Aos gritos de "abaixo o rei Hamad", milhares de barenitas participaram nesta sexta-feira do enterro de um ativista morto na repressão aos protestos da maioria xiita no país, que elevaram o grau de tensão na principal região exportadora de petróleo do mundo.
Um cortejo carregando fotos do ativista Ahmed Farhan, assassinado na quarta-feira, acompanhou o carro que levava o caixão dele, coberto por uma bandeira.
Não havia presença ostensiva das forças de segurança, mas um helicóptero sobrevoava a área. Não estava claro se a polícia iria dispersar os acompanhantes, já que reuniões públicas foram proibidas no Barein.
"Essa é uma grande perda (...). Eles podem dizer o que quiserem sobre nós, mas não somos violentos. Nunca usamos a violência", disse Hasan Ali Yousif, que passou mais de dois anos preso com Farhan, morto aos 30 anos. "Eles podem silenciar esta geração, mas outra se erguerá exigindo vingança por causa do sangue que foi derramado agora."
O Barein nos últimos dias prendeu sete líderes da oposição e dispersou os manifestantes que passaram semanas acampados numa praça, exigindo a democratização do país e queixando-se de discriminação da monarquia sunita contra a maioria xiita.
O pequeno emirado declarou lei marcial para conter os protestos, e pediu ajuda militar da vizinha Arábia Saudita, que enviou cerca de mil soldados. Os Emirados Árabes Unidos enviaram 500 policiais.
Três manifestantes morreram durante a ação para dispersar o protesto. Três policias também foram mortos, atropelados por carros guiados em alta velocidade por manifestantes.
O xeique Issa Qassim, mais influente clérigo xiita do Barein, disse em seu sermão de sexta-feira que as tropas de países do Golfo teriam maior serventia ajudando os palestinos em Gaza em vez de ocuparem o Barein.
"A violência das autoridades criou uma ferida profunda, ampla e perigosa entre o governo e o povo", advertiu.
"O governo quer nos curvar para abrirmos mão dos nossos apelos por reformas substanciais e significativas, mas nunca irá nos curvar. Eles podem usar tanques e aviões para destruir nossos corpos, mas nunca destruirão a nossa alma e nossa vontade de reformas."
Nenhum soldado ou policial era visto em meio aos milhares de fiéis que permaneceram no lado de fora mesquita Draz após sermão de Qassim. A multidão exigia a retirada das tropas estrangeiras e prometia combater o "regime corrupto e opressor".
O protesto durou menos de meia hora, e em seguida os fiéis se dispersaram para assistir ao funeral.
Mostrando o seu desejo de evitar mais violência, o maior partido xiita do país, o moderado Wefaq, disse a seus seguidores por mensagem de texto para não provocarem a polícia e não usarem palavras de ordem que ofendam a realeza.
Fonte: Reuters
Um cortejo carregando fotos do ativista Ahmed Farhan, assassinado na quarta-feira, acompanhou o carro que levava o caixão dele, coberto por uma bandeira.
Não havia presença ostensiva das forças de segurança, mas um helicóptero sobrevoava a área. Não estava claro se a polícia iria dispersar os acompanhantes, já que reuniões públicas foram proibidas no Barein.
"Essa é uma grande perda (...). Eles podem dizer o que quiserem sobre nós, mas não somos violentos. Nunca usamos a violência", disse Hasan Ali Yousif, que passou mais de dois anos preso com Farhan, morto aos 30 anos. "Eles podem silenciar esta geração, mas outra se erguerá exigindo vingança por causa do sangue que foi derramado agora."
O Barein nos últimos dias prendeu sete líderes da oposição e dispersou os manifestantes que passaram semanas acampados numa praça, exigindo a democratização do país e queixando-se de discriminação da monarquia sunita contra a maioria xiita.
O pequeno emirado declarou lei marcial para conter os protestos, e pediu ajuda militar da vizinha Arábia Saudita, que enviou cerca de mil soldados. Os Emirados Árabes Unidos enviaram 500 policiais.
Três manifestantes morreram durante a ação para dispersar o protesto. Três policias também foram mortos, atropelados por carros guiados em alta velocidade por manifestantes.
O xeique Issa Qassim, mais influente clérigo xiita do Barein, disse em seu sermão de sexta-feira que as tropas de países do Golfo teriam maior serventia ajudando os palestinos em Gaza em vez de ocuparem o Barein.
"A violência das autoridades criou uma ferida profunda, ampla e perigosa entre o governo e o povo", advertiu.
"O governo quer nos curvar para abrirmos mão dos nossos apelos por reformas substanciais e significativas, mas nunca irá nos curvar. Eles podem usar tanques e aviões para destruir nossos corpos, mas nunca destruirão a nossa alma e nossa vontade de reformas."
Nenhum soldado ou policial era visto em meio aos milhares de fiéis que permaneceram no lado de fora mesquita Draz após sermão de Qassim. A multidão exigia a retirada das tropas estrangeiras e prometia combater o "regime corrupto e opressor".
O protesto durou menos de meia hora, e em seguida os fiéis se dispersaram para assistir ao funeral.
Mostrando o seu desejo de evitar mais violência, o maior partido xiita do país, o moderado Wefaq, disse a seus seguidores por mensagem de texto para não provocarem a polícia e não usarem palavras de ordem que ofendam a realeza.
Fonte: Reuters
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