segunda-feira, 13 de janeiro de 2025

Israel Critica Aproximação Ocidental ao Novo Líder Sírio Ahmed al-Sharaa e Refirma Precauções na Região

Altos funcionários israelenses expressaram profunda indignação com a recente recepção do Ocidente ao novo líder sírio de facto, Ahmed al-Sharaa, também conhecido como Abu Muhammad al-Julani, líder do Hay'at Tahrir al-Sham (HTS), grupo anteriormente vinculado à Al-Qaeda. A crítica de Israel surge diante da aproximação de países ocidentais, como os Estados Unidos, Reino Unido e Alemanha, com al-Sharaa, que, apesar de seu passado terrorista, tem se posicionado como moderado.

Israel tem monitorado atentamente os desenvolvimentos na Síria e planeja manter uma presença militar no país, com o estabelecimento de uma zona de controle de 15 quilômetros ao longo das Colinas de Golã, para evitar que grupos aliados do novo regime sírio possam lançar ataques com foguetes contra o território israelense. Além disso, autoridades israelenses estão buscando criar uma "zona de influência" de 60 quilômetros dentro da Síria, para garantir que as forças de inteligência israelenses possam monitorar e prevenir potenciais ameaças.

Funcionários israelenses estão chocados com o que consideram uma "cegueira" ocidental em relação ao regime de al-Sharaa, descrevendo como incompreensível o fato de potências ocidentais estarem dispostas a fechar os olhos para as ligações passadas de al-Sharaa com a Al-Qaeda. A crítica é ainda mais acentuada pelo fato de que os EUA, anteriormente, haviam oferecido uma recompensa de 10 milhões de dólares por informações que levassem à captura de al-Sharaa, recompensa que foi recentemente cancelada, em um aparente esforço para melhorar as relações com a Síria.

A Nova Liderança Síria e o Futuro

Apesar de al-Sharaa ter se distanciado da Al-Qaeda, afirmando agora estar em uma posição mais moderada, seus planos para a Síria incluem a formação de um governo que respeite os direitos humanos, algo que tem sido amplamente questionado por observadores internacionais. Em conversas com autoridades ocidentais, al-Sharaa sugeriu que as eleições democráticas são improváveis no futuro próximo, gerando especulações de que sua liderança poderia trazer algum tipo de avanço democrático à Síria. No entanto, autoridades israelenses permanecem céticas quanto a essa possibilidade, alertando que, a longo prazo, o novo regime pode representar uma nova ameaça à segurança regional.

Os comentários feitos por funcionários israelenses indicam um crescente temor de que a nova liderança síria, apesar de sua aproximação com potências ocidentais, possa eventualmente se tornar uma ameaça similar à do regime anterior de Bashar al-Assad. Alguns observadores em Israel comparam a atual situação na Síria com a configuração anterior, onde o governo de Assad, apoiado pelo Irã, Hezbollah e milícias xiitas, foi substituído por um regime sunita de linha dura, também com ligações ao Irã e ao Hezbollah.

Israel continua a avaliar com preocupação o papel crescente da Síria no Oriente Médio, mantendo uma postura vigilante enquanto o Ocidente parece apostar em uma possível moderação do regime de al-Sharaa. Contudo, a cautela de Israel é clara: embora os rebeldes sírios não busquem um conflito direto, o país se prepara para uma eventualidade em que a Síria retorne a ser uma ameaça à estabilidade regional.

O futuro da Síria, sob o comando de Ahmed al-Sharaa, segue incerto, e as autoridades israelenses continuam a garantir que, independentemente do que o Ocidente decida, Israel precisará manter uma presença forte e estratégica na região para proteger seus interesses e garantir a segurança das suas fronteiras.


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com agências de notícias

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