segunda-feira, 4 de outubro de 2010

Europa mantém alerta para risco de atentados


Os principais países europeus mantiveram nesta segunda-feira seu sistema de alerta em um nível elevado, em meio a um clima tenso após as advertências de Estados Unidos e Japão aos seus cidadãos sobre os riscos de atentados na Europa.

O Ministério japonês das Relações Exteriores alertou nesta segunda-feira os japoneses que viajam ou vivem na Europa para "possíveis ataques terroristas", no dia seguinte a um alerta semelhante emitido pelos Estados Unidos.

A Torre Eiffel de Paris e a estação central de Berlim estão em uma lista de alvos de possíveis atentados na Europa, obtida pelos serviços de informação ocidentais, segundo a rede americana Fox News.

Sobre esta lista que teria sido enviada por um "cidadão germano-paquistanês interrogado na base (militar americana) de Bagram, no Afeganistão", também estariam o hotel de luxo Adlon, próximo ao Portão de Brandeburgo em Berlim, a torre de televisão de Alexanderplatz, também na capital alemã, além da catedral Notre Dame de Paris.

Alguns turistas modificaram seus projetos. "Decidimos não subir a Torre Eiffel", disse Eileen Carbrello, de 60 anos, originário da Virgínia, nos Estados Unidos.

Em outros lugares da Europa, outros turistas mantinham uma aparente serenidade.

"Não vamos deixar os terroristas mudarem nossos planos e nosso modo de vida", assegurou Mark Yblood, de 61 anos, um texano que visitava a Postdamer Platz, em Berlim, com sua esposa Darlene.

"Não estou preocupada", declarou Catherine Alsano, de 63 anos, de Nova Jersey, em Roma, diante da Fontana di Trevi. "Eu apenas rezo. Rezo todos os dias para que Deus nos proteja dos terroristas."

Segundo informações divulgadas pela imprensa anglo-saxônica, os serviços de informação ocidentais ativaram os projetos de atentados ligados a Al-Qaeda nas grandes cidades do Reino Unido, na França e na Alemanha, sobre o modelo dos ataques de Mumbai que deixaram 166 mortos em 2008.

Essas informações foram confirmadas em parte por autoridades, mas não pelos governos envolvidos.

Na França, onde os alertas de bomba sem fundamento se multiplicaram, os serviços de informação asseguravam nesta segunda-feira que "a ameaça aumentou desde setembro", mas que "não há elementos novos" relativos a uma ameaça de atentados, segundo fontes desses serviços.

O secretário de Estado francês de Turismo, Hervé Novelli, considerou nesta segunda-feira que era preciso evitar "um alarmismo excessivo".

O sinal de alerta também chegou a Berlim, onde o ministro alemão do Interior, Thomas de Maizière, declarou nesta segunda-feira que não havia "nenhuma razão para ser alarmista", ressaltando que não há "atualmente indicações concretas de atentados iminentes".

Perguntado sobre as ameaças envolvendo principalmente a estação central de Berlim, de Maizière respondeu que "já tinha sido veiculada no ano passado". "Não há nada de novo em relação a isso", disse.

Na Itália, "não há sinais precisos de riscos claros", mas o alerta "permanece elevado", declarou o ministro do Interior Roberto Maroni.

Em Londres, o Foreign Office havia anunciado no domingo uma revisão de seu alerta nos britânicos viajavam para a França e a Alemanha, advertindo para uma "forte ameaça terrorista", enquanto tinha sido classificada anteriormente de "normal".

Fonte: AFP
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