Os ministros das Relações Exteriores da Liga Árabe manifestaram neste sábado seu apoio à imposição de uma zona de exclusão aérea na Líbia e reconheceram a legitimidade do comando rebelde líbio, em reunião extraordinária realizada no Cairo.
Em entrevista coletiva posterior à reunião, o secretário-geral da organização pan-árabe, Amre Moussa, anunciou a decisão de pedir ao Conselho de Segurança da ONU que imponha a exclusão aérea na Líbia "como uma medida preventiva e não militar".
Moussa assegurou também que começarão os contatos com o principal órgão de representação rebelde líbio e ressaltou que isso se trata do reconhecimento do Conselho Nacional de Transição.
"A colaboração com o comando rebelde tem o objetivo de facilitar a proteção e a ajuda humanitária ao povo líbio dentro do marco que estipula a legalidade internacional", ressaltou.
O comunicado final da reunião pede ao Conselho de Segurança que "assuma sua responsabilidade diante da deterioração da situação na Líbia e adote as medidas suficientes para impor imediatamente uma zona de exclusão" aérea no país.
Também solicita "estabelecer zonas seguras nos locais expostos ao bombardeio como medida preventiva para proteção do povo líbio e dos estrangeiros de diferentes nacionalidades".
Moussa disse que o pedido foi feito ao Conselho de Segurança da ONU porque é "o órgão encarregado da segurança mundial e de adotar as medidas que considere convenientes dentro da legalidade internacional".
O comunicado da Liga Árabe também indica que os ministros das Relações Exteriores árabes decidiram colaborar e se comunicar com o Conselho Nacional de Transição.
Além disso, assinala que será dada aos civis "a proteção necessária diante dos graves crimes e das violações que sofrem por parte das autoridades líbias, que perdem legitimidade".
Por sua vez, o ministro das Relações Exteriores do Omã, Youssef bin Alawi bin Abdullah, cujo país presidiu a reunião deste sábado, afirmou que a imposição de uma zona de exclusão aérea é "uma medida preventiva humanitária".
"Assim como aceitamos esta medida também rejeitamos qualquer intervenção estrangeira sob qualquer pretexto e esta ação deve acabar quando terminarem as causas da crise", ressaltou o chefe da diplomacia omani.
Além disso, assegurou que a Liga Árabe espera que "a Líbia respeite a eventual decisão do Conselho de Segurança e não use as armas contra o povo".
Em seu comunicado final, a Liga Árabe reiterou o pedido aos Estados-membros da organização, aos países amigos e às organizações internacionais para prestar socorro humanitária ao povo líbio.
Por último, assinalou que continua a coordenação com a ONU, a União Africana (UA), a Organização da Conferência Islâmica (OCI) e a União Europeia (UE).
O reconhecimento do Conselho Nacional de Transição e a imposição da zona de exclusão aérea eram as principais decisões que se esperava que a Liga Árabe tomasse nesta reunião, que foi convocada em caráter de urgência em 8 de março.
O pronunciamento árabe sobre as medidas a serem tomadas contra o regime do líder líbio, Muammar Kadafi, era muito esperada pela comunidade internacional, especialmente pela UE, que considera importante contar com o aval árabe para evitar que uma operação militar seja considerada um intervencionismo do Ocidente.
Antes que se divulgasse o resultado da reunião, uma fonte diplomática árabe assegurou que a maioria dos países da Liga Árabe, com a exceção de Síria e Argélia, se mostrou partidária de impor esta medida, embora na entrevista coletiva o ministro omani não tenha informado se algum país se opôs a ela.
EUA saúdam "passo importante" da Liga Árabe em pressão a Gaddafi
Os Estados Unidos apoiaram no sábado o pedido da Liga Árabe ao Conselho de Segurança da ONU para a imposição de uma zona de exclusão aérea na Líbia. Washington disse estar se preparando para "qualquer eventualidade."
"Nós saudamos esse passo importante da Liga Árabe, o que reforça a pressão internacional sobre Gaddafi e o apoio ao povo da Líbia," disse a Casa Branca em um comunicado.
A Liga Árabe pediu à ONU para impor uma zona de exclusão aérea na Líbia, dando um selo regional de aprovação que a OTAN diz ser vital para qualquer ação militar.
"A comunidade internacional está unida no envio de uma mensagem clara de que a violência tem que acabar na Líbia, e que o regime de Gaddafi deve ser responsabilizado," disse a Casa Branca.
"Os Estados Unidos vão manter os esforços para pressionar Gaddafi, para apoiar a oposição da Líbia, e vamos nos preparar para qualquer eventualidade, em estreita coordenação com os nossos parceiros internacionais," afirmou.
A Otan disse nesta quinta-feira que um forte apoio árabe é um dos elementos necessários para uma zona de exclusão aérea e que mais planejamento é necessário, além de um mandato da ONU.
Os Estados Unidos disseram que uma zona de exclusão aérea continua a ser uma opção para pressionar Gaddafi, enfatizando a necessidade de planejar cuidadosamente qualquer intervenção e pesar as potenciais consequências.
