quinta-feira, 16 de janeiro de 2025

França Treina Forças Especiais para Responder a Possível Agressão Bielorrussa na Ucrânia

No final de 2024, as Forças Especiais da França realizaram um exercício ultrassecreto denominado "Perseus", com o objetivo de se prepararem para uma possível incursão militar russa da Bielorrússia na Ucrânia. Durante várias semanas, mais de 3.000 soldados franceses, incluindo as unidades de elite do Commandement des Actions Spéciales Terre (CAST) e o 13º Regimento de Dragões Pára-quedistas, realizaram manobras que simulavam o envio de tropas francesas para apoiar a defesa ucraniana, com foco nas habilidades de combate táticas em um cenário de batalha intensiva.

Os exercícios, que ocorreram em uma área de treinamento similar ao terreno ao redor da curva do rio Dnieper, no norte de Kiev, foram projetados para testar a eficiência das tropas em uma possível intervenção militar. Inspiradas nas estratégias ucranianas bem-sucedidas contra a invasão russa de 2022, as tropas francesas se concentraram no uso de drones, guerra eletrônica e reconhecimento, além da compatibilidade entre unidades de forças especiais para operações conjuntas.

Além das unidades principais de combate, o exercício contou com o apoio de diversos elementos auxiliares, como o Centro de Operações Interagências, que analisou imagens de satélite e realizou voos constantes de aeronaves de reconhecimento, incluindo drones chineses Mavic 3T equipados com imagens térmicas. A coleta de informações sobre a movimentação das tropas inimigas também foi reforçada pela 6ª Companhia de Inteligência Técnica, que utilizou bloqueadores de rádio para monitorar as frequências de estações russas, como Aqueduct e Azart. 

Adicionalmente, especialistas em cibersegurança da Companhia 712, especializada em monitoramento de redes sociais, acompanharam o exercício, analisando plataformas como o Telegram em busca de informações sobre os movimentos de tropas inimigas. 

Apesar do uso de tecnologias de ponta, alguns analistas militares franceses criticaram a falta de drones de ataque FPV, que poderiam ter sido um recurso importante para os exercícios. A Direção Geral de Armamentos (DGA) da França, responsável pela aquisição de armas, ainda não havia estabelecido requisitos operacionais para esse tipo de equipamento, embora a guerra moderna e a evolução das tecnologias de drones esteja exigindo uma mudança nesse cenário. De fato, em janeiro de 2025, o 3º Regimento de Helicópteros de Combate francês começou a integrar drones de ataque em suas operações de combate, visando melhorar o suporte aéreo em operações terrestres.

O exercício "Perseus" reflete não apenas a preparação da França para uma possível escalada do conflito na Ucrânia, mas também uma reavaliação das suas capacidades tecnológicas e táticas em face da guerra moderna, marcada pela utilização intensiva de drones, guerra eletrônica e operações cibernéticas.


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Com agências de notícias 

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