartilhando seu “savoir-faire”, sua experiência, sua alta tecnologia, conforme a ambição da nossa associação estratégica" bilateral, afirmou o porta-voz da chancelaria francesa, Bernard Valero.

"Entre os temas que (Amorim) revisará, provavelmente estará o assunto dos caças" Rafale, disse no Brasil uma fonte oficial que pediu para ter sua identidade preservada.
A França continua aspirando a vencer uma licitação milionária no Brasil para a venda de 36 aviões de combate Rafale, joia da coroa da construtora aeronáutica francesa Dassault Aviation, caça que está a serviço das Forças Armadas francesas, mas nunca foi vendido ao exterior.

Em 2009, durante visita oficial ao Brasil, Sarkozy anunciou publicamente que venderia as aeronaves supersônicas ao Brasil, mas as negociações foram suspensas ao fim do mandato de Lula e na chegada ao poder de sua sucessora, Dilma Rousseff.

Em julho, o antecessor de Amorim, Nelson Jobim, disse na França que uma decisão sobre a eventual compra dos Rafale havia sido adiada "até o começo de 2012".

Ao meio-dia desta quarta-feira, Amorim se reunirá no Palácio do Eliseu com o presidente Sarkozy, antes de seguir para Cherburgo, na Normandia (noroeste da França), onde tem agendada uma visita a um estaleiro naval onde é construído um dos quatro submarinos convencionais da classe "Scorpene" que o Brasil comprou da França em 2009, no contexto do programa de cooperação bilateral.

Fonte: AFP
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quarta-feira, 12 de outubro de 2011

Turbomeca anuncia criação de pólo de turbomáquinas no Rio de Janeiro

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François Haas, Diretor da Turbomeca do Brasil, empresa do grupo francês Safran, esteve presente ao evento promovido pelo Consórcio Rafale junto a FIRJAN e falou um pouco sobre a participação do Grupo Safran no mercado brasileiro e principalmente sobre a sua empresa, a Turbomeca do Brasil.

A Turbomeca faz parte do Grupo Safran, no Brasil o Grupo Safran equipa todos os aviões da GOL e metade dos aviões da TAM tem turbinas do Grupo Safran em cooperação com a GE, todos os aviões da TAM possuem trens de pouso, rodas e freios do Grupo Safran, o novo avião da Embraer, o KC-390, vai ter rodas e freios de uma empresa do Grupo Safran, outra empresa no Brasil faz cartões bancários com chip, a metade dos cartões bancários que os brasileiros usam a cada dia são fabricados aqui no Brasil pelo grupo, a policia federal utiliza um sistema de biometria para identificação do cidadão brasileiro que foi desenvolvido pelo Grupo Safran.

Falando agora na Turbomeca, fabricante de helicopteros em nível mundial que possui hoje uma fatia do mercado mundial em torno de 40%, atualmente temos hoje cerca de 15 mil turbinas operacionais no mundo.

A história da Turbomeca no Brasil começou no final dos anos 70, quando foi instalado um escritório para dar apoio técnico e acompanhar a primeira venda de um helicóptero equipado com uma turbina turbomeca no Brasil, um Esquilo da Marinha do Brasil. Ao mesmo tempo o grupo ganhou um contrato para fornecer á Petrobras 20 grandes turbinas industriais instaladas em plataformas. Como resultado a Turbomeca montou uma fábrica em Xerém, no Rio de Janeiro. A partir de 2002 , como obrigação do programa de off-set, a turbomeca instalou no Brasil a capacidade de realizar a revisão de turbinas de helicópteros. Então neste momento a turbomeca passou a ampliar sua capacidade no Brasil, não só com todos os tipos de turbinas operados no Brasil pelas suas forças armadas e clientes civis, mas também em toda América Latina.

A participação da empresa hoje na América Latina possui cerca de 1.400 turbinas em operação, sendo a metade destas aqui no Brasil. Se observar o mercado brasileiro com o resto da América Latina, o mercado brasileiro é realmente muito atrativo para a turbomeca, sendo dividido entre o mercado militar, o mercado de segurança pública, o mercado off-shore e o mercado civil. 

