O turco Bayraktar TB3 mostrou um alto nível de precisão nos testes recentes, ao disparar duas munições MAM-T que atingiram o mesmo ponto no alvo, atravessando o mesmo buraco. Este feito inédito reforça o avanço da tecnologia de defesa da Türkiye e posiciona o TB3 como um marco na integração de sistemas aéreos remotamente pilotados (SARPs) em operações navais.
As últimas semanas foram decisivas para o Bayraktar TB3, que realizou decolagens e pousos bem-sucedidos a partir do TCG Anadolu, o navio de assalto anfíbio multipropósito da Marinha Turca. Este é o único SARP no mundo capaz de operar em navios com pista curta, destacando-se como uma inovação sem precedentes no cenário global de defesa.
Equipado com a munição MAM-T da Roketsan, o Bayraktar TB3 demonstrou precisão centimétrica. O MAM-T, com seu design otimizado, pesa quatro vezes mais que o MAM-L e possui uma ogiva equivalente à Mk81. Seu alcance, entre 30 e 80 quilômetros dependendo da altitude e velocidade do SARP, amplia as capacidades estratégicas em cenários de combate.
Outro elemento fundamental nos testes foi o sistema eletro-óptico ASELFLIR-500 da ASELSAN, que garantiu o rastreamento e direcionamento com máxima eficiência. Este sistema, desenvolvido localmente, já é reconhecido como referência mundial em tecnologia de sensores para SARPs.
A performance do TB3 não foi apenas impressionante, mas revolucionária. Duas munições disparadas durante os testes atingiram exatamente o mesmo ponto no alvo, um feito que reforça a confiabilidade da plataforma e eleva os padrões de precisão em combates aéreos e ataques cirúrgicos. Tal resultado ilustra a eficiência combinada do TB3, armado com MAM-T e empregando o ASELFLIR-500.
Bayraktar TB3, uma solução para Marinha do Brasil?
O Bayraktar TB3 apresenta-se como uma solução inovadora e estratégica para operações navais, e emerge como uma interessante solução para integrar o destacamento aéreo embarcado (DAE) do NAM Atlântico, ampliando as capacidades da Marinha do Brasil. Sua capacidade de operar em navios com pista curta, combinada ao desempenho comprovado em testes, torna este SARP uma ferramenta valiosa para ampliar a vigilância e a capacidade de ataque da Marinha do Brasil, sem exigir grandes adaptações estruturais ao NAM Atlântico.
Os testes bem-sucedidos do TB3 destacam sua eficiência em missões complexas, como reconhecimento de longo alcance, vigilância contínua e ataques de precisão. Essas características permitiriam ao NAM Atlântico operar com maior flexibilidade e alcance, reduzindo os riscos para as tripulações e otimizando recursos operacionais. Como SARP, o TB3 oferece uma alternativa econômica e eficaz, garantindo maior autonomia e agilidade em operações navais.
A integração de SARPs como o TB3 ao NAM Atlântico pode elevar significativamente a capacidade de dissuasão e projeção de poder da Marinha do Brasil. Essa inclusão reforçaria a proteção de nossas águas jurisdicionais e facilitaria a participação em missões conjuntas internacionais, consolidando a posição do Brasil como um ator relevante no cenário naval global. A adoção de tecnologias avançadas como esta representaria um avanço estratégico na modernização da frota e no fortalecimento da soberania marítima brasileira.
Uma parceria entre o Brasil e a Türkiye no campo de defesa desponta como uma oportunidade estratégica para o fortalecimento da Base Industrial de Defesa (BID) brasileira, com potencial para impulsionar a economia e o desenvolvimento tecnológico do Brasil. A Türkiye, reconhecida por sua expertise em tecnologias avançadas, como o SARP Bayraktar TB3, tem demonstrado ser um parceiro confiável e inovador no cenário global. Colaborações nesse âmbito poderiam abrir caminho para transferências de tecnologia, intercâmbio de conhecimentos e até mesmo a criação de projetos conjuntos que beneficiariam ambas as nações. Além disso, estreitar laços com a Türkiye reforçaria o papel do Brasil como um ator relevante no cenário internacional, diversificando parcerias estratégicas e ampliando sua capacidade de resposta às demandas de segurança e inovação tecnológica.
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