Fonte: EFE / Reuters
Em entrevista coletiva posterior à reunião, o secretário-geral da organização pan-árabe, Amre Moussa, anunciou a decisão de pedir ao Conselho de Segurança da ONU que imponha a exclusão aérea na Líbia "como uma medida preventiva e não militar".
Moussa assegurou também que começarão os contatos com o principal órgão de representação rebelde líbio e ressaltou que isso se trata do reconhecimento do Conselho Nacional de Transição.
"A colaboração com o comando rebelde tem o objetivo de facilitar a proteção e a ajuda humanitária ao povo líbio dentro do marco que estipula a legalidade internacional", ressaltou.
O comunicado final da reunião pede ao Conselho de Segurança que "assuma sua responsabilidade diante da deterioração da situação na Líbia e adote as medidas suficientes para impor imediatamente uma zona de exclusão" aérea no país.
Também solicita "estabelecer zonas seguras nos locais expostos ao bombardeio como medida preventiva para proteção do povo líbio e dos estrangeiros de diferentes nacionalidades".
Moussa disse que o pedido foi feito ao Conselho de Segurança da ONU porque é "o órgão encarregado da segurança mundial e de adotar as medidas que considere convenientes dentro da legalidade internacional".
O comunicado da Liga Árabe também indica que os ministros das Relações Exteriores árabes decidiram colaborar e se comunicar com o Conselho Nacional de Transição.
Além disso, assinala que será dada aos civis "a proteção necessária diante dos graves crimes e das violações que sofrem por parte das autoridades líbias, que perdem legitimidade".
Por sua vez, o ministro das Relações Exteriores do Omã, Youssef bin Alawi bin Abdullah, cujo país presidiu a reunião deste sábado, afirmou que a imposição de uma zona de exclusão aérea é "uma medida preventiva humanitária".
"Assim como aceitamos esta medida também rejeitamos qualquer intervenção estrangeira sob qualquer pretexto e esta ação deve acabar quando terminarem as causas da crise", ressaltou o chefe da diplomacia omani.
Além disso, assegurou que a Liga Árabe espera que "a Líbia respeite a eventual decisão do Conselho de Segurança e não use as armas contra o povo".
Em seu comunicado final, a Liga Árabe reiterou o pedido aos Estados-membros da organização, aos países amigos e às organizações internacionais para prestar socorro humanitária ao povo líbio.
Por último, assinalou que continua a coordenação com a ONU, a União Africana (UA), a Organização da Conferência Islâmica (OCI) e a União Europeia (UE).
O reconhecimento do Conselho Nacional de Transição e a imposição da zona de exclusão aérea eram as principais decisões que se esperava que a Liga Árabe tomasse nesta reunião, que foi convocada em caráter de urgência em 8 de março.
O pronunciamento árabe sobre as medidas a serem tomadas contra o regime do líder líbio, Muammar Kadafi, era muito esperada pela comunidade internacional, especialmente pela UE, que considera importante contar com o aval árabe para evitar que uma operação militar seja considerada um intervencionismo do Ocidente.
Antes que se divulgasse o resultado da reunião, uma fonte diplomática árabe assegurou que a maioria dos países da Liga Árabe, com a exceção de Síria e Argélia, se mostrou partidária de impor esta medida, embora na entrevista coletiva o ministro omani não tenha informado se algum país se opôs a ela.
EUA saúdam "passo importante" da Liga Árabe em pressão a Gaddafi
Os Estados Unidos apoiaram no sábado o pedido da Liga Árabe ao Conselho de Segurança da ONU para a imposição de uma zona de exclusão aérea na Líbia. Washington disse estar se preparando para "qualquer eventualidade."
"Nós saudamos esse passo importante da Liga Árabe, o que reforça a pressão internacional sobre Gaddafi e o apoio ao povo da Líbia," disse a Casa Branca em um comunicado.
A Liga Árabe pediu à ONU para impor uma zona de exclusão aérea na Líbia, dando um selo regional de aprovação que a OTAN diz ser vital para qualquer ação militar.
"A comunidade internacional está unida no envio de uma mensagem clara de que a violência tem que acabar na Líbia, e que o regime de Gaddafi deve ser responsabilizado," disse a Casa Branca.
"Os Estados Unidos vão manter os esforços para pressionar Gaddafi, para apoiar a oposição da Líbia, e vamos nos preparar para qualquer eventualidade, em estreita coordenação com os nossos parceiros internacionais," afirmou.
A Otan disse nesta quinta-feira que um forte apoio árabe é um dos elementos necessários para uma zona de exclusão aérea e que mais planejamento é necessário, além de um mandato da ONU.
Os Estados Unidos disseram que uma zona de exclusão aérea continua a ser uma opção para pressionar Gaddafi, enfatizando a necessidade de planejar cuidadosamente qualquer intervenção e pesar as potenciais consequências.
Fonte: EFE / Reuters
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