Segundo François Haas: "A indústria de defesa e aeronaútica, não pode depender de um mercado só, é importante se apoiar em vários mercados com um mesmo produto." 

A Turbomeca instalou no Brasil toda a estrutura necessária para atender seu cliente, sendo esta uma das grandes estratégias da empresa. A Turbomeca do Brasil possui hoje 100% das funções necessárias para atender as necessidades de seus clientes no Brasil sem que seja necessário qualquer tipo de apoio da matriz, o que agiliza a resposta as solicitações de seus clientes, seja na venda de materias, apoio técnico, treinamento, tudo é feito no Brasil por uma equipe brasileira.

Tendo o Brasil como ponto de partida a turbomeca decidiu criar no país um centro de assistência para toda América Latina, onde são feitas as revisões de todas as turbinas dos cliente militares e civis, do México até a Terra do Fogo. Hoje a Turbomeca conta no Brasil com um time de mais de 200 profissionais.

O mercado da América Latina é visto como pequeno, com vistas a manter sua sustentabilidade econômica, a Turbomeca do Brasil realiza hoje não só revisões de turbinas dos clientes na América Latina, mas de clientes do Japão, China, EUA e Europa, ou seja, do mundo inteiro. Como resultado desta estratégia, hoje a Turbomeca do Brasil já realizou desde 2002 a revisão de mais de 3.200 turbinas.

O faturamento hoje da Turbomeca hoje tem como fonte cerca de 50% oriundo do mercado brasileiro, 30% da América Latina e os 20% restante do resto do mundo. Com essa atividade de revisões de turbinas a Turbomeca deu um salto em seu faturamente que era de cerca de 20 milhões de euros, para mais de 90 milhões de euros, lembrando que metade deste faturamento provêm do Brasil e a outra metade do resto do mundo, sendo um número bastante expressivo.

O proximo passo da Turbomeca, como reação à compra brasileira de 50 novos helicópteros para suas forças armadas, a Turbomeca do Brasil irá montar um novo motor, além do motor auxiliar (APU) e a integração de sistemas do piloto automático do novo helicoptero brasileiro. Outro passo do Grupo Safran em metalurgia dentro do programa KC-390 e Rafale, a Turbomeca esta responsável por desenvolver em parceria com uma empresa nacional e um instituto de pesquisa o desenvolvimento de aços especiais para aplicação aeronáutica. O primeiro será um aço especial para produção de trens de pouso, o segundo será uma super liga especial para produção de paletas de turbinas. Isso para o Brasil é um passo fundamental, sendo o país um grande exportador de minério de ferro e que com isso poderá se tornar um exportador de aços de alta tecnologia no mercado global.

François Haas informou que o grupo irá trabalhar em parceria com os centros de pesquisa das universidades brasileiras, afim de desenvolver duas linhas de pesquisa. Na primeira linha de pesquisa buscará desenvolver biocombustíveis de qualidade aeronáutica, montando uma cadeia produtiva brasileira, onde haverá a oporunidade de testar e certificar a tecnologia em produtos como as turbinas de helicopteros. Um segundo passo será o desenvolvimento de turbinas híbridas, onde possam trabalhar com combustível e baterias elétricas. Havendo um grande espaço para cooperação entre a empresa e os centros de pesquisa e desenvolvimento das universidades.

Concluindo a sua apresentação, François Haas, citou a preocupação da empresa em ter mão de obra qualificada, deixando clara a necessidade de se estabelecer parcerias com vistas a formar e capacitar engenheiros, técnicos e mecânicos. No Rio de Janeiro, por exemplo, a Turbomeca possui uma parceria com a EAPAC e o SENAI, com vista a não limitar o crescimento futuro das empresa de tecnologia com relação a oferta de mão de obra qualificada.

A Turbomeca é parte do Grupo Safran, um dos importantes membros do Consórcio Rafale, que visa fornecer ao Brasil os novos vetores da FAB e estabelecer uma parceria estratégica com o Brasil no mercado mundial.

