segunda-feira, 11 de julho de 2011

Novo secretário de Defesa dos EUA diz que pressionará Iraque


Leon Panetta chegou ao Iraque no domingo na sua primeira visita como secretário de Defesa dos Estados Unidos, dizendo que pretende pressionar Bagdá sobre o futuro da presença militar norte-americana e perseguir os militantes que atacam as forças militares com mísseis iranianos.

Os EUA pretendem retirar seus 46 mil soldados do Iraque até o fim deste ano, de acordo com o pacto bilateral de segurança, apesar das preocupações de militares americanos e iraquianos sobre previsíveis falhas na segurança.

Panetta, recém chegado de uma viagem ao Afeganistão, fez comentários otimistas no Congresso no mês passado, dizendo que o governo do Iraque poderá, eventualmente, pedir que alguns soldados dos EUA permaneçam além de 2011. Mas ele foi cauteloso nos seus comentários a repórteres pouco antes de viajar para o Iraque.

Quando lhe perguntaram se ele encorajaria o Iraque a pedir que parte dos soldados ficasse no país, Panetta disse: "Eu vou encorajá-los a tomar uma decisão para que possamos saber o que faremos."

A questão é um assunto delicado para o governo de coalizão, liderado pelos xiitas, do primeiro-ministro iraquiano Nuri al-Maliki. Pelo menos um grupo chave da frágil coalizão, o bloco político do clérigo xiita antiamericano Moqtada al-Sadr, se opõe abertamente à continuação da presença militar americana.

O partido de Sadr ameaçou aumentar os protestos e até mesmo a "resistência militar" se as tropas dos EUA ficarem no país.

Outro contratempo político que está preocupando Washington é a incapacidade de Bagdá de nomear um ministro da Defesa até agora, uma questão que Panetta disse que pretende discutir durante a sua reunião com Maliki na segunda-feira.

Fonte: Reuters
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