quinta-feira, 10 de março de 2011

França proporá à UE 'ataques aéreos seletivos' na Líbia


O presidente francês, Nicolas Sarkozy, sugerirá na sexta-feira a seus aliados da União Europeia (UE) o planejamento de "ataques aéreos seletivos" na Líbia, além de uma intervenção nos sistemas de transmissão do ditador límio Muamar Kadhafi, indicaram nesta quinta fontes próximas ao Eliseu.

Segundo estas fontes, Sarkozy proporia ataques aéreos em três pontos: o aeroporto militar de Sirte, 500 km a leste de Trípoli, o aeroporto de Sebha, no sul, perto da fronteira com o Chade, e Bab al Azizia, centro de comando de Muamar Kadhafi em Trípoli.

A fonte da AFP indicou que o objetivo seria "atacar um número muito limitado de pontos, de onde partem as operações mais duras" da aviação do coronel Kadhafi contra a população civil líbia.

Um dos membros da delegação líbia que se reuniu nesta quinta-feira em Paris com o chefe de Estado francês sugeriu "interferir no sistema de transmissão" do ditador.

"É uma boa ideia", teria respondido Sarkozy, segundo a mesma fonte.

Procurada pela AFP, a presidência francesa não confirmou estas informações.

"Não estamos nesse estágio" da situação. "Vamos pedir autorizações jurídicas para impedir que Kadhafi faça uso da força", respondeu o Eliseu.


Defesa antiaérea libia é forte, segundo inteligência dos EUA

O sistema de defesa antiaéreo da Líbia é muito importante e superado apenas pelo Egito no Oriente Médio, afirmou nesta quinta-feira o chefe da Direção Nacional de Inteligência americana (DNI), James Clapper, durante uma audiência no Senado.

"A estrutura da defesa antiaérea líbia no solo, com seus radares e seus mísseis antiaéreos, é bastante importante. É a mais importante do Oriente Médio depois da do Egito", informou Clapper frente à comissão de Defesa do Senado.

Segundo o serviço de inteligência americano, a Líbia dispõe de "inúmeros equipamentos de origem russa de uma certa qualidade", e uma parte caiu nas mãos da oposição.

Além disso, Trípoli tem aproximadamente 31 sítios antiaéreos e radares que vigiam e protegem a costa líbia, onde se concentram entre 80% e 85% da população do país, recordou Clapper.

As forças líbias têm um grande número de lança-mísseis portáteis, acrescentou. E precisou que a possibilidade de que estas armas "caiam em mãos erradas é uma grande fonte de preocupação" para a inteligência dos Estados Unidos.

Fonte: AFP
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