 Angelo D. Nicolaci
Editor GeoPolítica Brasil

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Consórcio Rafale assina Acordos de Cooperação com universidades no Rio de Janeiro

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Nesta terça-feira (11), durante o seminário realizado pelo Consórcio Rafale na FIRJAN, onde estavam presentes representantes das empresas que fazem parte do consórcio que concorre no programa FX-2 com o caça francês Dassault Rafale, o empresariado do Rio de Janeiro, representantes das instituições COPPE/UFRJ e PUC-RJ, foram assinados importantes acordos de cooperação.

O primeiro acordo assinado foi entre a COPPE/UFRJ e o Grupo Rafale, onde após uma breve apresentação dos desafios enfrentados pelo centro de excelência brasileiro e as expectativas representadas pelo acordo, o professor Nelson Maculan, representando a UFRJ e Gérard Poirier, Vice-Presidente de Cooperação em P & D da Dassault Aviation, assinaram o acordo que sela o inicio de uma frutífera cooperação entre ambas instituições, o que tratá ao Brasil um importante avanço em seu setor de pesquisa e desenvolvimento.


Posteriormente o professor Carlos Frederico Borges Palmeira, Diretor do Centro de Tecnologia da PUC-RJ, realizou um breve discurso, onde salientou a importancia hoje dos acordos já vigentes entre a instituição brasileira e várias instituições francesas, principalmente no campo da engenharia, onde já é realidade o intercâmbio de alunos e a certificação dos mesmos não só no Brasil, o que eleva o nível de nossos profissionais ao nível internacional em termos de capacitação técnica. Após esta esclarecedora apresentação, foi firmado um acordo entre o Consórcio Rafale e a PUC-RJ, afim de se estabelecer cooperação na pesquisa e desenvolvimento tecnológico. O professor Carlos Frederico Borges Palmeira assinou com Gérard Poirier este importante acordo que marca o compromisso do Consórcio Rafale com o proposto ao Brasil no Programa FX-2.


Diante da assinatura destes dois acordos, fica claro o compromisso do consórcio francês com o Brasil em relação ao programa de off-set e capacitação técnica, algo que é claro e sólido, onde o grupo francês e seus parceiros tem demonstrado de maneira efetiva que estão prontos a cumprir todos os pontos da proposta.

Angelo D. Nicolaci
Editor GeoPolítica Brasil

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Consórcio Rafale apresenta proposta à industria brasileira em evento na FIRJAN

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A Dassault realizou evento junto a FIRJAN, onde o grupo Rafale apresentou as oportunidades que o Brasil poderá contemplar com a escolha do caça Dassault Rafale para equipar a Força Aérea Brasileira dentro do programa FX-2. O GeoPolítica Brasil esteve presente a convite do Consórcio Rafale, representado pelo seu editor, Angelo D. Nicolaci, que acompanhou este interessante seminário e assina esta matéria exclusiva.

A apresentação expôs as vantagens técnicas do Rafale frente aos concorrentes, apontando suas capacidades Omnirole e principalmente o pleno domínio de toda a tecnologia envolvida no projeto francês.


Jean Marc Merialdo, representante da Dassault no Brasil, apresentou durante o painel: “Grupo RAFALE e suas oportunidades”, uma visão ampla sobre toda a tecnologia envolvida no projeto do Rafale, destacando seus sistemas de última geração, capacidades operacionais, sua logística simplificada, com destaque em sua simplicidade e economia na operação do Rafale.

Ainda durante o painel, destacou-se a participação bem sucedida dos Rafales durante as operações no Afeganistão e Líbia, salientando que a aeronave substitui um leque de aeronaves, o que permite uma logística simplificada sem a perda da capacidade estratégica ou capacidade de cumprir sua missão, sendo o único dos finalistas capaz de operar abordo do NAe São Paulo, algo de grande relevância se levarmos em conta a necessidade da Marinha do Brasil de dispor de um vetor moderno e capaz para complementar as capacidades do seu NAe.

O Rafale apresenta à capacidade de defender todo o território nacional posicionado em pontos estratégicos, oferecendo uma cobertura adequada às necessidades brasileiras em defender seu território, em especial a Amazônia e o Pré-Sal.

