O Oriente Médio e o Norte da África vivem crises políticas e sérios conflitos internos. A Líbia, país produtor de petróleo, está sob intervenção de forças internacionais. Avaliadas cientificamente as potencialidades do planeta quanto à produção de energia fóssil, cujas jazidas são finitas e um dia vão se esgotar, mundo afora há a preocupação com a busca de fontes alternativas. O cenário é favorável ao Brasil, que tem fartura de terras agricultáveis e bom clima para plantar cana-de-açúcar. Nos anos 1970, o país tentou emplacar o Proálcool, para reduzir a dependência das importações de petróleo, gerar emprego e renda e, mais tarde, exportar a tecnologia e o produto. Contava com o engajamento da comunidade científica internacional. Na fase de euforia do programa, nos anos 1980, o país chegou a ter mais de 80% da frota de veículos movida a álcool, quando houve picos de produção de 18 bilhões de litros de etanol por safra.
Mas a iniciativa não deu certo no primeiro momento. O sucesso só veio depois com políticas públicas incisivas, novas tecnologias, parceria com o setor privado e aval da população, que aprovou o carro a álcool, especialmente depois do lançamento do modelo flex, com boa economia para o dono. As vantagens que para o consumidor até há pouco eram claras, indiscutíveis, vêm sendo abaladas pelo que se desenha no momento, valendo a pena hoje abastecer mais com gasolina do que com álcool, embora o combustível fóssil esteja também com o preço elevado, em torno dos R$ 3, dependendo da região do país em que é comercializado. Para os produtores de etanol, a situação é claramente sazonal, debitando o problema às chuvas. Eles garantem que o preço vai baixar tão logo a safra de cana 2010/2011 comece a entrar nas usinas. Contudo, se não houver mudanças, a tendência representa um retrocesso, não apenas para consumidores que apostaram no etanol para economizar, mas igualmente para o país e para o meio ambiente, pois, quanto mais gasolina é utilizada, mais gases de efeito estufa são jogados na atmosfera.
Vale dizer que – apesar de estar jogando todas as fichas na exploração das megarreservas do pré-sal –, se quiser consolidar sua proposta de uma tecnologia limpa, renovável, viável e assumir a liderança de um mercado que está apenas dando os primeiros passos, o governo brasileiro precisa definir melhor seu papel em relação à questão. Não significa que tem de voltar a carregar o setor como fez no passado, mas apenas acompanhá-lo de perto, incentivá-lo, fiscalizá-lo, regulamentá-lo e, de preferência, reduzir os impostos (carga de 50%). Hoje, o presidente da Associação das Indústrias Sucroenergéticas de Minas Gerais, Luiz Custódio Cotta Martins, reúne a imprensa para falar sobre a estimativa da safra de cana-de-açúcar 2011/2012, diversificação da produção, redução dos investimentos no setor, devido à crise financeira mundial de 2008/2009, impactos do clima e preços do etanol (necessidades para competitividade frente à gasolina). A preocupação da entidade dos produtores de álcool mineiros procede.
A Empresa Brasileira de Aeronáutica (Embraer) acredita tanto no combustível nacional que acaba de lançar o modelo Ipanema, que fabrica há 40 anos para o setor agrícola, movido a etanol.
Fonte: Estado de Minas
Mas a iniciativa não deu certo no primeiro momento. O sucesso só veio depois com políticas públicas incisivas, novas tecnologias, parceria com o setor privado e aval da população, que aprovou o carro a álcool, especialmente depois do lançamento do modelo flex, com boa economia para o dono. As vantagens que para o consumidor até há pouco eram claras, indiscutíveis, vêm sendo abaladas pelo que se desenha no momento, valendo a pena hoje abastecer mais com gasolina do que com álcool, embora o combustível fóssil esteja também com o preço elevado, em torno dos R$ 3, dependendo da região do país em que é comercializado. Para os produtores de etanol, a situação é claramente sazonal, debitando o problema às chuvas. Eles garantem que o preço vai baixar tão logo a safra de cana 2010/2011 comece a entrar nas usinas. Contudo, se não houver mudanças, a tendência representa um retrocesso, não apenas para consumidores que apostaram no etanol para economizar, mas igualmente para o país e para o meio ambiente, pois, quanto mais gasolina é utilizada, mais gases de efeito estufa são jogados na atmosfera.
Vale dizer que – apesar de estar jogando todas as fichas na exploração das megarreservas do pré-sal –, se quiser consolidar sua proposta de uma tecnologia limpa, renovável, viável e assumir a liderança de um mercado que está apenas dando os primeiros passos, o governo brasileiro precisa definir melhor seu papel em relação à questão. Não significa que tem de voltar a carregar o setor como fez no passado, mas apenas acompanhá-lo de perto, incentivá-lo, fiscalizá-lo, regulamentá-lo e, de preferência, reduzir os impostos (carga de 50%). Hoje, o presidente da Associação das Indústrias Sucroenergéticas de Minas Gerais, Luiz Custódio Cotta Martins, reúne a imprensa para falar sobre a estimativa da safra de cana-de-açúcar 2011/2012, diversificação da produção, redução dos investimentos no setor, devido à crise financeira mundial de 2008/2009, impactos do clima e preços do etanol (necessidades para competitividade frente à gasolina). A preocupação da entidade dos produtores de álcool mineiros procede.
A Empresa Brasileira de Aeronáutica (Embraer) acredita tanto no combustível nacional que acaba de lançar o modelo Ipanema, que fabrica há 40 anos para o setor agrícola, movido a etanol.
Fonte: Estado de Minas
0 comentários:
Postar um comentário