quinta-feira, 11 de agosto de 2011

Tensão entre Coréias após troca de disparos



A Coreia do Norte voltou a efetuar nesta quarta-feira disparos de artilharia perto de sua fronteira marítima com a Coreia do Sul, segundo fontes militares sul-coreanas. Poucas horas antes, a Marinha sul-coreana havia aberto fogo em resposta a tiros de artilharia norte-coreanos, na tensa fronteira entre ambos os países do Mar Amarelo.

O primeiro incidente ocorreu às 13h locais (1h em Brasília), quando a Coreia do Norte disparou perto da fronteira marítima. Pyongyang voltou a disparar às 19h46 locais perto da conhecida Linha Limite do Norte, enquanto Seul disse ter replicado como aviso.

"Não houve mais disparos depois, mas estamos vigiando de perto", acrescentou uma fonte sul-coreana, sem informar quantos disparos foram registrados.

Um morador da Ilha de Yeonpyeong, citado pela agência sul-coreana Yonhap, disse que os militares da Coreia do Norte dispararam três vezes na primeira oportunidade.

Negociações

No início deste mês Pyongyang havia afirmado que queria retomar o quanto antes as negociações dos seis (Coreia do Norte, Coreia do Sul, Estados Unidos, China, Japão e Rússia) sobre a desnuclearização do país, após uma série de discussões em julho.

As negociações do grupo sobre desnuclearização da Coreia do Norte estavam paralisadas desde dezembro de 2008. Pyongyang se retirou delas oficialmente em abril de 2009, um mês antes de realizar um segundo teste nuclear - o primeiro havia sido realizado em 2006.

A revelação, em novembro de 2008, de que o país possuía uma usina de enriquecimento de urânio que podia servir para fabricar bombas nucleares, complicou as negociações.

Na segunda-feira, o governo norte-coreano pediu a Seul e Washington que anule as manobras militares que realizam conjuntamente todos os anos, previstas para meados de agosto, caso desejem reativar as negociações de desnuclearização na Coreia do Norte. Em carta, o Exército norte-coreano ressaltou que os exercícios militares são "uma guerra de agressão" contra o Norte e conduzem "manobras de guerra nuclear".

Em exercícios realizados pelas Forças Armadas sul-coreanas no dia 23 de novembro, a Coreia do Norte disparou contra a ilha sul-coreana de Yeonpyeong, onde morreram dois civis e dois militares. Os bombardeios foram os primeiros de zonas civis desde o fim da guerra da Coreia (1950-1953).

Coreia do Norte nega que tenha efetuado disparos contra Seul

A Coreia do Norte negou ter disparado nesta quarta-feira nas cercanias da fronteira marítima com o Sul e assegurou que as detonações escutadas na zona, que provocaram uma resposta do exército sul-coreano, provinham de trabalhos de construção.

Esta alegação, divulgada através da agência estatal norte-coreana "KCNA", foi rejeitada pelo exército sul-coreano, que mantém que as detonações procediam aparentemente de manobras militares executadas pelo exército comunista na zona.

Segundo um comunicado da "KCNA" recolhido pela agência sul-coreana "Yonhap", o som de disparos escutado na quarta-feira pelas forças sul-coreanas era "uma detonação normal na construção de um objeto gigante". "Assustados por isto, o exército belicista da Coreia do Sul estendeu desinformação ao dizer que o exército da República Popular Democrática da Coreia produziu uma provocação disparando artilharia", acrescentou a "KCNA", com a habitual retórica do regime de Kim Jong-il.

Nesta quinta, o Estado-Maior sul-coreano reiterou que três rodadas de artilharia norte-coreana, de um total de cinco, caíram perto da Linha Limítrofe do Norte (NLL), como é conhecida a fronteira entre as duas nações no Mar Amarelo (Mar Ocidental).

Fonte: GeoPolítica Brasil com Agências de notícias

Share this article :

0 comentários:

Postar um comentário

 

GBN Defense - A informação começa aqui Copyright © 2012 Template Designed by BTDesigner · Powered by Blogger