Na segunda parte do painel, Michel Paskoff, Vice-Presidente de cooperações Internacionais da Dassault Aviation, expôs toda a capacidade da empresa francesa de cumprir os acordos propostos no programa FX-2, citando a presença no Brasil de empresas que fazem parte do Consórcio Rafale, o que tornará a futura nacionalização do caça Rafale uma realidade.

Michel Paskoff reforçou a parceria França-Brasil, onde estas não se limitam ao Rafale, citando a oferta de participação no programa KC-390, onde o governo francês já se comprometeu com a intenção de compra de 10 unidades da nova aeronave brasileira.

No plano político foi abordado um dos pontos fortes da proposta francesa, que trata do acordo político de transferência de tecnologias sensíveis de forma abrangente, ofertando ao Brasil a oportunidade de absorver tecnologias estratégicas e no estado da arte, sendo esta garantida não só pela indústria francesa, que possui um excelente histórico junto em seus contratos com o Brasil, mas tendo a garantia política do governo francês, algo muito superior ao que pôde ser ofertado por seus concorrentes no âmbito do programa FX-2.

A parceria Franco-Brasileira no programa FX-2, propõe ao Brasil a oportunidade de se tornar autônomo no campo tecnológico, tornando o Brasil não apenas um cliente da Dassault, mas um parceiro estratégico, onde a indústria nacional poderá produzir e desenvolver sua tecnologia, somando a tudo isso a oportunidade da indústria brasileira se tornar fornecedora de componentes importantes ao Rafale, não só aos exemplares produzidos para Força Aérea Brasileira, mas para todos os Rafales produzidos.

A tecnologia de materiais compostos figura dentro das capacitações envolvidas no programa de off-set do FX-2, onde a tecnologia poderá ser aplicada não só na indústria aeroespacial, mas em toda a vasta gama de setores industriais brasileiros.

Michel Paskoff sublinhou o fato de que o Consórcio Rafale não esta centrado só na venda de uma aeronave, mas em uma vasta gama de tecnologias, é um compromisso de longo prazo, uma oferta ampla e aberta de acesso á tecnologia, sendo uma oportunidade real de capacitar o Brasil no setor da pesquisa e desenvolvimento, além da capacitação acadêmica e industrial.

Abordando a terceira parte do painel, Gérard Poirier, Vice-presidente de cooperação em P&D da Dassault Aviation, apresentou a política de incentivo e criação de pólos de projetos e pesquisas, sua organização e seu foco no desenvolvimento de tecnologias e competências, além da geração de empregos. Abordando a intenção de estabelecer estreitos laços com centros de tecnologia nas principais instituições.

Um fato importante é salienta que tais investimentos efetuados pelo governo francês e a Dassault não se limitam ao setor aeronáutico, mas á uma variada gama de setores, desde o setor aeronáutico e alcançando inclusive o campo tecnológico nuclear.

No Brasil já foram iniciadas conversas para o desenvolvimentos de centros de pesquisa e desenvolvimento tecnológicos previsto na proposta da Dassault Aviation ao Brasil. Em um primeiro passo, estão sendo realizados contatos com o SENAI e os pares franceses afim de capacitar o Brasil para o domínio das tecnologias envolvidas e seu desenvolvimento, capacitando também o setor acadêmico, onde durante o evento foram assinados acordos de cooperação com a COPPE/UFRJ e PUC-RJ, criando uma capacidade real de absorção das tecnologias, colocando assim o Brasil não como o cliente de um produto, mas sim como parceiro estratégico, onde serão criados pólos tecnológicos, incluindo o Rio de Janeiro entre uma das sedes destes pólos tecnológicos.

A posse total das tecnologias que são presentes no Rafale, dá a Dassault e seus parceiros uma ampla capacidade de implementação dos projetos propostos, algo garantido pelo governo francês e os fortes laços políticos existentes entre ambos os Estados.

Fechando o painel, Laurent Mourre, Diretor da Thales no Brasil, demonstrou os números da Thales em sua participação no mercado brasileiro e o investimento global da empresa em inovação e desenvolvimento tecnológico.

