A mais avançada aeronave de combate da Força Aérea Brasileira (FAB), o sueco F-39E Gripen, desenvolvido pela Saab, é o grande destaque da Cruzex 2024, o principal exercício de treinamento operacional multinacional da América Latina, organizado pela FAB. Este evento marca a primeira participação do Gripen em um exercício dessa magnitude, proporcionando um cenário que propícia submeter a aeronave a testes valiosos de operações.
A Cruzex 2024, que acontece entre os dias 3 e 15 de novembro na Base Aérea de Natal, no Rio Grande do Norte, reúne mais de dois mil militares do Brasil e de quinze nações, incluindo países da América Latina, África, Europa e os Estados Unidos. Ao todo, são mais de 100 aeronaves de combate, compondo uma das maiores concentrações de poder aéreo no Hemisfério Sul.
Para Micael Johansson, Presidente e CEO da Saab, a estreia do Gripen E no exercício é um momento histórico. “É uma verdadeira honra ver a estreia do Gripen E na Cruzex. Aguardamos ansiosamente por este momento, que marca a primeira participação do Gripen E em um exercício militar multinacional. É significativo que este evento inaugural seja realizado pela Força Aérea Brasileira, nosso estimado cliente e parceiro”, afirmou Johansson.
O Gripen E está realizando missões de alta complexidade conhecidas como Missões Aéreas Compostas (Composite Air Operations, COMAO). Nestas missões, um grande número de aeronaves de diferentes funções atua simultaneamente para saturar as defesas inimigas e aumentar a eficácia da missão. O Tenente-Coronel Aviador Ramon Lincoln Santos Fórneas, comandante do 1º Grupo de Defesa Aérea (1º GDA) e pioneiro na operação do Gripen na FAB, explicou o papel estratégico da aeronave. “Na Cruzex, estamos atuando tanto como força inimiga quanto amiga. Realizaremos operações ofensivas para proteger as forças amigas enquanto estas conduzem ações dentro do território inimigo, além de operações de defesa para neutralizar ataques adversários”, detalhou Fórneas.
Desde que entrou em operação em dezembro de 2022, o F-39E Gripen trouxe tecnologias inéditas para a FAB, como o radar de Varredura Eletrônica Ativa (AESA) e o sensor passivo de busca de alvos por infravermelho (IRST). Estas capacidades, combinadas com a alta manobrabilidade e avançados sistemas de comunicação, navegação e guerra eletrônica, fazem do Gripen um recurso estratégico para garantir a soberania do espaço aéreo brasileiro.
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