Contrariando apelos da comunidade internacional, o regime do ditador sírio Bashar al Assad atacou civis com helicópteros de guerra nesta sexta-feira e confrontos entre ativistas e forças de segurança após as orações deixaram ao menos 28 mortos. Endurecendo sua posição, os EUA pediram o fim imediato da violenta repressão no país.
As notícias de mais mortes causadas pela repressão do governo aos manifestantes chegam um dia após mais de 2.500 sírios terem buscado refúgio na Turquia que garantiu fronteiras abertas àqueles em fuga do país.
O Observatório Sírio para Direitos Humanos disse que helicópteros fizeram disparos na cidade de Maarat al Numaan depois que forças de segurança em terra mataram cinco manifestantes, mas informou que nenhuma morte havia sido notificada no ataque das aeronaves.
"Pelo menos cinco helicópteros sobrevoaram Maarat al Numaan e começaram a atirar suas metralhadoras para dispersar dezenas de milhares que marchavam no protesto", declarou uma das testemunhas por telefone.
"As pessoas se esconderam em campos, sob pontes e em suas casas, mas os disparos continuaram nas ruas praticamente vazias por horas", contou a testemunha, que deu o nome de Nawaf.
A televisão estatal disse que a cerca de 35 quilômetros dali, "grupos terroristas" fortemente armados incendiaram prédios da polícia e mataram membros das forças de segurança em Maarat, 55 quilômetros ao sul de Aleppo, segundo maior cidade da Síria, na estrada para Damasco.
"Houve protestos pacíficos hoje (sexta-feira, em Maarat) pedindo por liberdade e pela queda do regime", disse um manifestante por telefone. "As forças de segurança nos deixaram protestar, mas quando viram crescer o tamanho da manifestação, eles abriram fogo para nos dispersar."
"Durante o protesto, dois oficiais e três soldados se recusaram a abrir fogo, então nós os carregamos nos ombros. Depois disso, ficamos surpresos em ver helicópteros disparando contra nós."
O Exército sírio deslocou tropas para uma cidade da fronteira turca nesta sexta-feira para capturar "inimigos armados", segundo a TV estatal. A movimentação ocorreu depois que 2.800 moradores fugiram para a Turquia por medo de um ataque militar, após protestos contra o regime do ditador.
Os milhares de sírios fugiram para a Turquia por medo de uma represália após manifestações contra Al Assad em Jisr al Shughour, cidade de 50 mil habitantes na fronteira noroeste da Síria.
CASA BRANCA
O governo americano endureceu seu posicionamento com respeito à Síria e pediu o "fim imediato à brutalidade e à violência" no país. Segundo os Estados Unidos, Assad está levando a Síria "a um caminho perigoso".
O porta-voz da Casa Branca, Jay Carney, emitiu um comunicado logo depois que as forças sírias mataram ao menos 28 pessoas durante protestos a favor da democracia no país e após forças de segurança lançarem uma temida repressão contra o povo de Jisr al Shugur, no noroeste do país.
"Os Estados Unidos condenam firmemente o atroz uso da violência do governo sírio", disse Carney. "Deve haver um fim imediado à brutalidade", completou.
"No início desta semana, exigimos que o governo sírio exercesse a máxima moderação nas repressões", disse Carney.
MORTES
Ativistas e forças sírias mataram ao menos 28 pessoas em confrontos após as orações de sexta-feira, e milhares de civis fugiram da cidade para a Turquia, temendo uma vingança das forças de segurança pelos incidentes que deixaram 120 soldados mortos nesta semana.
Mas manifestantes refugiados na Turquia e ativistas de direitos humanos afirmaram que alguns soldados na região noroeste do país se recusaram a atirar contra os manifestantes e que houve confronto entre forças leais e forças rebeldes esta semana.
Um homem de 40 anos que fugiu para a Turquia vindo de Jisr al Shughour com uma bala na coxa também descreveu o motim nas fileiras sírias.
"Algumas das forças de segurança desertaram e alguns do Exército se recusaram a obedecer às ordens de seus superiores," afirmou ele. "Eles estavam atirando uns contra os outros."