No Brasil, a Thales esta presente desde os anos 70, onde participou da criação do sistema de controle de tráfego aéreo, nas décadas seguintes ganhou importantes contratos para modernização do SINDACTA, equipamentos para a PF, equipamentos voltados á Marinha do Brasil, inclusive como fornecedor de sistemas para o programa de submarinos brasileiros em parceria com a DCNS.

No Brasil a Thales possui a Omnisys, uma empresa de destaque em inovação, atuando de forma marcante em programas da Marinha do Brasil e nas demais forças, sendo vencedora de diversos prêmios concedidos pela FINEP e atuando em diversos setores do mercado nacional, não se limitando ao setor aéreo.

O seminário ainda contou com a presença de Sami Hassuani, que apresentou o fruto da cooperação da Avibrás e a MBDA na remotorização dos mísseis EXOCET  MK.39 da Marinha do Brasil. Programa que elevou a industria nacional à única capacitada para realizar a modernização destes mísseis, sendo a única empresa na América Latina a dominar a tecnologia de propulsão para mísseis. Algo que iremos abordar em uma matéria especial, onde iremos falar sobre este desenvolvimento nacional e as futuras pretensões nacionais no campo de mísseis em parceria com a MBDA que é hoje o principal fornecedor dos sistemas de armas do Rafale.

Angelo D. Nicolaci
Editor GeoPolítica Brasil

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terça-feira, 11 de outubro de 2011

Mais perto do submarino nuclear

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Foto: GeoPolítica Brasil



Não é de hoje que o Brasil deseja submarinos montados e projetados no país. O primeiro equipamento desse tipo incorporado à Marinha remonta a 1914, mas levou quase 80 anos até que o primeiro navio com capacidade de submergir fosse construído em território nacional. Tratava-se do Tamoio, um IKL-209 de tecnologia alemã, produzido em1993. Agora, passados mais 18 anos, finalmente chegam à superfície os planos de produção de um submarino projetado no país, graças ao Programa de Desenvolvimento de Submarinos (Prosub) — parceria estratégica entre os governos brasileiro e francês firmada em 2008 e aprovada pelo Senado somente em abril deste ano.

Os franceses dominam a tecnologia de produção de submarinos convencionais e nucleares. A transferência de tecnologia a ser feita diz respeito à classe Scorpène, do estaleiro Direction des Constructions Navales Services (DCNS). O projeto prevê a construção de quatro submarinos convencionais (S-BR), movidos a motores diesel-elétricos, e um nuclear. Todos serão feitos em novo estaleiro da Itaguaí Construções Navais, criada a partir de uma parceria entre a DCNS e a Norberto Odebrecht. O estaleiro e as demais instalações — que incluem uma base naval, a Unidade de Fabricação de Estruturas Metálicas (Ufem) e a planta da Nuclebrás Equipamentos Pesados (Nuclep), estatal que fará as seções cilíndricas do casco — ficarão prontos em 2015. O custo total do programa está orçado em 6,7 bilhões de euros, o equivalente a R$ 16 bilhões, quase o triplo estimado para o reequipamento completo da Marinha brasileira.

O primeiro casco começou a ser feito em 16 de julho, mas os submarinos vão para a água de maneira escalada, sendo que o primeiro entrará em serviço em 2015. O último será finalizado em 2025, sendo que a conclusão do navio nuclear está prevista para 2023. Na prática, é o final da novela do submarino nuclear, cujo programa ficou praticamente em hibernação entre 1994 e 2006 e voltou à tona graças a descoberta de novas reservas de petróleo, o pré-sal, o que demandará novas exigências da Marinha.

No passado, o afundamento do cruzador argentino Belgrano, em 2 de maio de 1982, pelo submarino nuclear britânico Conqueror, na Guerra das Malvinas, reforçou a necessidade de o Brasil ter armas desse tipo — foi o único ataque de um submarino do tipo a uma embarcação até hoje. Quatro embarcações parecem pouco, mas, segundo a Marinha, com o parque formado e a nacionalização de componentes, será mais fácil fazer outros submarinos. O programa espera capacitar 140 fornecedores locais, que serão responsáveis por cerca de 20% das peças, o equivalente a 36 mil itens, como quadros elétricos, bombas hidráulicas, sistema de combate e de controle e baterias de grande porte. Contudo, todas as empresas serão escolhidas pelos franceses, em razão da experiência do estaleiro.
Brasileirinhos

