quinta-feira, 1 de agosto de 2024

Primeiros F-16 da OTAN Chegam à Ucrânia em Meio a Crescentes Tensões

A Ucrânia recebeu o primeiro lote de aeronaves F-16 de aliados da OTAN, um movimento que promete fortalecer a capacidade de defesa do país contra ataques russos. A entrega, conforme relatado pela Bloomberg citando a Focus News, cumpre o prazo estipulado para o final do mês de agosto, embora o número de aeronaves entregues inicialmente seja pequeno. Este desenvolvimento surge em meio a um contexto de intensificação da guerra e o aumento na produção de mísseis pela Rússia.

Ainda não está claro se os pilotos ucranianos, que passaram por treinamento com aliados ocidentais nos últimos meses, poderão operar imediatamente as novas aeronaves ou se será necessário mais tempo para adaptação. Diana Davityan, porta-voz do Ministério da Defesa ucraniano, recusou-se a comentar sobre a prontidão operacional dos pilotos. 

Além dos caças, os Estados Unidos iniciaram a entrega de mísseis e outras armas avançadas para equipar as aeronaves F-16 ucranianas. Conforme reportado pelo Wall Street Journal, Washington concordou em armar dezenas de F-16 com mísseis ar-ar AIM-120C-8 AMRAAM e AIM-9, além de mísseis antirradar AGM-88 HARM, aumentando significativamente o poder de combate da Ucrânia. No entanto, os cronogramas de entrega dessas armas permanecem confidenciais.

O impacto do pequeno número de pilotos ucranianos aptos a operar os F-16 é significativo, limitando drasticamente a eficácia imediata dessa poderosa adição ao arsenal aéreo do país. Com apenas seis pilotos treinados, a Ucrânia pode atualmente operar apenas três caças F-16, restringindo sua capacidade de desafiar a superioridade aérea russa e de realizar operações defensivas e ofensivas críticas. Essa limitação operacional sublinha a necessidade urgente de mais treinamento e suporte logístico para maximizar o potencial dos F-16 na defesa e recuperação de territórios, enquanto a presença contínua e reforçada das defesas aéreas russas, como os sistemas S-300 e S-400, complica ainda mais a situação.

Estrategicamente, os altos escalões militares da Ucrânia indicaram que os F-16 não serão posicionados perto da linha de frente com a Rússia, devido à forte presença de defesas aéreas russas, incluindo os sistemas S-300 e S-400. "Não vamos usá-los muito perto dos russos", disse um oficial ucraniano ao The Washington Post, destacando o perigo constante representado pelas defesas aéreas inimigas.

O comandante-em-chefe das Forças Armadas Ucranianas, Oleksandr Syrskyi, em entrevista ao The Telegraph, preferiu não divulgar a data de chegada e a quantidade de F-16 destinados à Ucrânia. Ele ressaltou que essas aeronaves reforçarão as defesas aéreas ucranianas e permitirão ataques mais precisos. No entanto, Syrskyi reconheceu as vulnerabilidades do F-16, observando que eles devem ser posicionados a uma distância segura das linhas de frente para evitar se tornarem alvos fáceis.

Enquanto isso, tensões persistem entre Kiev e Washington. Relatos sugerem um "ligeiro esfriamento" nas relações devido a um telefonema entre Moscou e Washington, no qual a Rússia alertou os EUA sobre uma operação ucraniana em solo russo que poderia escalar significativamente o conflito. Alarmados, os EUA teriam instruído Kiev a abortar a missão, conforme reportado pelo The Telegraph.

Em um cenário de guerra que evolui rapidamente, a chegada dos F-16 e a entrega de mísseis avançados representam um aumento significativo na capacidade defensiva da Ucrânia. No entanto, desafios operacionais e estratégicos permanecem, destacando a complexidade de integrar novas tecnologias em um teatro de guerra dinâmico e perigoso.


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com agências de notícias

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