sábado, 14 de outubro de 2023

Guerra ao Terror - Uma análise detalhada das falhas e a resposta de Israel ao mais sangrento ataque terrorista contra o país


Nosso editor, Angelo Nicolaci, consultou fontes militares de Israel, e o Analista de Defesa Israelense, Emanuel, detentor de uma vasta experiência de campo em conflitos enfrentados por Israel, esclarecem pontos importantes sobre as falhas na defesa da fronteira sul de Israel, que resultaram na invasão de terroristas, que resultou no assassinato de mais de mil cidadãos indefesos de Israel, entre eles mulheres, crianças, bebês e idosos.

O conflito árabe-israelense tem antecedentes que remontam há aproximadamente cem anos, isso considerando a atualidade, pois as lutas de Israel como povo, vem de milhares de anos.

O grupo terrorista do Hamas surpreendeu o mundo com tamanha brutalidade e crueldade contra civis inocentes durante o ataque surpresa, e se beneficiou de uma série de falhas na Defesa israelense, além de algumas vantagens no terreno que resultaram na invasão de terroristas, que torturaram e assassinaram mulheres, crianças, bebês e idosos com requintes de crueldade, decapitados ou queimados vivos. Além dos estupros e o sequestro de centenas de cidadãos de Israel que foram levados cativos para Gaza.

Neste artigo, vamos pontuar as falhas ocorridas e as mudanças que ocorreram após o ataque terrorista, bem como iremos traçar uma linha sobre os desafios que emergem diante de uma resposta de Israel.


Porque podemos classificar o Hamas como grupo Terrorista?

Segundo Emanuel, o Hamas passou a ser classificado incontestavelmente como grupo terrorista, a partir do momento que executou civis inocentes, assassinando cruelmente mulheres, crianças, bebês e demais cidadãos que estavam desarmados em vilas de Israel.

Um soldado quando é morto em combate, é considerado uma baixa militar, porém, um civil desarmando quando é morto, trata-se de um assassinato, uma violação da Convenção de Genebra e diversos tratados internacionais, o que é agravado no caso dos terroristas do Hamas, pela brutalidade e selvageria com que assassinaram mais de 1.300 judeus no sul de Israel, um massacre sem igual na história judia, onde nem mesmo os nazista realizaram tamanha selvageria.

Imagen de um bebê assassinado pelos terroristas do Hamas

Mais de 40 bebês foram decapitados em uma das vilas atacadas, outras centenas de pessoas foram torturadas, estupradas e queimadas vivas ou fuziladas, não pouparam ninguém.

Falhas na Defesa de Israel

Existe um importante conceito para se compreender a capacidade de resposta que se chama "Tempo x Espaço", o qual é fundamental para definir o sucesso de uma ação de defesa ou ataque, e uma equação errada, compromete toda sua capacidade de resposta.

- Tempo: Quando se fala em tempo, se relaciona ao tempo de transmissão das informações sobre a hipotética ameaça e a prontificação da resposta à ameaça.

- Espaço: Diz respeito à distância física entre a ameaça e a posição do elemento de reação, o qual determina também o espaço físico/temporal.

O Tempo x Espaço formam uma equação na qual o resultado é a definição do tempo de reação e prontificação necessários para uma resposta à uma ameaça à distância "X".

Uma percepção errada da ameaça, pode resultar numa situação catastrófica, como a ocorrida no dia 7 de outubro, onde aproximadamente 200 metros separavam os terroristas do Hamas da fronteira de Gaza com Israel e o contingente de soldados israelenses que foram surpreendidos.

Neste cenário, onde temos uma posição inimiga tão próxima, para se obter sucesso durante uma ação defensiva, é preciso estar com elevado nível de prontidão, para estar apto a responder à ameaça 24 horas por dia, e o contingente deve ter um número adequado para lidar com a ameaça.

Durante o triste episódio no sul de Israel, a cobertura tempo x espaço falhou absurdamente, com a Inteligência não cumprindo seu papel de prover o alerta antecipado a ação inimiga, não enxergando os sinais da invasão, e consequentemente não alertando às tropas na fronteira que elevassem o nível de prontidão.

Naquele sábado fatídico, os soldados não estavam em prontidão elevada. A maioria deles ainda estava nos alojamentos quando foram atacados, o que resultou no holocausto perpetrado pelos terroristas do Hamas.

