Vista por multidões nos céus do Brasil com a Esquadrilha da Fumaça, a aeronave T-27 Tucano completa, em 2013, três décadas voando na Força Aérea Brasileira (FAB). Desenvolvida pela Embraer em conjunto com a FAB, possui tecnologia da indústria nacional. O avião, que fez aniversário dia 29 de setembro, foi responsável pela formação de todos os aviadores que passaram pela Academia da Força Aérea (AFA), desde sua chegada em 1983, em Pirassununga (SP).
O Tucano surgiu da necessidade da FAB de substituir a antiga aeronave de treinamento T-37, que seria descontinuada pela fabricante Cessna. Nascia assim uma máquina com desempenho notório, reconhecido internacionalmente. As inúmeras características do T-27 fizeram com que o avião fosse exportado para países como Argentina, Colômbia, Venezuela, Peru, Paraguai, Honduras, Irã. No Reino Unido, foi escolhido para se tornar aeronave de treinamento básico, licenciado e produzido localmente.
O protótipo do treinador voou pela primeira vez em 19 de agosto de 1980, com um desenho avançado para a época. Suas características acabaram tornando-se padrão para outras aeronaves de treinamento, com trens de pouso retráteis, assentos em tandem (um a frente do outro, sendo o de trás mais alto), pontos para utilização de armamento e, inclusive, sendo a primeira aeronave do gênero com assentos ejetáveis. Possui grande autonomia de voo - quatro horas e meia somente com o tanque interno, robustez, comandos precisos, boa margem de manobra mesmo à baixa altitude, confiabilidade, visibilidade e capacidade de voo em diferentes condições climáticas.
Pensando no futuro do Tucano, está em curso a modernização de sua aviônica, permitindo a atualização da aeronave, tendo ainda mais de uma década de vida útil na instrução de novos pilotos.
Com 3.500 horas de voo no T-27 e experiência de oito anos como instrutor na AFA, o Tenente-Coronel Edmilson Arcarlu Kül conta em entrevista a Rádio Força Aérea a importância desses 30 anos do Tucano na FAB. Ele também comenta sobre os outros empregos da aeronave que vai além da formação de pilotos e apresentações na Esquadrilha da Fumaça. Também explica o sucesso internacional da aeronave e reflete sobre o futuro do Tucano.
Fonte: Agência Força Aérea
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