O primeiro carregamento de petróleo para exportação saído de áreas controladas por rebeldes no leste da Líbia deve deixar o país nesta terça-feira.
Testemunhas afirmam que grupos de oposição do país planejam carregar um navio tanque, que irá atracar em um terminal perto de Tobruk, uma das principais cidades portuárias do leste país, perto da fronteira com o Egito.
A produção de petróleo do país, que é o terceiro maior exportador da África, está intermitente desde o início dos conflitos e foi interrompida após a intensificação dos combates e ataques da Otan (Organização do Tratado do Atlântico Norte), que chefia as operações militares na Líbia.
Antes dos conflitos, que começaram há dois meses, o país exportava 1,6 milhão de barris por dia.
Os combates entre as forças de oposição e o governo líbio continuam em diversas regiões do país, enquanto a coalizão ocidental tenta pôr em prática a resolução 1973 da ONU (Organização das Nações Unidas), que estabelece uma zona de exclusão aérea sobre a Líbia.
POTENCIAL EXPORTADOR
O navio-tanque deve atracar no terminal de exportação Marsa el Hariga, perto de Tobruk. Relatos ainda não confirmados dizem que o navio tem bandeira da Libéria e se chama Equator. Ele seria propriedade da empresa Dynacom Management, baseada na Grécia.
Segundo o jornal Lloyd's List, especializado em notícias sobre o comércio marítimo, cerca de 1 milhão de barris de petróleo deverão ser colocados no cargueiro e enviados para o Qatar.
O país do Golfo reconheceu os rebeldes líbios como o governo legítimo do país, e concordou em comercializar o petróleo de áreas controladas por forças de oposição.
A especialista Michelle Wiese Bockmann, do Lloyd's List, disse à BBC que o envio deste carregamento pode significar uma retomada das exportações líbias.
"O significado disso não é só que é o primeiro carregamento em 18 dias, mas e um sinal de que a Líbia está aberta ao comércio internacional. Isso vai mandar uma mensagem aos donos de navios-tanques", afirmou.
O petróleo bruto de alta qualidade vale cerca de US$ 100 milhões nos preços atuais, segundo Bockmann.
Ela disse ainda que, depois de deixar a Líbia, o petróleo deve ser vendido para países como a Itália, que já eram importantes compradores da produção do país africano.
Na última segunda-feira, o governo italiano reconheceu o conselho rebelde como representante legítimo do povo líbio.
Também na segunda-feira, oficiais da União Europeia esclareceram os termos das sanções ao país, dizendo que as exportações de petróleo serão permitidas, contanto que os lucros não sejam direcionados para Gaddafi ou para empresa estatal de petróleo.
O colapso das exportações na Líbia causou uma alta nos preços do petróleo no mundo. Na segunda-feira, eles atingiram o maior valor em dois anos e meio.
Fonte: BBC Brasil
Essa é a Razão para tudo isso, Petróleo!!!
ResponderExcluirQuanto aos outros ditadores aliados do Ocidente fazem o mesmo que o Kadafi fez, atirando em seu próprio povo, e eles o que farão, bombardearão como fizeram na Libia???
Esquece no mínimo continuarão apoiando estes ditadores assassinos em nome do petróleo!