Neste cenário onde temos uma posição inimiga tão próxima, para se obter sucesso durante uma ação defensiva, é preciso estar pronto para responder à ameaça 24 horas por dia, e o contingente deve ter um número adequado para lidar com a ameaça.

Durante o triste episódio no sul de Israel, cobrir tempo e espaço falhou absurdamente, com a inteligência não cumprindo seu papel de prover o alerta antecipado a ação inimiga, não enxergando os sinais da invasão, logo não alertou as tropas na fronteira para que elevassem o nível de prontidão.

Naquele sábado fatídico, os soldados não estavam em prontidão, a maioria ainda estava nos alojamentos quando foram atacados, o que resultou no holocausto perpetrado pelos terroristas do Hamas.

Menos de um terço dos 150 combatentes destacados para defesa da fronteira com Gaza estavam de fato em prontidão, e as falhas não cessam por aí.

Inúmeras imagens de blindados das Forças de Defesa de Israel (IDF na sigla em inglês) sendo destruídos ganharam as mídias e noticiários em todo mundo. Em alguns grupos de discussão sobre defesa, questionava-se o porquê do Trophy, melhor APS (sistema de proteção ativa) do mundo, não ter sido capaz de evitar a destruição dos carros de combate Merkava.

A resposta é muito simples e surpreendente: os carros de combate não estavam tripulados no momento do ataque. Suas guarnições não conseguiram alcançar os carros de combate e operar os mesmos contra os terroristas do Hamas. Ainda assim, as informações referentes ao abate dos blindados ainda estão sendo analisadas.

Observem nessa famosa imagem, que o tudo do Merkava esta ainda com a proteção 

Para entendermos um pouco melhor o cenário e o porque dos carros de combate não terem entrado em ação, é preciso saber que os carros de combate de Israel, ficam estacionados em perímetros entre 500 metros e 1km da fronteira, e a distância entre o alojamento da tropa e essas viaturas é considerável, não estando as mesmas tripuladas "full time".

Outra falha estava no posicionamento do centro de comando e controle. O mesmo se localiza próximo demais da fronteira, o que facilitou a captura dos comandantes responsáveis pela comunicação da Brigada e Divisão da IDF naquela região, impedindo que o restante da IDF fosse acionada para responder ao ataque terrorista do Hamas.

Tratava-se de uma onda com mais de 1.500 terroristas invadindo Israel, o que surpreendeu a tropa, que contava com aproximadamente 50 homens de prontidão, e impossibilitou uma reação adequada e efetiva. 

Outro fator que resultou na demora de uma resposta efetiva do Exército de Israel, foi a queda logo no início do ataque da estrutura de comando e controle, pois o restante de Israel não recebeu o alerta da invasão, com as informações da mesma chegando fragmentadas e sem precisão através de alguns cidadãos nas vilas que tentaram pedir socorro por celular ou mídias sociais.

Para termos uma ideia, o ataque se iniciou as 6:30 da manhã (hora local), porém, só se conseguiu enviar uma resposta aproximadamente as 11 horas da manhã, quando três helicópteros Sirkorsky CH-53 partiram com forças especiais, 50 militares de elite da “Brigada 35”*, os “Boinas Vermelhas”, rumo a área do ataque, e mesmo assim não sabiam exatamente qual a situação que encontrariam e a localização dos invasores.


Uma consequência deste "voo cego" foi que uma das aeronaves foi exposta ao inimigo por tempo demasiadamente longo, e foi atingida por disparos de fuzil, forçando seu pouso, e após o mesmo, a aeronave foi destruída por um RPG. O cenário só não foi catastrófico porque as tropas e a tripulação já haviam desembarcado, e ninguém se feriu. Os atiradores foram eliminados poucos minutos após a ação.

Para termos ideia do desafio que representa um ataque surpresa, temos que partir do seguinte princípio básico de combate, em condições de confronto convencional, onde não existe o elemento “surpresa”, é necessária uma proporção de 3 para 1, ou seja, três combatentes para cada inimigo.

Entretanto, com o elemento surpresa, a equação muda completamente, sendo possível a uma companhia (60 a 250 soldados) derrotar um batalhão (500 a 800 soldados) e até mesmo uma brigada (7 mil a 8 mil soldados). Este é um dos principais fatores para o sucesso das forças especiais.

Logo, podemos mensurar a enorme desvantagem que os defensores israelenses enfrentaram, com um ataque surpresa com mais de 1.500 terroristas atacando de surpresa no horário em que as defesas estavam mais frágeis, enfrentando a oposição de apenas um punhado de soldados.

