O presidente russo, Vladimir Putin, firmou neste sábado (28) um decreto que prevê uma série de sanções econômicas contra a Turquia pela derrubada de um avião militar da Rússia por caças turcos sobre a fronteira síria.
As medidas incluem, entre outras coisas, a suspensão dos voos fretados entre Rússia e Turquia, a proibição de empregar turcos em empresas russas e o restabelecimento de vistos entre os dois países a partir de 1º de janeiro de 2016, revela o texto publicado pelo Kremlin.
O decreto, que entra em vigor imediatamente, ganhou o título de "Sobre medidas para garantir a segurança nacional russa e proteger os cidadãos russos de atividades ilegais e criminosas e a aplicação de medidas econômicas especiais contra a Turquia". Algumas das medidas anunciadas já estavam sendo informalmente aplicadas.
Tristeza e diálogo
Ainda neste sábado, o presidente turco, Recep Tayyip Erdogan, afirmou estar triste pelo abate do avião russo por um caça turco. "Estamos verdadeiramente tristes por este incidente", afirmou o presidente na cidade de Balikesir, no oeste da Turquia. "Desejamos que não tivesse acontecido, mas aconteceu. Espero que nunca volte a acontecer algo como isto", acrescentou.
Por outro lado, o presidente turco defendeu a atuação do exército de seu país, além de criticar a atuação russa na Síria. Erdogan repetiu seu desejo de se encontrar com o presidente russo, Vladimir Putin, para esclarecer mal-entendidos, durante a COP 21, a Conferência da ONU sobre Mudanças Climáticas que começará na segunda-feira (30) em Paris.
O incidente
O abate do avião turco aconteceu na última terça-feira (24). Segundo o Exército turco, o avião foi alertado dez vezes em um intervalo de cinco minutos por ter violado espaço aéreo da Turquia. Só então, a aeronave foi derrubada. Dois jatos F-16 turcos que faziam patrulha na fronteira fizeram o abate.
O Ministério da Defesa da Rússia informou que o jato Su-24 não havia violado o espaço aéreo turco. O ministério afirmou que a ação não deixou feridos, já que os pilotos conseguiram se ejetar e chegaram ao solo de paraquedas. O governo de Moscou afirmou que pode provar que seu avião não deixou o espaço aéreo sírio.
Fonte: AFP
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