A atual crise política na Líbia toma as capas dos principais jornais e as manchetes dos sites das agências internacionais de notícias como o último dos dominós da revolta que tem atingido o Oriente Médio e derrubado governos. A crise teve inicio na Tunísia, se alastrando pelo Egito com a derrubada de Hosni Mubarak.
As manifestações foram controladas de formas distintas em cada país, em geral com o uso das forças armadas, como se deu no Egito, Bahrein, Iêmen, Kuwait e Líbia. Tendo no último atingido proporções as quais podemos classificar como insurreição ou guerra civil.
O mundo, em especial Europa e EUA, acompanham de perto a crise que tende a resultar em uma crise do petróleo sem precedentes. Tais manifestações e insurreições que tem atingido as principais nações petrolíferas, resultará na redução da oferta de petróleo no mercado global, aumentando drasticamente o valor deste líquido tão importante ao mundo moderno e comprometendo o abastecimento do mercado.
Neste artigo quero atentar para um fator importante que podemos notar se observarmos atentamente aos fatos e abrir a nossa visão dos conflitos que tomaram a região, assim podemos notar a posição do ocidente frente as mudanças que vem se sucedendo na região mais “explosiva” do planeta.
Todos que estão acompanhando a dita “Revolta Árabe”, como tem sido denominada pela grande mídia, hão de concordar que em todos os estados atingidos pela onda revoltosa reagiram de forma enérgica, muitas vezes claramente desrespeitando os direitos humanos, mas em muitos casos sendo ignorados pelos “atores” da cena internacional, e ignorados ou com notícias deturpadas pela mídia controlada pelos interesses obscuros do mercado.
Como pudemos acompanhar, mesmo que com muita restrição as informações reais, no Bahrein e Iêmen, nações com governos alinhados aos interesses dos EUA e seus aliados, houve abusos no uso da força contra os manifestantes.
Agora peço que o leitor tenha sua atenção voltada para a crise na Líbia, país que tem enfrentado uma verdadeira “guerra civil”. Atentem para um fato interessante, a Líbia vive sob um regime ditatorial, onde Muammar Kadhafi governa a décadas com mão de ferro, sendo uma das principais reservas de petróleo que abastece a Europa. O foco principal da revolta não é a democracia como tem a mídia mundial alardeado, e anunciado por líderes mundiais como o presidente francês. Mas o foco é tomar o poder e deter o controle sobre os ricos campos petrolíferos.
A repressão severa de Kadhafi contra seus opositores tem levantado contra si a opinião mundial, em parte devido ao interesse Europeu de se apossar das riquezas desta nação através da instalação de um governo fantoche, tendo assim controle sobre as reservas essenciais á sua industria e sociedade. Algo muito similar ao que foi perpetrado por Bush no Iraque e Afeganistão sob a alegação de guerra contra o terror e a libertação do Iraque, ao que como resultado vemos o controle da riquezas daquele Estado árabe por gigantes do petróleo dos EUA e seus aliados, enquanto o país segue desestabilizado e com governo fraco e sem expressão, incapaz de manter a ordem dentro do país e assegurar ao povo iraquiano a dita liberdade e desenvolvimento prometidos.
O leitor deve estar se perguntando onde pretendo chegar. Bem o que eu quero demonstrar é a diferença com a qual as questões são tratadas no Oriente Médio e Norte da África, algo que acentua cada dia mais a instabilidade regional. Enquanto governos alinhados aos interesses corporativistas dos EUA e Europa reprimem de forma desproporcional qualquer forma de oposição ao governo, com uso em larga escala de meios militares de maneira a desrespeitar os direitos humanos, causando a morte de muitos inocentes, tem esses fatos suprimidos pela grande mídia e ignorados pelos detentores das cadeiras do conselho de segurança da ONU devido ao interesse próprio em manutenir estes governos fantoches.
Quando nos deparamos com o caso Líbio notamos claramente o apoio internacional a este conflito, claro que com o óbvio objetivo de derrubar o governo para instalar em seu lugar novos fantoches, assim possibilitando o controle maior do mercado do petróleo. Neste conflito é claro o apoio maciço da grande mídia, onde muitas informações nos chegam deturpadas ou são inverídicas, afim de manipular a nossa percepção dos fatos que se desenrolam com aquele conflito civil que tomou aquela nação.
