Em resposta à Otan, comandante-chefe das Forças Aeroespaciais da Rússia explicou que sistemas antiaéreos seriam úteis no caso de sequestro de aviões militares por fundamentalistas no país árabe.
Os sistemas de defesa antiaérea russos fornecidos à Síria tem por objetivo “situações de força maior, como o roubo de aviões militares em Estados vizinhos da Síria para atacar a Rússia”, declarou o comandante-chefe das Forças Aeroespaciais da Rússia, Viktor Bondarenko, em uma entrevista ao jornal “Komsomolskaya Pravda”.
Mais cedo, o comandante da Otan, general Philip Breedlove, disse que os sistemas enviados à Síria representam uma ameaça à aliança ocidental e não se destinam a combater o Estado Islâmico (EI), já que os radicais não dispõem de aeronaves que justifiquem o uso de tal aparato.
“Calculamos todas as ameaças possíveis (...) e devemos estar preparados para elas”, explicou o comandante-chefe das Forças Aeroespaciais russas, referindo-se aos casos de tomada de bases aéreas pelo Estado Islâmico nos territórios da Síria, do Iraque e do Iêmen.
Em entrevista à Gazeta Russa, o coronel e editor-chefe da revista “Arsenal Otetchéstva” (Arsenal da Pátria, em tradução livre), Viktor Murakhôvski, destacou também que não se trata de um envio particular de sistema antimísseis para a Síria.
“A ideia é que, com a concentração de tropas das Forças Militares Espaciais, houvesse na base aérea também uma bateria de sistemas de defesa antiaérea”, disse Murakhôvski. “Eles [Estado Islâmico] não conseguiram ainda colocar nada no ar devido à falta de peças de reposição, combustível ou por outros motivos. Mas eles podem usar veículos aéreos não tripulados.”
Segundo ele, os fundamentalistas podem, por exemplo, adquirir “um drone de fabricação chinesa por US$ 50 mil pela da internet e colocar nele uma porcaria explosiva qualquer”.
Além do envio de sistemas de mísseis, a Rússia forneceu à Síria caças, aviões de ataque, bombardeiros e helicópteros.
Fonte: Gazeta Russa
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