Oportunidades de comércio, investimento e geração de empregos serão os principais interesses dos Estados Unidos na visita do presidente Barack Obama ao Brasil, no próximo fim de semana, segundo a Casa Branca. Em uma coletiva em Washington, o vice-conselheiro nacional para assuntos econômicos internacionais, Mike Froman, afirmou que o foco por aqui será a recuperação dos EUA e das exportações, além da “relação fundamental que a América Latina tem com o futuro econômico e a geração de empregos” nos EUA. Ele ainda explicitou o interesse de seu país no petróleo da camada do pré-sal e no investimento previsto de US$ 200 bilhões que o Brasil deve fazer em infraestrutura para a Copa do Mundo de 2014 e os Jogos Olímpicos de 2016, no Rio de Janeiro.
Froman fez questão de pontuar a importância econômica da visita ao Brasil, que hoje é “a sétima economia do mundo”, “cresceu 7,5% no último ano” e é “responsável por 250 mil empregos nos EUA”. “(O Brasil) passou de um país que precisava de empréstimos do FMI para um país que tem hoje US$ 300 bilhões em reservas, e que enfrentou a crise econômica de maneira muito forte e estável”, disse o vice-conselheiro, acrescentando que metade da população brasileira é hoje considerada classe média. “Isso cria para nós uma grande oportunidade de vender os nossos produtos lá.”
O alto funcionário disse que outros dois temas interessam muito Washington na visita: a área de energia, especialmente após a descoberta do pré-sal, e a de infraestrutura, por conta dos grandes eventos esportivos. “As reservas de petróleo recentemente descobertas são cerca do dobro das reservas dos EUA, e temos uma potencial parceria estratégica natural nessa área, já que trabalhamos juntos em questões como a perfuração em águas profundas”, disse. Ele ainda destacou a importância da cooperação nos biocombustíveis, mas descartou a hipótese de que seja anunciada alguma definição sobre as tarifas de importação sobre o etanol brasileiro.
Primeiro escalão
Foi confirmada ontem a presença do secretário de Energia, Steven Chu, na comitiva de Obama, que trará ainda os titulares do Tesouro, Timothy Geithner, e do Comércio, Gary Locke, além do Representante Comercial, Ron Kirk, e da responsável pela Agência de Proteção Ambiental, Lisa Jackson. Chu participará do Fórum Empresarial Brasil-EUA, com mais de 400 representantes dos dois países, no Centro de Convenções Brasil 21, em Brasília, no sábado. O tema principal será a energia renovável.
O porta-voz da Casa Branca, Jay Carney, assegurou que a viagem não será cancelada, mesmo com os recentes acontecimentos no Oriente Médio, a catástrofe no Japão ou o impasse sobre o Orçamento no Congresso. “Ele (Obama) tem um substancial quadro de apoio ao seu redor, quando viaja, para mantê-lo constantemente informado e para tratar de todos os problemas”, afirmou. “Ele considera essa viagem vital para sua estratégia de reequilibrar nossa abordagem da segurança econômica nacional e internacional. E nossa relação com a região é importante por uma variedade de razões, incluindo a econômica”, completou.
Boeing não vem
A Boeing, que participa da concorrência para a compra de 36 caças para a Força Aérea Brasileira (FAB), decidiu não enviar representante para a viagem de Obama. A decisão surpreende, principalmente diante da nova fase do processo, aparentemente renovado com a troca de governo em Brasília.
A postura destoa também da adotada pelos concorrentes franceses, que vieram em peso no Sete de Setembro de 2009, acompanhando o presidente Nicolas Sarkozy. Na época, além do ministro da Defesa, Hervé Morin, esteve por aqui também o presidente da Dassault, Charles Edelstenne.
Fonte: Correio Braziliense
Froman fez questão de pontuar a importância econômica da visita ao Brasil, que hoje é “a sétima economia do mundo”, “cresceu 7,5% no último ano” e é “responsável por 250 mil empregos nos EUA”. “(O Brasil) passou de um país que precisava de empréstimos do FMI para um país que tem hoje US$ 300 bilhões em reservas, e que enfrentou a crise econômica de maneira muito forte e estável”, disse o vice-conselheiro, acrescentando que metade da população brasileira é hoje considerada classe média. “Isso cria para nós uma grande oportunidade de vender os nossos produtos lá.”
O alto funcionário disse que outros dois temas interessam muito Washington na visita: a área de energia, especialmente após a descoberta do pré-sal, e a de infraestrutura, por conta dos grandes eventos esportivos. “As reservas de petróleo recentemente descobertas são cerca do dobro das reservas dos EUA, e temos uma potencial parceria estratégica natural nessa área, já que trabalhamos juntos em questões como a perfuração em águas profundas”, disse. Ele ainda destacou a importância da cooperação nos biocombustíveis, mas descartou a hipótese de que seja anunciada alguma definição sobre as tarifas de importação sobre o etanol brasileiro.
Primeiro escalão
Foi confirmada ontem a presença do secretário de Energia, Steven Chu, na comitiva de Obama, que trará ainda os titulares do Tesouro, Timothy Geithner, e do Comércio, Gary Locke, além do Representante Comercial, Ron Kirk, e da responsável pela Agência de Proteção Ambiental, Lisa Jackson. Chu participará do Fórum Empresarial Brasil-EUA, com mais de 400 representantes dos dois países, no Centro de Convenções Brasil 21, em Brasília, no sábado. O tema principal será a energia renovável.
O porta-voz da Casa Branca, Jay Carney, assegurou que a viagem não será cancelada, mesmo com os recentes acontecimentos no Oriente Médio, a catástrofe no Japão ou o impasse sobre o Orçamento no Congresso. “Ele (Obama) tem um substancial quadro de apoio ao seu redor, quando viaja, para mantê-lo constantemente informado e para tratar de todos os problemas”, afirmou. “Ele considera essa viagem vital para sua estratégia de reequilibrar nossa abordagem da segurança econômica nacional e internacional. E nossa relação com a região é importante por uma variedade de razões, incluindo a econômica”, completou.
Boeing não vem
A Boeing, que participa da concorrência para a compra de 36 caças para a Força Aérea Brasileira (FAB), decidiu não enviar representante para a viagem de Obama. A decisão surpreende, principalmente diante da nova fase do processo, aparentemente renovado com a troca de governo em Brasília.
A postura destoa também da adotada pelos concorrentes franceses, que vieram em peso no Sete de Setembro de 2009, acompanhando o presidente Nicolas Sarkozy. Na época, além do ministro da Defesa, Hervé Morin, esteve por aqui também o presidente da Dassault, Charles Edelstenne.
Fonte: Correio Braziliense
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