A
noite da última sexta-feira (13) o terror tomou conta de Paris, onde
terroristas realizaram uma série de atentados que deixaram cerca de
140 mortos na capital da França.
Os primeiros relatos dos ataques foram às 21:20, os primeiros ataques foram ocorreram em áreas boêmias não distantes da praça da República, uma das principais da cidade e palco frequente de manifestações políticas e populares. |Em seguida por volta de 21h30 enquanto a seleção da França jogava contra a Alemanha no estádio Stade de France, no norte da cidade, a primeira de ao menos duas explosões. Durante
o jogo foi possível ouvir as explosões, porém foram confundidas
com fogos de artifício, o que evitou um pânico no local, mas o presidente francês, François Hollande,
foi evacuado para um local seguro, só após o final do jogo os
torcedores foram informados do ocorrido e orientados a permanecer por
mais algum tempo no estádio.
Em
outro ponto da cidade terrorista armados com fuzis AK-47 fuzilaram pessoas em um café, em seguida tomaram
reféns na casa de shows Bataclan, onde cerca 1.500 pessoas estavam no local assistindo ao show de uma banda de rock norte americana.
Após um cerco policial de aproximadamente duas horas, as autoridades francesas invadiram o local, a ação resultou na morte dos terroristas que
estavam no local e de vários reféns, ao menos 112 morreram e vários
ficaram feridos neste ataque, incluindo dois brasileiros que se
feriram, os corpos foram retirados e colocados na calçada.
Também houve relatos de ataques em outras áreas, como a avenida da República e o Boulevard de Beaumarchai, próximo à praça da Bastilha.
O
governo francês orientou aos cidadãos a evitarem sair as ruas
devido ao risco de novos ataques. Foi declarado estado de emergência, o decreto permite às autoridades a fechar espaços públicos, impor toque de recolher e restrições à circulação de veículos e pessoas, rapidamente foram tomadas todas as medidas de segurança para
enfrentar o ataque. O cenário era de guerra e demonstrou a
fragilidade da França na prevenção de ataques terroristas, uma vez
que a França enfrenta o terceiro ataque terrorista este ano.
Embora as fronteiras tenham sido fechadas, serviços de trem ligando a França ao Reino Unido e os aeroportos continuam operando normalmente.
Um dos
pontos que elevam a fragilidade francesa na prevenção de ações
terroristas é o enorme número de refugiados oriundos da Líbia e
Síria, locais onde se encontram muitos membros do principal grupo
terrorista da atualidade, o Estado Islâmico. Tal fluxo de refugiados
dificulta o trabalho dos serviços de inteligência, como resultado
assistimos a barbárie perpetrada pelos ataques planejados em solo
francês.
Os
ataques são uma resposta aos ataques realizados pelos
franceses em conjunto com os norte americanos contra alvos do EI na
Síria.
O Estado Islâmico publicou neste sábado (14) um comunicado em que assumiu a autoria da série de atentados que deixaram 128 mortos em Paris nesta sexta-feira 13.
No comunicado, o grupo jihadista diz que a França é o "principal alvo" do grupo.
"Oito irmãos carregando coletes suicidas e armas automáticas alvejaram áreas no coração da capital francesa que foram especificadamente escolhidas antes: o Stade de France durante uma partida contra a Alemanha na qual o imbecil [sic] François Hollande estaria presente; o Bataclan, onde centenas de idólatras estariam juntos numa festa da perversidade; além de outros alvos no 10º, no 11º e no 18º distritos", diz a nota.
"A França e todos aqueles que seguem seu caminho devem saber que permanecem o principal alvo do Estado Islâmico."
"Alá (...) lançou o terror contra seu coração", diz o grupo, que chama Paris de "a capital da abominação e da perversão"."Paris tremeu sob seus pés [dos terroristas]."
A nota termina com um alerta de que "este não é nada mais do que o começo de uma tempestade e uma advertência para aqueles que queiram meditar e tirar suas conclusões".
O EI se pronunciou apenas minutos depois que o presidente francês, François Hollande, atribuiu a responsabilidade pelos ataques ao grupo.
"É um ato de guerra que foi cometido por um exército terrorista, um exército jihadista, contra a França", disse Hollande, usando a sigla em árabe para o Estado Islâmico. "É um ato de guerra que foi preparado, organizado e planejado no exterior, com cumplicidade no solo da França."
O
presidente francês declarou luto oficial por três dias. Os ataques
elevaram o estado de alerta em outros pontos da Europa, onde a
embaixada dos EUA na França reforçou a sua segurança, bem como
outras nações aumentaram o nível de segurança em seus
territórios.
Foi o pior ataque na Europa desde os atentados em Madri, em 2004, e o mais violento na França desde a Segunda Guerra Mundial.
O
mundo ficou chocado com a crueldade dos ataques terroristas, com
vários líderes mundiais prestando solidariedade a nação francesa.
Fonte: GBN- GeoPolítica Brasil
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