sexta-feira, 18 de março de 2011

Otan acelera planejamento para eventual operação na Líbia


.A Otan está agilizando o planejamento para uma eventual participação em uma intervenção militar internacional na Líbia, afirmou nesta sexta-feira um oficial da Aliança Atlântica.

A decisão foi tomada pelos embaixadores dos 28 países membros da Otan em Bruxelas, depois que o Conselho de Segurança da ONU aprovou o uso da força contra o ditador líbio Muamar Kadhafi, incluindo a imposição de uma zona de exclusão aérea.

"Concordamos em acelerar o planejamento" militar nos próximos dias, indicou este oficial, que pediu o anonimato, destacando que a Aliança Atlântica, dividida desde o princípio da crise líbia sobre a maneira atuar neste caso, ainda não decidiu se intervirá no país.

As forças britânicas participarão na operação internacional na Líbia com aviões de combate Tornado e Typhoon, que chegarão nas próximas horas a bases de onde poderão decolar, anunciou o primeiro-ministro britânico, David Cameron.

"Nossas forças se unirão a uma operação internacional para aplicar a resolução se (Muamar) Kadhafi não cumprir com a demanda de acabar com os ataques contra os civis", disse Cameron no Parlamento.

"Utilizaremos Tornado e Typhoon, assim como aviões de reabastecimento e vigilância. Os preparativos para mobilizá-los já começaram e nas próximas horas seguirão para bases aéreas das quais poderão executar a ação necessária", completou.

O anúncio foi feito um dia depois do Conselho de Segurança da ONU ter aprovado uma resolução que autoriza a adoção de "todas as medidas necessárias" para proteger os civis e impor um cessar-fogo ao Exército líbio, incluindo ataques aéreos, mas o texto destaca que não se trata de ocupação militar.

Os ataques contra a Líbia autorizados pela ONU acontecerão rapidamente e os militares franceses participarão nas ações, anunciou o porta-voz do governo da França, François Baroin.

"Os ataques acontecerão rapidamente", declarou Baroin, que no entanto se negou a revelar quando, como e os alvos das ações.

"A intervenção não é uma ocupação do território líbio, e sim um dispositivo de índole militar para proteger o povo líbio e permitir que coroe seu impulso de liberdade e, portanto, a queda do regime de Kadhafi", acrescentou.

"Os franceses, que estiveram na vanguarda deste pedido (de intervenção) serão naturalmente coerentes com a intervenção militar e, portanto, participarão na operação".

O Conselho de Segurança da ONU aprovou na quinta-feira uma resolução que permite "todas as medidas necessárias" para proteger áreas civis e exige um cessar-fogo de Muamar Kadhafi, que anunciou uma ofensiva militar contra Benghazi, a principal cidade dos rebeldes.

Os governos do Qatar e da Noruega anunciaram na manhã desta sexta-feira que participarão nas operações internacionais, que incluem a implementação de uma zona de exclusão aérea.

Para o ministro alemão das Relações Exteriores, Guido Westerwelle, uma intervenção militar na Líbia implica em "riscos e perigos consideráveis" e nenhum soldado alemão participará disto, ao justificar esta sexta-feira a abstenção de seu país na votação do Conselho de Segurança da ONU.

"Estamos evidentemente céticos sobre a intervenção militar (...) prevista nesta resolução (da ONU). Ela implica em riscos e perigos consideráveis, e por este motivo não pudemos aprovar esta parte do texto", revelou Westerwelle em um comunicado.

"Os soldados alemães não participarão de uma intervenção militar na Líbia".

O Conselho de Segurança aprovou hoje uma resolução que permite "todas as medidas necessárias para proteger áreas civis sob a ameaça de ataques" de tropas do líder líbio, Muammar Khadafi, incluindo o estabelecimento de uma zona de exclusão aérea na Líbia.

O texto exclui "uma força estrangeira de ocupação sob qualquer forma e em qualquer parte do território líbio".

Fonte: AFP
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