Os Scorpènes nacionais serão alongados em relação ao original CM-2000, de 62m, projetado em conjunto com a empresa espanhola Izar. O peso vai até as 2 mil toneladas, contra 1.500 do Scorpène original. A propulsão usa quatro geradores movidos a diesel para recarregar as baterias, responsáveis por entregar a energia usada pelos motores elétricos para impulsionar a embarcação. Submerso, o novo submarino brasileiro (S-BR) chega aos 20 nós, o equivalente a 37km/h, que caem para 22km/h na superfície. Em ritmo de cruzeiro, o alcance chega a 12 mil quilômetros, o que diminui para pouco mais de mil quilômetros em navegação submersa, sendo que a profundidade de operação chega aos 350m. Os Scorpènes ainda podem ficar até 50 dias debaixo da água. A tripulação terá pelo menos 32 homens, contingente pequeno em razão da automação dos sistemas de controle e armas. Para se ter ideia, os antigos submarinos da Classe Oberon exigiam 74 tripulantes. Na América do Sul, o Chile já tem duas embarcações do tipo Scorpène, usadas também por outros países, como a Índia e a Malásia.

Em relação ao Scorpène original, com mais de 100m de comprimento e deslocamento de até 6 mil toneladas, a variante nuclear será amplamente modificada em razão do espaço superior exigido pelo núcleo do reator. No caso, o Scorpène servirá apenas como base para o desenho final. Estratégicos, os submergíveis nucleares fazem parte de poucos arsenais no mundo: apenas de China, Estados Unidos, França, Inglaterra e Rússia. Surgidos em 1954, quando o norte-americano USS Nautilus foi lançado, os submarinos nucleares são objeto de desejo do Brasil desde 1978, quando também se desenvolveu o programa nuclear nacional. O responsável pela propulsão nuclear do submario é o Centro Tecnológico da Marinha em Iperó, interior paulista, que desenvolve o circuito primário da propulsão, sendo que o combustível (urânio enriquecido) já foi desenvolvido pela instituição.
Ação

Os equipamentos a serem produzidos no Brasil serão de ataque, usados para combater submarinos, embarcações ou outros alvos de superfície. Entre os armamentos, estão seis tubos de torpedos que podem levar 18 torpedos (12 reservas), mísseis antinavio Exocet ou até 30 minas. Toda a manipulação de armas é automatizada. Para diminuir a chance de ser atingido, o casco tem baixo índice de detecção por sonares. A despeito da capacidade de fogo, a dissuasão é o ponto de principal de importância estratégica. A introdução dos S-BRs não tirará os antigos de serviço — quatro submarinos da classe Tupi (IKL-209) e um Tikuna, que ficarão baseados em Itaguaí.

Cada submarino terá aplicações diferentes. Enquanto os convencionais se encarregarão de patrulhar um ponto sempre próximo da costa, o nuclear usará suas vantagens de maior autonomia e capacidade de manter altas velocidades para se deslocar. Algo ideal para a grande extensão de litoral, como destaca a Marinha.

Fonte: Correio Braziliense
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terça-feira, 27 de setembro de 2011

Em encontro com Sarkozy, Dilma diz que compra de caças pode ser retomada

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Além de discursar na abertura da 66ª Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas (ONU), a presidenta Dilma Rousseff também teve cinco encontros com chefes de estado ao longo do dia. Com o presidente da França, Nicolas Sarkozy, foi discutida uma parceria estratégica na área de defesa. Dilma explicou ao presidente francês que a decisão sobre a compra de aviões caça para a Força Aérea Brasileira (FAB) foi suspensa por questões orçamentárias, mas poderá ser retomada no ano que vem.

Dilma também se reuniu com o primeiro-ministro do Reino Unido, David Cameron. Um dos temas da conversa, segundo o ministro das Relações Exteriores do Brasil, Antonio Patriota, foram os Jogos Olímpicos que serão realizados em Londres em 2012. Patriota disse que foram assinados acordos para troca de experiência já que o Rio de Janeiro sedia os Jogos em 2016. Na avaliação do ministro, isso cria uma nova agenda de trabalho entre os dois países. A situação da economia europeia também esteve na pauta dos encontros com os líderes políticos do Continente Europeu.

