O governo brasileiro pretende usar o reconhecimento da China como economia de mercado como um trunfo na negociação comercial com o país asiático.
A Folha apurou que a ratificação desse status será posta na mesa na hora de discutir, por exemplo, a compra de aviões da Embraer. A empresa estuda fechar sua fábrica no país por causa da falta de encomendas. Também farão parte da barganha a abertura do mercado chinês para os produtos brasileiros, a redução de barreiras comerciais, e acordos de cooperação para o desenvolvimento de tecnologias, em especial de satélites e aviões.
Como mostrou a Folha na edição de ontem, o governo chinês classificou como "lamentável" o atraso em ratificar o país asiático como economia de mercado.
Em 2004, o Brasil assinou acordo em que reconhece o status, mas não tem validade sem a assinatura da Camex (Câmara de Comércio Exterior), formada pelos ministérios das áreas econômica e internacional.
Reconhecer o gigante asiático como economia de mercado pode trazer prejuízos para setores da indústria que hoje estão protegidos por ações de defesa comercial de antidumping. Atualmente, o Brasil usa preços em outros mercados como ponto de referência para determinar se os produtos são vendidos no Brasil por um valor desleal.
Ao assinar o status, o governo terá que levar em conta os preços internos da China, mais baixos que na Europa e nos Estados Unidos, por exemplo. Com isso, algumas medidas de proteção comercial terão que ser retiradas.
O governo também estuda medidas para conter o avanço das importações chinesas.
Uma ideia é exigir que produtos vindos do exterior apresentem certificados de qualidade no ato do pedido de licença de importação. E a fiscalização da qualidade dos produtos será feita na alfândega e não mais na loja.
O Inmetro prepara também a exigência de certificação para eletroeletrônicos e autopeças, a serem aplicados ainda no primeiro semestre deste ano.
Fonte: Folha
A Folha apurou que a ratificação desse status será posta na mesa na hora de discutir, por exemplo, a compra de aviões da Embraer. A empresa estuda fechar sua fábrica no país por causa da falta de encomendas. Também farão parte da barganha a abertura do mercado chinês para os produtos brasileiros, a redução de barreiras comerciais, e acordos de cooperação para o desenvolvimento de tecnologias, em especial de satélites e aviões.
Como mostrou a Folha na edição de ontem, o governo chinês classificou como "lamentável" o atraso em ratificar o país asiático como economia de mercado.
Em 2004, o Brasil assinou acordo em que reconhece o status, mas não tem validade sem a assinatura da Camex (Câmara de Comércio Exterior), formada pelos ministérios das áreas econômica e internacional.
Reconhecer o gigante asiático como economia de mercado pode trazer prejuízos para setores da indústria que hoje estão protegidos por ações de defesa comercial de antidumping. Atualmente, o Brasil usa preços em outros mercados como ponto de referência para determinar se os produtos são vendidos no Brasil por um valor desleal.
Ao assinar o status, o governo terá que levar em conta os preços internos da China, mais baixos que na Europa e nos Estados Unidos, por exemplo. Com isso, algumas medidas de proteção comercial terão que ser retiradas.
O governo também estuda medidas para conter o avanço das importações chinesas.
Uma ideia é exigir que produtos vindos do exterior apresentem certificados de qualidade no ato do pedido de licença de importação. E a fiscalização da qualidade dos produtos será feita na alfândega e não mais na loja.
O Inmetro prepara também a exigência de certificação para eletroeletrônicos e autopeças, a serem aplicados ainda no primeiro semestre deste ano.
Fonte: Folha
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