O ministro de Minas e Energia, Edison Lobão, afirmou ontem que o governo brasileiro está reavaliando a política de expansão do programa nuclear do País até 2030, que, por enquanto, resume-se às três usinas de Angra dos Reis, no Sul Fluminense. Ou seja, não há garantias de que as quatro novas usinas já anunciadas sairão do papel. Apesar da declaração, nos bastidores, o governo considera remota uma revisão dos planos.
Na última segunda-feira, a Alemanha – que tem quase 30% de seu consumo energético abastecido por usinas nucleares – anunciou que encerrará esse tipo de geração até 2022. A tecnologia alemã é a base de operação das usinas brasileiras.
“Nossa política de energia nuclear está mais ou menos circunscrita às duas térmicas existentes (Angra 1 e Angra 2) e, agora, à construção de Angra 3. Há previsão de mais quatro usinas, mas é uma previsão, dentro dos conceitos e da política energética do Brasil”, disse Lobão, após o anúncio do licenciamento da Usina de Belo Monte.
No planejamento energético brasileiro, existe a previsão de construção de quase uma dezena de hidrelétricas. No governo, há muitos defensores da matriz nuclear, devido ao progressivo encarecimento da energia hidrelétrica, por conta de custos ambientais e de distância, com a exploração do potencial da Amazônia, além da questão ecológica. Mas Lobão disse que o governo atua com cautela: “Essa previsão (de quatro novas usinas nucleares) está sendo reavaliada pelo Ministério de Minas e Energia e pelo Conselho Nacional de Política Energética. Não há decisão, ainda, da instalação de novas usinas”.
Lobão avalia que as usinas brasileiras estão entre as mais seguras do mundo. Mas admitiu que a reavaliação do plano nuclear brasileiro está ligada ao acidente nas plantas japonesas de Fukushima: “Após esse episódio no Japão, eu, como ministro, tomei a iniciativa de determinar uma avaliação da segurança das usinas nucleares, o que não quer dizer que se vai prosseguir ou não. Estamos num processo de reavaliação”.
Já o ministro de Ciência e Tecnologia, Aloizio Mercadante, afirmou que caberá à presidente Dilma Rousseff decidir se a política nuclear brasileira sofrerá ou não uma mudança de rumo. Ele disse que, hoje, uma das grandes dúvidas é saber como a Alemanha substituirá esse tipo de energia por fontes renováveis e não poluidoras: “É importante que fique claro qual a fonte a ser usada para substituir, na matriz energética mundial, a parcela de 19% da energia nuclear”.
Mercadante adiantou que o governo brasileiro já pensa em melhorar o sistema de segurança nas usinas em operação. O ministro reconheceu que “o mundo inteiro olha o cenário com muita preocupação”, mas enfatizou que ainda é prematuro fazer qualquer avaliação precisa.
Fonte: Jornal do Commercio
Na última segunda-feira, a Alemanha – que tem quase 30% de seu consumo energético abastecido por usinas nucleares – anunciou que encerrará esse tipo de geração até 2022. A tecnologia alemã é a base de operação das usinas brasileiras.
“Nossa política de energia nuclear está mais ou menos circunscrita às duas térmicas existentes (Angra 1 e Angra 2) e, agora, à construção de Angra 3. Há previsão de mais quatro usinas, mas é uma previsão, dentro dos conceitos e da política energética do Brasil”, disse Lobão, após o anúncio do licenciamento da Usina de Belo Monte.
No planejamento energético brasileiro, existe a previsão de construção de quase uma dezena de hidrelétricas. No governo, há muitos defensores da matriz nuclear, devido ao progressivo encarecimento da energia hidrelétrica, por conta de custos ambientais e de distância, com a exploração do potencial da Amazônia, além da questão ecológica. Mas Lobão disse que o governo atua com cautela: “Essa previsão (de quatro novas usinas nucleares) está sendo reavaliada pelo Ministério de Minas e Energia e pelo Conselho Nacional de Política Energética. Não há decisão, ainda, da instalação de novas usinas”.
Lobão avalia que as usinas brasileiras estão entre as mais seguras do mundo. Mas admitiu que a reavaliação do plano nuclear brasileiro está ligada ao acidente nas plantas japonesas de Fukushima: “Após esse episódio no Japão, eu, como ministro, tomei a iniciativa de determinar uma avaliação da segurança das usinas nucleares, o que não quer dizer que se vai prosseguir ou não. Estamos num processo de reavaliação”.
Já o ministro de Ciência e Tecnologia, Aloizio Mercadante, afirmou que caberá à presidente Dilma Rousseff decidir se a política nuclear brasileira sofrerá ou não uma mudança de rumo. Ele disse que, hoje, uma das grandes dúvidas é saber como a Alemanha substituirá esse tipo de energia por fontes renováveis e não poluidoras: “É importante que fique claro qual a fonte a ser usada para substituir, na matriz energética mundial, a parcela de 19% da energia nuclear”.
Mercadante adiantou que o governo brasileiro já pensa em melhorar o sistema de segurança nas usinas em operação. O ministro reconheceu que “o mundo inteiro olha o cenário com muita preocupação”, mas enfatizou que ainda é prematuro fazer qualquer avaliação precisa.
Fonte: Jornal do Commercio
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