segunda-feira, 13 de junho de 2011

Bombeiros têm apoio de servidores da educação e saúde em protesto



Servidores de diversas categoria do funcionalismo público estadual do Rio participam da passeata promovida pelos bombeiros na manhã deste domingo na orla da praia de Copacabana. Entre as categorias representadas estão professores, profissionais da área de saúde, agentes penitenciários e petroleiros.

"Viemos aqui para dar nossa solidariedade aos bombeiros e tentar obter visibilidade porque o governador parece que não nos enxerga", disse o professor de matemática Samuel Silva, de São João do Meriti, na Baixada Fluminense.

Os professores estaduais estão em greve desde quarta-feira (8). As principais reivindicações são um reajuste emergencial de 26% nos salários e a incorporação imediata de gratificações do programa Nova Escola --que estavam sendo integradas gradualmente aos salários, com previsão de término em 2015.

O piso da categoria é de R$ 765 para os professores em início de carreira, com carga semanal de 16 horas.

Segundo estimativa da Polícia Militar, 5.000 pessoas participam do protesto, que interdita as duas pistas da avenida avenida Atlântica. Os organizadores, entretanto, estimam que esse número seja muito maior.

Os manifestante colocaram 439 balões vermelhos com cruz branca na praia. A passeata teve início com a liberação dos balões simbolizando a soltura dos que estavam detidos. O grupo se reuniu em frente ao hotel Copacabana Palace e deve seguir por toda avenida Atlântica até o posto 6.

Na saída em passeata, o grupo cantava 'Eu sou bombeiro, com muito orgulho, com muito amor'. Ontem, representantes da categoria chegaram a convidar o governador Sérgio Cabral (PMDB) e o comandante da corporação e secretário de Defesa Civil, coronel Sérgio Simões, a participarem da manifestação.

Também está sendo feito neste domingo um abaixo-assinado defendendo a anistia administrativa e criminal do grupo. Na terça-feira (7), o deputado federal Alessandro Molon (PT) entregou um projeto de lei para favorecer a categoria.

DENÚNCIA À JUSTIÇA

Na sexta-feira, o Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro apresentou denúncia à Justiça contra os 429 bombeiros e dois policiais militares que participaram da ocupação do quartel central.

Os 431 presos foram denunciados por motim (artigo 149 do Código Penal Militar, pena de reclusão de 4 a 8 anos), danos em material de utilidade militar (pena de reclusão de até 6 anos) e danos a 12 carros da corporação (pena de reclusão de 2 a 10 anos).

GOVERNADOR

O governador do Rio, Sérgio Cabral (PMDB), está perdendo a batalha da opinião pública para o Corpo de Bombeiros. Os sinais de apoio aos bombeiros e de reprovação a Cabral se espalham das ruas às redes sociais.

Na internet, ele chegou a ser chamado de Sérgio Gaddafi, em referência ao ditador líbio. Também foi comparado o salário dos bombeiros para "salvar vidas" ao dado ao governador para "ferrar com nossa vida".

Nas ruas, os bombeiros fizeram das fitas vermelhas símbolo de apoio em antenas e retrovisores de carros.

Fonte: Folha
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2 comentários:

  1. É certo, mais do que certo, que o governador do Rio de Janeiro pisou na bola, Ele agiu com os bombeiros,da mesma maneira que o governo Serra em São Paulo agiu com os policiais civis, olha como esta desacreditado, politicamente errou.

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  2. Os bombeiros assim como qualquer categoria têm o direito de pedir melhoria salarial, ocorre que por servirem junto com a PM, sob regime militar, lhes é vetado o direto à greve. Nos últimos dias o que tenho visto no Rio é um circo. Uma categoria que vem sendo “doutrinada” por políticos faz meses, chega ao ponto de rasgar sua lei militar, invadir um quartel, ocupar e inutilizar viaturas.
    Ora, isso é inadmissível em um estado de direito. Imaginemos se médicos decidem fazer greve, invadir hospitais, furar pneu das ambulâncias e trancar as portas; E se um dia policiais em greve ocuparem os presídios e ameaçarem soltar os presos? Não obstante, teríamos ainda a possibilidade de Soldados do exército em greve, colocarem tanques para obstruir vias. Pergunto: Onde a sociedade vai parar? É esse o precedente que a sociedade deseja abrir com os bombeiros?
    Para que não corramos esse risco há uma legislação militar que rege as FFA, Bombeiros e a PM. Independente de qualquer pleito salarial, ela tem de ser respeitada. No momento em que a sociedade permitir que essa lei seja ignorada, estará pondo em risco sua própria ordem.

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