domingo, 17 de março de 2024

Marinha do Brasil Investe em Adaptações para Inclusão Feminina no Setor Operativo

A Marinha do Brasil (MB) está trilhando um caminho de pioneirismo ao adaptar equipamentos e estruturas para a inclusão feminina no setor operativo. Com o recente ingresso de mulheres no Curso de Formação de Soldados Fuzileiros Navais (C-FSD-FN), a instituição completa uma jornada que teve início na década de 1980, com as primeiras militares na Força Naval, culminando no acesso delas a todos os Corpos, Quadros, escolas e centros de formação e aperfeiçoamento.

Uma das mudanças mais evidentes é a adaptação dos equipamentos para atender às especificidades do corpo feminino. Reduzindo o tamanho dos cintos e a altura dos coletes táticos, e ajustando as alças das mochilas, a Marinha busca garantir conforto e segurança para suas soldados. Os coletes balísticos, coldres e painéis de perna também estão sendo ajustados para evitar lesões.

No Centro de Instrução Almirante Milcíades Portela Alves (CIAMPA), responsável pelo C-FSD-FN, as adaptações incluíram a criação de um alojamento feminino, equipado com sistema de reconhecimento facial e câmeras de segurança, além de adaptações na enfermaria. A experiência de instituições militares, nacionais e internacionais, como a Marinha dos Estados Unidos, tem sido fundamental nesse processo de integração.

"A inclusão das mulheres requer não apenas adaptações físicas, mas também uma mudança de mentalidade e cultura dentro da instituição", ressalta a Terceiro-Sargento (Fuzileiro Naval) Vera Inês Silva de Oliveira. Essa mentalidade inclusiva reflete-se também no treinamento dos instrutores, que buscam aplicar os treinamentos de forma equitativa para homens e mulheres.

Para o Comandante do CIAMPA, Capitão de Mar e Guerra (Fuzileiro Naval) Vanderli Nogueira Cordeiro Junior, as adaptações são benéficas para todos, garantindo a formação de militares motivadas, comprometidas e preparadas para enfrentar os desafios mais rigorosos.

Outro aspecto importante das adaptações é nos navios da Marinha. Navios como o Navio-Escola "Brasil" têm passado por mudanças estruturais para garantir um ambiente de trabalho confortável e inclusivo. Desde 2001, quando o Navio fez sua primeira viagem com mulheres integrando a tripulação, adaptações como separação de banheiros, camarotes e cobertas individuais para o sexo feminino têm sido implementadas.

Atualmente, seis mulheres servem no NE "Brasil", e em breve, 12 Guardas-Marinha embarcarão para participar da 38ª Viagem de Instrução. Para a Primeiro-Tenente (Cirurgiã-Dentista) Jozélia Maria da Conceição Cunha Dutra, integrar a tripulação é uma oportunidade de demonstrar o valor e a importância das mulheres na Marinha.

Em um ambiente tradicionalmente masculino, o respeito, apoio e camaradagem estão presentes diariamente. Ser parte dessa tripulação é motivo de orgulho para todas as mulheres que contribuem para a defesa e a soberania do país.


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com Marinha do Brasil



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