Ativistas de direitos humanos divulgaram um vídeo do YouTube atribuído ao tenente-coronel Hussein Armoush dizendo que ele desertou com soldados para "se unir às fileiras das massas exigindo liberdade e democracia."
Fonte: Folha
As notícias de mais mortes causadas pela repressão do governo aos manifestantes chegam um dia após mais de 2.500 sírios terem buscado refúgio na Turquia que garantiu fronteiras abertas àqueles em fuga do país.
O Observatório Sírio para Direitos Humanos disse que helicópteros fizeram disparos na cidade de Maarat al Numaan depois que forças de segurança em terra mataram cinco manifestantes, mas informou que nenhuma morte havia sido notificada no ataque das aeronaves.
"Pelo menos cinco helicópteros sobrevoaram Maarat al Numaan e começaram a atirar suas metralhadoras para dispersar dezenas de milhares que marchavam no protesto", declarou uma das testemunhas por telefone.
"As pessoas se esconderam em campos, sob pontes e em suas casas, mas os disparos continuaram nas ruas praticamente vazias por horas", contou a testemunha, que deu o nome de Nawaf.
A televisão estatal disse que a cerca de 35 quilômetros dali, "grupos terroristas" fortemente armados incendiaram prédios da polícia e mataram membros das forças de segurança em Maarat, 55 quilômetros ao sul de Aleppo, segundo maior cidade da Síria, na estrada para Damasco.
"Houve protestos pacíficos hoje (sexta-feira, em Maarat) pedindo por liberdade e pela queda do regime", disse um manifestante por telefone. "As forças de segurança nos deixaram protestar, mas quando viram crescer o tamanho da manifestação, eles abriram fogo para nos dispersar."
"Durante o protesto, dois oficiais e três soldados se recusaram a abrir fogo, então nós os carregamos nos ombros. Depois disso, ficamos surpresos em ver helicópteros disparando contra nós."
O Exército sírio deslocou tropas para uma cidade da fronteira turca nesta sexta-feira para capturar "inimigos armados", segundo a TV estatal. A movimentação ocorreu depois que 2.800 moradores fugiram para a Turquia por medo de um ataque militar, após protestos contra o regime do ditador.
Os milhares de sírios fugiram para a Turquia por medo de uma represália após manifestações contra Al Assad em Jisr al Shughour, cidade de 50 mil habitantes na fronteira noroeste da Síria.
CASA BRANCA
O governo americano endureceu seu posicionamento com respeito à Síria e pediu o "fim imediato à brutalidade e à violência" no país. Segundo os Estados Unidos, Assad está levando a Síria "a um caminho perigoso".
O porta-voz da Casa Branca, Jay Carney, emitiu um comunicado logo depois que as forças sírias mataram ao menos 28 pessoas durante protestos a favor da democracia no país e após forças de segurança lançarem uma temida repressão contra o povo de Jisr al Shugur, no noroeste do país.
"Os Estados Unidos condenam firmemente o atroz uso da violência do governo sírio", disse Carney. "Deve haver um fim imediado à brutalidade", completou.
"No início desta semana, exigimos que o governo sírio exercesse a máxima moderação nas repressões", disse Carney.
MORTES
Ativistas e forças sírias mataram ao menos 28 pessoas em confrontos após as orações de sexta-feira, e milhares de civis fugiram da cidade para a Turquia, temendo uma vingança das forças de segurança pelos incidentes que deixaram 120 soldados mortos nesta semana.
Mas manifestantes refugiados na Turquia e ativistas de direitos humanos afirmaram que alguns soldados na região noroeste do país se recusaram a atirar contra os manifestantes e que houve confronto entre forças leais e forças rebeldes esta semana.
Um homem de 40 anos que fugiu para a Turquia vindo de Jisr al Shughour com uma bala na coxa também descreveu o motim nas fileiras sírias.
"Algumas das forças de segurança desertaram e alguns do Exército se recusaram a obedecer às ordens de seus superiores," afirmou ele. "Eles estavam atirando uns contra os outros."
Ativistas de direitos humanos divulgaram um vídeo do YouTube atribuído ao tenente-coronel Hussein Armoush dizendo que ele desertou com soldados para "se unir às fileiras das massas exigindo liberdade e democracia."
Fonte: Folha
0 comentários:
Postar um comentário