segunda-feira, 12 de dezembro de 2016

C-23B Sherpa - A escolha do Exército Brasileiro que volta a operar com asa fixa

Após o anúncio de que uma equipe de oficiais do Exército Brasileiro iria avaliar as condições de aeronaves de transporte C-23B excedentes das forças norte americanas, houve intenso debate nas redes sociais brasileiras sobre a possibilidade de tal aquisição, algo que o EB informou ser apenas uma avaliação e estudo para reativação de sua aviação de asa fixa. 

Várias células disponibilizadas ao Brasil foram avaliadas e extensamente analisadas, como resultado desta vistoria, a equipe brasileira selecionou 11 aeronaves que se adequam as necessidades da força e deu aval para aquisição das mesmas, para possibilitar a reativação da operação de aeronaves de transporte de suprimentos e tropas de asa fixa no Exército Brasileiro, cobrindo uma lacuna existente em suas capacidade na região amazônica.

O processo de aquisição em andamento prevê a aquisição inicial de quatro aeronaves no primeiro lote, sendo estas aeronaves responsáveis por fornecer ao EB dados importantes a operação das mesmas, além de servir para avaliar a operação da aeronave e sua taxa de disponibilidade, devendo ser levadas ao extremo pelo COLOG ( Comando Logístico ) afim de atestar suas capacidades e validar sua operação com o Exército Brasileiro. Sendo cumprido todos requisitos dentro do previsto que se espera desta aeronave, será realizada a aquisição de um segundo lote, onde estarão inclusas as demais 7 células selecionadas pela equipe brasileira.

As quatro primeiras aeronaves C-23B brasileiras ainda não possuem prazo para serem entregues, pois as mesmas passarão por um extenso trabalho de revisão e verificação básica de sistemas, o que possibilitará manter sua operação por um longo período, lembrando que as mesmas possuem idade média entre 16 e 20 anos em operação com as forças norte americanas.

O C-23B Sherpa, embora muito criticado por alguns, apresenta um bom potencial e características que o tornam uma boa escolha para operação no Brasil. Principalmente em se tratando de operações na região amazônica, pois como bem sabemos a região carece de infraestrutura, com pistas de pouso curtas e despreparadas, muitas das vezes em condições precárias que dificultam demasiadamente o pouso e decolagem, diante deste cenário, a rusticidade e robustez do "Sherpa" é uma grande vantagem, tendo em vista a capacidade de pouso e decolagem em pistas curtas e sem preparo, outro ponto á favor do "Sherpa" é sua rampa traseira, o que facilita a operação de embarque e descarga de diversos tipos de materiais.

O Exército Brasileiro já manifestou interesse em modernizar tais aeronaves caso estas passem pelo processo de avaliação,o que irá conferir não apenas maior longevidade operacional, como também mais recursos para operação das mesmas e redução nos custos de operação. Tal modernização deverá possibilitar a operação da mesma por mais duas décadas. Para tanto a brasileira AEL já esta acompanhando todo processo de aquisição destas aeronaves e deverá ser a responsável por parte do futuro programa de modernização destas aeronaves.

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