Curiosamente, os "rebeldes" no Iêmen não são referidos como "revolucionários", mas "terroristas": O Departamento de Estado elevou o nível de ameaça de segurança para o país para "extremamente elevado devido a actividades terroristas e distúrbios civis". É interessante que o presidente Ali Abdullah Saleh, o amigo de Washington, prometeu defender o seu Governo contra os rebeldes "com cada gota de sangue", mas ninguém o repreende. Onde estão os direitos humanos? Onde estão os apelos para ele "renunciar"?
É interessante que, na Líbia e para os que governam a Líbia, as coisas são tão completa e totalmente diferentes. Mais interessante foi que as fronteiras a Leste e no Ocidente foram segurados na Tunísia e no Egito antes dos distúrbios eclodirem, fronteiras que permitiram o envio de equipamento e material humano aos “rebeldes”, é interessante que já foram capturadas equipes de forças especiais da OTAN dentro da Líbia, sendo uma da Marinha Holandesa e Forças SAS britânicas infiltrados no território líbio.
O que a mídia esquece de divulgar são os números obtidos na Líbia em relação ao desenvolvimento desta nação. A Líbia possui a maior expectativa de vida no continente africano, que a o governo Líbio distribui as riquezas do petróleo ao povo para combater desta forma a corrupção no governo, aboliu os impostos sobre os alimentos, possui o maior coeficiênte referente ao poder de compra no continente, a menos taxa de mortalidade infantil, a baixa taxa de pobreza, dentre tantos números ignorados pela mídia mundial.
O que ocorre é o claro e velho conceito de “Um peso e duas medidas”, afinal os interesses selvagens do capitalismo neo-liberal devem estar em primeiro lugar sempre, mesmo que para isso tenham que destruir Estados e ceifar centenas de vidas inocentes.
Tirem suas próprias conclusões e deixem aqui sua opinião, pois sua participação é muito importa para nós.
Angelo D. Nicolaci
Editor GeoPolítica Brasil
As manifestações foram controladas de formas distintas em cada país, em geral com o uso das forças armadas, como se deu no Egito, Bahrein, Iêmen, Kuwait e Líbia. Tendo no último atingido proporções as quais podemos classificar como insurreição ou guerra civil.
O mundo, em especial Europa e EUA, acompanham de perto a crise que tende a resultar em uma crise do petróleo sem precedentes. Tais manifestações e insurreições que tem atingido as principais nações petrolíferas, resultará na redução da oferta de petróleo no mercado global, aumentando drasticamente o valor deste líquido tão importante ao mundo moderno e comprometendo o abastecimento do mercado.
Neste artigo quero atentar para um fator importante que podemos notar se observarmos atentamente aos fatos e abrir a nossa visão dos conflitos que tomaram a região, assim podemos notar a posição do ocidente frente as mudanças que vem se sucedendo na região mais “explosiva” do planeta.
Todos que estão acompanhando a dita “Revolta Árabe”, como tem sido denominada pela grande mídia, hão de concordar que em todos os estados atingidos pela onda revoltosa reagiram de forma enérgica, muitas vezes claramente desrespeitando os direitos humanos, mas em muitos casos sendo ignorados pelos “atores” da cena internacional, e ignorados ou com notícias deturpadas pela mídia controlada pelos interesses obscuros do mercado.
Como pudemos acompanhar, mesmo que com muita restrição as informações reais, no Bahrein e Iêmen, nações com governos alinhados aos interesses dos EUA e seus aliados, houve abusos no uso da força contra os manifestantes.
Agora peço que o leitor tenha sua atenção voltada para a crise na Líbia, país que tem enfrentado uma verdadeira “guerra civil”. Atentem para um fato interessante, a Líbia vive sob um regime ditatorial, onde Muammar Kadhafi governa a décadas com mão de ferro, sendo uma das principais reservas de petróleo que abastece a Europa. O foco principal da revolta não é a democracia como tem a mídia mundial alardeado, e anunciado por líderes mundiais como o presidente francês. Mas o foco é tomar o poder e deter o controle sobre os ricos campos petrolíferos.
