Em meio a uma crescente tensão no norte da Síria, a Türkiye deu início ao desmantelamento de grupos armados que se opõem à normalização das relações entre Ancara e Damasco. A facção Brigada Suqur al-Shamal, liderada por Hassan Khairiya, foi alvo de ordens turcas para sua dissolução. A medida ocorre dentro do contexto do Exército Nacional, no qual a facção operava, com as áreas controladas por ela sendo transferidas para a Brigada de Guarda de Fronteira e à Polícia Militar.
De acordo com o Observatório Sírio para os Direitos Humanos, a decisão turca veio após a recusa da facção em colaborar com a reabertura da passagem de Abu Al-Zindeen, que conecta áreas controladas por facções àquelas sob domínio do regime sírio. O movimento visa cumprir compromissos estabelecidos entre Türkiye e Rússia no contexto de normalização regional.
Facções leais à Türkiye, incluindo a Brigada Suqur al-Shamal, têm resistido à aproximação entre Ancara e Damasco, participando de protestos contra a reabertura da passagem e outras ações que facilitam a reconciliação entre os dois países. A dissolução da Suqur al-Shamal foi vista por observadores como uma advertência às demais facções que se opõem às diretrizes turcas.
A decisão de dissolver a facção causou agitação na região, com líderes tribais e militares manifestando sua rejeição. O comandante Qubaybah al-Mawali, do Conselho Militar em Idlib, clamou por uma mobilização total contra a dissolução e os acordos que a facilitam. Além disso, conselhos tribais da região demonstraram solidariedade à Suqur al-Shamal, apelando pela união contra as decisões turcas.
Mesmo diante dessas resistências, a Türkiye mantém o curso em direção à normalização das relações com o governo de Bashar al-Assad. Embora obstáculos, como a presença militar turca no norte da Síria, ainda existam, Ancara e Damasco entendem que o prolongamento do conflito prejudica seus interesses mútuos. Observadores acreditam que, enquanto a Türkiye prossegue com a normalização, mais facções opositoras à sua estratégia correm o risco de serem dissolvidas.
Essa política reflete a intenção de Ancara de alinhar suas operações na Síria com as expectativas russas e consolidar sua influência sobre as áreas que ainda estão sob o controle de facções rebeldes. No entanto, a presença militar turca e sua relação com grupos armados continuam sendo obstáculos para uma reconciliação completa com o regime sírio, que exige a retirada turca como condição para negociações mais profundas.
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Com agências de notícias
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