A inteligência falhou?

Muitos canais e pessoas lançaram questionamentos e críticas aos serviços de inteligência israelenses, com muitos classificando como a maior e mais mortífera falha do serviço de inteligência de Israel, e nossa opinião é que estas críticas são corretas.

Podemos elencar alguns fatores para ocorrência desta falha mortal, e uma delas tem a ver com a forma como foram conduzidos os preparativos deste ataque.

Segundo declarações da liderança do Hamas, há pelo menos dois anos o grupo terrorista vinha se preparando para o ataque que surpreendeu o mundo. Porém, há aspectos que justificam, pelo menos em parte, a falha dos serviços de inteligência.

Assim como ocorreu no 11 de setembro de 2001, o Hamas se valeu da mesma prática de comunicação que a Al Qaeda, evitando o uso de eletrônicos e meios modernos de comunicação, o que dificultou bastante o monitoramento do trânsito de informações.


Outro fator importante é o grande número de simpatizantes do Hamas entre a população civil, inclusive nas proximidades das instalações do controle de fronteira israelense, o que também foi um problema para defesa, pois não se pode ter um inimigo tão próximo sem manter um nível elevado de prontidão para resposta.

A coleta de informações realizada pelo Hamas no planejamento do ataque foi facilitada por esta proximidade entre a população de Gaza e os postos de controle, sendo possível, de maneira totalmente dissimulada, obter informações sobre a posição e a rotina das forças de defesa, identificando as fragilidades da mesma, usando a população civil de Gaza como informantes.

Outra falha grave diz respeito à incredulidade na capacidade do Hamas realizar um ataque destas proporções.

Esse excesso de confiança resultou no massacre ocorrido, pois a população nas vilas de Israel não preparou suas defesas, com raras exceções, como foi o caso da jovem Inbar Lieberman de 25 anos, que percebeu algo estranho, armou voluntários e os orientou na reação que salvou 'dezenas de vidas' no kibbutz Nir Am, que saiu praticamente ileso do ataque terrorista.

Jovem heroína israelita, evitou massacre em sua vila

Na noite anterior ao ataque, o comando militar na fronteira havia recebido um alerta sobre atividades atípicas do Hamas em Gaza, porém, dada a hora avançada, os comandantes optaram por passar essa informação às tropas para elevar o nível de prontidão pela manhã, o que acabou sendo um grave erro. Se houvesse sido transmitido o alerta naquela noite de sexta-feira (6), provavelmente a história teria sido bem diferente.

Entretanto, é importante lembrar que qualquer sistema de Inteligência recebe milhares de informações falsas por dia, e precisa filtrar tudo que chega diariamente.

Da mesma forma que nem sempre quando uma pessoa diz para outra "vou te matar" ela está de fato dizendo aquilo como intenção real, o mesmo se dá no campo interestatal e contra ameaças assimétricas, portanto é preciso confirmar fontes e informações.

Somente depois de todas as confirmações é feita uma classificação do real nível de ameaça, e elencadas as possibilidades de resposta a mesma.

Quando temos uma Inteligência eficiente, com informações claras e precisas e processadas em tempo hábil, aumenta-se consideravelmente o tempo disponível para preparar uma resposta adequada. Com isso, você pode manter uma posição mais próxima de seu inimigo, sem prejudicar o equilíbrio tempo x espaço.

A reação Israelense

Apesar de serem pegos desprevenidos, os poucos homens do Exército Israelense reagiram ao ataque como puderam, abatendo inúmeros terroristas. Infelizmente, muitos tombaram defendendo Israel.

Voltando à questão "Tempo x Espaço", a equação naquela manhã foi bastante desfavorável às tropas israelenses. 

Quando você tem tempo adequado para o preparo da reação e o contato com inimigo, você tem uma considerável vantagem defensiva, pois o defensor estará estabelecido de maneira estratégica e melhor protegido, além de conhecer melhor o terreno e seus pontos fracos.


Porém, caso o tempo seja muito curto para prontificar uma reação, como foi no dia fatídico, houve um rápido colapso das defesas.

O diferencial do soldado israelense, além de seu elevado nível de preparo, é que sua reação é imediata e, de certa forma, independe de ordens superiores.

Eles têm uma relativa liberdade de atuação em situações extremas, como a ocorrida naquele sábado, de modo imediato, até vir ordens superiores, sem precisar temer retaliações por isso.

