O Grupo de Contato sobre a Líbia estuda nesta quinta-feira a criação de um fundo especial para ajudar os rebeldes líbios que combatem as forças do ditador Muammar Gaddafi.
"Um forte apoio econômico é necessário", declarou o ministro de Relações da Itália, Franco Frattini, ao abrir os trabalhos na sede da chancelaria italiana.
"Sinto grande satisfação com o anúncio que vamos fazer hoje, sobre a criação de um fundo especial, com mecanismos temporários, que será transferido depois ao Conselho Nacional de Transição", disse, segundo o texto do discurso divulgado à imprensa.
Enquanto as batalhas pelo controle da Líbia parecem ter chegado a um impasse, se estendendo sem definição há semanas, o CNT apela para a coalizão de aliados comandada pela Otan (Organização do Tratado do Atlântico Norte) por empréstimos de até US$ 3 bilhões.
Mahmoud Shammam, porta-voz do órgão rebelde, reconhecido por Itália, França e Qatar, disse que os rebeldes precisam de US$ 1,5 bilhão em caráter de urgência.
"Nós precisamos disso para suprimentos médicos, alimento, para manter as funções mínimas de uma vida normal, eletricidade, hospitais, etc", disse na quarta-feira.
O dinheiro serviria também para financiar a administração rebelde criada sem financiamento e pagar os salários dos funcionários estatais, dos quais a maioria da população depende.
Apesar da resistência dos países aliados, o valor serviria ainda para ajudar a armar os rebeldes, que enfrentam um exército mais forte, mais bem equipado e mais preparado do lado de Gaddafi.
"Nós estaremos discutindo um mecanismo financeiro, nós estaremos discutindo outras formas de ajuda", disse a secretária de Estado americana, Hillary Clinton, em coletiva com Frattini.
"Eu estarei anunciando nossa assistência não letal [que exclui armamentos], então eu acho que há um esforço para atender com urgência os pedidos do CNT", disse.
A reunião em Roma tem a presença de 22 países e seis organizações internacionais ou regionais, entre elas a Organização da Conferência Islâmica, assim como observadores da União Africana e do Banco Mundial.
Entre as personalidades presentes estão o ministro inglês das Relações Exteriores, William Hague, e o chanceler francês Alain Juppé. O Grupo de Contato é integrado, entre outros, por Estados Unidos, Reino Unido, Jordânia e Marrocos, além da ONU, Liga Árabe e a Otan.
Fonte: Folha
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