As forças russas estão enfrentando uma série de ataques coordenados pelos serviços de inteligência ucranianos, que têm causado significativas perdas estratégicas em diversas frentes. Nos dias 25 e 26 de julho, os mercenários do Wagner Group no Mali foram surpreendidos e dizimados por tuaregues do movimento separatista CSP-DPA, que contaram com o apoio crucial das estruturas de inteligência ucranianas. Em uma operação simultânea, as Forças Especiais Ucranianas atacaram a base aérea russa de Kuweires, na Síria, apenas um dia após a reunião entre o presidente russo, Vladimir Putin, e o presidente sírio, Bashar al-Assad, no Kremlin.
A operação na Síria foi conduzida pela unidade especial "Khimik" do Departamento Principal de Inteligência do Ministério da Defesa da Ucrânia (HUR). O ataque começou com a destruição de um sistema móvel de guerra eletrônica russo, seguido por ataques de drones que devastaram instalações militares, aeronaves e equipamentos antiaéreos na base de Kuweires. A inteligência ucraniana indica que este não foi um caso isolado, com forças especiais ucranianas também atingindo mercenários pró-Kremlin no Sudão e em outras partes da África.
O desastre dos mercenários russos no Mali envolveu a morte de um contingente entre 20 e 80 combatentes da Wagner Group´(com fontes russas e ucranianas divergindo sobre os números exatos). Os sobreviventes foram capturados, e o porta-voz não oficial do Wagner Group, Fedyanin, foi eliminado. Andriy Yusov, do HUR, destacou a complexidade da operação sem fornecer muitos detalhes, mas confirmou que os rebeldes tuaregues receberam informações críticas para o sucesso da missão. Uma foto recebida pelo Kyiv Post sugere a presença de agentes ucranianos, com a bandeira da Ucrânia visível e indivíduos de pele clara e equipamentos incomuns para os locais.
Esses ataques refletem uma estratégia ucraniana de enfraquecer a capacidade militar russa em múltiplos teatros de operação. Na Síria, o foco foi a destruição de aeronaves e armamentos russos. No Mali, a eliminação de mercenários impõe ao Kremlin a necessidade de substituir suas forças, possivelmente desviando unidades da linha de frente ucraniana. A situação no Mali é particularmente crítica, com os tuaregues declarando sua intenção de continuar atacando as forças russas, agora rebatizadas como "Afrika Korps", em referência ao Afrika Korps da Segunda Guerra Mundial. Atualmente, essa estrutura russa inclui mais de 2.000 combatentes, muitos dos quais veteranos do grupo Wagner, mas sua eficácia tem sido questionada após sucessivas derrotas.
Análise Geopolítica
Esses ataques coordenados demonstram a capacidade crescente da inteligência e das forças especiais ucranianas de realizar operações de alto impacto fora de seu território. A destruição de recursos militares russos na Síria e no Mali não só enfraquece a presença russa nessas regiões, mas também força o Kremlin a redirecionar seus esforços e recursos, potencialmente aliviando a pressão sobre as frentes de combate na Ucrânia. Além disso, a cooperação entre forças ucranianas e movimentos separatistas locais, como os tuaregues no Mali, evidencia uma nova dimensão de guerra híbrida, onde alianças estratégicas podem causar desestabilização significativa. A continuidade desses ataques poderá moldar o cenário geopolítico, ampliando a influência ucraniana e desafiando a hegemonia russa em regiões críticas, ao mesmo tempo que pressiona Moscou a rever suas estratégias militares e diplomáticas.
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