Os ministros das Relações
Exteriores da Otan receberam a pequena nação de Montenegro em sua aliança
militar nesta quarta-feira, na primeira expansão do grupo desde 2009,
desafiando as advertências russas de que uma ampliação do bloco liderado pelos
Estados Unidos nos Bálcãs era uma "provocação".
Em uma sessão roteirizada
na sede da Otan, em Bruxelas, o ministro das Relações Exteriores de Montenegro,
Igor Luksic, entrou na sala de conferências recebendo aplausos, à medida que o
chefe da Otan, Jens Stoltenberg, declarou: "este é o início de uma linda
aliança".
Diplomatas da Otan
disseram que a decisão de convidar o Estado de 650 mil habitantes envia uma
mensagem para a Rússia de que Moscou não possui um veto na expansão da Otan,
mesmo que a candidatura da Geórgia tenha sido complicada pela guerra de 2008
com a Rússia.
Após a Albânia e a Croácia
se juntarem à Otan em 2009, somente a Sérvia, aliada mais próxima da Rússia nos
Bálcãs, não busca ativamente participação na aliança.
Moscou se opõe a qualquer
extensão da Otan para regiões ex-comunistas no leste e sudeste da Europa, como
parte de uma luta por influência sobre países que estavam sob o satélite da
antiga União Soviética.
O ministro das Relações
Exteriores da Rússia, Sergei Lavrov, disse em setembro que qualquer expansão da
Otan era "um erro, talvez uma provocação". Em comentários à mídia
russa, ele descreveu a então chamada política de portas abertas da Otan como "irresponsável".
Ministros das Relações
Exteriores da Otan cortaram contatos formais com a Rússia em abril do ano
passado, após Moscou anexar a península da Crimeia, da Ucrânia, e gerar um
conflito no leste ucraniano, que deixou mais de 8 mil mortos.
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