Esta liberdade de atuação evitou que a tragédia fosse ainda maior.

Helicópteros de ataque decolaram assim que acionados após receber o alerta de ataque, tendo sido responsáveis por eliminar aproximadamente 300 terroristas.

Ainda na segunda-feira haviam embates entre soldados de Israel e os invasores, os quais acabaram sendo neutralizados.

O mesmo poderia ocorrer no norte de Israel?

Diferente do Sul, a fronteira Norte de Israel, conta com uma "Zona da morte" junto ao Líbano e Síria, e há todo um aparato reforçado de defesa na região fronteiriça com Líbano e Síria, o que não existe na fronteira com Gaza pois, como já relatamos, não existe mais de 200m separando Israel do Hamas.

A "Zona da Morte" é uma área extensa entre Israel e seus vizinhos ao norte, e qualquer intrusão nesta área é respondida de imediato com a eliminação do intruso.

Diferente de Gaza, onde o Hamas possui um número limitado de homens, o Hezbollah possui um exército organizado e bem equipado, com milhares de homens, o que demanda maiores medidas defensivas de Israel, e devido a esse cenário, dificilmente ocorreria algo similar. Israel sempre está alerta e a espera de um ataque ao norte do país.

Mudanças na Defesa de Israel

Após o ataque, muitas medidas foram tomadas para que não se repita o triste episódio, como a implantação de minas ao longo da cerca que separa Israel e Gaza, os contingentes foram aumentados e o nível de prontidão elevado.

Agora o número de combatentes de prontidão nos turnos foi ampliado, e os soldados agora ficam armados e equipados 24 horas, ou seja, nos alojamentos dormem com seu armamento e equipamentos na cama.

Os carros de combate passam a ser tripulados full time, com sua guarnição realizando pernoite dentro das viaturas, o que teria feito toda diferença no ataque de 7 de outubro. Segundo o analista de defesa Emanuel, essa medida relativamente simples reduziria a capacidade dos invasores, destacando que, seguramente, um Merkava teria sido capaz de eliminar mais de 200 terroristas.

Israel também irá implementar novos sensores e sistemas de vigilância de fronteira, além de recuar a posição do centro de comando e controle.

O cenário em Gaza e os motivos do ataque terrorista

Segundo informações da inteligência israelense, a população civil palestina em Gaza, vive refém do Hamas, pagando altos impostos e taxas ao grupo que domina a região, e os recursos financeiros, são todos destinados ao financiamento da construção de túneis, obtenção de armamentos e custeio da formação de terroristas, destinando muito pouco de fato ao povo palestino, tornando miserável as condições de vida local, o que eles usam em sua propagando contra Israel,  acusando-o pelas mazelas a que são submetidos os palestinos residente na Faixa de Gaza. 

Dentro de Gaza, o Hamas controla o povo com o terror, existe perseguição aos palestinos que não apoiam o Hamas, onde são comuns execuções e torturas contra quem questione o Hamas.

O ódio contra o povo judeu é implantado nas mentes e corações dos palestinos desde muito cedo, onde nas escolas a educação desde os 5 anos incentivam o ódio ao povo judeu. O curioso é que, os filhos das lideranças do Hamas, vivem na Europa, usufruindo de bons estudos e todo luxo e conforto do ocidente.

Os terroristas do Hamas, lançaram o ataque contra Israel, amparados pelas promessas do Irã e do Hezbollah, nas quais os mesmos teriam garantido apoio ao Hamas diante da ameaça à sobrevivência deste grupo terrorista frente a resposta de Israel e a invasão da Faixa de Gaza por tropas israelenses. Nesse contexto, tudo nos leva a crer que o Hezbollah, que já realizou disparos de artilharia e foguetes contra o território israelense a partir do Líbano, deve lançar um ataque contra Israel ao norte apoiando os terroristas do Hamas.

Um dos motivos que levaram ao ataque terrorista do Hamas, são os esforços do Irã e do Hezbollah de evitar o acordo de paz entre Israel e Arábia Saudita, além de promover distúrbios e desordem no Egito e Jordânia, visando desestabilizar seus governos, numa clara tentativa de derrubar o Rei da Jordânia e o governo do Egito, os quais mantém boas relações com o ocidente.

Israel vai invadir Gaza?

