O governo israelense ratificou um acordo histórico com o Hamas para o cessar-fogo e a libertação de reféns na Faixa de Gaza. O anúncio foi feito pelo gabinete do primeiro-ministro Benjamin Netanyahu no sábado (13), marcando um possível fim para o conflito de 15 meses que devastou o enclave palestino.
O cessar-fogo, que começa no próximo domingo (19), foi aprovado após uma intensa reunião do gabinete israelense. Na fase inicial, com duração de seis semanas, está prevista a troca de reféns israelenses por prisioneiros palestinos.
Segundo o negociador-chefe dos EUA, Brett McGurk, os detalhes foram cuidadosamente alinhados. Trinta e três reféns israelenses, incluindo mulheres, crianças e homens com mais de 50 anos, serão libertados, enquanto Israel liberará todas as mulheres e crianças palestinas com menos de 19 anos que estão sob custódia.
Conflito Intenso e Repercussões Humanitárias
Desde o início do conflito em outubro de 2023, após ataques do Hamas que deixaram 1.200 israelenses mortos e 250 sequestrados, Gaza enfrentou intensos bombardeios israelenses. O número de mortos no enclave ultrapassou 46.000, segundo autoridades locais, e cerca de 2,3 milhões de pessoas foram deslocadas.
A crise humanitária agravou-se com escassez de alimentos, medicamentos e energia. O acordo de cessar-fogo prevê um aumento significativo na assistência humanitária, com a ONU e outras entidades prontas para enviar milhares de caminhões com suprimentos vitais.
Embora aprovado por ampla maioria no gabinete de Netanyahu, o acordo encontrou forte oposição de setores linha-dura. Ministros como Itamar Ben-Gvir e Bezalel Smotrich criticaram o cessar-fogo, argumentando que representa uma "capitulação ao Hamas". Ambos ameaçaram deixar o governo caso a guerra não seja retomada após o término da primeira fase do cessar-fogo.
Impactos Regionais
O sucesso do acordo poderá reduzir tensões no Oriente Médio, que se intensificaram com a entrada de grupos aliados ao Irã, como Hezbollah, Houthis e outras milícias armadas, no conflito. Apesar das incertezas, a trégua oferece uma rara oportunidade para aliviar o sofrimento da população de Gaza e abrir caminho para negociações futuras.
O início da implementação, previsto para este domingo, será um teste crucial para a durabilidade do cessar-fogo e a possibilidade de reverter anos de hostilidades na região.
GBN Defense - A informação começa aqui
com Reuters
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