A presidenta se reuniu, ainda, com os colegas do Chile, Sebastián Piñera, da Colômbia, Juan Manuel Santos, e do Peru, Ollanta Humala. Segundo Patriota, a tônica comum nos três encontros foi esteve relacionada com o interesse na aproximação econômica e comercial entre os países. A intenção é que os ministros da área econômica se encontrem com mais frequência. Uma reunião já está prevista para a próxima semana. De acordo com Patriota, será um encontro para “análises e perspectivas” a respeito da crise econômica mundial.

“As economias sul-americanas demonstram força e dinamismo em um momento em que o mundo desenvolvido demostra vulnerabilidade. Mas como a presidenta mesmo disse em seu discurso, a nossa capacidade de resistir não é limitada, de modo que é necessário coordenar [esforços]”, declarou.


Fonte: Correio Braziliense

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sexta-feira, 29 de julho de 2011

Rafale: 'Temos uma capacidade operacional à frente dos concorrentes'

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“Se quiser ter uma ideia do custo, tem que colocar custo em relação ao benefício. Senão, não significa nada”. A afirmação é do coronel da aviação do exército francês Jean-Marc Merialdo, diretor do consórcio Rafale no Brasil sobre as críticas de que o caça oferecido pelo grupo é o mais caro na disputa: o pacote é estimado em US$ 6,2 bilhões.

“O nosso pacote de transferência de tecnologia não tem preço. É total, completo, de toda a tecnologia do avião de combate”, afirma Merialdo.

Os franceses afirmam que sua proposta oferece um “pacote amplo e completo de cooperação tecnológica e industrial, incluindo know how, softwares, hardware, processos e a entrega de todas as ferramentas e códigos-fonte necessários sem nenhum tipo de restrição”.

Propõem “transferência de 100% dos recursos de desenvolvimento da aeronave no Brasil” e asseguram que a indústria brasileira estará “diretamente envolvida no programa de desenvolvimento”, tonando-se “fornecedora direta”.

Saiba mais sobre o que diz Jean-Marc Merialdo sobre a proposta do Rafale:

O ex-presidente Lula, quando estava à frente do governo, foi claro sobre sua preferência pelo Rafale. O senhor está otimista com a presidente Dilma em relação à escolha para o F-X2?

Jean-Marc Merialdo: Somos muito otimistas. Primeiro porque o governo mudou, mas as propostas não mudaram. O posicionamento das três empresas não mudou e, portanto, a avaliação que pode ser feita de cada uma delas. Segundo, confiamos na nossa proposta de transferência de tecnologia. Isso não tem preço. É garantida pelo governo francês e se baseia num leque de parcerias com a indústria brasileira e universidades, e se enquadra no âmbito de uma parceria estratégica firmada entre os presidentes Lula e Sarkozy no final de 2008.

Qual diferencial do Rafale em comparação com as duas outras propostas?

Jean-Marc: Somos três competidores e os três não são da mesma classe. Temos dois aviões bimotores, o F-18 e o Rafale, que são aproximadamente da mesma classe, têm capacidade operacional parecida, embora o Rafale leve pequena vantagem e seja mais moderno. O outro avião (Gripen) é de classe diferente. Pelo tamanho e por sua capacidade operacional, se compara mais ao nosso Mirrage 2000, geração anterior ao Rafale. Então, eu diria primeiramente que o Rafale tem uma capacidade operacional à frente dos concorrentes.

A Boeing afirma que o Rafale experimenta situações de combate pela primeira vez agora, na Líbia; a Saab, que a configuração do caça francês foi congelada na década de 1990. O que o senhor diz?

Jean-Marc: Ao contrário de muitos outros caças, o Rafale foi desenvolvido desde o início como polivalente, ou seja, é capaz de conduzir várias missões num mesmo voo. Isso foi comprovado na Líbia. Essa polivalência se deve a um dispositivo que chamamos de fusão de dados: permite reunir todas as informações de sensores internos e externos numa única tela. Ele começou a ser projetado em 86 e entrou em operação em 2004, mas a tecnologia não é congelada, é um a arquitetura aberta. Isso permite integrar novas funções e equipamentos o tempo todo. Mais uma vez: o Gripen é da classe do nosso Mirrage 2000. O Rafale é duas vezes mais potente, eficiente e capacitado.