A repressão severa de Kadhafi contra seus opositores tem levantado contra si a opinião mundial, em parte devido ao interesse Europeu de se apossar das riquezas desta nação através da instalação de um governo fantoche, tendo assim controle sobre as reservas essenciais á sua industria e sociedade. Algo muito similar ao que foi perpetrado por Bush no Iraque e Afeganistão sob a alegação de guerra contra o terror e a libertação do Iraque, ao que como resultado vemos o controle da riquezas daquele Estado árabe por gigantes do petróleo dos EUA e seus aliados, enquanto o país segue desestabilizado e com governo fraco e sem expressão, incapaz de manter a ordem dentro do país e assegurar ao povo iraquiano a dita liberdade e desenvolvimento prometidos.
O leitor deve estar se perguntando onde pretendo chegar. Bem o que eu quero demonstrar é a diferença com a qual as questões são tratadas no Oriente Médio e Norte da África, algo que acentua cada dia mais a instabilidade regional. Enquanto governos alinhados aos interesses corporativistas dos EUA e Europa reprimem de forma desproporcional qualquer forma de oposição ao governo, com uso em larga escala de meios militares de maneira a desrespeitar os direitos humanos, causando a morte de muitos inocentes, tem esses fatos suprimidos pela grande mídia e ignorados pelos detentores das cadeiras do conselho de segurança da ONU devido ao interesse próprio em manutenir estes governos fantoches.
Quando nos deparamos com o caso Líbio notamos claramente o apoio internacional a este conflito, claro que com o óbvio objetivo de derrubar o governo para instalar em seu lugar novos fantoches, assim possibilitando o controle maior do mercado do petróleo. Neste conflito é claro o apoio maciço da grande mídia, onde muitas informações nos chegam deturpadas ou são inverídicas, afim de manipular a nossa percepção dos fatos que se desenrolam com aquele conflito civil que tomou aquela nação.
Curiosamente, os "rebeldes" no Iêmen não são referidos como "revolucionários", mas "terroristas": O Departamento de Estado elevou o nível de ameaça de segurança para o país para "extremamente elevado devido a actividades terroristas e distúrbios civis". É interessante que o presidente Ali Abdullah Saleh, o amigo de Washington, prometeu defender o seu Governo contra os rebeldes "com cada gota de sangue", mas ninguém o repreende. Onde estão os direitos humanos? Onde estão os apelos para ele "renunciar"?
É interessante que, na Líbia e para os que governam a Líbia, as coisas são tão completa e totalmente diferentes. Mais interessante foi que as fronteiras a Leste e no Ocidente foram segurados na Tunísia e no Egito antes dos distúrbios eclodirem, fronteiras que permitiram o envio de equipamento e material humano aos “rebeldes”, é interessante que já foram capturadas equipes de forças especiais da OTAN dentro da Líbia, sendo uma da Marinha Holandesa e Forças SAS britânicas infiltrados no território líbio.
O que a mídia esquece de divulgar são os números obtidos na Líbia em relação ao desenvolvimento desta nação. A Líbia possui a maior expectativa de vida no continente africano, que a o governo Líbio distribui as riquezas do petróleo ao povo para combater desta forma a corrupção no governo, aboliu os impostos sobre os alimentos, possui o maior coeficiênte referente ao poder de compra no continente, a menos taxa de mortalidade infantil, a baixa taxa de pobreza, dentre tantos números ignorados pela mídia mundial.
O que ocorre é o claro e velho conceito de “Um peso e duas medidas”, afinal os interesses selvagens do capitalismo neo-liberal devem estar em primeiro lugar sempre, mesmo que para isso tenham que destruir Estados e ceifar centenas de vidas inocentes.
Tirem suas próprias conclusões e deixem aqui sua opinião, pois sua participação é muito importa para nós.
Angelo D. Nicolaci
Editor GeoPolítica Brasil
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