O ditador iemenita, Ali Abdullah Saleh, afirmou nesta sexta-feira que está disposto a se defender "por todos os meios" da oposição, que pede sua renúncia, um dia depois do pedido dos Estados Unidos para uma transição no país.
O governo dos Estados Unidos condenou na quinta-feira a violência das forças de segurança iemenitas e pediu uma transição "imediata" no país.
"Não permaneceremos com os braços cruzados diante dos que estão fora da lei", declarou o presidente, em referência à oposição, em um discurso diante de dezenas de milhares de partidários em Sanaa.
"O povo iemenita e suas Forças Armadas terão que defender suas instituições, seus bairros e seus povos. Nos defenderemos com todas as nossas forças e com todos os meios", advertiu Saleh.
Desde quarta-feira, 19 manifestantes contrários ao presidente morreram em Sanaa, Taez e outras cidades do país.
Ontem, pelo menos duas pessoas foram assassinadas e outras 26 ficaram feridas em novos protestos ocorridos nesta quinta-feira na cidade de Baida, a 260 km ao sul da capital Sanaa.
Um grupo de manifestantes tentou invadir um edifício do governista Partido do Congresso Geral Popular. As mortes aconteceram quando milicianos leais ao ditador abriram fogo contra os manifestantes.
Mesmo assim, armada com coquetéis molotv, a multidão conseguiu invadir e incendiar o prédio. Em Taiz, ao menos 19 manifestantes foram feridos à bala por policiais e militares. Eles faziam parte de um grupo de 5.000 pessoas que tentaram invadir um edifício do Ministério das Finanças.
MISSÃO DA ONU
O Alto Comissariado da ONU para os Direitos Humanos recebeu autorização para enviar uma missão para investigar as denúncias de violações durante a repressão a manifestantes da oposição, mas terá que aguardar até junho para enviar o grupo.
"Acompanhamos com preocupação as informações sobre abusos dos direitos humanos e assassinatos no Iêmen. Nossos especialistas trabalham para obter uma verificação independentes dos atos", disse o porta-voz do organismo, Rupert Colville, durante coletiva de imprensa.
"O Alto Comissariado recebeu uma confirmação por escrito da Embaixada do Iêmen ante à ONU em Genebra, a qual aponta que podemos realizar uma missão investigativa no país".
"No entanto, o governo iemenita sugeriu que a visita ocorra no final de junho. Gostaríamos de ir bem antes disso", afirmou Colville.
DIÁLOGO
Um mediador nomeado pelo CCG (Conselho de Cooperação do Golfo) tentará retomar o diálogo com Saleh, para negociar sua saída do poder.
Abdullatif al Zayani, secretário geral do CCG, viajará à capital Sanaa no próximo sábado e deve se encontrar com o ditador, segundo a agência de notícias Reuters.
O CCG é formado por Arábia Saudita, Emirados Árabes Unidos, Qatar, Bahrein, Kuait e Omã. Zayani havia estado no fim de semana passado no Iêmen, mas deixou o país depois que Saleh se negou a assinar um plano que previa sua saída do poder.
Na ocasião, membros do governo haviam dito que as negociações haviam avançado e o ditador estaria disposto a assinar o documento.
Saleh governa o país há 33 anos. O plano proposto pelo CCG para pôr fim à onda de protestos, que já fez mais de 160 vítimas fatais, prevê que Saleh saia do governo no prazo de um mês
O CCG divulgou na terça-feira um comunicado condenando a violência ocorrida no país nesta semana. "O secretário-geral pede que os lados retornem à iniciativa do Golfo para resolver a crise, uma vez que essa é a melhor saída para a trágica situação que o Iêmen está vivendo". O comunicado recebeu hoje o apoio do governo dos EUA.
Fonte: France Presse
O governo dos Estados Unidos condenou na quinta-feira a violência das forças de segurança iemenitas e pediu uma transição "imediata" no país.
"Não permaneceremos com os braços cruzados diante dos que estão fora da lei", declarou o presidente, em referência à oposição, em um discurso diante de dezenas de milhares de partidários em Sanaa.
"O povo iemenita e suas Forças Armadas terão que defender suas instituições, seus bairros e seus povos. Nos defenderemos com todas as nossas forças e com todos os meios", advertiu Saleh.
Desde quarta-feira, 19 manifestantes contrários ao presidente morreram em Sanaa, Taez e outras cidades do país.
Ontem, pelo menos duas pessoas foram assassinadas e outras 26 ficaram feridas em novos protestos ocorridos nesta quinta-feira na cidade de Baida, a 260 km ao sul da capital Sanaa.
Um grupo de manifestantes tentou invadir um edifício do governista Partido do Congresso Geral Popular. As mortes aconteceram quando milicianos leais ao ditador abriram fogo contra os manifestantes.
Mesmo assim, armada com coquetéis molotv, a multidão conseguiu invadir e incendiar o prédio. Em Taiz, ao menos 19 manifestantes foram feridos à bala por policiais e militares. Eles faziam parte de um grupo de 5.000 pessoas que tentaram invadir um edifício do Ministério das Finanças.
MISSÃO DA ONU
O Alto Comissariado da ONU para os Direitos Humanos recebeu autorização para enviar uma missão para investigar as denúncias de violações durante a repressão a manifestantes da oposição, mas terá que aguardar até junho para enviar o grupo.
"Acompanhamos com preocupação as informações sobre abusos dos direitos humanos e assassinatos no Iêmen. Nossos especialistas trabalham para obter uma verificação independentes dos atos", disse o porta-voz do organismo, Rupert Colville, durante coletiva de imprensa.
"O Alto Comissariado recebeu uma confirmação por escrito da Embaixada do Iêmen ante à ONU em Genebra, a qual aponta que podemos realizar uma missão investigativa no país".
"No entanto, o governo iemenita sugeriu que a visita ocorra no final de junho. Gostaríamos de ir bem antes disso", afirmou Colville.
DIÁLOGO
Um mediador nomeado pelo CCG (Conselho de Cooperação do Golfo) tentará retomar o diálogo com Saleh, para negociar sua saída do poder.
Abdullatif al Zayani, secretário geral do CCG, viajará à capital Sanaa no próximo sábado e deve se encontrar com o ditador, segundo a agência de notícias Reuters.
O CCG é formado por Arábia Saudita, Emirados Árabes Unidos, Qatar, Bahrein, Kuait e Omã. Zayani havia estado no fim de semana passado no Iêmen, mas deixou o país depois que Saleh se negou a assinar um plano que previa sua saída do poder.
Na ocasião, membros do governo haviam dito que as negociações haviam avançado e o ditador estaria disposto a assinar o documento.
Saleh governa o país há 33 anos. O plano proposto pelo CCG para pôr fim à onda de protestos, que já fez mais de 160 vítimas fatais, prevê que Saleh saia do governo no prazo de um mês
O CCG divulgou na terça-feira um comunicado condenando a violência ocorrida no país nesta semana. "O secretário-geral pede que os lados retornem à iniciativa do Golfo para resolver a crise, uma vez que essa é a melhor saída para a trágica situação que o Iêmen está vivendo". O comunicado recebeu hoje o apoio do governo dos EUA.
Fonte: France Presse
0 comentários:
Postar um comentário