Segundo a opinião de Emanuel, Israel vai atacar com um pesado bombardeio neste final de semana, provavelmente no final da noite deste sábado e primeiras horas de domingo. 

A IDF que desde o sábado passado lança ataques aéreos, deve intensificar a campanha de bombardeios a Gaza, tendo realizado até o momento apenas ataques pontuais.

Cumprindo o que determina a Convenção de Genebra, está alertando a população civil para que deixe a região, o que é feito 6 horas antes dos ataques.


Segundo as informações que tivemos acesso, Israel irá destruir todos os prédios de Gaza, inviabilizando uma guerra urbana, assim evitando emboscadas e inutilizando a rede de túneis usados pelos terroristas do Hamas, restando apenas escombros.

Após essa campanha de destruição da vantagem que os terroristas do Hamas possuem no terreno, será reduzida, aí sim as tropas avançarão para realizar uma operação sem precedentes na história, "O inferno cairá sobre os terroristas do Hamas".

Objetivo: Eliminar o grupo terrorista Hamas

Sob os prédios de Gaza existe uma rede de túneis, Israel vai destruir tudo para evitar que sejam usados para fuga ou abastecimento, a população palestina já foi avisada, e ordenado a evacuação, porém, o Hamas vai tentar evitar a saída de civis para usá-los como escudo, e expor a imagem de civis mortos para minar a imagem de Israel na comunidade internacional.

As principais ameaças que Israel irá encontrar, estão representadas por mísseis anticarro como os Kornet, RPGs, metralhadoras pesadas, morteiros e terroristas armados com fuzis de assalto.

Não vai ser fácil, mas o inferno vai cair sobre o Hamas segundo Emanuel e nossas fontes militares. 


Duração e efeitos colaterais de uma invasão de Israel

Estima-se que a operação deve durar no máximo três semanas, contudo, há a possibilidade de uma escalada, com Israel considerando a entrada do Hezbollah, que pode atacar a partir do Líbano e Síria, apoiados pelo Irã, que já tem se movimentado enviando consultores e armas à Síria.

Contando com esse ataque ao norte, Israel reforçou suas defesas, e a população foi armada e instruída como reagir.

Apesar da presença do mais poderoso porta-aviões norte americano e o apoio dos EUA à Israel, existe a possibilidade, ainda que remota, do Irã lançar mísseis balísticos contra Israel. Neste sentido, Israel já está preparado para reagir.

Caso o Irã lance mísseis contra Israel, ou se envolva diretamente no conflito, Israel vai atacar todas as refinarias de combustível e instalações petrolíferas do Irã, assim como irá destruir todas usinas e redes elétricas do país.

Apesar de contar com um respeitável inventário de mísseis balísticos, o Irã não dispõe de uma defesa aérea contra mísseis efetiva, como Israel, e seria muito fácil para Israel penetrar o espaço aéreo iraniano e lançar impunemente ataques de precisão com seus F-35I.

Caso haja uma escalada, Israel elenca a Síria como uma hipotética força inimiga, apesar da mesma não ter capacidade militar adequada após anos de guerra civil, o Irã pode entregar meios e usar o território sírio para atacar Israel.

O Egito ao sul, já se posicionou e não vai apoiar qualquer ação contra Israel após o bárbaro ataque realizado pelos terroristas do Hamas. Enquanto existe a remota possibilidade do Iraque se juntar nessa provável escalada de forma indireta, enviando terroristas ou autorizando o uso do seu território pelos mesmos, pois o país ainda está sob forte dependência dos EUA, e Washington já deu o recado, “qualquer país que pensar em atacar Israel, sofrerá as consequências”, e após duas vezes ser alvo dos EUA, hoje o Iraque não ousaria apoiar abertamente ou atuar com seus recursos.


 

 

Por Angelo Nicolaci

Consultoria de Emanuel**

 Revisão de Texto: Renato Marçal

GBN Defense - A informação começa aqui

 

*A "Brigada 35", também conhecida simplesmente como Brigada Paraquedista, é uma brigada militar de infantaria paraquedista subordinada as Forças de Defesa de Israel (IDF), sendo uma das principais unidades do corpo de infantaria do exército israelense. Ao longo de sua história, cumpriu várias missões de forças especiais desde a década de 1950. São consideradas uma das unidades de elite do exército de Israel.

** Emanuel é um experiente analista de defesa israelense, devido a questões de segurança, mantivemos em sigilo demais informações e qualificações deste profissional.


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