Tanques e blindados sírios ocuparam na quarta-feira a cidade de Rastan, segundo testemunhas, gerando temores de mais uma repressão violenta aos protestos que desafiam o regime do ditador Bashar al Assad.
Moradores disseram que os veículos militares estavam se posicionando desde a manhã de quarta-feira no extremo norte de Rastan, que fica 20 quilômetros ao norte da cidade industrial de Homs.
A mobilização militar aconteceu depois de os moradores rejeitarem as exigências de um dirigente local do partido governista Baath para que centenas de homens fossem entregues às autoridades.
Moradores da cidade dizem que na sexta-feira as forças de segurança mataram 17 manifestantes, e um ativista informou que cerca de 50 membros do Baath renunciaram aos seus cargos.
Uma entidade síria de direitos humanos afirmou na terça-feira que centenas de pessoas foram indiciadas por "difamar o prestígio do Estado" ao longo das mais de seis semanas de protestos contra o regime autocrático de Assad, no poder há 11 anos. A acusação acarreta pena de três anos de prisão.
"Prisões em massa continuam acontecendo por toda a Síria, em mais uma violação dos direitos humanos e das convenções internacionais", disse Rami Abdelrahman, do Observatório Sírio dos Direitos Humanos.
VIOLÊNCIA
A repressão se intensificou quando uma unidade militar amparada por tanques, sob o comando de um irmão de Assad, chamado Daher, atacou o bairro antigo da cidade de Deraa, berço da rebelião síria, inspirada em outras revoltas ocorridas neste ano no mundo árabe.
A instabilidade na Síria pode ter sérias repercussões para seus vizinhos. O país, há décadas sob comando do partido Baath, mantém uma aliança com o Irã contra Israel, mas também um cessar-fogo estável com o Estado judeu desde a década de 1970.
Assad disse que o Exército encerrará "muito em breve" a sua missão em Deraa, segundo o jornal semioficial "Al Watan", que minimizou a rebelião na cidade e a reação militar, qualificada pelos EUA como "bárbara."
"Qualquer país do mundo pode estar sujeito a fatos como os de Deraa", disse Assad durante uma reunião com funcionários regionais, segundo transcrição publicada na quarta-feira pelo jornal.
O governo atribui a instabilidade a grupo armados e infiltradores, e os acusam de ter disparado contra civis e forças de segurança. Uma fonte militar disse à agência estatal de notícias Sana que soldados prenderam membros de um grupo terrorista em Deraa e encontraram armas e munições em porões e quintais.
Wissam Tarif, diretor-executivo da entidade de direitos humanos Insan, disse que 2.843 presos foram relatados por familiares, e que o número real pode chegar a 8.000.
Fonte: Reuters
Moradores disseram que os veículos militares estavam se posicionando desde a manhã de quarta-feira no extremo norte de Rastan, que fica 20 quilômetros ao norte da cidade industrial de Homs.
A mobilização militar aconteceu depois de os moradores rejeitarem as exigências de um dirigente local do partido governista Baath para que centenas de homens fossem entregues às autoridades.
Moradores da cidade dizem que na sexta-feira as forças de segurança mataram 17 manifestantes, e um ativista informou que cerca de 50 membros do Baath renunciaram aos seus cargos.
Uma entidade síria de direitos humanos afirmou na terça-feira que centenas de pessoas foram indiciadas por "difamar o prestígio do Estado" ao longo das mais de seis semanas de protestos contra o regime autocrático de Assad, no poder há 11 anos. A acusação acarreta pena de três anos de prisão.
"Prisões em massa continuam acontecendo por toda a Síria, em mais uma violação dos direitos humanos e das convenções internacionais", disse Rami Abdelrahman, do Observatório Sírio dos Direitos Humanos.
VIOLÊNCIA
A repressão se intensificou quando uma unidade militar amparada por tanques, sob o comando de um irmão de Assad, chamado Daher, atacou o bairro antigo da cidade de Deraa, berço da rebelião síria, inspirada em outras revoltas ocorridas neste ano no mundo árabe.
A instabilidade na Síria pode ter sérias repercussões para seus vizinhos. O país, há décadas sob comando do partido Baath, mantém uma aliança com o Irã contra Israel, mas também um cessar-fogo estável com o Estado judeu desde a década de 1970.
Assad disse que o Exército encerrará "muito em breve" a sua missão em Deraa, segundo o jornal semioficial "Al Watan", que minimizou a rebelião na cidade e a reação militar, qualificada pelos EUA como "bárbara."
"Qualquer país do mundo pode estar sujeito a fatos como os de Deraa", disse Assad durante uma reunião com funcionários regionais, segundo transcrição publicada na quarta-feira pelo jornal.
O governo atribui a instabilidade a grupo armados e infiltradores, e os acusam de ter disparado contra civis e forças de segurança. Uma fonte militar disse à agência estatal de notícias Sana que soldados prenderam membros de um grupo terrorista em Deraa e encontraram armas e munições em porões e quintais.
Wissam Tarif, diretor-executivo da entidade de direitos humanos Insan, disse que 2.843 presos foram relatados por familiares, e que o número real pode chegar a 8.000.
Fonte: Reuters
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