Pressionada pela movimentação de concorrentes, a Embraer inicia hoje a expansão de sua área de defesa. A empresa paulista anunciará a compra da divisão de radares da Orbisat.
As vendas de equipamento de defesa, concentradas em aviões, somaram R$ 1,2 bilhão na carteira da Embraer no ano passado. Com a compra da Orbisat e a negociação pelo controle da empresa de eletrônica Atech, a Embraer visa diversificar seu portfólio de produtos militares e de segurança.
A Embraer Segurança e Defesa fechou nesta terça-feira a compra de 64,7 por cento da divisão de radares da Orbisat da Amazônia por 28,5 milhões de reais.
A Orbisat negocia atualmente contratos com a Força Aérea e a Marinha para o desenvolvimento e a produção de sistemas de monitoramento integrados, semelhantes aos que já tem com o Exército.
"A sinergia proveniente desta aquisição trará soluções importantes para o desenvolvimento e a fabricação de sistemas de monitoramento e de defesa antiaérea a nível internacional", disse Luiz Carlos Aguiar, presidente da Embraer Defesa e Segurança, em comunicado divulgado pela empresa.
De acordo com o comunicado, o faturamento estimado da Orbisat para este ano é de 50 milhões de reais, e a companhia tem 150 empregados.
Com a concretização da transação, a primeira da recém-criada divisão de Defesa da Embraer, a Orbisat será dividida em duas empresas. Uma, com foco em radares,que ficará sob controle da Embraer Defesa e Segurança, e a segunda, concentrada em equipamentos eletrônicos, como a linha de produtos como receptores de TV por satélite que seguirá sob comando dos atuais proprietários.
O negócio está sujeito a análise do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade).
A empresa já trabalha para as Forças Armadas e tem pronto um radar de vigilância, o Saber, que foi desenvolvido em conjunto com o Exército, com o objetivo de equipar o sistema de controle de fronteiras.
O projeto de R$ 10 bilhões deve ser implementado nos próximos anos, e, assim, a Embraer se posiciona para disputá-lo. A Marinha também tem plano semelhante.
Além disso, a Embraer pretende usar o radar como parte de um sistema de defesa antiaérea a ser oferecido também ao Exército. Na Copa-2014 e na Olimpíada-2016, estádios precisam, por normas internacionais, ser protegidos por baterias de mísseis contra eventuais ameaças terroristas.
EXPANSÃO DO SETOR
A jogada da Embraer, cujos planos de diversificação incluem estudos até para construir trem-bala, tem razão de ser. Desde o ano passado, quando novas leis promoveram o arcabouço jurídico para a indústria bélica nacional, o setor assiste a sua maior movimentação desde a ditadura militar.
A gigante aeroespacial europeia EADS, por meio de seu braço de defesa chamado Cassidian, associou-se à empreiteira brasileira Odebrecht, e o primeiro alvo da dupla é a aquisição da fabricante de mísseis Mectron.
A Odebrecht já tem um bilionário subcontrato do programa de submarinos da Marinha, tendo sido escolhida pela francesa DCNS para construir um novo estaleiro.
O novo submarino convencional terá quatro unidades montadas no Brasil e servirá de base para um modelo de propulsão nuclear.
Fonte: Folha / Exame
As vendas de equipamento de defesa, concentradas em aviões, somaram R$ 1,2 bilhão na carteira da Embraer no ano passado. Com a compra da Orbisat e a negociação pelo controle da empresa de eletrônica Atech, a Embraer visa diversificar seu portfólio de produtos militares e de segurança.
A Embraer Segurança e Defesa fechou nesta terça-feira a compra de 64,7 por cento da divisão de radares da Orbisat da Amazônia por 28,5 milhões de reais.
A Orbisat negocia atualmente contratos com a Força Aérea e a Marinha para o desenvolvimento e a produção de sistemas de monitoramento integrados, semelhantes aos que já tem com o Exército.
"A sinergia proveniente desta aquisição trará soluções importantes para o desenvolvimento e a fabricação de sistemas de monitoramento e de defesa antiaérea a nível internacional", disse Luiz Carlos Aguiar, presidente da Embraer Defesa e Segurança, em comunicado divulgado pela empresa.
De acordo com o comunicado, o faturamento estimado da Orbisat para este ano é de 50 milhões de reais, e a companhia tem 150 empregados.
Com a concretização da transação, a primeira da recém-criada divisão de Defesa da Embraer, a Orbisat será dividida em duas empresas. Uma, com foco em radares,que ficará sob controle da Embraer Defesa e Segurança, e a segunda, concentrada em equipamentos eletrônicos, como a linha de produtos como receptores de TV por satélite que seguirá sob comando dos atuais proprietários.
O negócio está sujeito a análise do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade).
A empresa já trabalha para as Forças Armadas e tem pronto um radar de vigilância, o Saber, que foi desenvolvido em conjunto com o Exército, com o objetivo de equipar o sistema de controle de fronteiras.
O projeto de R$ 10 bilhões deve ser implementado nos próximos anos, e, assim, a Embraer se posiciona para disputá-lo. A Marinha também tem plano semelhante.
Além disso, a Embraer pretende usar o radar como parte de um sistema de defesa antiaérea a ser oferecido também ao Exército. Na Copa-2014 e na Olimpíada-2016, estádios precisam, por normas internacionais, ser protegidos por baterias de mísseis contra eventuais ameaças terroristas.
EXPANSÃO DO SETOR
A jogada da Embraer, cujos planos de diversificação incluem estudos até para construir trem-bala, tem razão de ser. Desde o ano passado, quando novas leis promoveram o arcabouço jurídico para a indústria bélica nacional, o setor assiste a sua maior movimentação desde a ditadura militar.
A gigante aeroespacial europeia EADS, por meio de seu braço de defesa chamado Cassidian, associou-se à empreiteira brasileira Odebrecht, e o primeiro alvo da dupla é a aquisição da fabricante de mísseis Mectron.
A Odebrecht já tem um bilionário subcontrato do programa de submarinos da Marinha, tendo sido escolhida pela francesa DCNS para construir um novo estaleiro.
O novo submarino convencional terá quatro unidades montadas no Brasil e servirá de base para um modelo de propulsão nuclear.
Fonte: Folha / Exame
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