Nos últimos dias, a Coreia do Norte tem se tornado destaque nas discussões geopolíticas, especialmente em relação à possível mobilização de 12.000 a 15.000 soldados para apoiar a invasão russa da Ucrânia. A que preço? Em troca de aproximadamente 36 caças Sukhoi Su-35. Este arranjo levanta questões alarmantes sobre o valor da vida dos combatentes, mostrando uma disposição perturbadora em sacrificar vidas humanas em busca de ganhos estratégicos.
Os soldados norte-coreanos, ao serem enviados para lutar na Ucrânia, deixam de defender sua própria nação para servir como "moeda de troca" em negociações que beneficiam os interesses estratégicos de seus líderes. Em troca, a Coreia do Norte espera modernizar sua envelhecida força aérea, atualmente composta por aeronaves obsoletas como MiG-15 e MiG-21. Essa "troca" reflete a disposição de sacrificar vidas humanas em massa por ganhos materiais e tecnológicos.
O Su-35, uma aeronave de combate moderna e tecnologicamente avançada, oferece capacidades que poderiam transformar a defesa aérea da Coreia do Norte. No entanto, o custo humano desse acordo é altíssimo. Os combatentes não são apenas soldados; são pais, filhos, irmãos e cidadãos. Reduzi-los a "bucha de canhão" em uma guerra que não é deles é um ultraje à dignidade humana e uma falha moral profunda.
No contexto mais amplo, essa situação é um reflexo das complexidades da geopolítica atual, onde a vida do combatente se torna um recurso descartável em um jogo de xadrez militar. À medida que a Coreia do Norte busca fortalecer sua força aérea, é crucial que a comunidade internacional reconheça e critique essa desvalorização da vida dos soldados, promovendo discussões sobre ética, direitos humanos e a dignidade das vidas em conflito. A verdadeira modernização da defesa não deve vir à custa da vida de quem a defende.
por Angelo Nicolaci
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