quinta-feira, 7 de abril de 2011

Gigantes compram empresas de defesa

Apesar do corte nos gastos públicos, acabará saindo a Estratégia Nacional de Defesa, prevendo muitos bilhões de dólares para reequipamento de Marinha, Exército e Aeronáutica. Além dos cinco submarinos já autorizados, estão para sair 36 caças para a FAB e o Exército prepara melhoria - necessária - da defesa da Amazônia e das fronteiras terrestres. Com o pré-sal, a Marinha terá de dispor de uma frota especial para se impor na bilionária região. Em vista disso, estão acabando as pequenas empresas de defesa, todas de capital nacional. Elas estão sendo compradas por gigantes nacionais, como Embraer e Odebrecht, e por estrangeiras, como a francesa Thales, que é a antiga Thomson. A italiana Fiat agora produz equipamento bélico através da Iveco, em Minas Gerais. Nos últimos dias, foi dado mais um passo nesse sentido: a Odebrecht comprou a nacional Mectron, confirmando sua intenção de ser grande também no suprimento às Forças Armadas.

Comunicado revela que a Odebrecht Engenharia Industrial assumiu, dia 24 de março, o controle acionário da Mectron - Engenharia, Indústria e Comércio S/A. Na nova composição, o BNDES permanece como acionista, e quatro fundadores - Antonio Rogerio Salvador, Azhaury C. da Cunha, Carlos Alberto de Paiva Carvalho e Wagner Campos do Amaral - mantêm uma participação. Diz nota oficial: "Este negócio consolida uma importante ação estratégica tanto para a Mectron quanto para a Odebrecht, tendo em vista as diretrizes da Estratégia de Nacional de Defesa. A expectativa é de crescimento e de busca da dualidade do negócio, usando, de um lado, o conhecimento no mercado de defesa da Mectron e de outro, o consagrado modelo de empresariamento da Odebrecht".

No dia 12 de março do ano passado, esta coluna revelou o crescente interesse da gigante Odebrecht de participar da Estratégia Nacional de Defesa que, embora com os atrasos de sempre do governo federal, deverá significar investimento bilionário para Exército, Marinha e Aeronáutica. E gigantes nacionais, como Embraer e Odebrecht, e estrangeiros, como a francesa Thales, estão de olhos abertos para tais oportunidades. Nota de primeira página do MONITOR MERCANTIL, de 12 de março de 2010, afirmava: "Odebrecht mira em US$ 100 bilhões do Exército".

Dizia a coluna: "Informa-se que a Odebrecht estaria se unindo à Penta, para formação de um consórcio, chamado de Copa. O objetivo da Copa seria o de se tornar o principal contratante ("main contractor", na linguagem contratual internacional), do Exército, para seu reaparelhamento". A Mectron foi fundada em 1991 e atua como integradora de sistemas complexos para os mercados de defesa e aeroespacial, desenvolvendo e fabricando produtos de alta tecnologia e alto valor agregado, tanto para uso civil como militar.

Fonte: Monitor Mercantil
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2 comentários:

  1. A defesa nos próximos anos vai virar uma grande negoçio para as empresas Brasileiras

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  2. muitos falam que investir em exercito é perca de tempo...mas esquecem que se tivessemos empresas brasileira fortes nesse ramo teriamos geraçao de dinheiro exorbitantes por causa do alto valor das mercadorias e tabem geraçao de empregos.


    e sinceramente eu esperava que a russia ia ser a maior do BRIC mas agora vemos a china saindo na frente...nao podemos ficar pra tras!pra frente brasil!

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