Estima-se que o Rafale seja mais caro: tanto no valor da venda e quanto na despesa para fazê-lo voar.

Jean-Marc: Numa competição você não divulga seu valor sob o risco de dar vantagem aos concorrentes. Sobre o custo de operação, não posso lhe dar figura por enquanto, porque elas estão sendo refinadas a cada vez mais, sobretudo nesta operação na Líbia. Posso dizer que ficam cada vez mais baixas. Se quiser ter uma ideia do custo tem que coloca-lo em relação ao benefício. Senão, não significa nada. Há dois aviões diferentes, é lógico que o custo de operação é diferente.

E como o governo brasileiro poderá pagar pela compra do Rafale, caso o escolha?

Jean-Marc: Uma vez escolhido vendedor haverá uma negociação que vai entrar em detalhes na parte técnica, da transferência de tecnologia e da forma de pagamento. A proposta inclui um esquema de pagamento que depende estritamente do esquema de entrega dos aviões. Agora não se sabe se o Brasil vai pagar diretamente do Tesouro ou se vai recorrer a um empréstimo a bancos. Isso irá influir na forma de pagamento.

O consórcio francês afirma que se o Rafale for escolhido irá gerar parcerias no Brasil que poderão cobrir 160% do valor do contrato de compra. Porém, já existem acordos fechados, inclusive com universidades. Essa iniciativa pode levar os parceiros a fazerem um coro a favor da Rafale?

Jean-Marc: É possível.

Fonte: Último Segundo
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domingo, 17 de julho de 2011

Primeiro ato da parceria naval

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Uma cerimônia no Rio de Janeiro marcou ontem o lançamento do projeto de construção de novos submarinos convencionais e o início da transferência de tecnologia da parceria entre Brasil e França para a produção do submarino nuclear brasileiro. A presidente Dilma Rousseff acompanhou o corte simbólico de chapa de aço que inaugurou a base de operações em Itaguaí e afirmou que o investimento na produção das embarcações de guerra é importante para o país garantir a segurança das jazidas do pré-sal, em alto-mar.

Seis ministros prestigiaram a cerimônia, entre eles Nelson Jobim (Defesa) e Aloizio Mercadante (Ciência e Tecnologia). A projeção do governo é que nos próximos 15 anos o país produza quatro submarinos convencionais e um nuclear. A primeira embarcação convencional será entregue à Marinha em 2017, de acordo com as previsões do governo. Os investimentos da parceria entre Brasil e França são estimados em aproximadamente R$ 20 bilhões e podem gerar até mil empregos nos primeiros dois anos de construção dos submarinos. O preço de um submarino ultrapassa a marca de R$ 1 bilhão.

Segurança

A presidente ressaltou que, apesar de o submarino nuclear ser um equipamento de guerra, o país é seguidor dos acordos internacionais e justificou o investimento pela importância de garantir segurança das águas em regiões de extração do petróleo. “Nesse projeto, temos o objetivo fundamental, que é fortalecer e capacitar a Marinha, dentro de um quadro de defesa nacional, jamais de ataque, porque somos um país comprometido com a paz. Vamos assegurar que nossa Marinha seja capaz de proteger nosso povo e garantir um ambiente pacífico e de segurança de nossas riquezas naturais. Esse país ganhou uma riqueza muito grande com a descoberta do pré-sal.”

De acordo com o ministro de Ciência e Tecnologia, atualmente apenas cinco países dominam a tecnologia de construção de submarinos nucleares. “O programa do submarino nuclear é uma saga heroica da Marinha brasileira. Nos próximos 15 anos, teremos produzidos quatro submarinos convencionais e um nuclear.” A agenda da presidente no Rio de Janeiro também incluiu a abertura da 5ª edição dos Jogos Mundiais Militares.

Fonte: Correio Braziliense
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