O Conselho Nacional de Transição (CNT), órgão político da rebelião líbia, afirmou neste sábado que a Itália aceitou fornecer armas para os rebeldes "em breve", para ajudá-los a combater as forças fiéis ao ditador Muamar Kadhafi.
"Eles vão nos fornecer armas, e nós vamos recebê-las muito em breve", declarou à imprensa o vice-presidente do CNT, Abdel Hafiz Ghoga.
Se confirmado, isso faria da Itália o primeiro país europeu a fornecer armas aos rebeldes, pouco treinados e mal armados, que lideram a luta contra Kadhafi desde o início do levante, em meados de fevereiro.
Ghoga afirmou que oficiais militares do conselho rebelde viajaram à Itália e chegaram a um acordo com autoridades para o fornecimento de armas. Ele não deu detalhes sobre quais armas serão disponibilizadas.
Em Roma, fontes do ministério das Relações Exteriores afirmaram que a Itália concordou em enviar "material de auto-defesa" para os rebeldes após os acordos alcançados em Doha no mês passado no âmbito da Resolução 1973 do Conselho de Segurança da ONU.
As autoridades afirmaram que não serão armas de assalto, mas não deram mais detalhes.
A Itália afirmou no mês passado que gostaria que a comunidade internacional considerasse o armamento de rebeldes sob a Resolução 1973, que autorizou a utilização de todos os meios para defender os civis.
A secretária americana de Estado, Hillary Clinton, e o primeiro-ministro britânico, David Cameron, disseram acreditar que as resoluções da ONU sobre a Líbia permitem armar os rebeldes.
Mas outros países da aliança da Otan que tentam impor uma zona de exclusão aérea sobre a Líbia se opuseram ao armamento dos rebeldes.
A Bélgica demonstrou sua reprovação e a Alemanha insistiu que não pode haver uma "solução militar" na Líbia.
França, Grã-Bretanha e Itália enviaram, cada um deles, um pequeno número de conselheiros militares para Benghazi para ajudar a organizar a força rebelde.
Fonte: France Presse
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