O inovador bombardeiro B-21 "Raider" da Força Aérea dos Estados Unidos (USAF), com conceito aerodinâmico de asa voadora, alcançou um marco significativo ao realizar seu primeiro voo na sexta-feira passada (10). Este evento representa um avanço crucial no desenvolvimento da nova geração de bombardeiros furtivos de longo alcance e capacidade de dissuasão nuclear, concebido pela Northrop Grumman.
O voo inaugural ocorreu nas instalações da Northrop em Palmdale, Califórnia, ao amanhecer da última sexta-feira. Este momento proporcionou a primeira visão pública do B-21, que foi meticulosamente desenvolvido sob rigorosas medidas de segurança.
Decolando às 6h51, conforme testemunhas relataram a agência de notícias Reuters, o B-21 atraiu a atenção dos entusiastas da aviação e spotters que se reuniram em torno das instalações na esperança de registrar imagens desse evento histórico.
O B-21, compartilhando a característica "asa voadora" de seu predecessor, o B-2, ostenta a capacidade única de empregar armas convencionais e nucleares com alcance global, graças às avançadas capacidades de reabastecimento em voo de longo alcance. O desenvolvimento do B-21 envolveu bilhões de dólares, com as estimativas iniciais de cada aeronave custando aproximadamente 550 milhões de dólares em 2010, hoje sendo estimado o custo de 750 milhões em dólares cada aeronave. Contudo, informações sobre os custos reais do B-21 são mantidos em sigilo pela USAF.
Com planos de adquirir no mínimo 100 dessas aeronaves para a gradual substituição dos bombardeiros B-1 e B-2, cujos custos operacionais são substanciais, a USAF confirmou que o B-21 Raider está atualmente em fase de testes de voo, um estágio crítico no processo de desenvolvimento.
Seis aeronaves de teste estão em produção, seguindo os mesmos padrões e técnicas que serão empregados na fabricação das aeronaves de série. A Northrop, vencedora do contrato em 2015, superou uma equipe composta pelas gigantes Boeing e Lockheed Martin. Mais de 400 fornecedores, incluindo a Pratt & Whitney, Collins Aerospace, GKN Aerospace, BAE Systems e Spirit Aerosystems, participam do programa de desenvolvimento e produção do novo bombardeiro estratégico dos EUA.
O B-21, revelado publicamente em dezembro de 2022, tem previsão de entrar em serviço na Base Aérea de Ellsworth em meados dessa década. Denominado pela Northrop como uma aeronave de sexta geração, destaca-se por sua capacidade de integração com outras aeronaves e futuras armas em sua arquitetura de sistemas.
Além disso, o B-21 é caracterizado por sua baixa observabilidade, durabilidade e furtividade, atributos que se espera que resultem em menor necessidade de manutenção, reduzindo os custos operacionais e o tempo de inatividade.
GBN Defense
com Agência Reuters
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